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RaabeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ainda mais os espias, ela os habilitou a fugir por uma janela (a casa dela estando situada sobre a muralha da cidade) e lhes disse como poderiam evitar o grupo de busca que se dirigia para os vaus do Jordão. — Jos. 2:8-22.
Os espias relataram a Josué tudo que tinha acontecido. (Jos. 2:23, 24) Daí, depois de a muralha de Jericó ter caído, a casa de Raabe, “num lado da muralha”, não foi destruída. (Jos. 6:22) Sob as ordens de Josué para que a família de Raabe fosse poupada, os mesmos dois espias removeram Raabe para um lugar seguro. Depois dum período em que ficaram separadas do acampamento de Israel, Raabe e sua família tiveram permissão de morar entre os israelitas. (Jos. 6:17, 23, 25) Esta anterior prostituta então se tornou esposa de Salmom e mãe de Boaz, ancestrais dos reis davídicos; ela é uma das quatro mulheres citadas nominalmente na genealogia de Jesus, registrada por Mateus. (Rute 4:20-22; Mat. 1:5, 6) Ela é também notável exemplo de alguém que, embora não fosse israelita, provou por obras a sua fé completa em Jeová. — Heb. 11:30, 31; Tia. 2:25.
2. [Heb. , Ráhav, tempestade, arrogância). Expressão simbólica, empregada inicialmente em Jó (9:13; 26:12), onde é traduzida “arremetedor”. (NM) No segundo destes trechos, o contexto e a construção paralela o relacionam com um grande monstro marinho. Similarmente, Isaías 51:9 liga Raabe com um monstro marinho: “Não és tu aquele que despedaçou Raabe, que traspassou o monstro marinho?”
Raabe, um orgulhoso e arrogante “monstro marinho”, veio a simbolizar o Egito, e seu Faraó, que se opusera a Moisés e a Israel. Isaías 51, citado acima, faz alusão à libertação do Egito, que Jeová concedeu a Israel, no versículo seguinte: “Não és tu aquele que secou o mar, as águas da vasta profundeza? Aquele que fez das funduras do mar um caminho a ser atravessado pelos resgatados?” Em Isaías 30:7, “Raabe” é de novo ligado ao Egito. O Salmo 87:4 menciona “Raabe” onde apropriadamente se enquadra o Egito, como o primeiro duma lista dos inimigos de Israel, junto com Babilônia, Filístia, Tiro e Cus. (PIB, nota; 86:4, CBC, nota) Os Targuns empregam “os egípcios” neste versículo, e, em Salmo 89:10, eles parafraseiam “Raabe” de tal modo a vincular este termo com o arrogante Faraó do Egito, a quem Jeová humilhou.
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RabáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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RABÁ
[grande). Cidade no extremo SO do antigo reino de Amom, depois de sua perda de território para os amorreus. Rabá (Rabbáth benéh ‘Ammóhn) é a única cidade do reino amonita que é citada nominalmente no registro bíblico, de modo que se presume que era a capital. Situava-se a c. 37 km a E do Jordão. A cidade se achava na margem N dum tributário do Jaboque superior, e, assim, estava em posição de beneficiar-se da rica fertilidade daquela região. Também, constituía importante elo na rota de comércio entre Damasco e a Arábia.
“Rabá dos filhos de Amom” é mencionada inicialmente na Bíblia como sendo o local do esquife de ferro do Rei Ogue, de Basã. (Deut. 3:11) Quando os israelitas chegaram à Terra Prometida, a tribo de Gade obteve terras dos amorreus (anteriormente, pelo que parece, retidas por Amom), “até Aroer, que está defronte de [talvez a NE de] Rabá”. — Jos. 13:25.
Capturada por Davi
A cidade é de novo mencionada em relação com a guerra que resultou dos maus- tratos impostos aos mensageiros de Davi pelo Rei Hanum, de Amom. (2 Sam. 10:1-19; 1 Crô. 19:1-19) Joabe e suas tropas combateram os sírios a soldo dos amonitas, enquanto que os israelitas, sob Abisai, levantaram-se contra os amonitas, “à entrada da cidade”, evidentemente Rabá. Quando os sírios foram derrotados, os amonitas recuaram para dentro da cidade. Na primavera setentrional seguinte, Joabe e seu exército cercaram Rabá. Foi durante esta campanha que Davi, em Jerusalém, pecou com Bate-Seba. — 2 Sam. 11:1-25; 1 Crô. 20:1.
Com o tempo, Joabe teve êxito em sua luta contra Rabá, ao ponto de capturar “a cidade das águas”. (2 Sam. 12:27) Visto que Joabe informou então Davi sobre a situação, de modo que o rei viesse e consumasse a conquista, obtendo assim o crédito por capturar Rabá, parece que Joabe capturou apenas uma parte da cidade. A expressão “cidade das águas” pode referir-se a uma parte da cidade situada à margem do rio, diferençando-se de outra parte da cidade, ou pode significar que ele obteve o controle do principal manancial de águas da cidade. — 2 Sam. 12:26-28.
Davi veio e concluiu a captura de Rabá e “foi muito grande o despojo da cidade que tirou de lá”. (2 Sam. 12:29-31; 1 Crô. 20:2-4) Por fim, os amonitas se tornaram de novo independentes. No século IX AEC, Amós predisse o julgamento contra os amonitas, e mencionou especificamente que Rabá seria queimada. (Amós 1:13, 14) Tanto Jeremias como Ezequiel também proferiram mensagens contra Rabá. Conforme mostrado no verbete Amonitas, estas profecias se cumpriram, evidentemente, na época de Nabucodonosor. — Jer. 49:2, 3; Eze. 21:19-23; 25:5.
No século III AEC, Ptolomeu Filadelfo reconstruiu Rabá e mudou o nome da cidade para Filadélfia. Foi mais tarde incluída entre as cidades da Decápolis, e, pelo visto, era bem próspera e forte. A moderna cidade de Amã se acha localizada ali, e existem consideráveis ruínas antigas, incluindo enorme anfiteatro, mas estas datam mormente dos tempos romanos.
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