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O bálsamo de GileadeA Sentinela — 1967 | 1.° de setembro
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meu povo mostra-se feliz! Que fareis vós, quando chegar o fim?” Não é de se admirar que não houvesse cura espiritual! — Jer. 8:22; 5:30, 31, CBC.
Jeremias faz similar referência ao Egito: “Sobe a Galaad, em busca de bálsamo, virgem, filha do Egito. É em vão que aplicas remédios, pois que para teu mal não há cura.” E, no mesmo sentido, praticamente, fala da filha de Babilônia: “Chorai sobre ela! Ide à procura de um bálsamo para a sua ferida; talvez venha a curar-se. Tentamos curar Babilônia, mas foi em vão.” — Jer. 46:11; 51:8, 9, CBC.
O bálsamo de Gileade, sendo óleo medicinal precioso e perfumado, bem representa o conforto que os cristãos podem derivar quando se acham espiritualmente desencorajados ou deprimidos, por recorrerem a oração, a associação com seus concristãos, ao estudo da Palavra de Deus e também à medida que procuram levar o bálsamo espiritual de Gileade a outros que talvez se sintam deprimidos e espiritualmente enfermos. É com esta idéia em mente que o novo cancioneiro das testemunhas de Jeová, em inglês, “Cantando e Acompanhando-vos com Música nos Vossos Corações”, tem um cântico intitulado “Bálsamo em Gileade”.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1967 | 1.° de setembro
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Perguntas dos Leitores
• Por que, depois de perdoar a Adonias, o Rei Salomão mandou matá-lo quando pediu a Abisague como esposa? — R. F., EUA.
A fim de compreender as ações de Salomão, considere primeiro o fundo. Quando Davi estava velho e, aparentemente, muito enfraquecido pela sua vida longa e vigorosa, seus servos escolheram a linda virgem, Abisague, para servir como sua enfermeira e companheira. (1 Reis 1:1-4) Muito embora Davi ‘não tivesse tido relações com ela’, ela era evidentemente considerada como sendo sua esposa ou concubina. Como tal, segundo o costume oriental antigo, ela se tornaria propriedade de seu herdeiro quando Davi morresse.
O relato a respeito de Abisague antecede diretamente os pormenores sobre a tentativa frustrada de Adonias, o filho mais velho sobrevivente de Davi, de obter a coroa. Parece estar assim colocado de forma a elucidar as ações de Adonias durante a primeira parte do reinado de Salomão. Depois de ascender ao trono, Salomão estendeu perdão condicional a Adonias, que seria Rei. Mais tarde, Adonias astuciosamente persuadiu a mãe de Salomão, Bate-Seba, a pedir a seu filho que lhe desse Abisague como esposa. Salomão concluiu que o pedido de Adonias indicava sutil esforço da parte deste usurpador de fortalecer sua pretensão falsa ao trono de Israel, e não simplesmente o desejo de ter uma bela esposa. O rei reagiu por revogar o perdão dado a Adonias e por ordenar a morte deste. — 1 Reis 2:13-25.
Destarte, Salomão não agiu por ciúmes louco e irresponsável, mas de forma a proteger sua posição de direito como sendo o rei ungido no “trono de Jeová”. — 1 Crô. 29:23.
• Por que os judeus usaram o nome do deus pagão Tamuz como nome para um de seus meses? — R. M., Honduras.
Tamuz era o nome de uma deidade babilônica. (Eze. 8:14) E, embora a Bíblia não aplique o nome desta forma, obras posteriores ao exílio, tais como o Talmude judaico, usam o nome para o quarto mês lunar judaico do celendário sagrado, o décimo do celendário secular. (Eze. 1:1) Assim, corresponderia à última parte de junho e a primeira parte de julho.
O uso do nome pagão Tamuz como se aplicando ao quarto mês do celendário sagrado talvez tenha sido apenas uma questão de conveniência para os judeus. Devemos lembrar-nos de que eram então um povo subjugado, obrigado a lidar com as potências estrangeiras que os dominavam e a prestar contas a elas. Assim, é compreensível que utilizassem os nomes dos meses empregados por estas potências estrangeiras. Similarmente, o celendário gregoriano usado hoje em dia tem meses com nomes dos deuses Jano, Marte e Juno, bem como de Júlio e Augusto César. Todavia, continua a ser usado pelos cristãos que estão sujeitos às “autoridades superiores”. — Rom. 13:1.
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