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QueneuAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Aquis que ele fizera uma incursão “no sul dos queneus”. (1 Sam. 27:10) Mas, isto fazia parte dum subterfúgio. Em realidade, os queneus mantinham relações amigáveis com os israelitas. Assim, quando Davi saqueou Ziclague, ele enviou parte dos despojos “aos nas cidades dos queneus”, provavelmente na região montanhosa do S de Judá. — 1 Sam. 30:29.
Famílias dos escribas que residiam em Jabez eram queneus, “que procederam de Hamate, pai da casa de Recabe”. (1 Crô. 2:55) São mencionados em relação com os descendentes de Judá. — 1 Crô. 2:3.
Viverem os queneus associados a diferentes povos, em ocasiões e locais diversos, pode subentender que este povo nômade ou semi-nômade não foi inteiramente absorvido por nenhuma outra tribo ou povo.
A Bíblia não relata especificamente o que aconteceu com os queneus, também chamados Caim. A expressão proverbial de Balaão a respeito deles apresentava a pergunta: “Quando será que a Assíria te levará cativo?” (Núm. 24:21, 22) Assim, pode acontecer que alguns queneus moravam no reino setentrional de Israel e nas áreas circunvizinhas, e foram levados cativos, junto com eles, pelos assírios. — 2 Reis 15:29; 17:6.
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QuerubimAjuda ao Entendimento da Bíblia
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QUERUBIM
Uma criatura angélica de alta categoria, que possui deveres especiais, e que se diferencia da ordem dos serafins. A primeira das cerca de noventa vezes em que são mencionados na Bíblia se dá em Gênesis 3:24; depois de Deus expulsar Adão e Eva do Éden, colocaram-se querubins postados à entrada E, com a lâmina chamejante duma espada, “para guardar o caminho para a árvore da vida”. Não se revela se mais de dois foram posicionados ali.
Figuras representativas dos querubins foram incluídas no mobiliário do tabernáculo erguido no deserto. Das pontas da tampa da Arca erguiam-se dois querubins de ouro batido. Encaravam um ao outro, e se curvavam em direção à tampa, numa atitude de adoração. Cada um deles possuía duas asas que se estendiam para cima, e recobriam a tampa como que dum modo defensor e protetor. (Êxo. 25:10-21; 37:7-9) Também, a face interior dos panos da tenda do tabernáculo e a cortina que dividia o Santo do Santíssimo apresentavam figuras bordadas de querubins. — Êxo. 26:1, 31; 36:8, 35.
Estas não eram figuras grotescas, modeladas segundo as monstruosas imagens aladas que eram adoradas pelas nações pagãs por toda a volta, como alguns contendem. Antes, tinham formato humano, segundo o testemunho unânime da antiga tradição judaica (a Bíblia guarda silêncio sobre este assunto), eram excelentes obras de arte, representando criaturas angélicas de gloriosa beleza, e eram feitas em todo pormenor ‘segundo o modelo’ que Moisés recebeu do próprio Jeová. (Êxo. 25:9) O apóstolo Paulo os descreve como ‘querubins gloriosos que encobriam a tampa propiciatória’. (Heb. 9:5) Tais querubins, em realidade, representavam a presença de Jeová: “E ali me hei de apresentar a ti e falar contigo de cima da tampa, de entre os dois querubins que há sobre a arca do testemunho.” (Êxo. 25:22; Núm. 7:89) Por isso, dizia-se que Jeová estava “sentado sobre [ou, entre] os querubins”. (1 Sam. 4:4; 2 Sam. 6:2; 2 Reis 19:15; 1 Crô. 13:6; Sal. 80:1; 99:1; Isa. 37:16) Em símbolo, os querubins serviam como “a representação do carro” de Jeová, no qual ele viajava (1 Crô. 28:18), e as asas dos querubins forneciam tanto proteção tutelar como rapidez na viagem. Assim Davi, em cântico poético, descreveu a ligeireza com que Jeová veio em sua ajuda, sim, como aquele que “veio montado num querubim e veio voando”, até mesmo “nas asas dum espírito”. — 2 Sam. 22:11; Sal. 18:10.
Os pormenorizados planos arquitetônicos para o magnífico templo de Salomão exigiam que houvesse dois enormes querubins no Santíssimo. Foram feitos de madeira da árvore oleaginosa, sendo recobertos de ouro, cada um tendo dez côvados de altura. Ambos se voltavam para o E, numa linha N-S que percorria, presumivelmente, o centro do aposento. Embora estivessem a dez côvados de distância um do outro, uma das asas de cada querubim se estendia de modo a tocar a ponta da asa estendida do outro, no centro do aposento, sombreando a Arca do pacto e seus varais, que se situavam abaixo. As asas externas de cada querubim tocavam, respectivamente, as paredes N e S. Assim as asas dos querubins se estendiam por todo o comprimento de vinte côvados do aposento. Entalhes de querubins, recobertos de ouro, também decoravam as paredes e as portas do templo. Semelhantemente, as laterais dos carrocins de cobre, para água, eram ornamentadas de querubins. (1 Reis 6:23-35; 7:29-36; 8:6, 7; 1 Crô. 28:18; 2 Crô. 3:7, 10-14; 5:7, 8) De maneira similar, querubins entalhados ornamentavam as paredes e as portas do templo que Ezequiel viu em visão. — Eze. 41:17-20, 23-25.
Ezequiel também relata várias visões em que foram vistos querubins simbólicos, de descrição incomum. Depois de se referir a eles como “criaturas viventes“ (1:5-28), ele mais tarde os identifica como “querubins”. (9:3; 10:1-22; 11:22) Nestas visões pictóricas, associam-se de perto os querubins com a gloriosa personagem de Jeová, estando constantemente a servi-lo.
Neste livro profético, disse-se também a Ezequiel que ‘levantasse uma endecha concernente ao rei de Tiro’, na qual ele chama tal rei de glorioso querubim que cobre, que certa vez estava “no Éden, jardim de Deus”, mas que foi despojado de sua beleza e tornado
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