Regentes associados com o ”leão da tribo de Judá”
“O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a êle obedecerão os povos.” — Gên. 49:10, ALA.
1. Apesar de o Papa Leão XIII ter assumido um título, por que não era a ele que os povos tinham que obedecer, e a quem dá a Bíblia o título?
QUANDO o colégio de cardeais elegeu o italiano Joaquim Pecci como papa da Igreja Católica Romana, ascendendo este ao trono papal em 3 de março de 1878, ele assumiu o título de Leo XIII. A palavra latina, leo, significa “leão”. Logo após a sua coroação como papa, ele passou a se assinar em latim como “Leo da tribus de Juda”, isto é, “Leão da tribo de Judá”. Obedeceram-lhe os povos, mesmo em questões religiosas? A história responde Não! Isto era de se esperar, pois o papa não era judeu, não era da tribo de Judá. Portanto, os povos da terra não tinham que lhe obedecer. O último livro da Bíblia Sagrada, escrito pelo apóstolo João, deu este título a alguém que realmente tinha nascido judeu, da tribo de Judá, e da família real do Rei Davi, a saber, o glorificado Jesus Cristo.
2. Sob que circunstâncias se mencionou o título e se descobriu aquele que era digno dele?
2 O apóstolo João relata que chorou na sua visão inspirada porque não se achava no momento alguém digno de tomar o rolo profético da destra de Deus e abri-lo para ler e fazer o seu conteúdo tornar-se realidade. Daí João prossegue: “Todavia um dos anciãos me disse: Não chores: eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” João ficou animado quando viu o Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus Cristo, a quem tinha conhecido sessenta anos antes na terra, aparecer, tomar o rolo profético e fazer o seu conteúdo tornar-se realidade. — Apo. 5:1-10, ALA.
3. Por que não adianta nada um homem assumir este título?
3 Conseqüentemente, nenhum homem hoje em dia, a despeito de sua posição política ou religiosa, tem o direito de assumir o título de “Leão da tribo de Judá”. Não lhe adiantará nada assumi-lo, pois não é a ele que todos os povos devem obediência e nunca lhe obedecerão. Deve-se obediência agora somente ao Jesus Cristo glorificado e entronizado no céu.
4. (a) Por que foi Jesus Cristo chamado apropriadamente por este titulo? (b) Por que é apropriado acharse uma tribo de Judá no Israel espiritual, dando a sua posição na lista das tribos?
4 O patriarca Jacó, na profecia que vaticinou no seu leito da morte, disse: “Judá é leãozinho.” Por isso foi bem apropriado que Jesus, que tinha nascido da tribo de Judá e da linhagem real de Davi, viesse a ser chamado de “Leão da tribo de Judá”. Ele venceu este mundo iníquo de Satanás, o Diabo, embora isto lhe custasse a vida terrestre. (João 16:33) É também apropriado que, entre os 144.000 cristãos das doze tribos do Israel espiritual, uma tribo seja chamada de “tribo de Judá”. Visto que Judá, embora fosse o quarto filho do patriarca, recebeu a liderança segundo a profecia que Jaco vaticinou no seu leito da morte, a tribo de Judá aparece em primeiro lugar na lista das doze tribos do Israel espiritual. — Apo. 7:4, 5.
5. Ter este nome, o que não significa para esta tribo, mas por que é importante existir uma tribo com este nome no Israel espiritual?
5 Isto não significa que a tribo espiritual de Judá tenha sido designada para dominar sobre as outras onze tribos espirituais; tampouco significa que somente os 12.000 da tribo de Judá são designados para reinar com o “Leão da tribo de Judá” no reino celestial. Não; todos os 144.000 de todas as doze tribos do Israel espiritual são co-herdeiros com Jesus Cristo. Concernente a todos os 144.000, Apocalipse 20:4, 6 (ALA) diz: “E viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos.” Assim, inclui-se no Israel espiritual uma tribo chamada pelo nome de Judá, pois se não fosse assim, estaria faltando algo muito importante na semelhança do Israel espiritual com o Israel natural de outrora.
6. Como era Judá como um leão subindo da presa?
6 Note agora como o moribundo patriarca Jacó, no ano 1712 A. C., predisse a vinda deste simbólico “Leão da tribo de Judá”. Depois de assemelhar o seu filho, Judá, a um leãozinho, Jacó disse: “Da presa subiste, filho meu. Encurva-se, e deita-se como leão, e como leoa; quem o despertará?” (Gên. 49:9, ALA) Ao tomar parte nas batalhas de Jeová, a tribo de Judá realmente apoderou-se da presa como um leão, derrotando os inimigos de Jeová e os despojando. Visto que Jerusalém foi finalmente conquistada pelo Rei Davi e visto que a maior parte do território de Judá ficava nas montanhas, podia-se dizer apropriadamente que a tribo subia da presa quando voltava para o seu território.
7, 8. (a) Como era Judá semelhante a um leão deitado que não devia ser despertado, e como foi isto bem ilustrado? (b) Portanto, o que fazem as nações desde 1914 que não devemos imitar?
7 A guerra não seria a única, ocupação e experiência da tribo de Judá, mas haveria tempo de paz e de descanso, conforme tem um arié (o nome africano do “leão”). Portanto, quando a tribo de Judá desfrutava a paz e os produtos do seu trabalho, quem se atreveria despertar a tribo para a guerra, visto que ela era como um lebí (o nome asiático do “leão”) na sua ferocidade?
8 O leão deitar-se com satisfação e pacificamente foi bem ilustrado no reinado pacífico do sábio Rei Salomão durante quarenta anos depois da morte de Davi, seu pai. O maior do que o Rei Salomão, a saber, o “Leão da tribo de Judá”, terá um reinado pacífico de mil anos. Desde o início do seu reinado celestial em 1914 E. C., as nações têm-se atrevido a despertá-lo, desafiando o seu direito de reinar sobre todos os povos da terra, a despeito do antigo aviso de Jacó. Na impendente batalha do Armagedon, pelejada pelo “Leão da tribo de Judá”, as nações serão feitas em pedaços e ele subirá vitoriosamente da presa. Por isso, que nenhum de nós se atreva a despertá-lo!
9. Que razão inspirada deu Jacó pela qual as outras tribos deviam ser leais e submissas a Judá, mas como Judá precisou ter paciência no princípio?
9 A fim de apresentar uma razão inspirada, demonstrando por que as outras onze tribos de Israel deviam ser leais e submissas à tribo de Judá, Jacó ampliou a sua profecia referente a Judá, dizendo: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.” (Gên. 49:10, ALA) A tribo de Judá em particular deve ter-se admirado quando um homem da tribo de Benjamim, a saber, Saul, filho de Quis, foi escolhido por Deus para ser o primeiro rei humano de Israel. Mesmo assim, a tribo de Judá lutou lealmente ao lado de Saul; o rei benjamita, pois sabiam que no tempo determinado de Deus, o cetro e o bastão viriam a ser possuídos pela tribo de Judá e que, quando fossem dela, não a deixariam até que o Regente permanente surgisse dela e, então, seriam dele para sempre. Por isso, os judeus tinham paciência.
SILÓ
10. Por que se chamou profeticamente de Siló este Regente permanente?
10 Por que é chamado de Siló o Regente definitivo? Porque este nome representa o seu direito, visto que o nome significa “Aquele de Quem É” ou “Aquele a Quem Pertence”. Por isso a Versão Brasileira, neste versículo, diz: “Até que venha aquele de quem ela é.” Certamente, a obediência dos povos não pertence, de direito, a nenhum outro.
11. Qual foi o verdadeiro nome do prometido Siló, e como adquiriu e confirmou ele os seus direitos?
11 O nome do que provou ser este prometido Siló, na realidade, foi Jesus, o Filho de Deus. Ele veio do céu e nasceu judeu, na linhagem descendente do Rei Davi. Pela sua mãe, Maria, Ele tinha direito natural à realeza de Davi; pelo seu pai, José, ele tinha direito legal ao cetro e ao bastão de Davi. Mas quando Deus ungiu Jesus com espírito santo desde o céu, isto tanto confirmou o direito de Jesus como lhe comissionou um reino maior do que o de Davi, o reino dos céus.
12. Quando foi que parecia que o cetro e o bastão tinham sido desviados de Judá, mas o que mostra Ezequiel 21:26, 27?
12 A tribo de Judá começou a brandir o cetro com Davi e por quase quinhentos anos o bastão não se arredou de entre seus pés e dos seus filhos, segundo iam sendo entronizados. Em 607 A. C. houve uma interrupção quanto à família de Davi manter o cetro e o bastão. Isto aconteceu quando a potência mundial babilônica transtornou o reinado, destruiu Jerusalém, a cidade capital, e demoliu o templo construído por Salomão para a adoração de Jeová e Israel perdeu a sua soberania nacional. Isto não quis dizer que o cetro e o bastão tivessem sido arredados de Judá. O direito sobre eles ainda continuou com Judá, com a família de Davi. Jeová Deus indicou isto quando inspirou o seu profeta, Ezequiel, a dizer o seguinte a Zedequias, o último que reinou em Jerusalém
“Tira o diadema, e remove a coroa: o que é já não será o mesmo: será exaltado o humilde, e abatido o soberbo. Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será, até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei. — Eze. 21:26, 27, ALA.
13, 14. (a) A quem disse o anjo Gabriel que Deus daria o reino de Davi? (b) Depois do seu batismo, o que podia Jesus dizer referente ao reino, mas quando foi que ele o recebeu em cumprimento de Daniel 7:13, 14?
13 Quando Maria, a virgem judia, recebeu do anjo Gabriel o anúncio do nascimento de Jesus, o anjo declarou que Deus daria a Jesus o trono do seu antepassado, de Davi. (Luc. 1:31-33) Com a idade de trinta anos Jesus foi batizado em água e ungido com o espírito de Deus, de modo que ele podia dizer até mesmo aos seus inimigos judeus: “O reino de Deus está no meio de vós.” (Luc. 17:21, So) Depois de ser ressuscitado de sua martirizada morte e de ser exaltado no céu, Jesus sentou-se à destra de Deus, esperando o tempo divino para ser coroado rei celestial e para receber autoridade de usar o cetro e o bastão.
14 “‘No ano de 1914, segundo a cronologia bíblica, ele chegou ao reino celestial, começando a reinar contra a vontade dos seus inimigos no céu e na terra. (Heb. 10:12, 13; Sal. 110:1, 2) A profecia de Daniel 7:13, 14 (ALA) predisse este acontecimento nas seguintes palavras:
“Eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até êle. Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruido.”
15. (a) A quem, portanto, devemos obedecer, e quem lhe obedece hoje em dia? (b) O que acontecerá aos que não obedecem, e por quê?
15 Em face de sua entronização nos céus em 1914, Ele é Aquele a quem devemos reconhecer como Regente e a quem devemos obedecer. Os poucos milhares dos 144.000 membros do Israel espiritual que ainda estão na terra, rendem-lhe lealmente obediência. Obedecem ao seu mandamento de que “será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações”. (Mat. 24:14, ALA) Centenas de milhares de pessoas dóceis ouvem as boas novas do Reino e reconhecem este Siló, Aquele a quem devem obedecer. Por isso elas se juntam obedientemente à pregação das boas novas do reino estabelecido de Deus. Todas as pessoas que não lhe obedecem agora serão destruídas, quando ele vier com o desastroso Armagedon sobre este mundo iníquo. Este Siló, “o Leão da tribo de Judá”, reinará até que os seus inimigos sejam postos debaixo dos seus pés. — 1 Cor. 15:25.
16. Como foi que a referência profética que Jacó fez a um jumentinho se cumpriu na vida terrestre de Jesus, e com que significancia?
16 Segundo predito pelo moribundo patriarca Jacó, um jumentinho e uma vide realmente figuraram com destaque na vida de Jesus Cisto. Poucos dias antes de ele ter sido morto por causa da pregação do reino de Deus, Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho, enquanto que multidões de judeus o aclamavam como rei. Outrora, israelitas proeminentes, juízes, profetas, tinham cavalgado em jumentos. (Juí. 5:10; 10:3, 4; Núm. 22:22-33) Salomão, o filho de Davi, foi montado numa mula pertencente ao seu pai até ao lugar em que seria ungido. (1 Reis 1:33-40) Semelhantemente Jesus cumpriu a profecia de Zacarias 9:9, montando, não num cavalo, mas num jumentinho até Jerusalém. Mas o político sumo sacerdote judeu recusou ungi-lo no templo como o prometido Silo. Mais tarde ele pediu a morte de Jesus.
17. (a) Como foi que Jesus amarrou o seu jumento numa vide escolhida? (b) Como salpicará ele ‘as vestes e manchará o traje todo’ com o sangue das uvas?
17 Jesus não amarrou o seu jumentinho a uma vide literal. Ele ligou as suas reivindicações régias a uma vide simbólica espiritual, a saber, ao reino de Deus. Ele se assemelhou a uma vide espiritual e os seguidores ungidos a ramos de uma vide real. (João 15:1-8) Aos judeus que o rejeitaram, ele disse uma parábola ou ilustração referente a uma vide. Aplicou a seguir o significado dela, dizendo-lhes: “O reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.” (Mat. 21:33-43, ALA) Entretanto, os herdeiros frutíferos do reino celestial serão como a mais frutífera vide, fornecendo muito suco de uva para fazer vinho. Éle preservará esta vide simbólica que produz muitos frutos do Reino, mas destruirá a vide da falsa religião, que produz uvas azedas. Haverá tão grande quantidade de sangue das uvas da falsa vide quando ele pisar a sua abundância de maus frutos que o seu sangue lhe ‘salpicará as vestes e lhe manchará o traje todo’. A mancha no seu traje denota vitória. — Apo. 14:19, 20; Isa. 63:1-6, ALA.
18. O que significa serem os seus olhos de um vermelho escuro como vinho e os seus dentes brancos como o leite?
18 Segundo a Septuaginta grega, a Vulgata latina e as versões siríacas traduzem Gênesis 49:12, os olhos de Judá eram de um vermelho mais escuro do que vinho tinto e os seus dentes mais alvos do que o leite. Entretanto, Isaías 55:1-4 associa vinho e leite com o pacto do Reino que Jeová Deus fez com o Rei Davi. Por isso a profecia de Jacó parece referir-se ao grande contentamento e abundância espiritual dos cristãos que são introduzidos no pacto do Reino para governar com o “Leão da tribo de Judá”. Assim, não é a bebedeira alguma que quis referir-se a profecia sobre o vermelho cor de vinho dos olhos, tampouco a profecia sobre os dentes alvos como o leite quis referir-se à imaturidade ou infantilidade. Portanto, o vinho denota contentamento e o leite, riqueza e abundância, visto que o reino do “Leão da tribo de Judá” deverá ser um de contentamento piedoso e de prosperidade espiritual. Estas coisas serão para os obedientes.
ZEBULÃO
19. (a) Que filho era Zebulom na ordem de nascimento dos filhos de Jacó? (b) Como estava o que Jacó profetizou sobre Zebulom em harmonia com o significado do seu nome?
19 Segundo a ordem de nascimento dos filhos de Jacó, tanto pelas suas esposas como pelas concubinas, Issacar foi o nono e Zebulom, o décimo. Segundo a lista das tribos do Israel espiritual ou da classe do Reino, Zebulom está em décimo. (Apo. 7:8) Na sua profecia final o patriarca Jacó colocou Zebulom na frente de Issacar, embora Issacar fosse o quinto filho de Lia, a sua primeira esposa e Zebulom o sexto. Na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra sob o governo do novo mundo de Deus, Issacar foi colocado profeticamente na frente de Zebulom, seu irmão mais jovem. Isto também acontece nas entradas da simbólica cidade, Javé-Schama (que significa “O Próprio Jeová Está Ali”). (Eze. 48:25, 26, 33) O nome de Zebulom significa “Habitação; Morada”. Na profecia que Jacó vaticinou no seu leito da morte, ele predisse a localização de Zebulom na Terra Prometida, dizendo:
“Zebulom habitará na praia dos mares, e servirá de porto de navios, e o seu têrmo se estenderá até Sidom.” — Gên. 49:13, ALA.
20. Como se cumpriu a profecia de Jacó na localização de Zebulom na terra de Israel?
20 Jacó disse então o lugar em que moraria Zebulom na terra que manava “leite e mel”. Quando a terra estava parcialmente conquistada depois de seus anos de luta, o Juiz Josué tirou a terceira sorte para Zebulom, mas as cidades e vilas a ele designadas não davam diretamente para o mar. O seu território ficava realmente entre o Mar da Galiléia ao oriente e o Mediterrâneo ao ocidente. Ele tinha acesso fácil às praias destes mares. (Jos. 19:10-16) Visto que o pôrto marítimo fenício, Sidom, ficava ao norte de Israel e visto que os têrmos laterais de Zebulom se estenderiam até Sidom, então a localização do seu território seria setentrional. Embora o seu território não chegasse até, o mar por causa dos territórios de outras tribos, as terras de Zebulom eram cortadas por um antigo caminho internacional conhecido como “caminho do mar”. Portanto estavam localizadas no distrito chamado “Galiléia dos gentios”. — Isa. 9:1; 1 Reis 9:11; Jos. 20:7, ALA.
21. Segundo Isaías 9:1, 2, o que deveria acontecer na terra de Zebulom, e como realmente aconteceu?
21 Quando o profeta Isaías profetizava a respeito do nascimento do prometido Siló sobre cujos ombros descansaria a regência principesca, ele mencionou específicamente Zebulom como sendo um território de onde viria grande esclarecimento, a fim de dissipar as profundas trevas semelhantes à morte. Este esclarecimento destinado a conduzir a uma libertação do pecado e da morte realmente veio quando o prometido Siló, Jesus Cristo, pregou na Galiléia dos gentios, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Isa. 9:1, 2, 6, 7; Mat. 4:12-23, ALA) Jesus foi até ao norte de Zebulom e chegou a partes de “Tiro e Sidom”, onde ele fez um milagre para uma mulher fenícia. (Mat. 15:21-29) Por conseguinte, Zebulom habitou numa mui favorecida localidade na terra de Israel.
22, 23. Na história bíblica, que menção favorável teve Zebulom (a) nos dias de Baraque. (b) nos dias de Gideão. (c) nos dias do Rei Davi?
22 Na história bíblica Zebulom é mencionado favoravelmente diversas vezes. Quando Jeová batalhou pelo seu povo oprimido nas “águas de Megido”, nos dias do Juiz Baraque e da profetisa Dêbora, os homens de Zebulom se, apresentaram voluntariamente no exército da libertação. Por isso Baraque e Débora cantaram em apreciação e disseram: “De Maquir desceram comandantes, e de Zebulom os que levam a vara de comando [para contar e alistar as tropas]. Zebulom é povo, que expôs a sua vida à morte.” (Juí. 5:14, 18, 19; 4:16, ALA) Anos mais tarde Deus suscitou o Juiz Gideão para a libertação de Israel. Gideão “enviou ainda mensageiros a Aser, e a Zebulom, e a Naftali, e saíram para encontrar-se com ele”. É provável que algumas das trezentas tropas com as quais Gideão amedrontou os invasores midianitas fôssem da tribo de Zebulom. — Juí. 6:34, 35; 7:1-7, ALA.
23 Quando chegou o tempo de todas as tribos entregarem o reino de Israel a Davi, a tribo de Zebulom forneceu considerável número de tropas sobre o qual 1 Crônicas 12:33 diz: “Prontos para socorrer a Davi de coração resoluto.” — Maredsous.
24. Os Zebulonitas se colocaram em posição para o quê e como?
24 Quando Jesus pregou no primeiro século de nossa era no território que pertencera a Zebulom, muitos dali se reuniram a ele e se colocaram em posição como membros nas doze tribos do Israel espiritual.
ISSACAR
25. Por que foi apropriado que Jacó predissesse a designação territorial de Issacar?
25 Na terra de Israel, o território de Issacar fazia fronteira parcialmente com o oriente de Zebulom e se estendia até ao Rio Jordão. Ficava numa fértil planície chamada Esdralom e no caminho internacional Via Maris ou “caminho do mar”, que passava através deles antes de chegar a Zebulom. Quando se sortearam os territórios nos dias de Josué, a quarta sorte foi de Issacar, designando-se dez cidades no seu território. (Jos. 19:17-23) O moribundo patriarca Jacó fez referência profèticamente a esta excelente propriedade, segundo disse em Gênesis 49:14, 15, ALA:
“Issacar é jumento de fortes ossos, de repouso entre os rebanhos de ovelhas [alforjes]. Viu que o repouso era bom, e que a terra era deliciosa; baixou os ombros à carga, e sujeitou-se ao trabalho servil.”
26. Sobre o quê, portanto, não podia queixar-se Issacar, e a que o assemelhou seu pai?
26 O nome Issacar significa “Ele É Salário” ou “Ele Traz Salário”. Isto se refere à maneira em que Lia, a sua mãe, teve o privilégio de concebê-lo. (Gên. 30:14-18) Este foi o nono filho de Jacó e na lista dos nomes das doze tribos do Israel espiritual, Issacar é o nono. Jacó, seu pai, assemelhou-o a um forte jumento de carga para trabalhos árduos, um que se apegaria à sua carga, um que podia descansar sem se desfazer de sua carga dupla. Os dois alforjes podem representar a carga da paz e da guerra que Issacar carregou durante a história de Israel. Êle estava disposto a trabalhar, pois vira que a sua localização em Israel era boa. Não se queixava de sua designação territorial na Terra Prometida. Apreciava que seu lugar de descanso era bom e que a sua terra era deliciosa.
27. (a) O que sugere o significado do nome Issacar? (b) Como se tornou o Juiz Baraque como os homems de Issacar?
27 O nome Issacar pode sugerir que ele se empregaria fora para trabalhar. De qualquer modo, estava disposto a baixar os seus ombros e tomar a carga da responsabilidade. Durante o período em que Israel tinha juízes como seus governadores visíveis, a tribo de Issacar forneceu um juiz por nome Tola. Êste serviu Israel por vinte e três anos. (Juí. 10:1, 2) Anos antes disto, o Juiz Baraque e a Profetisa Débora tiveram palavras em louvor a Issacar, dizendo em cântico: “Desceu . . . o povo do SENHOR [Jeová] em meu auxílio contra os poderosos. Também os príncipes de Issacar foram com Débora; Issacar seguiu a Baraque.” (Juí. 5:13, 15, ALA) Os príncipes tomaram a liderança da tribo de Issacar, quando veio a chamada ao dever para a libertação do povo de Jeová. Todos os homens de Issacar deram um excelente exemplo de coragem e zelo ao ponto de o Juiz Baraque vir a ser semelhante a eles na guerra.
28. (a) Que espécie de tropas de guerra forneceu Issacar? (b) Como foi que os homens de Issacar demonstraram ser hábeis em discernir os tempos?
28 O valor deles se manifestou outra vez nos dias de Davi. Por isso, concernente a um tio-avô do Juiz Tola, está escrito: Os descendentes “de Tola, varões de valor nas suas gerações; o seu número nos dias de Davi foi de vinte e dois mil e seiscentos . . . em tropas de gente de guerra, . . . E seus irmãos, em todas as famílias de Issacar, varões de valor, foram oitenta e sete mil, todos contados pelas suas genealogias”. (1 Crô. 7:1-5, Al) Os homens de Issacar vigiavam as indicações do que Deus quisesse que fosse feito em certos períodos de tempo. Por isso eles deram a Davi uma escolta militar quando chegou o tempo de dar-lhe o reinado de todo o Israel. Lemos: “Dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes, e todos os seus irmãos sob suas ordens.” — 1 Crô. 12:23, 32, ALA.
29. Abaixar Issacar os seus ombros para apanhar carga era uma expressão de quê, e em que sentido demonstrou ele voluntariedade?
29 Assim, quando Issacar baixou seus ombros para apanhar carga, era uma expressão de sua lealdade à nação escolhida de Deus e aos líderes que Ele suscitava, tais como Davi. Em parelelo com isto estava a predisposição de Issacar para se sujeitar ao dever comum de todos os membros da organização nacional. Deu-se exatamente conforme fora predito pelo moribundo patriarca Jacó: “Sujeitou-se ao trabalho servil.”
30. Ao quê, portanto, refere-se o escravizar-se ele a trabalhos forçados?
30 Isto não se referia a ir-se Issacar para o cativeiro nem a tornar-se escravo em alguma organização política estrangeira. Isto se referia a ocasiões durante a existência do povo nacional de Deus quando se requeresse serviços especiais da parte de todos, quando se precisasse chamar trabalhadores para algum serviço especial que precisasse ser feito em dada ocasião, dentro de um período limitado de tempo, para fazer face a uma emergência ou cuidar de algum projeto especial que não pudesse ser adiado nem estendido indefinidamente. Seria preciso chamar trabalhadores e isto seria trabalho forçado de escravo. Issacar, porém, seria razoável, ele veria a necessidade disto. Não seria rebelde como se estivessem exigindo mais do que era justo. Êle não se esquivaria de fazer a sua parte. Daria a sua contribuição, pois compreenderia a necessidade imediata da ocasião e se alegraria em se juntar para cuidar dela, para o bem de todos os irmãos.
31, 32. (a) A quem se escravizou Issacar e por quê? (b) Onde foi bom existirem pessoas como Issacar, e o que se prediz para elas?
31 Issacar sabia que se escravizava por Jeová e que seria devidamente recompensado por Ele. Issacar sabia que devia amar a seus irmãos. A organização de Deus não lhe estava oprimindo. Era somente que ocasiões especiais exigiam trabalho extraordinário da parte de Issacar e de todos.
32 Portanto, entre as doze tribos do Israel espiritual é bom ter pessoas como Issacar, ter uma “tribo de Issacar”. (Apo. 7:7, ALA) Foi predito regozijo para as tendas de Issacar e podemos ver como a alegria encheria a sua habitação. — Deu. 33:18.
DÃ
33. (a) Ao profetizar referente a Dã, que trocadilho fez Jacó sobre o seu nome? (b) O que se pode dizer referente à totalidade dele em Israel?
33 Quando profetizou concernente ao seu quinto filho, Dã, o patriarca Jaco fez um trocadilho com o seu nome. “Dã” significa “Juiz”; e em hebraico Jacó disse: Dã iadím, significando “Dã julgará” ou o “Juiz julgará”. Dã foi o primeiro filho de Jacó com Bila, sua concubina e serva de Raquel, a sua amada esposa. Pelo sétimo sorteio feito na Palestina a tribo de Dã foi designada a um pequeno território na terra de Israel. O lado ocidental dele dava para o Mar Mediterrâneo, mas os outros três lados faziam fronteira com outras três tribos. (Jos. 19:40-49) Mais tarde, os membros da tribo de Dã resolveram mudar-se mais para o norte e se estabelecer junto ao Monte Hermom, perto da nascente do Rio Jordão. Por isso, na visão profética de Ezequiel, é interessante notar que o território de Dã está no tôpo, bem ao norte, o território no. 1. (Eze. 48:1, 2) Referente ao papel de Dã em Israel, o patriarca Jacó profetizou o seguinte, em Gênesis 49:16-18, ALA:
“Dã julgará o seu povo, como uma das tribos de Israel. Dã será serpente junto ao caminho, uma víbora junto à vereda, que morde os talões do cavalo, e faz cair o seu cavaleiro por detrás. A tua salvação espero, ó SENHOR [Jeová]!”
34. Que experiência teve a tribo de Dã em julgar o seu povo?
34 Quem não conhece a história de Sansão, o homem mais forte que já viveu, que derrubou o templo do falso deus, Dagom, levando à morte súbita a mais de três mil filisteus? Sansão era da tribo de Dã. Ele foi juiz de Israel por vinte anos. Foi o único juiz de Israel que caiu nas mãos do inimigo, mas no fim triunfou em grande vitória. Foi o último juiz de Israel suscitado de modo especial por Jeová Deus. A pessoa seguinte em proeminência em Israel foi o profeta Samuel. — Juízes, capítulos 13-16; Atos 3:24.
35. Degradou Dã assemelha-lo Jacó a uma víbora, e em que sentido era veraz esta comparação profética
35 Jacó assemelhou Dã a uma serpente, a uma víbora. Mas isto não diminuiu Dã como se ele fosse uma simples e vil serpente no capim, servindo apenas para ser esmagada com os calcanhares. Antes, segundo a capacidade de uma serpente, Dã serviria a um grande propósito nacional. Embora fosse pequeno em comparação com um cavalo de guerra, ele podia derrubar o guerreiro que montava o cavalo. Ficando à espreita, ele podia morder os talões do cavalo, fazendo-o empinar e derrubar o cavaleiro por detrás. Derrubando o cavaleiro, Dã podia causar-lhe uma grande queda. Assim, embora pequeno, Dã seria perigoso como uma víbora para os perturbadores. Como um calcanhar, a tribo de Dã manteve a retaguarda, quando as doze tribos marcharam através do deserto para a Terra Prometida de Canaã. Por conseguinte, esta tribo era o calcanhar ou “a retaguarda de todos os arraiais [de Israel], segundo as suas turmas; e sobre o seu exército”, o que na realidade não era uma tarefa pequena. — Núm. 10:25, ALA.
36. Apesar dos julgamentos benéficos de Dã, de quem viria a salvação completa segundo indicou Jacó?
36 Dã tinha que julgar o seu povo com benefícios consideráveis. A libertação completa, porém, não viria por intermédio de Dã. A salvação completa de todos os inimigos viria do Deus de Israel. Para introduzir este ponto, Jacó desviou a sua atenção de Dá e dirigiu-a a Deus, dizendo: “A tua salvação espero, ó SENHOR [Jeová].” Segundo isto, o anjo de Jeová disse aos pais de Sansão que ele lideraria a salvação dos israelitas das mãos dos filisteus pagãos. (Juí. 13:5) Mas, para a salvação completa, tanto Israel como todos os outros povos tinham que esperar por alguém maior do que Dã, por um juiz maior, por Jesus Cristo, o Filho de Jeová Deus. — Atos 10:38-42.
37. Quanto a Dã, o que encontramos com respeito das doze tribos do Israel espiritual, e que substituição havia de ocorrer?
37 Jesus Cristo, o “Leão da tribo de Judá”, é o cabeça das doze tribos do Israel espiritual. Entre estas doze tribos, segundo se acham alistadas em Apocalipse 7:4-8, não se inclui uma tribo de Dã. Em vez desta, acha-se incluída a tribo de Manassés. Manassés foi sobrinho de Dã e nascera no Egito, sendo filho de José. Por conseguinte, era neto de Jacó. Entretanto Jacó disse que Manassés teria um território separado na terra de Israel, igualmente os seus filhos. (Gên. 48:13-20) Alista-se uma tribo de José entre as doze tribos do Israel espiritual. Deste modo, a tribo do filho de José, Manassés, deve ter tomado o lugar de Dã.
38, 39. (a) Por que não refletiu contra a tribo de Dã esta substituição? (b) Por que não foi o nome de Dã omitido do Israel espiritual por causa de ele ser comparado a uma víbora, e para o que podemos olhar para Dã?
38 Todavia, não devemos interpretar isto como sendo qualquer censura à tribo de Dã. Isto apenas se harmoniza com o arranjo divino. O filho primogênito de Jacó perdera o direito à primogenitura e estes privilégios passaram para José. (1 Crô. 5:1, 2) Como primogênito, José tinha direito a duas partes em Israel; para isso, Jacó, seu pai, deu-lhe uma possessão de terra a ‘mais que a seus irmãos’. (Gên. 48:21, 22, ALA) Em harmonia com isto, até mesmo no Israel espiritual, vê-se José de posse de duas partes, segundo os direitos de primogênito. Visto que Efraim, o filho mais novo de José, tornou-se mais proeminente em Israel do que Manassés, José é bem representado ou simbolizado pelo seu filho mais proeminente, Efraim, enquanto que o mais velho, o seu filho primogênito, Manassés, representa José na sua segunda possessão no Israel espiritual. Dã deu seu lugar para que este fato fosse indicado no Israel espiritual.
39 Portanto, a despeito de se omitir a tribo de Dã, o número das tribos do Israel espiritual harmoniza-se com o número original do Israel natural, Istoé, doze. Dã não foi omitido por causa de o patriarca Jacó o ter assemelhado a uma víbora, visto que não se tratava de uma comparação pejorativa. Jacó não podia assemelhar Dã a um leão, pois ele já tinha assemelhado Judá a um leão. Por isso Jacó assemelhou Dã a outra coisa perigosa para os inimigos, a uma serpente que se empenha corajosamente com um grande cavalo de guerra. Mas, quando o profeta Moisés deu as suas bênçãos de despedida antes de as doze tribos atravessarem o Rio Jordão para a Terra Prometida, Ele disse: “Dã é leãozinho, saltará de Basã.” (Deu. 33:22, ALA) Deste modo, Dã estava predestinado a desempenhar um papel corajoso e nobre em Israel. Por conseguinte, os israelitas espirituais fazem bem em olhar para Dã em busca de qualidades ou feitos históricos dignos de ser imitados.
GADE
40. (a) Por que foi chamado de Gade o sétimo filho de Jacó? (b) Nas suas palavras finais, de que parece ter falado Jacó concernente a Gade?
40 O sétimo filho de Jacó chamava-se Gade, sendo o primeiro filho de Zilpa, sua concubina. Entende-se que o seu nome significa “Boa Fortuna”. Foi assim que o aplicou Lia, quando a sua serva, Zilpa, deu-o à luz como outra contribuição de Lia para a casa de Jacó, visto que ela implorava o amor de seu marido. (Gên. 30:9-11) Ao morrer, Jacó disse as suas palavras finais a Gade e aparentemente referiu-se à localidade desprotegida que a tribo de Gade ocuparia na terra de Israel. Era junto à praia oriental do Rio Jordão e, portanto, exposta a invasão pelos nada amistosos amonitas ao leste. Mas foi este o território que os criadores de gado da tribo de Gade pediram para si mesmos antes de os israelitas atravessarem o Rio Jordão para a Terra Prometida. (Núm. 32:1-5; 34:13-15) Mui apropriadamente, Jacó profetizou:
“Gade, uma guerrilha o acometerá; mas ele a acometerá por sua retaguarda — Gê. 49:19, ALA.
41, 42. Quando foram tomar posse, como foi que a tribo de Gade demonstrou que não era uma tribo de covardes?
41 Gade não podia ser uma tribo de covardes, com mêdo de ter uma banda de suas fronteiras aberta a mãos matadoras. Esta tribo não pediu para ficar nas terras altas do lado oriental só para não lutar pela terra de Canaã. Segundo a vontade de Deus, eles mandaram a sua quota de lutadores para o outro lado do Jordão, a fim de ajudar os seus companheiros a tomar posse da Terra Prometida. Não pecaram e nem falharam neste respeito. (Núm. 32:6-36; Jos. 4:12, 13; 13:24-28; 22:1-9) Para isto, mantiveram-se em boa forma de combate e lutaram ombro a ombro com seus irmãos.
42 Palavras de despedida de Jacó a Gade eram como se fossem um mandamento para ele reagir confiantemente contra aqueles que o saqueassem e invadissem as suas fronteiras. Sem dúvida, nos dias do Juiz Jefté, eles lutaram sob o seu comando contra os amonitas agressivos, que pretendiam apoderar-se da terra. Foram beneficiados com a derrota que o Juiz Jefté impôs àqueles inimigos nas suas fronteiras. Por sua vez atacaram os atacantes pondo-os a correr e correndo atrás deles. (Juí. 11:1-33) Quando veio a prova para executar um restante dos homens que se rebelaram, suscitaram uma revolta e lutaram contra seus irmãos, os guerreiros da tribo de Gade pronunciavam corretamente a palavra chibolete, que lhes garantia a passagem. Por isso não morreram pela espada executora. — Juí. 12:1-6.
43. Em que lugar se encontra Gade na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra e na visão de João sobre o Israel espiritual?
43 Na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra, o território de Gade foi outra vez um território aberto ao sul, pois ficava ao sul dos territórios designados às tribos. Gade era então o décimo segundo na ordem. Mas, na ordem das portas da cidade Javé-Schama, a porta de Gade era a décima. (Eze. 48:27, 28, 34) Também, a tribo de Gade foi honrada com a terceira menção na lista das doze tribos do Israel espiritual, pois Gade possuía boas qualidades que também os israelitas espirituais precisam possuir. — Apo. 7:5.
ASER
44. Por que foi chamado de Aser o oitavo filho de Jacó, e que espécie de palavras finais disse Jacó a Aser?
44 O nascimento do oitavo filho de Jacó trouxe felicidade, especialmente para Zilpa, sua mãe, e para Lia, a senhora de Zilpa, que nome lhe seria melhor do que Aser? Este nome significa “Feliz; Felicidade”. (Gên. 30:12, 13) No seu leito da morte, Jacó teve uma palavra alegre para este filho, dizendo:
“Aser, o seu pão será abundante, e ele motivará delicias reais.” — Gên. 49:20, ALA.
45. Como foi que o pão de Aser provou ser abundante conforme também indicou Moisés?
45 O profeta Moisés acrescentou esta abundância de Aser na sua porção na terra, dizendo: “Bendito seja Aser entre os filhos de Jacó, agrade a seus irmãos, e banhe em azeite o seu pé.” (Deu. 33:24, ALA) A despeito de quão grande se tornasse a população, a parte de Aser seria abundante. Na terra de Israel, o território de Aser ficava junto à praia do Mar Mediterrâneo ao sul do porto fenício de Tiro. Aser fazia fronteira com o oriente, com os territórios de Zebulom e Naftali. A sua terra produzia abundantemente. — Jos. 19:24-31.
46. (a) Como tornou possível Aser produzir “delicias reais”? (b) De que caiu Aser vitima nos dias de Baraque e Débora e como?
46 Desta posição Aser podia desfrutar o mercado pela exportação ele podia ter iguarias dignas de um rei. Por isso havia o perigo de cair vitima do materialismo, pensando só em si mesmo, desfrutando o conforto e deixando os irmãos lutar pela vida. Este poder escravizador do materialismo se revelou nos dias do Juiz Baraque e da Profetisa Débora. Quando se pediu voluntários às tribos, Aser não veio. Por isso perdeu o grande privilégio de compartilhar da vitória de Jeová nas “águas de Megido”. Aser deve ter-se envergonhado quando Baraque e Débora cantaram vitoriosamente e disseram: “Aser se assentou nas costas do mar, e repousou nas suas baías.” (Juí. 5:17, ALA) Aser era preguiçoso, não nos empenhos materialistas, mas em servir diretamente a Jeová.
47. (a) A quem devemos dar as “delicias reais” e como? (b) Neste sentido, o que experimentaremos com relação ao significado do nome de Aser?
47 Em apreciação da abundância de “pão” ou de alimento que se recebe de Deus a pessoa deve retribuir-lhe as “delícias reais”, pois Jeová Deus é o grande “Rei da eternidade”. Ele reina agora mediante o seu Filho, Jesus Cristo, o “Leão da tribo de Judá”. No caso das doze tribos do Israel espiritual, a tribo de Aser está alistada como a quarta, pressagiando que os israelitas espirituais tanto teriam uma porção espiritual como seriam muito frutíferos. Eles produziriam coisas realmente deliciosas para o seu Deus Jeová e para o seu ungido Rei Jesus Cristo, “delícias” espirituais, não apenas coisas comuns. Haveriam de experimentar a Felicidade ou “Bemaventuranças” descritas pelo Senhor Jesus Cristo em seu Sermão do Monte. — Mat. 5:1-12.
NAFTALI
48. (a) Por que foi chamado de Naftali o sexto filho de Jacó? (b) A que comparou Jacó o seu filho Naftali?
48 Ao dizer aos seus filhos o que ia acontecer “na conclusão dos tempos”, o profeta Jacó voltou-se para Naftali, o décimo na ordem. Mas, na realidade, Naftali foi o sexto filho de Jacó, sendo filho da concubina, Bila, a serva de Raquel, esposa amada de Jacó. Até então a própria Raquel não tinha tido filho. Por isso, quando a sua serva deu à luz a Naftali, o seu segundo filho, foi uma façanha e tanto no esforço de Raquel produzir no seu matrimônio com Jacó. Expressando isto, ela chamou a criança de Naftali, que significa “Minhas Pelejas”. (Gên. 30:7, 8) Neste caso o seu pai fez uma bonita semelhança, dizendo:
“Naftali é uma gazela solta; ele profere palavras formosas.” — Gên. 49:21, ALA.
49. (a) Como foi a tribo de Naftali semelhante a isto? (b) Sobre o que se preocupavam primariamente nos dias de Baraque?
49 Jacó o assemelhou a um animal que tanto é veloz como gracioso nos seus movimentos. Visto que a tribo de Naftali produziu lutadores, tinham qualidades boas de homens de guerra. Eram hábeis na guerra e ligeiros em perseguir o inimigo. O Juiz Baraque era desta tribo, pois a Profetisa Débora o mandou chamar de Quedes de Naftali, para servir a Deus contra o inimigo. Os homens de Naftali estavam com Baraque nesta luta de libertação do povo de Jeová e pela honra do nome de Jeová. Não estavam preocupados primeiramente com suas rodas. O cântico da vitória de Baraque e Débora faz referência a esta disposição admirável, dizendo: “Zebulom é povo, que expôs a sua vida à morte, como também Naftali, nas alturas do campo. Vieram reis e pelejaram; pelejaram os reis de Canaã em Taanaque, junto às águas de Megido; porém não levaram nenhum despôjo de prata. Desde os céus pelejaram as estrelas contra Sísera.” (Juí. 5:18-20, ALA) Nesta batalha, os homens de Naftali foram sem dúvida como gazelas.
50, 51. (a) Como foram proferidas “palavras formosas” na “terra de Naftali” há dezenove séculos atrás? (b) Que tribo também é apropriado ter-se no Israel espiritual?
50 Naftali devia ser formoso, não só no caminhar como a esguia gazela, mas também em “palavras formosas”. No serviço de Deus as “palavras formosas” são muito desejáveis; e no território de Naftali se falaram palavras há dezenove séculos atrás que eram de fato formosas. Parte do território de Naftali ficava ao longo da costa ocidental do Mar de Quinerete, mais tarde chamado de Mar da Galiléia. Ali, em parte, cumpriu-se a profecia de Isaías, capítulo nove, versículos um e dois. O apóstolo Mateus registra o seu cumprimento, dizendo:
“Deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beiramar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos Gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” — Mat. 4:13-17, ALA.
51 Em proferir “palavras formosas” ninguém superou a Jesus Cristo, quando pregava o reino de Deus. Ele se tornou natural do território, pois embora fosse criado em Nazaré, ele fez de Cafarnaum, no território de Naftali, “a sua própria cidade”. (Mat. 9:1, ALA) Não os amigos, mas os oficiais enviados para o prender, foram os que disseram referente às palavras de Jesus: “Jamais alguém falou como este homem.” (João 7:46, ALA) Que esclarecimento as suas palavras formosas trouxeram aos que buscavam a Deus, indicando-lhes o caminho para saírem das trevas do desfavor de Deus e da condenação à morte! É mui apropriado, portanto, que as tribos do Israel espiritual incluam a tribo de Naftali, a quinta na lista. (Apo. 7:6) Isto nos faz lembrar de que todos os israelitas espirituais são esclarecidos com a mensagem do reino de Deus, a fim de pregá-la com “palavras formosas”, semelhantes às de Naftali.
JOSÉ
52. (a) Como se classificou José entre os filhos de Jacó? (b) Que espécie de registro é a vida de José, e isto a despeito do que se nota nas palavras finais de Jacó?
52 O décimo primeiro filho do patriarca Jacó foi José, filho de sua velhice e mui amado. Mas Jacó não profetizou sobre José até a décima primeira vez, evitando assim qualquer sentimentalismo. O nome de José significa “Aumentador; Acrescentador”; e ele foi o primeiro filho de Raquel, a esposa favorita de Jacó. (Gên. 30:22-24) O registro sobre a vida de José é excelente. Tanto o seu pai como os seus doze irmãos deviam-lhe obrigações, visto que ele era então primeiro ministro e administrador de mantimentos durante o período de fome no Egito. Ao profetizar sobre José, o patriarca Jacó fez referência a como ele venceu as provações, dizendo:
“José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro. Os frecheiros lhe dão amargura, atiram contra ele e o aborrecem. O seu arco, porém, permanece firme, e os seus braços são feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacá, sim, pelo Pastor e pela Pedra de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos das profundezas, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais até ao cimo dos montes eternos; estejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi distinguido entre seus irmãos.” — Gên. 49:22-26, ALA.
53. (a) Quem era o “ramo frutífero junto à fonte”? (b) Como foi que José se tornou um ramo que se estendia sobre um muro?
53 Jacó, pai de doze filhos ‘e uma filha, era símbolo de um “ramo frutífero” do qual José era um broto. Sendo bem regado por uma fonte este “ramo” crescia sobre os muros ao redor. José se tornou um ramo alto e proeminente junto com Judá, que recebeu a regência sobre toda a nação de Israel. José, porém, recebeu os direitos da primogenitura por causa da séria ofensa moral de Rúben, o irmão consangüíneo mais velho de José. Tornando-se herdeiro de duas partes das posses de seu pai, José foi especialmente proeminente por intermédio dos seus dois filhos, Manassés e Efraim, aos quais o patriarca Jacó designou duas tribos em Israel, iguais aos seus filhos. Ao ocidente do Rio Jordão, os seus territórios ficavam um ao lado do outro, embora o território de Manassés se estendesse também em direção ao oriente, para lá do Rio Jordão, até Gileade. — Jos. 16:1 a 17:11.
54. Quanto à proeminéncia em Israel, como se mostra isto na visão de Ezequiel (a) sobre a terra, (b) sobre a cidade Javé-Schama, (c) sobre a reunificação de Israel e (d) na profecia de Zacarias”
54 Na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra não aparece o nome de José, sendo ele representado .pelos seus dois filhos, Manassés e Efraim, que possuem o quarto e o quinto território. Todavia, na cidade Javé-Schama, há uma porta com o nome de José e nenhuma com o nome dos seus filhos. Na visão de Ezequiel sobre a reunificação do povo de Jeová, fala-se de José como chefe de uma parte da nação e Judá da outra. (Eze. 48:4-6, 32; 37:15-26) E na profecia de Zacarias, que predizia os nossos dias, Jeová Deus diz: “Fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José e fá-los-ei voltar, porque me compadeço deles. (Zac. 10:6, ALA) Por conseguinte, na nação de Israel, José sempre teve a proeminência semelhante a um grande galho.
55. (a) Como atiravam os arqueiros em José? (b) Como eram fortelecidos os braços de José para puxar o arco?
55 Quando jovem, José teve muitos que atiravam nele figuradamente para destruí-lo por causa do favor de Deus sobre ele. Isto se deu especialmente com seus irmãos consangüíneos. Embora nutrissem inimizade contra José, ele nunca lhes retribuiu na mesma moeda. Pagava-lhes com a misericórdia e benignidade e isto era-lhes como flechas contra a inimizade deles. Seu braço forte podia sustentar o arco e arremessar as flechas da misericórdia, da benevolência, do perdão, que não matavam as pessoas, mas implicavam na salvação de vidas humanas. Portanto, os arqueiros inimigos não só falharam em matar José, mas também em torná-lo fraco na sua devoção à justiça e à bondade fraternal. Tendo o espírito de Deus sobre si, José continuou forte na justiça e venceu o mal com o bem. — Rom. 12:21.
56. (a) Como veio o “Pastor” do “Todo-poderoso” de Jacó? (b) Como veio também de lá a “Pedra de Israel?
56 Jeová Deus era o “Todo-poderoso” de Jacó, pai de José. As suas mãos poderosas forteleceram José. Daquelas mãos veio o pastor do povo. José tornou-se um pastor ou superintendente do povo de Israel. Jesus Cristo, o Filho de Deus, tornou-se o Bom Pastor que deu a sua vida pelas ovelhas de Deus. (João 10:11-16) Do Todo-poderoso, Jeová, veio também a “Pedra de Israel”. Foi isto que José se tornou, quando ele não se vingou, mas agiu como zelador, alimentador e protetor das doze tribos de Israel no Egito, durante a fome. Do poderoso Deus de Jacó veio também a Pedra simbólica do Israel espiritual, isto é, Jesus Cristo. Ele é a Pedra Fundamental Angular sobre a qual está edificado o templo espiritual de Deus no qual todos os homens que buscam a vida precisam adorar a Deus. (Efé. 2:20-22; 1 Ped. 2:4-6) Por conseguinte, o Pastor, a Pedra de Israel, é uma dádiva do Deus de Jacó, pai de José. Este Pastor está com o Deus Todo-poderoso. Ele está ao lado do Deus Todo-poderoso e anda com ele. Podemos ter confiança segura neste Pastor.
57. (a) Com o que seria abençoado José na terra de Israel? (b) Quão superiores e por quanto tempo seriam as bênçãos sobre a cabeça de José?
57 O patriarca Jacó assegurou José de que na terra de Israel o Deus Todo-poderoso abençoaria as tribos dos seus filhos, Efraim e Manassés, com o abastecimento necessário de água tanto do céu como do subsolo, tanto para beber como para a agricultura. O Todo-poderoso os abençoaria também com grande população, fazendo com que os ventres de suas mulheres fôssem frutíferos e fazendo com que os seus seios amamentassem muitas crianças. As bênçãos semelhantes às que Jacó, pai de José, desfrutou e as bênçãos que Jacó pronunciou para com José, seu amado filho, seriam como ornamentos para as duas tribos que saíram de José. Estas bênçãos seriam um ornamento superior às bênçãos das florestas e das fontes que adornam as colinas e montes eternos. Seriam bênçãos eternas, continuando sobre a cabeça de José e dos seus descendentes por tanto tempo quanto os montes existissem.
58, 59. (a) Como se destacou José sobre seus irmãos para se tornar digno de quê? (b) Como foi ele favorecido no Israel espiritual?
58 Pela sua conduta José mereceu estas bênçãos. Não se tratava de parcialidade para com ele. Ele foi ‘destacado de seus irmãos’, não porque o seu pai o amava como filho de sua velhice e da sua esposa favorecida, mas porque Deus o escolheu para desempenhar um excelente papel profético. José não se separou de seus irmãos, mas foram eles que se descartaram dele por algum tempo. Não por ser insociável, mas por demonstrar um excelente espírito e a habilidade de manejar, superintender e organizar, foi que José se destacou sobre seus irmãos. Foi justo que bênçãos especiais descessem sobre a sua cabeça.
59 Certamente, pois, respeitando apropriadamente José, dá-se o seu nome a uma tribo do Israel espiritual e não o do seu segundo filho, Efraim. — Apo. 7:8.
BENJAMIM
60. Em que relação estavam Benjamim e José na questão de afeição e na localização em Israel?
60 Benjamim, que era o irmão germano de José, foi o último e décimo segundo filho do patriarca Jacó. Raquel, a mãe de José, era também mãe de Benjamim. Isto criou um forte amor natural entre José e Benjamim, o seu irmão mais novo. Jacó deu-lhe este nome, que significa “Filho de Minha Mão Direita”. (Gên. 35:16-18) Na disposição das doze tribos de Israel estes dois irmãos José e Benjamim, estão geralmente um ao lado do outro. (Veja-se Deuteronômio 33:12, 13; Ezequiel 48:32; Apocalipse 7:8.) Na Terra Prometida, o território de Benjamim fazia fronteira com o do seu sobrinho, Efraim, o filho mais novo de José; e junto ao território de Efraim ficava o de Manassés, o filho mais velho de José.
61. (a) Na divisão do Reino de Israel, com quem permaneceu Benjamim e por quê? (b) Como foi Benjamim localizado na visão de Ezequiel sobre a terra e literalmente na terra de Israel?
61 Todavia, quando se deu a grande divisão do Reino de Israel depois da morte do Rei Salomão, a tribo de Benjamim permaneceu leal à tribo de Judá e não às de Efraim e Manassés, que se rebelaram. Por quê? Porque de Judá haveria de sair o “Leão da tribo de Judá”, o Siló prometido. (Gên. 49:9, 10) Por isso, na visão de Ezequiel sobre a divisão da terra sob o reino de Deus, foi só por causa da lealdade da tribo de Benjamim que esta foi localizada junto à fronteira sulina da Santa Contribuição, do templo e da cidade Javé-Schama, ao passo que a tribo de Judá ficava do outro lado, junto à fronteira setentrional da Santa Contribuição. (Eze. 48:8, 22, 23) Similarmente, na Terra Prometida da Palestina, a cidade capital de Jerusalém, com seu palácio real e com seu templo, ficava entre as tribos de Judá e Benjamim. — Juí. 1:21; 1 Sam. 17:54; 2 Sam. 5:4-9.
62. O que devemos esperar da profecia de Jacó concernente a Benjamim e por quê?
62 O nome “Filho de Minha Mão Direita” podia indicar filho favorecido. Deveras, até quando Jaco profetizou do seu leito da morte, Benjamim era um filho muito amado. Até então não havia nada registrado contra ele. Portanto, não era de se esperar que Jacó profetizasse algo contra Benjamim, diminuindo a estima por ele. Disse Jacó:
“Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã devora a presa, e à tarde reparte o despojo.” — Gên. 49:27, ALA.
63, 64. (a) Como seria Benjamim semelhante a um lôbo e entre quem? (b) Como era Benjamim como um lobo nos dias dos juizes de Israel?
63 Jacó havia assemelhado Judá a um leão, Dã a uma serpente ou víbora e então assemelhava o seu amado filho a um lobo. Isto correspondi, a dizer que Benjamim ou a sua tribo seria como um lôbo, não entre o povo de Jeová Deus, mas entre os inimigos do povo de Deus. Isto significava que os benjamitas seriam lutadores pela adoração e pelo governo estabelecidos por Jeová Deus. Pois, para com os inimigos de Deus eles seriam tão ferozes como os lobos ao entardecer, despedaçando-os como fazem os lôbos. (Hab. 1:8) Entre as destrezas dos benjamitas para a luta achava-se a habilidade de eles arremessarem pedras certeiras quer com a direita quer com a esquerda. (Juí. 20:14-16; 1 Crô. 12:1, 2) O canhoto Juiz Eúde era benjamita e usou a sua mão esquerda para matar o opressor gordo de Israel. — Juí. 3:15-21.
64 Depois da batalha da libertação nas “águas de Megido”, o Juiz Baraque e a, Profetisa Débora cantaram o cântico da vitória, incluindo as seguintes palavras referentes à origem dos que lhes ajudaram na batalha: “Desceu . . . o povo do SENHOR [Jeová] em meu auxílio contra os poderosos. De Efraim [sobrinho de Benjamim], cujas raízes estão na antiga região de Ameleque . . . seguiu Benjamim com seus povos.” — Juí. 5:13, 14, ALA.
65. Como se pode dizer que Benjamim foi como um lóbo de manhã e de tarde?
65 Semelhante a um lôbo em busca de alimento, Benjamim tinha de ser um caçador bem sucedido. Como um lôbo que come de manhã a sua presa, a tribo de Benjamim proveu o primeiro rei de Israel, na aurora do reinado de Israel. Este rei foi Saul, filho de Quis, que foi um lutador feroz contra os filisteus. (1 Sam. 9:15-17) Ademais, assemelhando-se a um lôbo que à tarde divide o despôjo, no crepúsculo dá nação de Israel, a tribo de Benjamim proveu a Rainha Ester e o primeiro-ministro, Mordecai, no Império Persa nos dias do Rei Assuero. Estes dois benjamitas foram usados para destruir os últimos inimigos amalequitas; que tentaram fazer com que os israelitas fossem destruídos através de todo o império. — Ester 2:5-7.
66. Quem de Benjamim se tornou um notável lutador pelo Leão da tribo de Judá”, e onde tem um merecido lugar a tribo de Benjamim?
66 Depois de Jesus Cristo, o “Leão da tribo de Judá”, ter morrido e sido ressuscitado, muitos benjamitas tornaramse seus seguidores. Entre estes se achava Saulo de Tarso, que se tornou o apóstolo Paulo. (Rom. 11:1; Fil. 3:5) De feroz perseguidor do cristianismo, ele se tornou um dos seus lutadores mais habilitados. Revestiu-se de toda a “armadura de Deus” e brandiu poderosamente a “espada do espírito, que é a palavra de Deus”. (Efé. 6:11-17, ALA) Semelhante a um lôbo, o benjamita, Paulo, despedaçou as doutrinas e as tradições dos inimigos do cristianismo. A tribo de Benjamim tem um merecido lugar entre as tribos do Israel espiritual. (Apo. 7:8) Benjamim é um bom exemplo pára os cristãos em muitos. sentidos.
“AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL”
67. (a) Assim, o que podemos ver que Jacó foi? (b) Finalmente, depois das palavras acima sobre os seus filhos, o que fez Jacó?
67 Deste modo, a profecia de Jacó, que tinha começado com uma referência histórica um tanto sórdida, terminou com uma comparação que predisse a vitória gloriosa do povo de Jeová. Depois de mais de três mil anos após a morte de Jacó, podemos ver que ele foi um profeta verdadeiro, uma testemunha fiel de Jeová. Terminou os seus dias falando a verdade, uma verdade profética que se cumpriu mais plenamente no Israel espiritual, edificado sobre alguém maior que Jacó, a saber, Jesus Cristo. Depois de Jacó profetizar referente aos seus filhos, ele deu-lhes a sua bênção de despedida. Lemos: “São estas as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a bênção, que lhe cabia.” A seguir, recomendou que o enterrassem com Abraão e Isaque na Terra Prometida. “Tendo Jacó acabado de dar determinações a seus filhos, recolheu os pés na cama, e expirou, e foi reunido ao seu povo.” (Gên. 49:28-33, ALA) Jacó ainda dorme, aguardando ser ressuscitado no novo mundo de Deus.
68. (a) O que se tornaram as “doze tribos de Israel” em sentido típico? (b) Como são representadas como regentes associados com o “Leão da tribo de Judá”?
68 As doze tribos de Israel que Jacó deixou tornaram-se um tipo profético das doze tribos do Israel espiritual constituído de 144.000 membros sob a chefia do seu Líder celestial, Jesus Cristo, o “Leão da tribo de Judá”. Há muito tempo atrás, na montanha dos Dez Mandamentos, Deus deu ao Israel terrestre a oportunidade de ser um “reino de sacerdotes e nação santa” dele. (Êxo. 19:1-6, ALA) Mas, agora, as doze tribos do Israel espiritual se têm provado dignas de se tornar o reino de sacerdotes sob o Sacerdote Principal, Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. O apóstolo João, que foi um dos doze fundamentos do Israel espiritual, viu as doze tribos espirituais, com 144.000 membros, em pé na sede celestial do governo, Sião, juntamente com o Cordeiro. Foram prefigurados assim como sendo regentes associados com o “Leão da tribo de Judá”. Estes O seguem “por onde quer que vá”. — Apo. 14:1-4, ALA.
69. O que está fazendo na terra o restante dos regentes associados com o Leão em cumprimento da profecia de Jacó?
69 Há apenas um restante dos 144.000 ainda na terra e seguindo as suas pisadas. Sabem que está bem próximo o reino milenar do “Leão da tribo de Judá”. Por isso pregam o “evangelho do reino” em toda a terra habitada, conforme Jesus predisse em Mateus 24:14. Apontam para ele como sendo o prometido Siló a quem todos os povos têm de obedecer, pois o direito ao Reino lhe pertence e ele o recebeu de Jeová Deus. Quer as nações gostem ou não, ele reinará sobre todos os povos da terra.
70. Como deviam ser sábios os povos da terra e por quê?
70 Sejam sábios, portanto, todos os povos da terra. Aceitem o “evangelho do reino” e obedeçam Àquele a quem de direito, ao “Leão da tribo de Judá”. Fazer isto significa vida eterna, paz e alegria para todos sobre a terra, quando ela for transformada num paraíso pelo reino milenar do “Leão da tribo de Judá” e dos regentes associados com ele.