Sobreviver do lado vitorioso no Har-Magedon
“E clamavam juntos: ‘Vitória ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro!’” — Rev. 7:10, New English Bible.
1. O que se seguirá à vindoura guerra universal do Har-Magedon, e o que faremos bem em fazer agora?
AO FIM da guerra universal no campo de batalha do Har-Magedon seguir-se-á uma paz de mil anos. Será muito desejável sobreviver àquela guerra final deste sistema mundano de coisas. A sobrevivência será o privilégio feliz daqueles que mostrarem estar do lado vitorioso. Isto apresenta um aspecto bem diferente do conceito lúgubre dos prognosticadores políticos e militares, de que uma terceira guerra mundial, travada com armas nucleares, não significará vitória nenhuma para qualquer dos lados. Ambos os lados serão perdedores. Isto é acompanhado pela predição de que tal guerra mundial significará o suicídio da família humana. Entretanto, não precisamos ficar com medo diante de tais raciocínios humanos. No vindouro conflito no Har-Magedon, haverá um lado vencedor. Faremos bem em nos colocar agora do lado que forçosamente vencerá, para usufruir depois os bons frutos da vitória.
2. Por que não exige agora nossa colocação do lado vitorioso que nos empenhemos em qualquer política deste mundo?
2 Neste caso, não será a vitória dum partido político ou bloco de nações sobre outro partido político ou bloco de nações. Não haverá nenhuma imposição de uma idéia sobre a regência humana a um povo derrotado, relutante, que esposou outra idéia de regência política. Os vencedores tampouco obrigarão os perdedores a ingressar nem campo político que abranja todo o mundo da humanidade. Algo assim não resulta em paz permanente na terra, num produz a submissão voluntária por parte do povo vencido. A vitória ganha não será um triunfo político, mas abolirá toda a política humana na terra. Colocarmo-nos do lado vitorioso não exige empenhar-nos na política divisória deste mundo.
3. Portanto, que perguntas são agora do maior interesse para nós?
3 É este fato vital que constitui um aspecto atraente da vindoura guerra universal no Har-Magedon, embora atualmente o assunto de guerra seja algo de que cada vez mais pessoas não gostam de falar, nem pensar nisso. Perguntas do mais elevado interesse para nós são: O que obterá o vencedor de sua vitória? O que significará a vitória para aqueles de nós que nos colocamos do lado do vencedor? Fará com que nossa sobrevivência ao Har-Magedon valha a pena?
4. Se um ou todos os poderes políticos ganhassem em mais um conflito mundial, o que teria de oferecer o vencedor ao povo?
4 Sabemos de experiência dura o que os poderes políticos deste sistema de coisas teriam para nos oferecer, se todos juntos ou apenas um bloco deles obtivesse a vitória. No máximo, não seria nada melhor do que já ofereceram à humanidade desde o irrompimento da Primeira Guerra Mundial no ano 1914 E. C. O que foi isso? Nada senão tempos difíceis, que se tornam cada vez mais difíceis para o povo em geral. Minguam cada vez mais os motivos de otimismo para com a situação mundial. Aumenta o motivo para pessimismo. Apesar das contribuições da ciência moderna e do progresso da tecnologia, bem como das Nações Unidas, como agência para a cooperação internacional, os economistas de visão, os estudantes de sociologia e os ecólogos advertem-nos de que nos aproximamos dum beco sem saída, do qual nenhum legislador, nem político, nem autoridade policial ou educador sabe a saída. A tudo isso precisa-se acrescentar o custo exorbitante duma vitória em outra guerra mundial, em vidas humanas, propriedades materiais e efeitos ecológicos. Portanto, há toda a probabilidade de que poderes políticos apenas teriam a oferecer algo muito pior do que nos proveram desde 1914 até agora.
5. Portanto, quem deve ser o vencedor desejável no Har-Magedon, e por quê?
5 Portanto certamente, todos os de coração reto devem esperar e aguardar a vitória na vindoura guerra no Har-Magedon como sendo o prêmio de alguém que nos pode oferecer um futuro para o qual gostaríamos de sobreviver. Este vencedor desejável no Har-Magedon só poderia ser o Criador do meio ambiente original, terrestre, do homem, a saber, o próprio Deus. Isto é razoável, pois, o que envolve o meio ambiente natural do homem, envolve a Deus. O que afeta toda a humanidade, afeta a Deus.
6. Que relação terá a vindoura guerra universal no Har-Magedon com o meio ambiente original, terrestre do homem?
6 O meio ambiente original do homem não era nenhum imaginário negócio de homem das cavernas, conforme ensinado pelos que advogam a teoria da evolução humana. Os fatos históricos do caso mostram que o primeiro meio ambiente natural do homem era um jardim perfeito, um paraíso de beleza natural e de condições agradáveis de vida. Portanto um dos frutos gloriosos da vitória divina no Har-Magedon será o restabelecimento dum paraíso na terra, mas em escala global. O retorno da humanidade ao Paraíso não pode vir de outro modo senão pela vitória divina no Har-Magedon. Esta é uma das coisas que tiram o sabor desagradável da idéia duma guerra universal — a do Har-Magedon.
NÃO UMA GUERRA CONTRA O HOMEM, MAS CONTRA DEUS
7. Contra quem lutarão assim todas as nações, mas qual é a sua própria opinião sobre isso?
7 Significa esta maneira de raciocinar que todas as nações da terra hão de lutar contra Deus, o Criador, no campo de batalha do Har-Magedon? É isso mesmo! Mas as nações ressentem-se hoje de serem informadas de que se destinam a tal confronto com Deus. De fato, seria difícil de convencer as nações políticas, especialmente as da cristandade religiosa, de que se preparam agora para lutar contra o Deus da Bíblia Sagrada. Os clérigos religiosos sempre asseguraram às nações da cristandade que estas sempre lutaram a favor de Deus, do lado de Deus, em todos os conflitos internacionais, desde a fundação da cristandade, no quarto século E. C. Deixaram-se levar, nos seus esforços de guerra, por um sentimento religioso similar ao do imperador romano Constantino, o qual, antes de fundar a cristandade, lutou sob o sinal da cruz. Este Constantino, antes de travar uma batalha decisiva contra seu rival político, afirmou ter tido uma visão celestial duma cruz brilhante, junto com as palavras luminosas: “Com isto vence” (em grego: En toúto níka).
8. Que nome se deu a este vindouro campo de batalha e quanto território abrange?
8 Não obstante, é o próprio Deus quem avisa todas as nações de que elas guerreiam contra Ele. É Ele quem nomeia o lugar onde se travará a guerra até o fim, a saber, Har-Magedon. Este campo de batalha deve estar na terra, pois é aqui que se encontram as nações, sem escapatória para o espaço sideral. De fato, este campo de batalha abrange toda a terra — o que tornará impossível que alguém na terra escape aos seus efeitos.
9. Continuarmos a acompanhar as nações levaria à luta contra quem, mas que conselho inspirado em Lucas 14:31, 32, faremos bem em acatar?
9 As nações talvez não se deixem convencer de que lutarão contra Deus; mas que dizer de nós individualmente, não importa de que nação sejamos? Gostamos da idéia de lutar contra Deus? Se não, o que devemos fazer quanto a isso, visto que todos fazemos parte das diversas nações? Vamos deixar-nos manobrar por maquinações astutas para lutar contra Deus, junto com as nações? Se não for assim, então, precisamos recorrer à Palavra escrita do próprio Deus, sua Bíblia Sagrada, para saber o que Ele nos diz sobre isso. Cabe-nos seguir o conselho do Filho de Deus, que admoestou seus discípulos a calcular o custo de seus empreendimentos, dizendo: “Que rei, marchando ao encontro de outro rei numa guerra, não se assenta primeiro e toma conselho para ver se pode com dez mil soldados lidar com o que vem contra ele com vinte mil? Se, de fato, não o puder fazer, então, enquanto aquele ainda está longe, envia um corpo de embaixadores e pede termos de paz.” (Luc. 14:31, 32) Do mesmo modo, continuaremos a marchar junto com as nações mundanas para o Har-Magedon, ou devemos desde já, sem demora, pleitear paz com Deus?
10. Onde e com que linguagem descritiva diz Deus que ele lutará contra as nações no Har-Magedon?
10 Então, como podemos sair da linha de marcha para o Har-Magedon, para não nos enfileirarmos ali do lado das nações? Onde nos informa Deus que ele batalhará com as nações no Har-Magedon? É no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse, capítulo dezesseis, versículo dezesseis. Os versículos precedentes predizem como as nações seriam levadas por influência sobre-humana, invisível, quer dizer, por influência demoníaca, maldosa, a esta guerra extraordinária. Descrevendo as influências contrárias a Deus como sendo “expressões inspiradas” por demônios invisíveis, o escritor bíblico João, o Evangelista, diz: “São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso. . . . E ajuntaram-nos ao lugar que em hebraico se chama Har-Magedon.
11. O que significa no próprio hebraico o nome do campo de batalha?
11 Estas palavras proféticas foram escritas originalmente por João, o Evangelista, no grego comum. Mas quando foram traduzidas para o próprio hebraico, no século dezenove, o versículo dezesseis rezava: “E congregaram-nos ao lugar que os hebreus chamam O Monte de Megido [Har Megiddon].” — Rev. 16:16, tradução hebraica de Salkinson-Ginsburg, também a de F. Delitzsch.
12. Por isso, onde afirmam alguns que se travará a guerra final, mas que perguntas suscita tal idéia?
12 Visto que o nome Har-Magedon significa O Monte de Megido, alguns expositores da Bíblia e certos clérigos religiosos de destaque, que fazem transmissões mundiais por rádio, disseram que a vindoura guerra universal será travada na terra de Israel, no vale de Megido, junto às ruínas da antiga cidade de Megido. De fato, o turista que hoje visita aquelas ruínas poderá ler um letreiro que assinala o lugar e que diz que ali, segundo o conceito de alguns, se travará a guerra final. Mas, amplo como seja o vale plano diante do monte de ruínas da antiga Megido, nunca poderia conter uma assembléia dos exércitos dos reis e governantes de toda a terra habitada. E que questão seria realmente resolvida ali por uma guerra diante do lugar literal de Megido? Será que as nações não-judaicas, com seus navios de guerra, suas frotas aéreas, seus tanques de guerra, seus mísseis balísticos intercontinentais e seus exércitos motorizados hão de combater a República de Israel em Megido, como campo de batalha estratégico, central, de toda a terra? Será, assim, a República de Israel que se encontrará do lado vitorioso no lugar chamado Har-Magedon?
13. Que fato sobre Revelação é desconsiderado pelos que fazem tal aplicação, conforme ilustra o caso de seu uso do “grande rio Eufrates”?
13 Os que tomam o nome Har-Magedon ou O Monte de Megido de modo literal suscitam perguntas assim. Desconsideram o fato digno de nota de que o livro bíblico de Revelação ou Apocalipse foi escrito na maior parte em linguagem figurada, com o uso de grande número de simbolismos ou expressões figurativas. Por exemplo, quando o versículo doze deste mesmo capítulo dezesseis fala da sexta praga de Deus sendo derramada sobre o “grande rio Eufrates”, não significa que esta sexta praga simbólica se cumpra no rio Eufrates literal, que atravessa agora a terra do Iraque. Nos antigos tempos bíblicos, o ponto focal do rio era a cidade de Babilônia, que encabeçava a terceira potência mundial da história bíblica, o Império Babilônico. O uso do Eufrates como símbolo, portanto, traz à atenção o ainda existente império mundial da religião falsa, que o livro de Revelação chama de Babilônia, a Grande, mencionada pelo versículo dezenove deste mesmo capítulo dezesseis. Da mesma maneira, o versículo dezesseis usa o nome Har-Magedon simbolicamente por causa de suas ligações históricas.
14. Que significado duplo assumiu o nome Megido, e por quê?
14 O nome Megido é dinâmico. Na história secular e na história bíblica, o nome suscita lembranças de batalhas decisivas. Por quê? Porque a cidade dominava então uma estratégica passagem terrestre entre a Europa, a Ásia e a África, e, assim, os invasores podiam ser desafiados com vantagem e impedidos ali pelos habitantes. Portanto, Megido assumiu um significado duplo, o de derrota trágica dum lado e o de vitória gloriosa do outro lado.
15. Especialmente que personagem ficou associado com Megido, e como?
15 O Deus da Bíblia veio a ser relacionado com o lugar e com o vizinho rio de Quisom. Este Deus estava com o Juiz Josué, que sucedeu ao profeta Moisés, quando Josué subjugou a Terra da Promessa e capturou Megido. (Jos. 12:21; 17:11) Durante o período dos juízes que seguiram a Josué, Deus deu uma vitória significativa ao seu povo escolhido, na vizinhança de Megido. Esta se deu nos dias do Juiz Baraque e da profetisa Débora.
16, 17. (a) Para quem não foi de pouca importância esta batalha, e, por isso, o que se fez a favor dos israelitas? (b) A quem foi atribuída a vitória, num cântico, por Baraque e Débora?
16 Comparada com os números e os materiais empregados nas batalhas modernas, a batalha lá naquele tempo era de pequena escala, visto que o Juiz Baraque tinha apenas dez mil homens e a profetisa Débora com ele, ao passo que o inimigo, o General Sísera, além de tropas de infantaria, tinha novecentos carros de guerra puxados por cavalos e armados com foices. Contudo, não era um assunto de somenos importância para Deus, porque ele interveio na batalha a favor de seu povo escolhido. Apenas ele podia ter causado o forte aguaceiro no momento psicológico, para produzir uma inundação repentina no vale do rio Quisom, que imobilizou aqueles temíveis novecentos carros do inimigo. No canto de vitória entoado por Baraque e Débora a Deus, depois da derrota milagrosa do inimigo opressor, trouxeram à atenção o papel todo-necessário de Deus na derrubada do inimigo, dizendo:
17 “Vieram reis, eles lutaram; foi então que os reis de Canaã lutaram em Taanaque, junto às águas de Megido. Não tiveram lucro de prata. Desde o céu lutaram as estrelas, desde as suas órbitas lutaram contra Sísera. A torrente de Quisom os arrastou, a torrente dos dias antigos, a torrente do Quisom. Foste pisar a força, ó minha alma. Foi então que os cascos dos cavalos escarvaram por causa do galopar precipitado dos seus garanhões. ‘Amaldiçoai a Meroz’, disse o anjo de Jeová, ‘amaldiçoai incessantemente os seus habitantes, pois não vieram em auxílio de Jeová, em auxílio de Jeová com os poderosos’.” — Juí. 5:19-23; 4:1-3, 10, 12, 13.
18. Como se declara em Juízes 4:14-16 o motivo da sobrevivência de Débora e Baraque, e de suas tropas?
18 A profetisa Débora e o Juiz Baraque, bem como seus companheiros guerreiros, sobreviveram à batalha do lado vitorioso em Megido. O motivo disso é também declarado na narrativa de Juízes 4:14-16: “Débora disse então a Baraque: ‘Levanta-te, pois este é o dia em que Jeová te há de entregar Sísera na mão. Não é Jeová quem saiu na tua frente?’ E Baraque foi descer do monte Tabor [do outro lado do vale, defronte Megido] com dez mil homens atrás de si. E Jeová começou a lançar em confusão tanto a Sísera como a todos os seus carros de guerra e todo o acampamento pelo fio da espada, diante de Baraque.” Depois disso, a perseguição dos inimigos desorganizados e a destruição de todos eles foi simples para o Juiz Baraque e suas tropas.
19. (a) As palavras de oração no fim do cântico de Baraque e Débora têm aplicação a que guerra vindoura? (b) O que acompanhou de significativo aquela vitória perto de Megido?
19 Sem dúvida, as palavras inspiradas que Baraque e Débora cantaram no fim de seu cântico, depois daquela antiga vitória em Megido, aplicam-se como oração com respeito à vindoura guerra no Har-Magedon. Cantaram: “Pereçam assim todos os teus inimigos, ó Jeová, e sejam os que te amam como quando o sol sai na sua potência.” (Juí. 5:31) O cumprimento daquela oração inspirada significa um futuro brilhante para todos os amantes de Jeová, que estarão do lado vitorioso no Har-Magedon. Neste respeito é significativo que, lá nos dias de Baraque e Débora, conforme nos diz o relato, “o país teve sossego por quarenta anos”.
20. Em nossos dias, o que é representado pelo “lugar que em hebraico se chama Har-Magedon”?
20 Agora, nos nossos dias, o que é representado pelo “lugar que em hebraico se chama Har-Magedon”? Assim como no caso da antiga Megido, indica uma situação mundial que envolve uma guerra decisiva. Denota aquele estágio da hostilidade mundial para com Deus que exige uma solução da questão pela qual surgiu a hostilidade. Visto que a antiga Megido, na sua elevação de terreno, dominava estrategicamente a passagem terrestre de uma terra firme, ou continente, para outra, assim o Har-Magedon indica aquele derradeiro estado ao qual os assuntos mundiais chegarão, em que os governantes políticos unidamente se esforçarão para abrir passagem e em que Deus tem de reagir com uma força contrária, segundo o Seu propósito. De modo que o futuro do universo há de ser decidido pelo resultado da oposição mútua de forças contrárias.
21. (a) Com tal conceito sobre o Har-Magedon, para onde e para que não olharemos? (b) Nosso exame adicional das Escrituras nos habilitará a fazer o quê?
21 Termos tal conceito bíblico sobre o que o Har-Magedon realmente significa impedirá que olhemos na direção errada e que esperemos o errado. Não olharemos para o lugar geográfico da antiga Megido, na terra de Israel. Não aguardaremos o convergimento de todas as forças armadas das nações ali, tendo por alvo de ataque a República de Israel. Não esperaremos a conversão em massa dos judeus, na República de Israel, para a aceitação de Jesus de Nazaré, como o Messias. Não seremos levados a ter a idéia de que teremos de tomar o lado dos judeus naturais, na República de Israel, a fim de sobreviver do lado vitorioso no Har-Magedon. Ao contrário, compreenderemos que o vale de Megido, sim, toda a República de Israel, não é a questão envolvida. Examinaremos diligentemente todas as Escrituras Sagradas, inspiradas, e, com a ajuda do espírito de Deus, determinaremos qual é a verdadeira questão no Har-Magedon. Assim saberemos de que lado da questão devemos tomar nossa posição, a fim de sobrevivermos junto com os vencedores no verdadeiro Har-Magedon.
A QUESTÃO NO HAR-MAGEDON
22. Há hoje um movimento de quem em direção ao verdadeiro Har-Magedon?
22 Não nos enganemos nisso: há hoje um movimento em direção ao verdadeiro Har-Magedon. Ao vermos quem está em movimento naquela direção, poderemos discernir qual a questão envolvida. Leiamos novamente Revelação 16:14, que predisse quem são os que marcham para o Har-Magedon, no ponto decisivo da história universal: “São, de fato, expressões inspiradas por demônios e realizam sinais, e vão aos reis de toda a terra habitada, a fim de ajuntá-los para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso.”
23. (a) Que há de haver uma guerra no Har-Magedon indica o que e com quem? (b) Então, qual é a questão no Har-Magedon e até que ponto?
23 O mero fato de que o ajuntamento é para uma guerra indica que há uma questão envolvida. A guerra deve ser travada para resolver a questão. Visto que é a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, significa que há os que estão em contenda com Deus, o Todo-poderoso, e que querem resolver isso combatendo contra Ele. O que têm de perder os que estão em contenda com ele e querem resolver o assunto por meio duma guerra? Ora, queira notar o cargo oficial deles, com respeito a toda a terra habitada. São governantes políticos, os “reis de toda a terra habitada”. Seus reinos estão em jogo. Provocarem esta guerra no Har-Magedon tem por objetivo defender sua regência política, seu reinado, mesmo pela força das armas. Portanto, a questão suprema no Har-Magedon é o REINO! Não o “reino” sobre a Grã-Bretanha, nem o “reino” sobre a Tailândia, nem o “reino” sobre a Suécia, mas o “reino” sobre “toda a terra habitada”.
24. Que perguntas surgem, portanto, sobre deixar as coisas assim como estão?
24 No entanto, por que devia o reino sobre toda a terra habitada ser a questão em jogo no Har-Magedon? Por que deveriam agora ficar perturbados os reis, imperadores, presidentes e outros governantes políticos da terra e se deveria questionar a continuação de seu governo? O mundo da humanidade já tem passado com estes governantes políticos por tanto tempo, de fato, por mais de quatro mil anos, ou desde os dias do Rei Ninrode de Babilônia, no rio Eufrates. Portanto, porque não deixar simplesmente continuar o status quo, o modelo político de governo terrestre, que sobreviveu por tanto tempo, enquanto as próprias pessoas estiverem dispostas a suportá-lo e a ter de vez em quando suas eleições democráticas? Por que não deixar as pessoas, pelo menos, fazer o que querem neste respeito? Por que introduzir uma mudança mundial quanto à regência da terra? Não tem o mundo já bastantes dificuldades?
25. (a) Que perguntas surgem sobre uma “mudança” desejada pelos que vêem que é tempo para ela? (b) Mas em que insistem os “reis de toda a terra habitada” e sob a influência de quê?
25 Contudo, hoje são cada vez mais as pessoas que ficam convencidas de que “chegou o tempo para uma mudança”. Mas uma “mudança” da atual situação governamental do mundo para o quê? Também, estão unidas na questão de qual a mudança a fazer e como deve ser feita? Apesar de terem a agência para ação internacional, de vinte e nove anos, as Nações Unidas, não se pode deixar entregue ao povo confuso tratar do assunto duma “mudança” para algo com que todos concordem, algo adequado para todas as necessidades humanas e certo de perdurar por todo o tempo futuro. Além disso, segundo Revelação, capítulo dezesseis, versículo quatorze, os atuais governantes políticos atuantes de modo algum estão a favor duma mudança pacífica. Insistem em tornar necessário que se trave até o fim a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. E atrás destes governantes há forças maldosas, superiores ao homem.
26. Portanto, o que precisa ser travado e por que não gostariam de evitá-la certas pessoas?
26 Por conseguinte, precisa-se travar a guerra. Ela não pode ser omitida ou evitada. Quais as pessoas informadas, com o conceito bíblico, que gostariam de evitá-la? Estão a favor da vitória do lado certo. Aguardam ansiosamente a mudança para toda a terra habitada, que se seguirá àquela guerra universal. Confrontadas com a oportunidade que se oferece às pessoas desta geração, gostariam de sobreviver à “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, e participar nos privilégios gloriosos do período do após-guerra.
27. Em vista de que fatos há necessidade da ação correta agora, e com que orientação e ajuda?
27 Não existe agora nenhuma posição neutra com respeito à vindoura guerra, que será universal. É preciso agora tomar a ação certa, antes de irromper a guerra, para a pessoa se encontrar do lado vitorioso no Har-Magedon. Apenas por se ser encontrado de todo o coração daquele lado pode haver sobrevivência de alguém na terra, para ver a mudança que a superfície de nosso globo terrestre precisa tão urgentemente. Para a nossa orientação e ajuda, para tomar a ação certa agora, temos de considerar o que está envolvido e qual o lado que está certo na controvérsia. Este lado será o vitorioso!
[Foto na página 613]
Reconstituição artística da antiga Megido.
[Mapa na página 615]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
Mte. Carmelo
Rio Quisom
Harosete
Nazaré
Mte. Tabor
Com a ajuda de Jeová Baraque derrotou o exército de Sísera.
MEGIDO
Josué derrotou o rei de Megido.
Morro de Moré
Poço de Harode
Jeová deu a Gideão, com 300 homens, a vitória sobre 120.000 midianitas.
[Capa na página 609]
[Endereço da filial]