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SediçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Paulo teria sido punido com a morte. — Atos 24:5.
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SefeláAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SEFELÁ
[baixada]. Designativo que geralmente é aplicado à região de colinas baixas existente entre a cordilheira central da Palestina e as planícies litorâneas da Filístia. (Deut. 1:7; Jos. 9:1; 10:40; 11:2; 12:8; Juí. 1:9; 2 Crô. 28:18; Obd. 19; Zac. 7:7) A Sefelá era uma das regiões do território consignado a Judá. (Jos. 15:33-44) Embora atinja uma altitude de c. 450 m, é uma “baixada” (compare com Jeremias 17:26; 32:44 ; 33:13, onde o termo shepheláh aparece no texto hebraico), quando comparada com a cordilheira central muito mais elevada. A Sefelá margeava o Negebe, ao S (Juí. 1:9), e os montes de Samaria (mais além da planície de Aijalom) ao N. — Jos. 11:16.
Os vales que dividem os ondeados sopés das colinas desta região serviam como rotas naturais para se viajar na direção E-O. A Sefelá é fértil, e predomina ali um clima temperado. Antigamente, a região se notabilizava por seus muitos bosques de sicômoros e olivais. Também provia pastagem para rebanhos e manadas. — 1 Reis 10:27; 1 Crô. 27:28; 2 Crô. 1:15; 9:27; 26:10.
A Sefelá associada com a “região montanhosa de Israel” (Jos. 11:16) é, talvez, a região colinosa situada entre os montes de Samaria e a planície de Sarom. Esta área é mais estreita e menos diferente das outras que a Sefelá de Judá. Não existe base para se encarar a distinção entre Judá e Israel, no capítulo 11 de Josué, como anacronismo. Uma nota de rodapé num comentário feito por C. F. Keil e F. Delitzsch observa: “A distinção . . . pode ser explicada sem dificuldades mesmo à base das circunstâncias existentes no próprio tempo de Josué. Judá e a dupla tribo de José (Efraim e Manassés) receberam por sorte a sua herança, antes de quaisquer das outras. Mas, ao passo que a tribo de Judá se dirigia para o território que lhe fora consignado no S, todas as demais tribos ainda permaneciam em Gilgal; e, mesmo num período posterior, quando Efraim e Manassés se achavam em suas possessões, todo o Israel, com a exceção de Judá, ainda se achava acampado em Silo. Ademais, as duas partes daquela nação achavam-se então separadas pelo território que, posteriormente, foi consignado à tribo de Benjamim, mas que, nessa época, não dispunha de nenhum dono; e, além disto, o altar, o tabernáculo, e a arca do pacto achavam-se no meio de José e das outras tribos que ainda estavam congregadas em Silo.” — Biblical Commentary on the Old Testament (Comentário Bíblico Sobre o Velho Testamento; Josué, Juízes, Rute), pp. 124, 125.
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Segredo SagradoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SEGREDO SAGRADO
[Gr., mystérion, de myéo, iniciar, instruir em coisas desconhecidas previamente; é empregado como termo técnico para as antigas religiões místicas. Por conseguinte, mystérion significa primariamente aquilo que é conhecido pelos iniciados]. Nas antigas religiões místicas que floresceram na época da primitiva congregação cristã, os que desejassem participar em celebrações místicas tinham de ser iniciados; aos não-iniciados se negava tanto o acesso às chamadas ações sagradas como o conhecimento delas. Os iniciados nelas se comprometiam, por um juramento de silêncio, a não revelar os segredos. No entanto, havia também um emprego secular, “cotidiano”, dessa palavra, tal como para um segredo particular, um segredo entre amigos, os segredos familiares, etc. O apóstolo Paulo emprega myéo neste último sentido, quando ele afirma: “Aprendi o segredo [literalmente: “Fui. iniciado nos segredos”] tanto de estar suprido como de ter fome, tanto de ter abundância como de sofrer carência.” — Fil. 4:12.
O SEGREDO DE DEUS DIFERE DAS RELIGIÕES MÍSTICAS
A respeito do termo grego mystérion, An Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento; Vol. III, p. 97), de W. E. Vine, explica: “No N. T. [Novo Testamento] ele denota, não o misterioso (como no caso da palavra em inglês, mysterious), mas aquilo que, estando fora do âmbito da apreensão natural desassistida, somente pode tornar-se conhecido pela revelação Divina, e é dado a conhecer dum modo e num tempo designados por Deus, e somente àqueles que são iluminados pelo Seu Espírito. No sentido comum, um mistério subentende conhecimento retido; seu significado bíblico é a verdade revelada. Por isso, os termos especialmente ligados ao assunto são ‘tornar conhecido’, ‘manifestado’, ‘revelado’, ‘pregado (proclamado)’, ‘entender’, ‘dispensação’.”
Os segredos sagrados de Deus, e outros “mistérios” da Bíblia, tais como o a respeito de Babilônia, a Grande, são coisas, portanto, que não serão mantidas em segredo para sempre, mas deviam ser reveladas por Jeová Deus em seu próprio tempo aos que se voltam para ele e para aqueles a quem ele decide revelá-las. O apóstolo Paulo discute este aspecto dos assuntos em 1 Coríntios 2:6-16. Ali, ele menciona o “segredo sagrado” de Deus como “sabedoria escondida”, revelada por meio do espírito de Deus a seus servos cristãos; é algo que o espírito do mundo ou a sabedoria humana dos homens físicos não pode compreender, mas que é proferida e entendida por aqueles que ‘combinam assuntos espirituais com palavras espirituais’. Jesus Cristo, anteriormente, indicou a seus discípulos: “A vós tem sido dado o segredo sagrado [Gr., mystérion] do reino de Deus, mas, para os de fora, todas as coisas ocorrem em ilustrações, a fim de que, olhando, olhem mas não vejam, e, ouvindo, ouçam mas não compreendam o sentido disso, nem jamais se voltem e se lhes dê perdão.” — Mar. 4:11, 12; Mat. 13:11-13; Luc. 8:10.
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