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BereniceAjuda ao Entendimento da Bíblia
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mulher despudorada. Ela estava noiva de certo Marcos, numa idade bem tenra, mas ele morreu antes do casamento, e, com treze anos, ela se casou com seu tio. Deste, teve dois meninos, antes de ele morrer, em 48 E.C. Ela então viveu incestuosamente com seu irmão até que o escândalo público pressionou-a a casar-se com Polêmon, rei da Cilícia. Logo depois, contudo, ela o abandonou e de novo se tornou companheira de seu irmão, e foi durante essa época que ela e Agripa visitaram a Cesaréia. Embora Berenice tentasse defender os judeus em 66, ela não hesitou em fazer um juramento de lealdade aos romanos, com os quais teve pelo menos dois casos, primeiro como a amante de Vespasiano, e então como a amante do filho dele, Tito. Este se teria casado com Berenice, não fosse o anti-semitismo dos romanos.
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Berodaque-baladãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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BERODAQUE-BALADÃ
Veja MERODAQUE-BALADÃ.
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BersebaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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BERSEBA
[poço do juramento ou de sete].
O local dum poço e, mais tarde, de uma cidade ao sul de Judá. É usualmente identificada com a moderna Bir es-Saba‘, do lado N do uádi es-Saba‘, ou com Tel es-Saba‘, uns 3 km a E. Situa-se, assim, a meio caminho entre a costa do Mediterrâneo e o extremo sul do mar Morto, cerca de 45 km ao SO de Hébron e cerca da mesma distância ao SE de Gaza. Berseba veio a representar o ponto mais meridional ao se descrever a extensão da Palestina, conforme expresso na frase proverbial, “desde Dã para baixo até Berseba” (Juí. 20:1), ou, em direção oposta, “desde Berseba até Dã”. (1 Crô. 21:2; 2 Crô. 30:5) Depois da divisão daquela nação em dois reinos, Berseba continuou a ser usada para indicar a extremidade sul do reino de Judá, na expressão “desde Geba até Berseba” (2 Reis 23:8) e “desde Berseba até a região montanhosa de Efraim” (onde começava o reino setentrional de Israel). ( 2 Crô. 19:4) Nos tempos pós-exílicos, a expressão era usada de forma ainda mais limitada, para referir-se à área ocupada pelos repatriados de Judá, que se estendia desde Berseba “até o vale de Hinom“. — Nee. 11:27, 30.
Em realidade, havia outras cidades da Terra Prometida que se situavam ao S de Berseba, assim como havia cidades israelitas ao N de Dã. No entanto, tanto Dã como Berseba situavam-se em fronteiras naturais da terra. No caso de Berseba, sua posição era abaixo das montanhas de Judá, na beirada do deserto. Adicionalmente, era uma das principais cidades de Judá (junto com Jerusalém e Hébron), e isto se dava, não só porque dispunha de excelentes reservas de água, em comparação com a região circunvizinha, assim possibilitando tanto a lavoura como as pastagens de rebanhos bovinos e caprinos, mas também graças a importantes estradas que convergiam para ela, vindas de várias direções. Do Egito, uma antiga rota levava até junto do “Caminho dos Poços”, atravessando Cades-Barnéia até Berseba, unindo-se a outra estrada pela qual viajavam as caravanas de camelos dos “Reinos das Especiarias” da península da Arábia, em direção à Filístia ou a Judá. De Eziom-Geber, na ponta do golfo de Acaba, outra rota atravessava o Arabá e então se virava para o O, ascendendo a Subida de Acrabim até Berseba. Em Gaza, na planície Filistina, uma estrada que partia da estrada principal levava ao SE, até Berseba. E, ligando-a com o restante de Judá, uma estrada ia de Berseba para o NE, subindo o platô até as montanhas de Judá, indo até Jerusalém e outros pontos mais para o N.
Esse local é primeiramente mencionado em relação a Agar, que vagueou com seu filho, Ismael, “pelo ermo de Berseba”, quando despedida por Abraão. (Gên. 21:14) Na expectativa de que seu filho morresse de sede, ela se afastou de Ismael, mas Deus ouviu o menino e orientou Agar para um poço. (Gên. 21:19) Este pode ter sido um poço cavado anteriormente por Abraão, mas que, naquele tempo, não tinha ainda recebido nome, em vista do relato que segue. Alguns dos filisteus se haviam apoderado à força dum poço nesta área, aparentemente sem que o soubesse Abimeleque, rei de Gerar, o qual se aproximou de Abraão junto com Ficol, chefe de seu exército, a fim de propor-lhe um pacto de paz. Quando Abraão criticou severamente Abimeleque pelo ato de violência dos servos deste, Abimeleque jurou ignorar o fato, concluindo um pacto com Abraão e aceitando dele sete cordeiras, como evidência do direito de propriedade de Abraão sobre o poço. Para comemorar esse evento, Abraão chamou o lugar de “Berseba” (ou, “Bersabéia”), porque “ambos fizeram ali um juramento”. (Gên. 21:31) Abraão então plantou uma tamargueira e invocou “o nome de Jeová, o Deus que perdura indefinidamente”. (Gên. 21:33) Foi dali que Abraão se dirigiu a Moriá, para oferecer Isaque como sacrifício, e voltou para morar ali. — Gên. 22:19.
Quando Abraão morreu, os filisteus taparam os poços que ele cavara, mas, quando Isaque, mais tarde, passou a morar ali, ele começou a reabri-los e chamá-los pelos nomes que seu pai lhes havia dado. (Gên. 26:18) Sofrendo a oposição dos filisteus, recuou de lugar em lugar até que encontrou amplo espaço em Reobote, e, mais tarde, retornou a Berseba. (Gên. 26:22, 23) Enquanto os servos de Isaque escavavam um poço em Berseba, Abimeleque, possivelmente outro rei de Gerar (com o mesmo nome ou título que aquele que havia pactuado com Abraão, ou talvez o mesmo), veio junto com Ficol, o chefe de seu exército, até Isaque, a fim de propor-lhe um pacto de paz. Depois de festejarem e beberem, acordaram bem cedo na manhã seguinte e fizeram declarações juramentadas um ao outro. Nesse mesmo dia, o poço produziu água, e Isaque chamou-o de Siba, significando “sete”, e referindo-se a um
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