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SalmãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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eles sugere que tal incidente ainda estava aparentemente bem fresco na mente de seus ouvintes. — Osé. 10:14.
Os Annals (Anais) de Tiglate-Pileser III se referem a um príncipe de Moabe, chamado Salamanu, mas não existe nenhuma base histórica para se ligá-lo com uma “assolação” em Israel.
Por conseguinte, Salmã é quase que em geral considerado como sendo uma forma abreviada de “Salmaneser”, o nome de cinco reis assírios. Salmaneser V emerge como a pessoa mais provável aqui referida, pois, perto do fim do período de profetizar de Oséias, Salmaneser V invadiu Israel e cercou Samaria.
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SalmaneserAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SALMANESER
[o deus Sulmã é chefe].
Cinco diferentes monarcas assírios tinham este nome; no entanto, apenas dois deles parecem ter tido contato direto com Israel: Salmaneser III e Salmaneser V. Apenas o último é realmente mencionado no relato da Bíblia.
1. Salmaneser III sucedeu a seu pai, Assur-nazirpal, no trono assírio. Em certa inscrição, ele se refere a si mesmo como “o rei do mundo, o rei sem rival, o ‘Grande Dragão’, o (único) poder nos (quatro) cantos (da terra).” [Ancient Near Eastern Texts (Textos Antigos do Oriente Próximo), de J. B. Pritchard, p. 276] Ele é considerado como tendo governado por c. 35 anos. Destes anos, 31 parecem ter sido utilizados em campanhas bélicas para manter e ampliar o domínio assírio. Salmaneser III fez repetidas incursões para o O, contra os reinos arameus da Síria.
SUA INSCRIÇÃO QUE SUPOSTAMENTE ENVOLVE ACABE
Na Inscrição Monolítica de Salmaneser III, fornece-se uma descrição da batalha de Carcar (perto de Hamate, no vale do Orontes); travada no sexto ano do reinado de Salmaneser. Os assírios ali combateram uma coalizão inimiga de doze reis, primariamente sírios. No entanto, na lista, aparece um chamado A-ha-ab-bu matSir-’i-la-a-a. Este nome é traduzido regularmente como “Acabe, o Israelita”, nas obras de referência modernas, e a participação de Acabe nesta batalha, como aliado dos sírios, é popularmente encarada como fato consumado. Todavia, a Bíblia não menciona tal acontecimento e, apesar da aparente semelhança de nomes, há sérios motivos para se duvidar da identificação de A-ha-ab-bu matSir-’i-la-a-a com o Acabe de Israel.
As inscrições de Salmaneser mostram que, no seu décimo oitavo ano de governo, ou doze anos depois da batalha de Carcar, ele lutou contra Hazael, de Damasco, e também que: “Naquele tempo recebi o tributo dos habitantes de Tiro, de Sídon, e de Jeú, filho de Onri.” Assim, a identificação de A-ha-ab-bu com o Rei Acabe criaria uma contradição na cronologia bíblica, a qual mostra que, entre a morte de Acabe e o reinado de Jeú, houve um período intermediário de aproximadamente quatorze anos, abrangendo os reinados de Acazias e de Jeorão. (1 Reis 22:51; 2 Reis 3:1) Embora a maioria dos comentaristas situariam a suposta adesão de Acabe à aliança síria perto do fim de seu reinado, isto ainda não se ajusta ao arcabouço cronológico da Bíblia. Reconhecendo tal problema, os peritos Kamphausen e Kittel oferecem a sugestão de que o nome de Acabe foi confundido com o de Jeorão nos registros assírios. [Dictionary of the Bible (Dicionário da Bíblia), de Hastings, Vol. I, p. 53] Não existe, contudo, nenhum registro na Bíblia de tal participação, por parte de Jeorão, na batalha de Carcar. É também difícil explicar por que Acabe se uniria a inimigos juramentados de Israel em tal coalizão. Assim, parece inteiramente possível que a tradução de A-ha-ab-bu matSir-’i-la-a-a como “Acabe, o Israelita”, não seja a versão correta.
SUAS INSCRIÇÕES A RESPEITO DE HAZAEL E JEÚ
Em cumprimento da profecia de Jeová, mediante Elias, Hazael, o camareiro do Rei Ben-Hadade, de Damasco, matou seu senhor e tornou-se rei, provavelmente perto do fim do reinado do Rei Jeorão (c. 917-905 AEC). (2 Reis 8:7-15) Uma inscrição de Salmaneser III confirma isto, declarando: “(O próprio) Hadadezer [Adad-’idri, evidentemente Ben-Hadade, de Damasco] pereceu. Hazael, um comum (lit[eralmente] um joão-ninguém), apoderou-se do trono.” Conflitos com Hazael são mencionados no décimo oitavo e no vigésimo primeiro anos de Salmaneser, os assírios obtendo vitórias mas jamais conseguindo tomar Damasco. — Ancient Near Eastern Texts, p. 280.
O nome do Rei Jeú, de Israel (c. 905-876 AEC), também aparece no “Obelisco Negro” de Salmaneser III (presentemente no Museu Britânico), acompanhando um relevo que representa o que parece ser um embaixador de Jeú ajoelhado diante do rei assírio e lhe trazendo presentes. A inscrição reza: “O tributo de Jeú (Ia-ú-a), filho de Onri (Hu-um-ri) [significando um sucessor de Onri]; dele recebi prata, ouro, uma tigela-saplu de ouro, um vaso de ouro com fundo pontiagudo, taças sem pé de ouro, baldes de ouro, estanho, um bastão para o rei.” (Ancient Near Eastern Texts, p. 281) Este tributo não é mencionado no relato da Bíblia a respeito de Jeú, e, ao passo que tal ação bem que pode ter ocorrido por parte do rei israelita, em vista das condições descritas em 2 Reis 10:31-33, jamais se deve presumir que os egotistas monarcas assírios eram incapazes de expressar crassas falsidades, tanto em suas inscrições como em seus relevos esculpidos.
2. Salmaneser V foi o sucessor de Tiglate-Pileser III. No que tange aos registros seculares, seu reinado é obscuro e evidentemente foi breve. Não se pode determinar se ele era um filho de Tiglate-Pileser ou um usurpador. Uma inscrição histórica fala de ter restaurado um templo para Nabu, em Borsipa, em
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