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O Sermão do Monte — “Não vim destruir, mas cumprir”A Sentinela — 1978 | 1.° de outubro
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Aqueles líderes religiosos adotavam um conceito estrito e legalista sobre a obtenção da justiça. Acreditavam que ela provinha exclusivamente de atos que se apegassem literalmente à letra da lei. Segundo a tradição judaica, cada vez que alguém observasse um mandamento, ganhava um “mérito”. Cada transgressão era considerada como contrair uma “dívida”. Um saldo de méritos era considerado como fazendo a pessoa “justa”, ao passo que a superabundância de dívidas a tornava “iníqua”
Tal conceito legalista, porém, não chegava nem perto da norma de Deus sobre o que é direito. (Rom. 10:2, 3) Dava-se pouca atenção ao desenvolvimento de qualidades tais como amor, justiça, mansidão, benignidade e fidelidade. Contudo, Deus as encara como mais importantes do que a observância literal de preceitos legais. (Deu. 6:5; Lev. 19:18; Miq. 6:8) Jesus podia exclamar com boa razão: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o décimo da hortelã, e do endro, e do cominho, mas desconsiderastes os assuntos mais importantes da Lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fidelidade.” — Mat. 23:23; veja Lucas 11:42.
A justiça cristã teria de “abundar mais do que a dos escribas e fariseus”. Segundo disse Jesus, todos os que desejam ser verdadeiros adoradores de Deus têm de ‘adorar o Pai com espírito e verdade’. (João 4:23, 24) Sua adoração não deve consistir apenas em atos externos de piedade, que se harmonizem com um código legal, mas ser “com espírito”, com motivação dum coração cheio de fé e amor. — Mat. 22:37-40; Gál. 2:16.
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Eliabe — judeu desqualificado para o reinadoA Sentinela — 1978 | 1.° de outubro
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Eliabe — judeu desqualificado para o reinado
UMA profecia proferida no leito de morte pelo patriarca Jacó tornou claro que o reinado seria algum dia exercido pelos descendentes de Judá, seu quarto filho. Jacó disse: “O cetro [a soberania régia] não se afastará de Judá, nem o bastão de comandante [autoridade de comando] de entre os seus pés, até que venha Siló [o Messias]; e a ele pertencerá a obediência dos povos.” (Gên. 49:10) Mas, quem seria o primeiro judeu a exercer a autoridade e o poder régios?
Esta pergunta recebeu resposta mais de 600 anos após Jacó ter feito sua declaração profética. O profeta Samuel foi enviado a Belém, a fim de ungir ali como Rei um dos filhos do judeu Jessé. Do ponto de vista humano, a escolha lógica recairia sobre o primogênito de Jessé, Eliabe. Ele era homem de notável aparência, alto e bonito. Vendo-o, Samuel disse a si mesmo: “Seguramente está perante Jeová o seu ungido.” (1 Sam. 16:6) Mas, não era. A palavra de Jeová dizia: “Não olhes para a sua aparência e para a altura da sua estatura, pois o rejeitei. Porque não como o homem vê é o modo de Deus ver, pois o mero homem vê o que aparece aos olhos, mas quanto a Jeová, ele vê o que o coração é.” (1 Sam. 16:7) Um incidente posterior na vida de Eliabe ilustra bem por que não era apto para o reinado.
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