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Rute, Livro DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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deste livro, e isto não discordaria da sua evidência interna. Concluir o relato com a genealogia de Davi sugere que o escritor estava a par do propósito de Deus com relação a Davi. Isto se ajustaria a Samuel, pois foi ele quem ungiu a Davi como rei. Por isso, teria sido também apropriado que Samuel fizesse um registro dos ancestrais de Davi. — 1 Sam. 16:1, 13.
AUTENTICIDADE E VALOR
Que o livro de Rute é histórico é confirmado pela genealogia de Jesus Cristo, apresentada por Mateus, a qual alista Boaz, Rute e Obede na linhagem de ascendentes dele. (Mat. 1:5; compare com Rute 4:18-22; 1 Crônicas 2:5, 9-15.) Ademais, é inconcebível que um escritor hebreu tivesse inventado deliberadamente ancestrais maternos estrangeiros para Davi, o primeiro rei da linhagem real de Judá.
O registro histórico fornece matéria de fundo que ilustra e esclarece outras partes da Bíblia. Tornar-se Davi um ‘homem que agradava o coração de Jeová’ pode ser parcialmente explicado à base de sua herança ancestral, segundo apresentada no livro de Rute. (1 Sam. 13:14) Apresenta-se de forma vívida a aplicação das leis que envolviam a respiga (Lev. 19:9, 10; Deut. 24:19-22; Rute 2:1, 3, 7, 15-17, 23) e o casamento de cunhado. (Deut. 25:5-10; Rute 3:7-13; 4:1-13) Há evidência da orientação de Jeová na preservação da linhagem de descendência que levava ao Messias, e também na escolha dos indivíduos para essa linhagem. As mulheres israelitas casadas com um homem da tribo de Judá tinham a possível perspectiva de contribuir para a linhagem de descendência terrestre do Messias. (Gên. 49:10) Ter sido Rute, uma moabita, assim favorecida, ilustra o princípio declarado pelo apóstolo Paulo: “Depende, . . . não daquele que deseja, nem daquele que corre, mas de Deus, que tem misericórdia.” (Rom. 9:16) Rute escolhera a Jeová como seu Deus, e a Israel como seu povo, e, em Sua grande misericórdia, Jeová lhe concedeu um “salário perfeito”, ao permitir que ela se tornasse um elo na mais importante linhagem. — Rute 2:12; 4:13-17.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Noemi perde seus entes queridos enquanto reside em Moabe (1:1-5)
II. Noemi e suas noras enviuvadas, Rute e Orpa, partem de Moabe (1:6-18)
A. No caminho, Noemi recomenda que Rute e Orpa voltem para Moabe (1:6-13)
B. Orpa beija Noemi e parte (1:14)
C. Rute apega-se a Noemi e expressa sua determinação de ser uma adoradora de Jeová (1:15-18)
III. Experiências de Rute e Noemi em Belém (1:19 a 4:22)
A. Reação local à chegada delas (1:19-22)
B. Rute respiga no campo de Boaz e é favorecida por ele (2:1-23)
C. Rute obedece às instruções de Noemi e solicita que Boaz aja como resgatador (3:1-18)
D. Boaz estende ao parente mais próximo a oportunidade de efetuar o resgate; com a recusa deste, Boaz toma a Rute como esposa (4:1-13)
E. O casamento de Boaz com Rute é abençoado com o nascimento de Obede, a quem Noemi serve como ama-seca ou babá, e que, mais tarde, torna-se ancestral de Davi. (4:14-22)
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa“, pp. 49-51.
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SabáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SABÁ
Um reino abastado, com toda probabilidade situado no SO da Arábia. Era especialmente conhecido por seu ouro, seus perfumes e seu incenso. (1 Reis 10:1, 2; Isa. 60:6; Jer. 6:20; Eze. 27:22) A origem deste povo de Sabá, ou sabeus, como são freqüentemente chamados em fontes seculares, não pode ser estabelecida com certeza. Na linhagem de Sem havia dois Sabás (Gên. 10:21-30; 25:1-3) e um na linhagem de Cã (Gên. 10:6, 7), que evidentemente se fixaram na Arábia. Contudo, alguns peritos modernos crêem que o povo deste reino era semita, da linhagem de Joctã, sendo descendentes de Sem mediante Éber. (Gên. 10:26-28) O próprio nome de Sabá e o de alguns de seus irmãos (por exemplo, Hazarmavete e Ofir) estão relacionados com localidades do S da Arábia.
O reino de Sabá estava localizado, de acordo com algumas fontes, na parte oriental da República Árabe do Iêmen. Sua capital era evidentemente Maribe, do lado E da cadeia montanhosa e a c. 97 km a E de Sana.
Antes de os aprimoramentos náuticos tornarem menos arriscada a navegação pelo mar Vermelho, o intercâmbio comercial com o S da Arábia e possivelmente com o E da África e com a Índia era realizado principalmente por meio de caravanas de camelos que atravessavam a Arábia. Sabá dominava as rotas das caravanas e se tornou renomada por seus comerciantes de olíbano, mirra, ouro, pedras preciosas e marfim. A Bíblia indica que tais comerciantes chegavam até a Tiro. (Eze. 27:2, 22-24; Sal. 72:15; Isa. 60:6) Um selo de argila que foi desenterrado em Betel fornece confirmação material do comércio existente entre a Palestina e o S da Arábia. Descobertas por meio de escavações feitas em Maribe sugerem que os sabeus eram um povo relativamente pacífico, de mentalidade voltada para o comércio. Em sua capital, possuíam enorme templo dedicado ao deus-lua.
A RAINHA DE SABÁ
Algum tempo depois de Salomão ter concluído muitas edificações, foi visitado pela “rainha de Sabá”, que tinha ouvido “as notícias a respeito de Salomão em conexão com o nome
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