O ajuntamento de substitutos para a festa
1. (a) Como mostraram “os convidados” à festa de casamento que eles “não eram dignos”? (b) O que teria significado para eles abandonarem seus interesses materialistas, egoístas?
POR QUE ocorreram a matança dos “assassinos” anticristãos na destruição de sua cidade santa, Jerusalém, e a dissolução de sua nacionalidade judaica no ano 70 E. C.? Isto se deu porque, conforme disse o rei da ilustração de Jesus, os convidados à festa de casamento “não eram dignos”. (Mat. 22:8) Os judeus haviam provado isso por sua recusa insultante, desrespeitosa, desleal e amiúde violenta de aceitar o convite do Rei celestial, depois do segundo aviso da parte Dele. O que teria significado para eles deixarem de lado suas preocupações materialistas, egoístas, e irem à “festa de casamento” espiritual? Teria significado arrepender-se, não só de sua falta de não guardarem o pacto da Lei mosaica, mas também de sua rejeição violenta do Messias da parte de Deus, e depois serem batizados em água como discípulos de Jesus, qual seu Messias. Mas eles eram demasiadamente orgulhosos, autojustos, ocupados demais com seus próprios planos, e por isso se obstinavam contra satisfazer tais requisitos. Este era o caso da nação de Israel em geral.
2. (a) Por que não ficaram desocupados todos os lugares na festa de casamento, no fim do segundo aviso? (b) Quantos lugares pensava o Rei encher com os “dignos”?
2 Significava isso que todos os lugares na “festa de casamento” ficavam então desocupados? Não, não todos eles! O registro bíblico mostra que houve alguns dos judeus “convidados” que aceitaram o primeiro aviso e ainda mais judeus e conversos judaicos circuncisos, depois do segundo aviso iniciado no dia de Pentecostes do ano 33 E. C. Mas eram realmente poucos em comparação com os muitos lugares disponíveis na sala da festa de casamento. Quantos lugares pensava o Rei em fazer ocupar? Visto que os que dignamente ocupavam lugares de recosto à “mesa” representavam os que se tornam co-herdeiros do Filho do Rei no “reino dos céus”, o celestial Rei Jeová pensava em fazer ocupar 144.000 lugares, a fim de que “a sala para as cerimônias do casamento” ficasse cheia de “dignos”. Isto é provado por aquilo que Jesus Cristo nos mostra no último livro da Bíblia, Revelação. (Rev. 7:4-8; 14:1-3; 20:4-6) Este número significava muitos lugares na ceia do casamento.
3, 4. (a) Segundo a ilustração de Jesus, a quem se oferecera a oportunidade de encher exclusivamente os 144.000 lugares? (b) Eram numericamente capazes de encher tantos lugares?
3 Segundo a ilustração de Jesus, Jeová, o Rei, abriu a oportunidade para toda a nação de Israel, no pacto da Lei, prover suficientes dignos, a fim de ocupar todos aqueles 144.000 lugares. Eram a “descendência” natural, carnal, de Abraão, com quem Deus fez seu pacto para abençoar todas as famílias do solo por meio de tal “descendência”. (Gên. 12:3; 22:17, 18) O pacto da Lei, no qual Deus os havia introduzido mediante Moisés, habilitava-os a se tornarem o “reino de sacerdotes” que Deus tinha o propósito de estabelecer sob o Messias, o Mediador maior do que Moisés. Eram exclusivamente “os convidados” à festa de casamento espiritual.
4 Sua nação, como um todo, podia ter fornecido 144.000 judeus naturais para ocupar os muitos lugares disponíveis. A reserva judaica para prover os candidatos necessários era bastante grande, podendo-se, sem dúvida, recorrer a milhões. Ora, segundo Josefo, havia 1.197.000 judeus na celebração da Páscoa em Jerusalém, no ano 70 E. C. E nem todos os judeus espalhados na terra então habitada estavam ali na Páscoa.
5. (a) Aqueles da “descendência” natural, carnal, de Abraão, que aceitaram o convite, foram contados por Paulo como sendo o quê? (b) Não obstante, havia tantos lugares disponíveis quanto antes?
5 De modo que muitos, todos os 144.000, foram convidados dentre a “descendência” natural, carnal, de Abraão. Mas a contagem bíblica mostra que apenas poucos da descendência natural de Abraão aceitaram o convite incluído no pacto da Lei. Por volta do ano 56 E. C., o apóstolo Paulo, judeu cristianizado, calculou o número dos judeus escolhidos como sendo um mero “restante” da nação de Israel. (Rom. 9:27-29; 11:5) Não obstante, a presença deste “restante” judaico na sala para as cerimônias de casamento” deixou menos lugares disponíveis do que os muitos, os plenos 144.000, que estavam disponíveis quando começou o primeiro aviso em 29 E. C.
6. Na ilustração de Jesus, como foi que o rei não permitiu que seu propósito generoso fosse derrotado para a sua vergonha?
6 Segundo a ilustração de Jesus, o tempo se esgotava para o rei com respeito à festa de casamento então pronta. Visto que foi rejeitado por tantos dos convidados, o que faria o rei para encher a sala de banquete com convidados, em honra devida para com a ocasião? Um comparecimento fraco nesta sala seria uma vergonha para ele, uma derrota para seu propósito clemente. Mas o rei não seria derrotado. Se os convidados originais não o honrassem com a sua presença, então encheria seus lugares reservados com substitutos! Prontamente, antes da destruição da “cidade” daqueles “assassinos, o rei enviou seus escravos a lugares fora daquela cidade, fora daquela comunidade, “às estradas que saem da cidade”. Os “escravos” do rei trariam dali substitutos, sim, “qualquer” que achassem.
7. O que mostra se os escravos do rei ajuntaram os substitutos com a mesma espécie de convite como feito originalmente?
7 Os escravos podiam persuadir tais desconhecidos, mas não no seu endereço domiciliar, a ocupar lugares na festa de casamento. Isto foi chamado de convite, porque os então ajuntados não tomaram a iniciativa, nem “penetraram” nas festividades de casamento. Os então ajuntados como substitutos não foram convidados no sentido dos originais convidados. Na ilustração correspondente dada por Jesus, em Lucas 14:15-24, ao se fazer a terceira e última chamada de convidados, o dono da casa que deu a ‘lauta refeição noturna” disse ao seu escravo: “Vai [para fora da cidade] para as estradas e para os lugares cercados, e compele-os a vir para dentro, a fim de que a minha casa se encha. Pois, eu vos digo: Nenhum dos homens que foram convidados provará a minha refeição noturna.” — Luc. 14:23, 24.
8. Quem eram os então ajuntados, e quando e como começou este ajuntamento?
8 Esta obra de ajuntamento de bastantes convidados, procedentes das “estradas” fora da “cidade” dos convidados não começou em 70 E. C., mas no outono (setentrional) de 36 E.C., sete anos, ou uma “semana de anos”, depois do batismo e da unção de Jesus, o Filho do Rei celestial. (Dan. 9:24-27) O primeiro escravo a ser enviado foi o apóstolo Pedro, judeu cristianizado. Ele foi enviado a Cesaréia, capital provincial do governador romano Pôncio Pilatos, e ali ele pregou a gentios incircuncisos, a não-judeus. Deus derramou espírito santo sobre o atento centurião italiano, Cornélio, e seus amigos crentes, após o que o apóstolo Pedro os batizou. (Atos 10:1 a 11:18) A partir de então tem continuado este ajuntamento de não-judeus incircuncisos, até este século vinte. Todos estes são substitutos.
9. (a) A que comparou Paulo Abraão e sua descendência natural carnal? (b) Por que foram quebrados os “ramos” e como foram substituídos?
9 Segundo a ilustração dada pelo apóstolo Paulo em Romanos, capítulo onze, os judeus naturais, sob o pacto da Lei, eram iguais a ramos naturais numa oliveira. Esta árvore tem um número limitado de ramos. Eles eram os descendentes naturais do amigo de Deus, Abraão, e, como tais, eram os herdeiros naturais da promessa pactuada de Deus feita a Abraão. O patriarca Abraão era o tronco desta simbólica oliveira, com suas raízes firmemente arraigadas naquela promessa pactuada de Deus. Mas o que Deus queria era uma “descendência” espiritual de Abraão, um Israel espiritual. Portanto, quando os judeus naturais, convidados a se tornarem um “reino de sacerdotes”, recusaram satisfazer os requisitos para isso, foram quebrados da oliveira simbólica; não foram feitos herdeiros do “reino dos céus”. Precisavam ser substituídos, para que a oliveira simbólica estivesse cheia de ramos. Para lidar com esta emergência, Deus misericordiosamente enxertou no seu lugar os gentios crentes, quais ramos duma oliveira silvestre. Assim Deus obtém seu pleno Israel espiritual, a “descendência” espiritual de Abraão.
O HOMEM SEM A “ROUPA DE CASAMENTO”
10. Para o cumprimento de que particularidade da ilustração já deve estar perto o tempo, e por quê?
10 Ora, depois de todo o trabalho de ajuntamento durante os dezoito séculos anteriores, devia haver comparativamente poucos, ou muito menos substitutos necessários ao chegar este século vinte. Portanto, não seriam muitos os ajuntados. Agora, desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 e o começo, naquela ocasião, do “tempo do fim”, deve estar chegando o tempo em que “a sala para as cerimônias do casamento”, do Rei celestial, deve estar cheia. Este ponto é atingido na ilustração de Jesus, e ele prossegue: “Quando o rei entrou para inspecionar os convidados [recostados], avistou ali um homem que não vestia a roupa de casamento. Disse-lhe, portanto: ‘Amigo, como entraste aqui sem roupa de casamento?’ Ele ficou sem fala.” — Mat. 22:11, 12.
11. Por que ficou sem fala o homem sem a roupa adequada, diante da pergunta do rei?
11 O rei havia providenciado roupa de casamento para cada convidado usar nas festividades do casamento, de modo que não havia desculpa para o homem estar sem tal roupa. Foi deixado corretamente sem fala, mudo. Na sua ilustração, Jesus não diz que o homem a vestiu para entrar e depois a tirou. Antes, o homem recusou a roupa quando lhe foi oferecida pelo ajudante do rei ou quando lhe mostrou o guarda-roupa do rei para os convidados. O rei não lhe perguntou: ‘Por que tiraste a roupa de casamento?’ mas: “Como entraste aqui sem roupa de casamento?” Ele se recusara a usá-la. Negara-se a usá-la à mesa do banquete. Não satisfez os requisitos para estar ali à mesa e não devia estar ali. A quem representa hoje em dia?
12. Em suma, a quem representa o homem sem a roupa adequada, e o que dizem comentadores bíblicos sobre o significado da roupa de casamento?
12 Representa os que professam ser cristãos piedosos, mas que não se revestiram do que é retratado pela “roupa de casamento”. Segundo os relatos, tal roupa provida gratuitamente pelo anfitrião eram compridas vestes brancas de linho, para que todos os convidados estivessem externamente vestidos iguais, quer alguém fosse originalmente convidado judeu, quer fosse um dos gentios trazidos. Por isso, muitos comentadores bíblicos citam Revelação 19:7, 8, onde se diz a respeito da esposa do Cordeiro: “Foi-lhe concedido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos.” Por isso se afirma que a “roupa de casamento” representa a justiça imputada do cristão batizado, sua justificação.
13. Por que representa a “roupa de casamento” mais do que apenas a “justificação”?
13 No entanto, a roupa de casamento deve significar mais do que alguém ser declarado justo por Deus mediante a fé em Cristo qual sacrifício resgatador. (Rom. 5:1, 9) Tal justificação ou ser declarado justo agora não é um fim em si mesmo; não é agora algo isolado. Seu objetivo agora é que o justificado seja adotado por Deus, o Justificador, como seu filho espiritual e se torne membro da “descendência” espiritual de Abraão e assim membro do Israel espiritual. Como tal, este filho adotivo de Deus é aceito no novo pacto mediado pelo Filho de Deus, Jesus Cristo. (Gál. 4:4-7; Rom. 8:16, 17; Luc. 22:19, 20) Portanto, a “roupa de casamento” simboliza tudo isso para o convidado arrependido, batizado, na festa. De modo que é a identificação da pessoa como israelita espiritual, como um dos da “descendência” espiritual de Abraão.
14. Então, a quem representava o homem sem a roupa adequada?
14 Visto que o único que o rei descobriu não usava a roupa de casamento disponível, ele representa a classe que não exerceu fé, nem tomou a devida ação em harmonia com a fé para ser declarada justa por Deus e adotada como filho espiritual e incluída no novo pacto feito com o Israel espiritual por meio de Cristo. Não representa os cristãos que foram ungidos com o espírito de Deus e feitos co-herdeiros de Cristo, mas que se mostraram infiéis a Deus e perderam o reino celestial. Antes, representa cristãos de imitação, dos quais a cristandade se compõe hoje em dia e que afirmam e pretendem estar à “mesa” da festa de casamento. Deus, o Rei, nunca os reconheceu como estando ali com a devida identificação, e por isso não os ungiu com espírito santo quais herdeiros do Reino.
15, 16. (a) Terá de vir o tempo para o rei fazer o que com respeito à classe sem roupa adequada? (b) Quando viria o Rei para inspecionar os convidados?
15 Terá de vir o tempo em que Deus exporá o erro de sua afirmação e alegação de estar à “mesa” da festa de casamento, tal como faz a cristandade, e de ele executar nela o julgamento adverso diante de todos os espectadores. Deus, o Rei, fará isso quando ele, como Realizador da festa de casamento para seu Filho, ‘entrar para inspecionar os convidados’. Segundo a ilustração de Jesus, isto deve dar-se quando “a sala para as cerimônias de casamento” ficar “cheia”. (Mat. 22:10, 11) Ao se encher esta sala com bastantes convidados, cessará a obra de ajuntamento dos escravos do rei. Visto que o ajuntamento dos “escolhidos” é feito sob a orientação invisível dos anjos de Deus, o Rei celestial entrará e inspecionará quando a obra predita por Jesus for cumprida na terminação do sistema de coisas:
16 “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se baterão então em lamentação, e verão o Filho do homem vir nas nuvens do céu, com poder e grande glória. E enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e eles ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra extremidade deles.” — Mat. 24:30, 31.
17, 18. (a) A terminação da obra de ajuntamento seria o tempo para se decidir o que a respeito da classe sem roupa adequada? (b) Como mostra a ilustração de Jesus, o que se fará então com esta classe?
17 A terminação deste ajuntamento dos “escolhidos” ocorreria pouco antes de começar a “grande tribulação” que Jesus comparou com o dilúvio dos dias de Noé. (Mat. 24:21, 22, 37-41) Portanto, na ocasião da inspeção feita pelo Rei celestial, será a classe representada pelo homem sem roupa de casamento levada junto como parte dos “escolhidos”? Ou será esta classe abandonada para ter a sua parte com “todas as tribos da terra” que se baterão em lamento por causa da vindoura destruição? A classe que constitui a cristandade não tem desculpa a dar ao Rei por tentar estar na “festa de casamento” sem a veste simbólica. Esta classe não pode apresentar nenhum motivo para se lhe conceder usufruir as “cerimônias de casamento” e a “festa”. No tempo da inspeção final, esta classe fica “sem fala”. Como será esta classe tratada pelo Rei? A ilustração de Jesus mostra isso:
18 “O rei disse então aos seus servos: ‘Amarrai-lhe as mãos e os pés, e lançai-o na escuridão lá fora. Ali é onde haverá o seu choro e o ranger de seus dentes.’” — Mat. 22:13.
19. Aonde será lançada esta classe e o que deixará de usufruir?
19 De modo que esta classe é amarrada, sem qualquer possibilidade de oferecer resistência. É lançada na “escuridão lá fora”, lá fora onde a escuridão não é mitigada por coisas tais como iluminação de rua. Ali, sem iluminação de qualquer espécie da parte de Deus, esta classe chorará e rangerá os dentes na “grande tribulação” em que serão destruídos a religiosa Babilônia, a Grande, e todo o resto deste sistema de coisas. (Rev. 17:14-18) Esta classe será cortada do “reino dos céus” e não terá parte na “refeição noturna do casamento do Cordeiro” nos céus acima. — Rev. 19:9.
MUITOS CONVIDADOS, POUCOS ESCOLHIDOS
20. Com que declaração completou Jesus a sua ilustração, e refere-se esta ao homem sem roupa adequada?
20 A fim de completar a ilustração e mostrar a finalidade dela, Jesus disse: “Porque há muitos convidados, mas poucos escolhidos.” — (Mat. 22:14) Jesus não disse estas palavras com referência ao homem expulso, que não tinha a exigida roupa de casamento.a Este homem não era a particularidade principal da ilustração. Este homem certamente não representava o que sobrou dos “muitos” convidados depois de os “poucos” escolhidos terem sido selecionados. De modo correspondente, os “convidados” que usavam roupa de casamento e que não foram lançados fora da “sala para as cerimônias do casamento” não representavam os “poucos” escolhidos dentre a nação judaica, depois de a grande maioria de todos os judeus “convidados” se terem escusado. Então, a quem se referiu Jesus com os “muitos” que haviam sido convidados, e a quem com os “poucos” escolhidos?
21. Então, quem são os poucos escolhidos, e completaram eles todos os “convidados” que se recostavam na “festa de casamento”?
21 Os “muitos” convidados eram os da nação judaica que estava no pacto da Lei, o qual oferecia aos judeus ajuda para se tornarem para Deus um “reino de sacerdotes”. Os “poucos” escolhidos como dignos do “reino dos céus” eram os do “restante” dos judeus naturais que agiram segundo o aviso da parte do Rei celestial. Tais judeus abandonaram as preocupações mundanas, foram à “sala para as cerimônias do casamento e aceitaram a “roupa de casamento” da parte do Rei, vestindo-a e então se recostando à “mesa”. Visto que, até o ano 36 E.C., apenas uns “poucos” (judeus) haviam agido segundo o aviso de Deus, o Rei, ele achou necessário enviar seus “escravos” para fora da “cidade” ou comunidade judaica, com ordens para trazer substitutos dentre os gentios incircuncisos. Disso resulta por fim uma sala cheia de convidados. De modo que os “poucos” que constituíam o restante judaico eram apenas uma parte dos “convidados” à festa.
22. (a) Como mostrou Deus, o Rei, sua escolha dos “convidados” vestidos adequadamente? (b) O que devia a ilustração de Jesus mostrar a respeito da realização duma festa de casamento por parte do Rei?
22 Portanto, todos os “convidados” trajados da roupa de casamento representam mais do que apenas o “restante” dos judeus que se tornaram israelitas espirituais. Os “convidados” incluem também todos os fiéis substitutos gentios. Deus indicou devidamente sua escolha de todos estes “convidados” vestidos por ungi-los com seu espírito santo por meio de seu Filho Jesus Cristo. A ilustração em parte alguma retrata, nem se destinava a retratar, que um número desconhecido de cristãos ungidos se tornaria infiel e se mostraria indigno do “reino dos céus”. A ilustração de Jesus destinava-se a mostrar que o Rei celestial seria bem sucedido em ter uma “festa de casamento” plenamente concorrida, apesar de dificuldades. Teria uma “festa de casamento” bem sucedida, em cumprimento de seu propósito clemente.
23. Fez o Rei Jeová que seus “escravos” trouxessem um excesso de “convidados” prospectivos, ou como foi que ele agiu?
23 O Rei Jeová sabia, o tempo todo, quantos lugares para recostar-se haveria à “mesa” de banquete. De modo que não faria seus “escravos” trazer um excesso de prospectivos “convidados”. Faria com que seus escravos trouxessem apenas tantos quantos fossem necessários para ocupar os lugares disponíveis. No seu tempo devido, fez com que seus “escravos” trouxessem um restante dos judeus originalmente convidados. Depois, convocou todos os substitutos necessários dentre todas as nações gentias, incircuncisas. Aos poucos, todos os lugares ficariam ‘cheios’.
24. (a) O que é que a ilustração de Jesus não mostra a respeito do homem lançado fora? (b) No cumprimento, por que não há necessidade de substituir os da classe sem roupa adequada?
24 Há uma coisa que a ilustração de Jesus não mostra. Qual é? Que depois de o homem sem a roupa de casamento ter sido lançado fora o rei enviasse um escravo para trazer um substituto para aquele homem. O rei certamente não enviaria um escravo dentro da noite, “na escuridão lá fora”, a fim de achar um substituto para o homem lançado fora. Quem estaria nas “estradas” lá fora da cidade àquela hora da noite? O rei aprovou os convidados ao casamento, (os que se recostavam), devidamente trajados, e a festa prosseguiu com todos estes e sem o homem sem a devida roupa, que foi lançado para fora. No cumprimento atual da parte final da ilustração de Jesus, não há necessidade de trazer um substituto para a cristandade e sua multidão religiosa. Estes apenas tentaram chegar à mesa de banquete sem preencher os requisitos divinos. Sua pretensão de estar lá não é bem sucedida.
25. (a) Portanto, quem faz o convite ou a chamada, e como? (b) Como se indica a escolha e o que se requer dos escolhidos?
25 Jeová, o Rei, faz a chamada ou o convite. Como no caso de Cornélio, primeiro converso gentio ao cristianismo, Deus lê primeiro o coração da pessoa a quem ele dá atenção. Daí, por causa da atitude promissora do coração, Deus envia a ajuda necessária ao receptivo. Este recebe assim a instrução bíblica a respeito da esperança do reino celestial. Por conseguinte, nem todas as centenas de milhões daqueles a quem se pregam “estas boas novas do reino” recebem assim o convite de Deus para estar presentes à “festa de casamento” espiritual. (Mat. 24:14; 28:19, 20) A maioria deles apenas recebe um “testemunho” a respeito do Reino. Os realmente “convidados”, que satisfazem os requisitos de Deus, são então “escolhidos” por sua unção deles com espírito santo, para serem co-herdeiros de Jesus Cristo. (2 Cor. 1:21; 1 João 2:20, 27) Depois de terem sido escolhidos assim, precisam ser fiéis até o fim. — Rev. 17:14; 2:10.
26. O que usufruem agora os “convidados” escolhidos ainda na terra, e o que usufruirão os fiéis após a “grande tribulação”?
26 Atualmente, o mundo inteiro da humanidade está em dificuldades, neste “tempo do fim” do sistema de coisas. Mas os fiéis “convidados” escolhidos, na brilhantemente iluminada “sala para as cerimônias do casamento”, têm as alegrias e as bênçãos da aprovação do Rei. Depois de se terem apegado à sua integridade cristã durante toda a vindoura “grande tribulação”, que acabará com o sistema mundano de coisas, serão admitidos à “refeição noturna do casamento do Cordeiro” nos céus acima. (Rev. 19:7, 9) Visto que constituirão a “noiva” de Cristo, sem dúvida é por isso que não se menciona a noiva do filho do rei, nem é ela incluída na ilustração de Jesus.b Todos os 144.000 membros escolhidos e fiéis da congregação-noiva usufruirão ali a refeição junto com seu Noivo.
FIGURATIVAS DAMAS DE HONRA
27. Com que se associa agora na terra o restante da congregação-noiva e como honram esses o Rei e seu Filho Noivo?
27 Uma festa de casamento sugere damas de honra. Pois bem, o Salmo 45:13-15 indica profeticamente que haveria alguns assim em tal comitiva. Hoje, quando a congregação-noiva de Cristo está prestes a estar completa, eles se associam com o “restante” desta congregação. Naturalmente, estas figurativas damas de honra não esperam ir para o céu com o “restante”, mas honram o Rei celestial e seu Filho Noivo, e mostram o devido respeito para com o restante da congregação-noiva. Revelação 7:9-17 retrata a existência duma inúmera “grande multidão” de tais companheiros.
28. A quem ajudam agora os desta “grande multidão” e qual será a sua recompensa por meio do Pai Eterno?
28 Estes regozijam-se com o cumprimento desta bela fase do propósito de Deus e prestam ajuda amorosa ao restante da classe da Noiva. Juntam-se reverentemente à adoração e ao serviço do Rei celestial no seu templo palacial, espiritual. Receberão Dele benefícios eternos de vida mediante Seu Filho Noivo, como sendo Pai Eterno deles. (Isa. 9:6, 7) Terão bênçãos infindáveis numa terra paradísica, sob o reino do Filho casado de Deus.
[Nota(s) de rodapé]
a “Esta observação no 14.º versículo é a inferência de toda a parábola e não da parte a respeito do homem sem roupa de casamento.” — Página 104 de Barnes’ Notes on the New Testament, impresso em 1963. A Bíblia de Jerusalém (1966, em inglês) diz numa nota ao pé da página sobre Mateus 22:14: “Esta sentença parece referir-se mais à primeira parte da parábola do que à segunda. Não é uma questão a respeito dos efeitos como um todo, mas a respeito dos judeus, os primeiros a serem convidados. A parábola . . . nem afirma, nem nega que alguns (‘poucos’) do povo judaico aceitaram o convite e são ‘escolhidos’.”
b Compare isso com a parábola das dez virgens (Mat. 25:1-12), neste mesmo sentido.
[Foto na página 409]
Na parábola de Jesus, o rei mandou que seus servos lançassem fora o homem que se negou a usar roupa de casamento. Este homem representava os cristãos de imitação, de que se compõe a cristandade.