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DãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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o nome do rio Jordão originou-se do fato de que o rio tinha duas nascentes, uma chamada Jor e a outra Dã, resultando em a corrente unida ser chamada de “Jordão”, nome já em uso nos dias de Abraão. (Gên. 13:10) De qualquer modo, nada existe para argumentar contra a existência deste nome “Dã” como se aplicando à área mencionada na época de Abraão. A correlação deste nome antigo com o do antepassado da tribo de Dã talvez seja coincidência ou mesmo algo divinamente dirigido.
O nome “Dã” aparece de novo no Pentateuco, em Deuteronômio 34:1, onde figura entre as extremidades do território avistado por Moisés na sua contemplação final da Terra Prometida, de onde se situava no monte Nebo. Visto que Dã localizava-se ao sopé das montanhas do Antilíbano (e não distante do monte Hermom) isto podia significar que a visão de Moisés alcançava aquela distância. O uso do nome “Dã” aqui pode corresponder ao uso no caso de Abraão ou pode ser consequência de Josué ter escrito a parte final do livro, que inclui acontecimentos que se seguiram à morte de Moisés.
Dã localizava-se na “baixada que pertencia a Bete-Reobe” e esta área, ao N das águas de Merom e logo abaixo do Líbano, era uma região fértil, muito desejável, e bem regada. (Juí. 18:28) O local tem sido identificado com Tel el-Qadi, que em árabe significa “outeiro do juiz”, preservando assim o significado do hebraico “Dã”. Duas nascentes ali juntam-se para formar o Nahr el-Leddan, que é a mais caudalosa das correntes que se unem a alguns quilômetros abaixo para formar o Jordão. A cidade situava-se numa elevação de várias dezenas de metros, ao sopé do monte Hermom, dominando a vasta bacia do Hule. Sua posição era também estratégica, visto que localizava-se na importante rota comercial entre Tiro e Damasco.
Dã passou a ser sinônimo do extremo N de Israel, conforme se vê pela expressão frequente “desde Dã até Berseba”. (Juí. 20:1; 1 Sam. 3:20; 2 Sam. 3:10; 1 Reis 4:25; 2 Crô. 30:5) Existiam, realmente, outras cidades mais ao N do que Dã, assim como existiam várias cidades mais ao S do que Berseba, mas aparentemente Dã era uma cidade de grande importância no N, assim como Berseba o era no S. Devido à sua localização, figurava logicamente entre as primeiras a sofrer quando a terra era atacada do N, como na invasão do sírio Ben-Hadade. (1 Reis 15:20; 2 Crô. 16:4) Isto sem dúvida se reflete nas expressões proféticas em Jeremias 4:15; 8:16. Depois da divisão do reino, Jeroboão colocou bezerros de ouro em Dã e em Betel, no seu esforço de desviar seus súditos de irem ao templo em Jerusalém. — 1 Reis 12:28-30; 2 Reis 10:29.
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Dádivas, PresentesAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DÁDIVAS, PRESENTES
Desde os tempos mais remotos, o ato de presentear desempenhou papel importante na vida diária. O servo idoso de Abraão deu jóias de presente a Rebeca, após ter visto a evidência de que Jeová a escolhera para esposa de Isaque. (Gên. 24:13-22) Daí, ao receber de Labão e Betuel a permissão para o casamento, o servo de Abraão deu presentes adicionais a Rebeca e também “coisas seletas ao irmão dela e à mãe dela”. (Gên. 24:50-53) Mais tarde, Abraão transferiu a Isaque todos os seus bens, mas deu dádivas aos filhos de suas concubinas e os despachou. — Gên. 25:5, 6; compare com 2 Crônicas 21:3.
PRESENTEAR VISANDO OBTER BENEFÍCIOS
Muitas vezes eram feitas dádivas visando obter algo desejável. Jacó aprontou impressionante presente em gado para Esaú, a fim de achar favor aos olhos de seu irmão. (Gên. 32:13-18; 33:8) A insistência de Jacó para que Esaú aceitasse este presente pode ser entendida melhor quando se considera que, segundo o costume oriental, recusar um presente significava que não seria concedido nenhum favor. (Gên. 33:10) Também, para granjear a boa vontade do ríspido administrador de alimentos do Egito (que na realidade era seu próprio irmão José) os filhos de Jacó seguiram a recomendação de seu pai de levar um presente dos produtos mais excelentes do país. — Gên. 42:30; 43:11, 25, 26.
Dar presentes pode resultar em benefícios diretos para o presenteador, como mostra o provérbio: “A dádiva do homem fará para ele uma grande abertura e o guiará até mesmo perante gente grande.” (Pro. 18:16) Um presente pode aplacar a ira, mas não abrandará o furor dum varão vigoroso contra aquele que comete adultério com sua esposa, não importa quão grande seja o presente oferecido pelo adúltero. — Pro. 21:14; 6:32-35.
DÁDIVAS A REIS E A PROFETAS
Há indícios de que os que iam à presença dum rei costumeiramente levavam presentes. Os “homens imprestáveis”, que não respeitavam Saul, são destacados como os que não lhe trouxeram nenhum presente. Salomão, em especial, recebeu muitos presentes dos que vinham de países distantes para ouvir sua sabedoria. Os astrólogos que foram visitar “aquele que nasceu rei dos judeus” simplesmente seguiam este costume ao presentearem o menino Jesus. (1 Sam. 10:27; 1 Reis 10:10, 24, 25; Mat. 2:1, 2, 11; veja também 2 Reis 20:12; 2 Crônicas 17:5.) Similarmente, os que consultavam um profeta às vezes lhe levavam um presente. (1 Sam. 9:7; 2 Reis 8:8, 9) Os profetas de Deus, porém, não esperavam nem ambicionavam presentes em troca de seus serviços, conforme o torna evidente a recusa de Eliseu em aceitar um “presente de bênção” das mãos de Naamã. — 2 Reis 5:15, 16.
COMO RECOMPENSA E AO REGOZIJAR-SE
Os que realizavam certa tarefa com bom êxito recebiam presentes como recompensa. (2 Sam. 18:11; Dan. 2:6, 48; 5:16, 17, 29) Segundo
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