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BetelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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aniquilados, e espinhos e abrolhos cobrirão seus altares; ao passo que as pessoas, confrontadas com o exílio na Assíria, bradarão aos montes: “Cobri-nos!”, e aos morros: “Caí sobre nós!” (Osé. 10:5-8; compare com Lucas 23:30; Revelação 6:16.) O profeta Amós falou em sentido similar, mostrando que, não importava quão frequentes fossem os sacrifícios oferecidos pelo povo nos altares de Betel, suas peregrinações pias a esse lugar apenas constituíam expressão declarada da transgressão, e aviso de que a ira ardente de Jeová arderia inextinguivelmente contra eles. (Amós 3:14; 4:4; 5:5, 6) Irado contra esta profecia feita por Amós, lá mesmo em Betel, o sacerdote apóstata, Ama- zias, acusou Amós de palavras sediciosas e ordenou-lhe que ‘voltasse para Judá, de onde viera’ e ali realizasse seu profetizar: “Mas, não mais deves profetizar em Betel, pois é o santuário de um rei e é a casa de um reino.” — Amós 7:10-13.
Betel continuou como santuário idólatra até a queda do reino setentrional diante da Assíria, em 740 A.E.C. Assim, Jeremias, mais de um século mais tarde, podia referir-se a ela como exemplo admoestador para os que confiavam nos deuses falsos, para sua vergonha final. (Jer. 48:13) Mesmo depois disso, Betel continuou sendo um centro religioso, pois o rei da Assíria recambiou um dos sacerdotes exilados a Israel, para ensinar ao povo afligido por leões “a religião do Deus do país”, e este sacerdote se fixou em Betel, ensinando ao povo “como deviam temer a Jeová”. O registro não declara se era um sacerdote levítico ou um sacerdote do ‘deus-bezerro’, mas os resultados parecem indicar esta última hipótese, visto que “tornaram-se tementes de Jeová, porém, mostraram ser adoradores dos seus próprios deuses”, e as coisas continuaram na mesma base falsa e idólatra iniciada por Jeroboão. — 2 Reis 17:25, 27-33.
Em cumprimento da profecia de Oséias, o bezerro de ouro de Betel tinha sido levado embora pelo rei da Assíria (Osé. 10:5, 6), mas o altar original de Jeroboão ainda estava lá no tempo do Rei Josias, de Judá. Parece que nem todos os israelitas tinham sido ainda removidos do reino setentrional pelos assírios, pois Josias, durante seu reinado, estendeu seu expurgo da religião falsa até Betel, e também às cidades de Samaria. Isto ocorreu durante ou após o décimo oitavo ano da regência de Josias (c. 642 A.E.C.), e tal ação destemida talvez se tenha tornado possível graças a que o Império Assírio estava então ocupado com problemas internos. Seja qual for a causa, Josias destruiu o local da adoração idólatra em Betel, queimando primeiro os ossos dos túmulos vizinhos sobre o altar, destarte dessagrando-o, em cumprimento da profecia feita pelo “homem de Deus” mais de três séculos antes. O único túmulo poupado foi o desse “homem de Deus”, desse modo poupando também os ossos do velho profeta que ocupava o mesmo túmulo. — 2 Reis 22:3; 23:15-18.
Homens de Betel achavam-se entre os israelitas que voltaram do exílio em Babilônia (Esd. 2:1, 28; Nee. 7:32), e Betel foi recolonizada por benjamitas. (Nee. 11:31) Durante o período macabeu, foi fortificada pelo general sírio Baquides (c. 160 A.E.C.) e foi mais tarde capturada pelo general romano, Vespasiano, antes de este se tornar imperador de Roma.
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Bete-seã, Também Bete-sãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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BETE-SEÃ, também BETE-SÃ
[casa da segurança, ou, lugar de tranquilidade]. Inicialmente, uma grande cidade fortificada dos cananeus, situada num ponto estratégico que controlava a entrada, no vale de Jezreel, de quem vinha do vale do Jordão. O nome permanece no da moderna Beisã, ao passo que o sítio antigo se situa nas proximidades, em Tel el-Husn. A terra, na área de Bete-Seã, situa-se cerca de 120 m abaixo do nível do mar, e a E mergulha abruptamente a um ponto a uns 240 m abaixo do nível do mar, junto às margens do rio Jordão, a quase 5 km de distância. Construída sobre grande monte, na beira deste declive, Bete-Seã estava militarmente em excelente posição. A O de Bete-Seã, a achatada planície do vale, através da qual corre o rio Jalud, é bem regada e fértil, e ascende continuamente até que atinge Jezreel, a uns 18 km.
Bete-Seã era também uma cidade pequena de entroncamento na rota favorita que levava da costa mediterrânea, através do vale do Jordão, até Damasco e a Arábia.
As escavações arqueológicas feitas em Bete-Seã revelaram numerosas camadas ou níveis diferentes de ruínas antigas, as mais antigas evidentemente datando de antes do tempo de Abraão. Perto do meio do segundo milênio A.E.C., Bete-Seã parece ter ficado sob o domínio egípcio, em resultado da vitória de Tutmés III em Megido. A evidência arqueológica indica que era um posto avançado egípcio por todo o reinado de vários faraós, e três esteias ou pedras monumentais foram desenterradas ali, relacionando-se com Seti I e Ramsés II, e também uma estátua de Ramsés III. No nível N.° 7 das escavações, atribuído à época do reinado de Amenotep III, encontrou-se o que se crê sejam restos da residência do comandante, revelando a existência de um lavatório, espaçosa cozinha, e, na mesma extensão dessas peças, um silo capaz de conter mais de 1.100 bushels (38, 76 metros cúbicos) de cereal.
No tempo da conquista de Canaã pelos israelitas (1473-1467 A.E.C.), Bete-Seã se localizava no território concedido a Issacar, mas foi designada à tribo de Manassés como possessão. (Jos. 17:11; 1 Crô. 7:29) Os homens de Manassés falharam em expulsar os cananeus de Bete-Seã, e de outras pequenas cidades do vale, apresentando como seu motivo a superioridade militar exercida pelos cananeus, com seus carros de guerra equipados de foices de ferro, motivo este, contudo, que não satisfez a seu comandante, Josué. Os cananeus, embora não fossem desalojados, foram todavia subjugados
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