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SamotraciaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SAMOTRACIA
[possivelmente, Samos, da Trácia]. Uma ilha montanhosa, situada na parte NE do mar Egeu, possuindo uma cidade do mesmo nome em seu lado N. O navio de Paulo chegou “diretamente” à ilha de Samotrácia, procedente de Trôade, na parte NO da Ásia Menor, na primavera setentrional de 50 EC, durante sua segunda viagem missionária. Não existe, contudo, indício algum de que ele tenha desembarcado. (Atos 16:11) A ilha dos dias atuais não dispõe dum bom porto, embora ofereça vários lugares para uma ancoragem segura.
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SamuelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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SAMUEL
[nome de Deus].
Profeta e juiz de destaque (Atos 3:24; 13:20), a quem tradicionalmente se credita a escrita dos livros bíblicos de Juízes, de Rute, e parte de Primeiro Samuel. (Compare com 1 Samuel 10:25; 1 Crônicas 29:29.) Seu pai, Elcana, era um levita da família não-sacerdotal de Coate. ( 1 Crô. 6:27, 28, 33-38) Samuel veio a ter três irmãos e duas irmãs bilaterais. — 1 Sam. 2:21.
Tendo sua mãe Ana, antes mesmo de ele ser concebido, o prometido ao serviço de Jeová como nazireu ( 1 Sam. 1:11), Samuel, assim que desmamado (talvez aos três anos de idade, pelo menos; compare com 2 Crônicas 31:16), foi levado para o tabernáculo em Silo e ali deixado aos cuidados do sumo sacerdote Eli. ( 1 Sam. 1:24-28) Assim Samuel, cingido por um éfode de linho, ‘ministrava a Jeová’ ainda menino. Anualmente sua mãe o visitava e lhe trazia uma nova túnica sem mangas. ( 1 Sam. 2:18, 19) À medida que crescia, Samuel tornava-se “mais benquisto, tanto do ponto de vista de Jeová como do dos homens”. — 1 Sam. 2:26.
TORNA-SE PROFETA COM MUITO POUCA IDADE
À noite, Samuel dormia no “templo de Jeová onde se achava a arca” de Deus, e sua primeira designação pela manhã parece ter sido a de abrir as “portas da casa de Jeová”. ( 1 Sam. 3:3, 15) Evidentemente as palavras ‘onde se achava a arca de Deus’ aplicam-se à área do tabernáculo e não devem ser entendidas como significando que Samuel dormia no Santíssimo. Como levita coatita, ele não se habilitava a ver a Arca nem quaisquer das outras peças do mobiliário sagrado que estavam no interior do santuário. (Núm. 4:17-20) A única parte da casa de Jeová a que Samuel tinha acesso era o pátio do tabernáculo. Por conseguinte, ele deve ter aberto as portas que davam para o pátio, e deve ter sido ali que ele dormia. No período em que o tabernáculo estava permanentemente localizado em Silo, ergueram-se, com toda probabilidade, várias estruturas, e uma destas poderia ter servido como local de dormida de Samuel.
Certa noite, depois de se ter recolhido, Samuel ouviu uma voz que chamava o seu nome. Imaginando que o sumo sacerdote, Eli, o chamava, foi correndo vê-lo. Depois de isto acontecer por três vezes, Eli discerniu que Jeová estava chamando Samuel, e instruiu-o a agir em conformidade. Jeová então revelou a Samuel o Seu julgamento contra a casa de Eli. Temeroso, Samuel não deu voluntariamente quaisquer informações a respeito da palavra de Jeová, até que foi solicitado por Eli a fazê-lo. Assim se iniciou a obra profética de Samuel, e todo o Israel, com o tempo, ficou cônscio de que ele era, deveras, um profeta de Jeová. — 1 Sam. 3:2-21.
LIDERA A ISRAEL NA ADORAÇÃO VERDADEIRA
Mais de vinte anos depois, por exortação de Samuel, os israelitas abandonaram a adoração idólatra e começaram a servir somente a Jeová. Em seguida, Samuel fez com que os israelitas se congregassem em Mispá. Aproveitando-se desta situação, os filisteus invadiram o país. Amedrontados, os filhos de Israel solicitaram a Samuel que invocasse a ajuda de Jeová. Ele fez isso, e também ofereceu um cordeirinho, que ainda mamava, em sacrifício. ( 1 Sam. 7:2-9) Naturalmente, como um levita coatita não-sacerdotal, Samuel não estava autorizado a oficiar no altar do santuário (Núm. 18:2, 3, 6, 7), e não existe registro algum de que o tenha feito em qualquer época. No entanto, como representante e profeta de Jeová, ele podia oferecer sacrifícios em outros locais, em harmonia com a orientação divina, assim como o fizeram Gideão (Juí. 6:25-28) e Elias. ( 1 Reis 18:36-38) Jeová respondeu à oração de Samuel, lançando em confusão os filisteus, e, desta maneira, habilitando os israelitas a conseguir uma vitória decisiva. Para comemorá-la, Samuel colocou uma pedra entre Mispá e Jesana, e a chamou de Ebenezer (“a pedra da ajuda”). ( 1 Sam. 7:10-12) Sem dúvida, dos despojos desta guerra e de outras, Samuel separou coisas como sendo sagradas, a fim de sustentar o tabernáculo. — 1 Crô. 26:27, 28.
O juizado de Samuel testemunhou adicionais reveses para os filisteus ( 1 Sam. 7:13, 14), e resultou ser um período assinalado por notáveis celebrações da Páscoa. ( 2 Crô. 35:18) Samuel também parece ter estabelecido algum arranjo para os porteiros levitas, e tal arranjo talvez servisse qual base para a organização que Davi colocou em operação. ( 1 Crô. 9:22) De seu lar em Ramá, na região montanhosa de Efraim, Samuel anualmente percorria um circuito de Betel, Gilgal e Mispá, julgando a Israel em todos estes lugares. ( 1 Sam. 7:15-17) Jamais abusou ele de sua posição qual juiz. Sua folha de serviços era inculpável. ( 1 Sam. 12:2-5) Mas os filhos dele, Joel e Abias, perverteram a justiça. — 1 Sam. 8:2, 3.
UNGE A SAUL COMO REI
A infidelidade dos filhos de Samuel, junto com a ameaça de guerra com os amonitas, moveu os anciãos de Israel e solicitar que Samuel designasse sobre eles um rei. ( 1 Sam. 8:4, 5; 12:12) A resposta de Jeová à oração de Samuel a respeito disto foi que, embora
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