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QuirinoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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no tempo do . . . Augusto merecido o consulado. Tendo depois disto feito na Cilícia a conquista da fortaleza dos Homonades, foi condecorado com as honras do triunfo; e sendo escolhido para dirigir C. [Caio] César no seu governo da [sua expedição à] Armênia.” (Anais, Livro III, seção 48, Clássicos Jackson) Sua morte ocorreu em 21 EC. — Veja Registro.
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QuisleuAjuda ao Entendimento da Bíblia
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QUISLEU
O nome pós-exílico do nono mês lunar judaico, que cai em novembro/dezembro. (Nee. 1:1; Jer. 36:9; Zac. 7:1) Correspondia ao terceiro mês do calendário secular. O significado do nome Quisleu (“Casleu”, BV; CBC; PIB; So) é incerto.
Tratava-se dum mês hibernal, um mês de frio e de chuva. Assim, lemos a respeito do Rei Jeoiaquim, que ele estava “sentado na casa de inverno, no nono mês, havendo um braseiro aceso diante dele”. (Jer. 36:22) Na Jerusalém depois do exílio, o povo que se ajuntara para a assembléia ordenada pelo sacerdote Esdras, a partir do dia 20 deste mês, “ficou sentado na praça da casa do verdadeiro Deus, tiritando por causa do assunto e por causa das chuvadas”. (Esd. 10:9, 13) Ê bem óbvio que não havia quaisquer pastores dormindo nos campos, à noite, nesta época do ano, nem por algum tempo depois disso.
A Festividade da Dedicação, realizada na época de inverno (hem. norte) em Jerusalém, é mencionada em João 10:22. Conforme mostrado no livro apócrifo de 1 Macabeus (4:52-59), esta festa de oito dias foi instituída por Judas Macabeu, no dia 25 de quisleu do ano 165 AEC, a fim de comemorar a rededicação do templo em Jerusalém. Esta festa é atualmente conhecida como Hanucá (ou Chanucá). — Veja FESTIVIDADE DA DEDICAÇÃO.
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Quisom, Vale Da Torrente DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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QUISOM, VALE DA TORRENTE DE
[possivelmente, dobrável, sinuoso]. Uma corrente identificada com o Nahr el-Muqatta‘. O Quisom serpenteia na direção noroeste, através da planície de Esdrelom, e, depois de fluir por uma garganta estreita entre o monte Carmelo e um contraforte das colinas da Galiléia, penetra na planície de Aco (Acre), antes de finalmente desaguar no Mediterrâneo. A distância em linha reta desde os mananciais do Quisom até seu estuário, na baía de Aco, é de c. 37 km. Tendo aproximadamente 6 m de largura na primavera setentrional, a parte do Quisom que flui através da planície de Esdrelom amplia sua largura em c. 3 m na seção ocidental da planície. A maior largura do Quisom, de c. 20 m, é atingida na planície de Aco. Excetuando-se os últimos 11 km de seu curso, o Quisom geralmente fica seco no verão setentrional. Mas, na estação chuvosa, torna-se uma avassaladora torrente, inundando suas margens e levando de roldão a tudo que estiver em seu caminho. A planície através da qual flui o Quisom torna-se então uma região de alagados.
Nos dias de Baraque e de Débora, o vale da torrente de Quisom constou da libertação dos israelitas em relação à opressão cananéia. Baraque e suas tropas tomaram posição no monte Tabor, tal medida atraindo a Sísera, chefe do exército, junto com suas forças bem- equipadas e 900 carros, para o Quisom. (Juí. 4:6, 7, 12, 13) Os israelitas pareciam estar em desvantagem militar. Todavia, quando orientados a assim agir, Baraque e seus 10.000 homens desceram do monte Tabor para enfrentar o inimigo. Jeová Deus então interveio. “Desde o céu lutaram as estrelas, desde as suas órbitas lutaram contra Sísera.” — Juí. 4:14, 15; 5:20.
Segundo o conceito tradicional judaico, expresso nos escritos de Josefo, “desceu do céu uma grande tempestade, com vasta quantidade de chuva e saraiva, e o vento soprou a chuva nos rostos dos cananeus, e, assim, obscureceu sua vista, de modo que de nada lhes serviram seus arcos e suas fundas”. [Antiquities of the Jews (Antiguidades Judaicas), Livro V, cap. V, par. 4.] Tal chuvarada teria transformado em lama o chão, imobilizando carros e fazendo com que os cavalos chafurdassem na lama, e o inimigo fugisse aterrorizado diante dos homens de Baraque. Seja por que meios foram, com a ajuda de Jeová, “todo o acampamento de Sísera caiu ao fio da espada. Não restou nem sequer um”. (Juí. 4:15, 16; veja também Salmo 83:9, 10.) Pelo que parece, a traiçoeira torrente de Quisom levou de roldão os cadáveres do inimigo. (Juí. 5:21) O próprio Sísera escapou a pé, só para sofrer uma morte inglória às mãos duma mulher, Jael, a esposa de Héber, o queneu. — Juí. 4:17-21.
Posteriormente, no reinado do Rei Acabe, de Israel, o profeta Elias matou 450 profetas de Baal no vale da torrente de Quisom. — 1 Reis 18:22, 40.
O “vale da torrente que está defronte de Jocneão” (Jos. 19:11) é considerado como sendo o Quisom.
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QuitimAjuda ao Entendimento da Bíblia
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QUITIM
Quitim é alistado como um dos quatro “filhos” de Javã, embora este nome só apareça na forma plural, em todas as referências bíblicas. (Gên. 10:4; 1 Crô. 1:7) Depois disso, tal nome é utilizado para representar um povo e uma região.
Josefo [Antiquities of the Jews (Antiguidades Judaicas), Livro I, cap. VI, par. 1] referiu-se a Quitim como “Cetimus”, e declarou que ele “possuía a ilha Cetima: é agora chamada de Chipre; e é a partir dela que todas as ilhas, e a maior parte das costas marítimas, são chamadas de Cetim pelos hebreus: e existe uma cidade em Chipre que tem conseguido preservar sua denominação; tem sido chamada de Cítio por aqueles que utilizam a linguagem dos gregos, e não tem, pelo emprego desse dialeto, escapado do nome de Cetim”. Os antigos fenícios se referiam ao povo de Chipre como Kitti.
Que Quitim (“Cetim”, BJ; BV; CBC; MC, ed. 1982; So) pode abranger outras áreas, além da ilha de Chipre, é indicado pela declaração de Josefo a respeito do emprego hebraico desse termo como abrangendo outras ilhas e regiões costeiras do Mediterrâneo, Chipre sendo apenas a mais próxima (da Palestina) das terras de Quitim. Isto parece ser comprovado pelas referências às “ilhas” ou “litorais” de Quitim, em Ezequiel 27:6 e Jeremias 2:10. Alguns comentaristas consideram que Quitim é também empregado neste sentido mais amplo em Números 24:24, onde o profeta Balaão, que era contemporâneo de Moisés, predisse que “navios da costa de Quitim” afligiriam a Assíria e Éber, mas que o atacante finalmente pereceria. Este ponto de vista daria margem a que tal ataque se originasse, talvez, da região costeira da Macedônia, país do qual avançou Alexandre Magno, conquistando a terra de “Assur” (Assíria-Babilônia), junto com o Império Medo-Persa; outros sugerem que os atacantes eram romanos, das regiões costeiras e mediterrâneas da Itália. O Targum e a Vulgata empregam ambos “Itália” em lugar de “Quitim” em determinado texto (Núm. 24:24, Vg; 1 Crô. 1:7, Targum); ao passo que o livro apócrifo de 1 Macabeus (1:1, BV) emprega Quitim (“Cetim”) para representar a terra da Macedônia.
No pronunciamento de Isaías contra Tiro, Quitim (provavelmente Chipre) é o ponto em que os navios de Társis, destinados ao oriente, recebem as notícias da queda de Tiro, e Jeová manda a “filha virgem de Sídon” que ‘atravesse para a própria Quitim’, num vão esforço de encontrar refúgio. (Isa. 23:1, 11, 12) Isto se harmoniza com a evidência histórica relativa às colônias fenícias em Chipre, na época da profecia de Isaías (c. 778-732 AEC), bem como depois dela. Uma inscrição de Esar-Hadom relata a fuga do Rei Luli, de Sídon, para Chipre, em resultado do ataque do Assírio. Similarmente, muitos de Tiro evidentemente procuraram abrigo em Chipre, durante o sítio de Tiro, efetuado durante treze anos por Nabucodonosor, em cumprimento da proclamação feita por Isaías.
A menção final de Quitim (por tal nome) ocorre na profecia de Daniel sobre a rivalidade entre os enigmáticos “rei do norte” e “rei do sul”, onde um ataque do “rei do norte” é frustrado pelos “navios de Quitim”. — Dan. 11:30; veja CHIPRE.
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