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BeijoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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2 Sam. 19:39) Beijar podia acompanhar uma bênção. — Gên. 31:55.
Uma saudação afetuosa incluía beijos, talvez acompanhados de choro e de abraços. (Gên. 33:4) O pai do pródigo que voltou, na ilustração de Jesus Cristo, lançou-se sobre o pescoço do filho e o “beijou ternamente”. (Luc. 15:20) Beijar também acompanhava uma despedida mui amorosa. (Gên. 31:55; Rute 1:9, 14) Quando o apóstolo Paulo estava prestes a partir de Mileto, os anciãos da congregação de Éfeso ficaram tão comovidos que choraram e “lançaram-se ao pescoço de Paulo e o beijaram ternamente”. — Atos 20:17, 37.
A Bíblia faz breve referência a beijos ligados ao amor entre os sexos. (Cân. 1:2; 8:1) Ao dar conselhos para a pessoa se guardar dos artifícios duma mulher iníqua, o livro de Provérbios avisa sobre o beijo sedutor duma prostituta. — Pro. 7:13.
Os beijos poderíam ser fingidos. Absalão, que astutamente buscava o poder, beijava os homens que se aproximavam para curvar-se diante dele. (2 Sam. 15:5, 6) O beijo traiçoeiro de Joabe significou a morte do insuspeitoso Amasa. (2 Sam. 20:9, 10) Também, foi com um beijo enganoso que Judas Iscariotes traiu Jesus Cristo. — Mat. 26:48, 49; Mar. 14:44, 45.
ADORAÇÃO FALSA
Beijar, como ato de adoração para com os deuses falsos, foi proibido por Jeová, que menciona 7.000 homens que não curvaram o joelho a Baal, nem o beijaram. (1 Reis 19:18) Efraim foi repreendido por fazer ídolos e dizer: “Que os sacrificadores que são homens beijem meros bezerros.” (Osé. 13:1-3) Os gregos e os romanos tinham por prática jogar um beijo com a mão para seus ídolos, se estes eram inacessíveis, e, deste modo, também saudavam o sol nascente. Jó 31:27 talvez aluda a uma prática idólatra similar.
O “BEIJO SANTO”
Entre os primitivos cristãos havia o “beijo santo” (Rom. 16:16; 1 Cor. 16:20; 2 Cor. 13:12; 1 Tes. 5:26), ou “beijo de amor” (1 Ped. 5:14), possivelmente dado em indivíduos do mesmo sexo. Esta forma de saudação dos cristãos primitivos talvez corresponda à antiga prática hebraica de as pessoas se saudarem com um beijo. Embora as Escrituras não forneçam quaisquer pormenores, o “beijo santo” ou “beijo de amor” evidentemente refletia o amor e a união saudáveis que prevaleciam na congregação cristã. — João 13:34, 35.
USO FIGURADO
Beijar, como representando uma demonstração de respeito e de devoção, é mencionado no conselho inspirado: “Servi a Jeová com temor”, e “beijai o filho, para que Ele não se ire e não pereçais no caminho”. (Sal. 2:11, 12) As pessoas que acatam de forma favorável e que se submetem ao rei e ao reino de Deus obterão grandes bênçãos, quando se puder dizer: “Justiça e paz — elas se beijaram”, porque a conexão entre as duas será tão evidente a todos como é a íntima associação de amigos mui afeiçoados. — Sal. 85:10.
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BelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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BEL
[Senhor].
Título que talvez tenha sido inicialmente aplicado ao deus Enlil, que significa “principal demônio”. Adorado como o deus da terra, do ar e da tempestade, Bel ou Enlil, junto com Anu, o “deus do céu”, e Ea, o “deus das águas”, formavam uma tríade. Quando Hamurábi se tornou rei, e fez de Babilônia a cidade principal de todo o país de Babilônia, naturalmente veio a ser atribuída maior importância a Marduque (Merodaque), o deus padroeiro de Babilônia. Por fim, deu-se a Marduque os atributos dos deuses anteriores, e ele até mesmo os desalojou nos mitos babilônicos. Por exemplo, o triunfo sobre Tiamat, que se cria ser atribuído a Enlil num relato anterior, embora inexistente agora, veio a ser atribuído a Marduque. Também, o título de “Bel”, dado a Enlil, foi transferido para Marduque. Em períodos posteriores, seu nome próprio, “Marduque”, foi substituído pelo título Belu (“Senhor”), de modo que, por fim, era comumente mencionado como Bel. Sua consorte era chamada Belit (“Senhora”, por excelência).
As seguintes partes duma oração dirigida a Bel fornecem certa visão de como os babilônios encaravam tal deus:
“Ó Bel, que não tem igual, quando irado.
Ó Bel, rei excelente, senhor dos países,
Que torna amigáveis os grandes deuses,
Ó Bel, que faz cair os poderosos com seu relance,
Senhor dos reis, luz da humanidade, que divide as partes —”
“Quem (não fala) de ti, não fala do teu valor?
Quem não fala da tua glória, não glorifica a tua soberania?” — Ancient Near Eastern Texts (Textos Antigos do Oriente Próximo), de James B. Pritchard, p. 331.
Quando se considera a alta conta em que Bel era tido, torna-se evidente por que os profetas de Jeová, sob inspiração, fizeram referência a ele como uma das deidades a serem humilhadas na queda de Babilônia. Quase duzentos anos antes de Babilônia cair diante dos medos e dos persas, Isaías predisse que Bel teria de curvar-se e que Nebo teria de prostrar-se em vergonhosa derrota. Suas imagens idólatras destinavam-se a ser carregadas por animais selvagens; e, quanto aos animais domésticos, carregarem-nas como sendo simples peças de bagagem seria “uma carga para os animais cansados”. Bel e Nebo, porém, não conseguiriam escapar. Sua “própria alma“, isto é, eles mesmos, iriam para o cativeiro. (Isa. 46:1, 2; veja também Jeremias 50:2.) Jeová obrigaria Bel a expelir o que havia tragado por meio de seus adoradores, que atribuíam suas vitórias a ele. Bel teria especialmente de desistir do povo exilado de Jeová e dos utensílios sagrados
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