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DebirAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Não se pode determinar com exatidão quando, na história de Israel, ocorreu esta segunda conquista. O livro de Juízes inicia com a expressão “depois da morte de Josué”, e o relato da captura de Debir, por Calebe, vem em seguida (1:11-15). Isto, de acordo com alguns, faria com que a conquista de Debir, por Judá, fosse um acontecimento posterior à morte de Josué e significaria que o relato similar, encontrado em Josué 15:13-19, fosse um acréscimo posterior ao livro que leva o nome de Josué. Contudo, outros consideram Juízes 1:1 apenas qual introdução formal para ligá-lo ao livro de Josué, argumentando que dificilmente Calebe esperaria muitos anos, até que Josué morresse, para só depois desalojar os anaquins da sua propriedade prometida. Assim, consideram o relato de Juízes como repetição do fornecido em Josué.
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DéboraAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DÉBORA
[abelha].
1. Ama de Rebeca. Quando Rebeca deixou a casa de seu pai, Betuel, a fim de ir para a Palestina e casar-se com Isaque, em 1878 A.E.C., Débora a acompanhou. (Gên. 24:59) Depois de anos de serviço na casa de Isaque, Débora veio a achar-se na casa de Jacó, talvez depois da morte de Rebeca. Evidentemente uns 125 anos depois do casamento de Rebeca com Isaque, Débora faleceu e foi sepultada sob uma grande árvore, em Betel. O nome dado a essa árvore maciça (Alom-Bacute, que significa “grande árvore de pranto”) denota quão amada ela se tornara para Jacó e sua família. — Gên. 35:8.
2. Profetisa em Israel; esposa de Lapidote. (Juí. 4:4) Não há evidência de que Lapidote e Baraque fossem a mesma pessoa, conforme alguns dizem. A associação de Débora e Baraque deu-se meramente por causa do seu interesse comum de libertar Israel da opressão cananéia. Débora morava sob uma palmeira localizada na região montanhosa de Efraim, entre Ramá e Betel; “os filhos de Israel subiam até ela para julgamento.” — Juí. 4:5.
Jeová usou Débora para convocar Baraque de Quedes-Naftali e informá-lo do propósito de Deus de usar dez mil homens para derrotar o enorme exército do rei cananeu Jabim, sob o comando de seu chefe de exército, Sísera. Em adição à promessa de Jeová de entregar o inimigo nas suas mãos, Baraque, à medida que juntava as tropas e as conduzia ao monte Tabor, fez questão da presença de Débora qual representante de Deus, embora ela fosse mulher. Débora mostrou-se disposta a deixar o seu lugar, onde era mais seguro, e juntar-se a Baraque. No entanto, ela profetizou que a ‘coisa que embelezava’ a vitória seria de uma mulher. Essas palavras se cumpriram quando a mulher Jael matou Sísera. — Juí. 4:6-10, 17-22.
Débora e Baraque entoaram juntos um cântico no dia da vitória. Parte do cântico está na primeira pessoa, indicando que foi Débora quem o compôs, em parte, senão integralmente. Era costumeiro as mulheres comemorarem as vitórias com cânticos e danças. (Êxo. 15:20, 21; Juí. 11:34; 1 Sam. 18:6, 7; Sal. 68:11) O cântico dá a Jeová todo o crédito e o louvor pela vitória em favor do seu povo. Acrescenta consideráveis informações ao relato que o precede e, para se obter um quadro completo, os dois devem ser considerados juntos. Após descrever o poder e a majestade de Jeová, e lembrar a condição de Israel, anterior à luta de Baraque, o cântico elogia as tribos que atenderam à convocação e inquire sobre as outras, que não o fizeram. Vividamente acrescenta detalhes a respeito da batalha e da derrota dos cananeus, do ato corajoso de Jael de matar Sísera, e do desapontamento da mãe de Sísera, que esperou em vão pelos despojos e escravos tomados de Israel, a serem trazidos após a esperada vitória de seu filho, Sísera. — Juí. cap. 5.
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DebulhaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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DEBULHA
Processo de libertar o grão da haste e da palha. Vários métodos empregados nos tempos bíblicos ainda são usados em diversas partes da terra. Se a quantidade que os trilhadores tinham para debulhar era pequena, ou se o grão era de tamanho pequeno, como o do cominho, ou se a debulha era feita secretamente em tempos perigosos, usava-se uma vara ou mangual para bater no cereal manualmente, no chão ou num lagar de vinho. — Juí. 6:11; Rute 2:17; Isa. 28:27.
O local para as operações normais de debulha, no entanto, era a eira. Situada em geral num local mais alto, exposto ao vento, consistia numa área circular plana, com cerca de 15 m de diâmetro, feita de pedra ou de terra batida. As eiras que não eram de propriedade particular muitas vezes eram agrupadas, perto de uma vila, para uso comum.
Os feixes de cevada ou de trigo, os cereais principais da Palestina, eram espalhados no chão (atualmente, em geral, em camadas de 30 a 45 cm). O calcar de touros ou de outros animais, ao andarem constantemente em círculo na eira, gradualmente quebrava a palha e libertava o grão da palha. Os animais não eram açaimados enquanto pisavam o grão. — Deut. 25:4; Osé. 10:11; 1 Cor. 9:9, 10.
Instrumentos de debulha puxados por animais aceleravam o processo e faziam um serviço mais cabal do que o feito com apenas os cascos de animais. (Isa. 41:15; Amós 1:3) Modelos usados em tempos mais modernos constituem-se de uma pesada trilha, larga e achatada, com dentes afiados de pedra ou de ferro apensos à face inferior ou uma grade que arrasta pesados rolos cilíndricos incrustados de facas para cortar e quebrar as hastes do cereal. Tais trenós e instrumentos rolantes cobriam uma porção adicional a cada volta, e o peso daquele que os dirigia montado aumentava sua eficiência. — Compare com Isaías 28:28.
Após ter sido bem debulhado, e revirado várias
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