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Ervas Daninhas (Joio)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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a ação do orgulhoso Rei Amazias, de Judá, ao querer combatê-lo, a uma erva espinhosa solicitar uma aliança matrimonial com um cedro-do-líbano. — 2 Reis 14:8, 9; 2 Crô. 25:18.
A denominação hebraica sháyith parece, semelhantemente, denotar uma variedade de ervas daninhas que crescem em terra abandonada ou desolada. (Isa. 5:6; 7:23-25; 27:4) Este termo (“ervas daninhas”) é usado figuradamente para representar pessoas que, por sua infidelidade, se tornaram imprestáveis, e somente boas para o fogo. — Isa. 9:18, 19; 10:17-19; compare com Daniel 4:20-22.
Em Provérbios 24:31, a forma plural do termo hebraico qimmóhsh, comumente traduzido “urtiga”, parece denotar ervas daninhas de todas as espécies. — Veja URTIGA.
As ervas daninhas (Gr. , zizánion) da ilustração de Jesus, em Mateus 13:24-30, 36-43, são geralmente consideradas como sendo o joio (Lolium temulentum), que se assemelha muito ao trigo até amadurecer, quando então pode ser prontamente diferençado do trigo por suas sementes pretas, menores. Isto, junto com o fato de que as raízes destas ervas daninhas ficam entrelaçadas com o trigo, tornaria muitíssimo desaconselhável arrancar o joio num estágio inicial. Se as sementes do joio ficarem misturadas com os grãos de trigo depois da colheita, isto poderá ter grave efeito sobre quem as ingerir. Tonturas e até mesmo envenenamento fatal têm sido atribuídos a se comer pão que contenha demasiada farinha de joio. As propriedades envenenadoras das sementes de joio, segundo se crê em geral, provêm dum fungo que cresce dentro delas.
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Esar-hadomAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESAR-HADOM
[Assur deu irmão(s)].
Filho mais jovem e sucessor de Senaqueribe, rei da Assíria. Em uma de suas inscrições, Esar- Hadom confirma o relato bíblico da morte de seu pai (Isa. 37:37, 38), dizendo: “Uma firme determinação sobreveio aos meus irmãos. Eles abandonaram os deuses e se voltaram para seus atos violentos, maquinando o mal. . . . Para obterem a realeza, mataram Senaqueribe, seu pai.”
Esar-Hadom declara que, antes da morte de seu pai, já tinha sido escolhido como herdeiro presuntivo (depois da devida consulta aos deuses, e da hepatoscopia), e parece ter servido qual vice-rei em Babilônia, antes de se tornar rei da Assíria. Após o assassinato de seu pai, Esar-Hadom conta que perseguiu os assassinos até a Armênia (a “terra de Ararate”, 2 Reis 19:37), onde os derrotou. Seu reinado oficial é considerado como tendo durado doze anos.
No início de seu reinado, Esar-Hadom começou a restauração de Babilônia, que Senaqueribe havia destruído. O templo de Esagila foi restaurado e, sobre a própria cidade, Esar- Hadom diz: “Construí de novo Babilônia, eu a ampliei, eu a soergui, eu a tornei magni- ficente.”
Seus registros relatam as operações militares contra os gimirrai ou cimerianos, que se crê tenham sido descendentes de Gômer. (Compare com Gênesis 10:2; Ezequiel 38:6.) Ele também saqueou a cidade de Sídon, estabelecendo nova cidade num sítio vizinho, que ele chamou dê Kar-Esar-Hadom. Em uma de suas inscrições, alista cerca de vinte reis vassalos, inclusive Manassés, de Judá (Menasi, rei de Yaudi).
O registro em 2 Crônicas 33:10-13 mostra que Manassés foi capturado pelos “chefes do exército que pertencia ao rei da Assíria”, e foi levado para Babilônia. No passado, alguns imaginavam que esta referência a Babilônia fosse um erro, considerando Nínive como o lugar para o qual Manassés teria sido levado. Entretanto, como vimos, Esar-Hadom, cujas inscrições mostram ter sido contemporâneo de Manassés, tinha reconstruído Babilônia, e diz-se ter estado “muito menos interessado do que qualquer outro rei assírio no embelezamento de sua capital, Ninive”. [The Interpreteis Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete), Vol. 2, p. 125] Se foi durante o reinado de Esar-Hadom que Manassés foi capturado, não haveria nada incongruente em ser ele levado para Babilônia, a respeito de cuja restauração Esar-Hadom se jactava tão orgulhosamente. Pode-se notar, contudo, que o filho de Esar-Hadom, Assurbanipal, também se refere a Manassés como sendo tributário durante seu reinado.
OS “SESSENTA E CINCO ANOS”
Na época da reconstrução do templo em Jerusalém, alguns dos habitantes não-israelitas do país se referiram a terem sido trazidos para a Palestina por “Esar-Hadom, rei da Assíria”. (Esd. 4:2) Alguns encaram o fato de a transposição de pessoas da Palestina e para ela, por parte dos assírios, ter continuado até seu reinado como uma pista para se entender o período de “sessenta e cinco anos” declarado em Isaias 7:8, com respeito à desolação de Efraim (com sua capital em Samaria). O intervalo que se estendia do reinado de Tiglate-Pile- ser IÍI (que deu início à deportação de pessoas do reino setentrional de Israel, pouco depois da profecia de Isaias) até o de Esar-Hadom permitiría que este período de sessenta e cinco anos durasse até o completo ‘desbaratamento’ de Efraim, “para não ser povo”.
CONQUISTA DO EGITO, E MORTE DE ESAR-HADOM
A mais notável consecução militar de Esar- Hadom foi a conquista do Egito, vencendo o exército egípcio sob o comando do regente etíope Tiraca (mencionado como o “rei da Etiópia” em 2 Reis 19:9) e tomando a cidade de Mênfis. Esar-Hadom assim acrescentou a seus muitos títulos o de “Rei dos reis do Egito”.
Embora Esar-Hadom organizasse o Egito em distritos e colocasse governadores assírios sobre os príncipes destes distritos, eclodiu uma revolta dentro de uns dois anos. O rei assírio
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