Coragem! O reino de Deus está próximo!
1, 2. (a) Que qualidade se precisa nestes tempos? (b) Por que devemos ter coragem em vista de o reino de Deus estar próximo?
O ATUAL é um tempo que demanda coragem! É um tempo para se ter coragem! Por quê? Porque o reino de Deus está próximo!
2 Há dezenove séculos atrás uma mensagem como esta eletrizou o povo que tinha a perspectiva correta. Hoje, um número incalculável ainda não ouviu acerca do reino de Deus. Outros em centenas de milhões, têm ouvido a menção do reino de Deus, mas não entendem o que este governo divino significa para a humanidade. Portanto, por que devem estes ter coragem com a aproximação do reino de Deus? Quanto a isso, por que deve qualquer de nós ter coragem relativa a este fato? É em vista do alívio e das bênçãos que o reino de Deus trará, não depois dos nossos dias, mas dentro da nossa própria geração. Com um alívio duradouro às portas, como não deviam ter coragem os que amam o que é justo? Todos os corajosos atuais querem ajudar outros a ter coragem.
3. Ao olharmos para a terra e para os céus, que contraste notamos, mas o que não precisamos temer nesta era de foguetes?
3 Todos nós temos de admitir que aqui na terra este é o sistema mais confuso. A humanidade nunca viu uma coisa destas. Mas olhamos para cima, além do espaço sideral, e ali vemos uma ordem que infunde respeito, vemos regularidade, equilíbrio e interdependência entre os corpos celestes dia e noite. Este lindo e admirável sistema dos céus existiu por bilhões de anos antes de as nações atuais terem conduzido o homem ao espaço sideral, com a ameaça de levar consigo a desordem humana ao espaço. Mas não precisamos temer que, mediante foguetes, satélites e astronautas o homem seja capaz de desorganizar e transtornar o universo visível. Pelo contrário, a encantadora ordem e harmonia dos céus será estendida à terra e estabelecida sobre um fundamento que o homem de mentalidade maligna jamais destruirá.
4, 5. (a) Referente à terra, que pergunta fazemos acerca do grande Criador dos corpos celestes? (b) Por que nada pode ser comparado com ele?
4 Não gostaria que a relação ordeira e pacífica dos corpos celestes visíveis fosse estabelecida na terra em nossa geração? Certamente o grande Produtor, o grande Criador, que suspendeu todos os incontáveis corpos celestes no espaço sideral num arranjo tão belo e em ordem científica, pode pôr ordem, no seu próprio tempo determinado, sobre a nossa terra, um mero pontinho num universo infinito. Ouça o que ele mesmo disse e fez que fosse escrito, segundo foi traduzido da linguagem antiga em que ele falou para a língua moderna:
5 “Com quem comparareis a Deus? ou que cousa semelhante confrontareis com ele? . . . Acaso não sabeis? porventura não ouvis? não vos tem sido anunciado desde o princípio? ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele é o que está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende, os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar; é êle quem reduz a nada os príncipes, e torna em nulidade os juízos da terra. . . . A quem, pois, me comparareis para que eu seja iguala diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede. Quem criou estas cousas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, bem contadas, as quais ele chama pelos seus nomes; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. . . . Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, O SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.” — Isa. 40:18-28, ALA.
6. O que escreveu poeticamente um antigo rei acerca dos céus e do Criador?
6 Um rei de antanho também contemplou os céus e escreveu as seguintes palavras poéticas, conforme traduzidas para a linguagem moderna: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo. Aí pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor. A lei do SENHOR [Jeová] é perfeita, e restaura a alma; o testemunho de SENHOR [Jeová] é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR [Jeová] são retos, e alegram o coração.” — Sal. 19:1-8, ALA.
7. Que verdade acerca de Deus testemunham os céus, e o que, portanto, significará o seu reino para toda a humanidade?
7 Qualquer estudo compenetrado dos céus revelará a verdade registrada há muito tempo por um oriental: “Deus não é de confusão; e, sim, de paz.” (1 Cor. 14:33, ALA) Para que a ordem e a paz tomem o lugar da egoísta e implacável confusão aqui na terra, requererá ação da parte de Deus, cuja lei é perfeita, cujo testemunho é puro, cujos preceitos são retos e cuja glória se vê por todos os céus embora ele mesmo não seja visto pelo homem de tênue visão. Uma coisa, portanto, que o reino de Deus significará para toda a humanidade é paz e boa ordem universal, a remoção da confusão louca.
8. Ter Deus, o Criador, como rei, o que significará referente aos presentes dominadores religiosos da terra?
8 Imagine Deus como rei sobre toda a terra! Sendo o Criador da terra e do homem, ele tem direito ao reinado. Não podemos ter ninguém superior a ele como rei. Isto elimina qualquer deus humano que esteja dominando sobre nós, semelhante ao Faraó do antigo Egito que pretendia ser Deus e perante quem os seus súditos tinham que se arrastar sobre os seus ventres para entrar à sua presença; ou quaisquer deuses humanos, como os deificados césares de Roma, a quem se dirigia como “Sua Divindade”; ou como o imperador do Japão, que, em 31 de dezembro de 1945, proclamou o princípio de que o soberano ou imperador japonês não é um deus que tinha descido da deusa sol Amaterasu. Outra coisa: Ter Deus como rei não significa uma teocracia terrestre com os padres católicos romanos ou gregos ortodoxos sentados em tronos de ouro e dando ordens aos políticos, aos comerciantes, aos juízes, à polícia e ao povo em geral. Não se trata de uma teocracia humana para os sacerdotes budistas, nem para os sacerdotes hindus ou maometanos, nem para os sacerdotes sintoístas e nem para os clérigos religiosos protestantes atuarem como deputados do Rei celestial. Nós temos tido estas autoridades religiosas a dominar o povo por séculos, e o que ganhamos hoje com isto? Nada além da atual confusão terrestre.
9. Referente a dominadores terrestres, o que tem Deus permitido, particularmente desde 607 A. C.?
9 O reino de Deus significa algo grandemente diferente para o benefício da humanidade do que manter estas autoridades religiosas no controle das coisas, para ditarem as coisas, controlando os negócios e os empregos, favorecendo os politicamente grandes e os ricos e controlando a vida do povo. Foi em 607 A. C., ou há cerca de 2.570 anos atrás, que Nabucodonosor, rei de Babilônia, se tornou dominador do mundo. Foi particularmente desde então que Deus permitiu que as nações tivessem os seus próprios poderes políticos preferidos. Permitiu que os homens agissem a seu modo com respeito a reis e reinos, mesmo sé quisessem abolir reinados e estabelecer domínios pelo povo tais como as democracias ou as repúblicas.
10. Como agem os crentes no reino de Deus com referência aos movimentos políticos, e por quê?
10 Mas os verdadeiros crentes no reino de Deus não tomaram parte nestes movimentos políticos. Têm agido segundo a regra de ação que o escritor inspirado, por Deus registrou para os cristãos na Roma dos césares há dezenove séculos atrás, dizendo: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus.” (Rom. 13:1, ALA) Os verdadeiros cristãos têm obedecido a esta regra de ação, porque crêem no reino de Deus, oram e esperam que ele assuma o controle mundial da terra, para a glória de Deus e para bênçãos infindáveis do povo.
11. (a) Depois de todos estes governos humanos permitidos por Deus, o que desejam as pessoas hoje em dia? (b) Entretanto, o que é tempo de Deus fazer?
11 Deus já deixou o suficiente que o povo e os seus dominadores agissem a seu modo. Depois de toda a experiência que a humanidade teve até agora, ela devia saber que já teve dominadores humanos demais sem o verdadeiro Deus. Hoje, porém, grandemente por não querer saber de nada melhor ou por não ter fé em nada melhor, o povo prefere ser governado pelos chamados Poderes Superiores ou “autoridades superiores” de constituição humana, inclusive as democracias ou repúblicas de estilo ocidental e as de estilo oriental. Os povos já tiveram a sua oportunidade; e permitir Deus que agissem como quisessem ou escolhessem os tem permitido chegar ao presente estado de coisas. Fazerem estes o que querem não os tem beneficiado, julgando-se pelos resultados. Mesmo assim não querem o reino de Deus. Mas, a despeito do desejo dos povos e dos seus líderes políticos, comerciais e religiosos, o tempo que Deus permitiu para eles governarem a terra está quase no fim. O tempo de ele reivindicar o seu reino está próximo.
12. (a) Por que tem Deus o direito de reivindicar um reino sobre a terra? (b) Por que se deve esperar que ele assim faça?
12 Quem ousaria negar que Deus tenha o direito de reivindicar em qualquer tempo o seu reino? A terra é criação dele e pertence a ele, e todos nós somos suas criaturas, dependentes dele para viver e para todas as outras coisas boas. (Sal. 24:1) Este Deus, que produziu o movimento e o arranjo bem organizado de todos os corpos celestes acima de nós, tem o poder e a sabedoria para estabelecer um reino perfeito e justo sobre todos os habitantes da sua terra. Ele prometeu que faria isto num tempo determinado. A sua promessa está escrita no Livro que ele inspirou os seus servos fiéis a escrever, a Bíblia Sagrada. Quando o seu Filho, Jesus Cristo, esteve na terra como homem há dezenove séculos atrás, instruiu os adoradores de Deus a orar: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mat. 6:9, 10, ALA) Esta oração, feita há muito tempo pelos verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, será respondida pelo Deus Todo-poderoso, pois ela está em harmonia com a sua vontade.
13. Por que está destinado a fracasso qualquer grupo religioso que tente transformar os poderes políticos no reino de Deus, e quem, de fato, já falhou nisto?
13 Pela permissão de Deus, durante o tempo por ele concedido, nós temos os chamados Poderes Superiores ou “autoridades superiores” no controle político da terra até hoje. Estes foram estabelecidos pela permissão de Deus, segundo seu arranjo para os assuntos humanos. Portanto, qualquer grupo religioso que tentar transformar estes Poderes Superiores mundanos no reino de Deus por Cristo está destinado a fracasso junto com tais substitutos religiosos. A condição do mundo atualmente prova que a cristandade tem falhado. Não provou ser um instrumento nas mãos de Deus, não é parte do reino de Deus. — Rom. 13:1, 2.
14, 15. (a) De acordo com que lição dos dias de Nabucodonosor serão empossadas as autoridades régias no novo mundo de Deus? (b) Quem, portanto, será empossado no reinado mundial?
14 Quando Deus deslocar cus atuais Poderes Superiores mediante o seu próprio reino sobre a humanidade, ele designará e empossará diretamente as Autoridades Régias do seu novo mundo de justiça. Demonstrará então a lição que ensinou ao Rei Nabucodonosor, de Babilônia, há vinte séculos atrás. A lição foi “que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles”. (Dan. 4:17, 25, 32, ALA) Este é o seu Filho celestial, que se tornou o humilde homem Jesus Cristo; e ele compartilhará o seu reino com a sua congregação de humildes e fiéis seguidores a quem ele exaltará da terra. para o céu. Deus tornará realidade em nossos tempos a visão que o profeta Daniel teve na antiga Babilônia:
15 “Eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele [Jeová Deus]. Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” — Dan. 7:13, 14, ALA.
O QUE SIGNIFICARÁ PARA NÓS
16. Como será alimentada a humanidade sob o reino de Deus, segundo demonstrou Jesus Cristo quando estava na terra?
16 Oh! o que significará isto para todos os povos e grupos nacionais de todas as línguas! A fome aflige grande parte da terra atualmente, e, de ordinário, metade da população do mundo não tem o suficiente para conter e está subnutrida. Quando Jesus Cristo, que se chamava “o Filho do homem”, esteve na terra, ele se recusou a fazer milagre para transformar pedras em pães e satisfazer a sua fome. Mas, certo dia, após ensinar o povo, ele alimentou uma multidão de mais de cinco mil, e, noutro dia, a mais de quatro mil ouvintes, fazendo isto por multiplicar miraculosamente uns poucos pães e peixes. Por Jesus Cristo ter este poder de alimentar miraculosamente as pessoas, muitos queriam constituí-lo rei terrestre deles. Ele, porém, não o permitiu. (Mat. 4:1-4; 15:29-38; João 6:1-15) Mas quando permitir que Deus o constitua rei sobre toda a humanidade, e quando tomar o lugar dos atuais Poderes Superiores do povo, ele cuidará de que todos os que se tornarem seus súditos obedientes sobre a terra sejam alimentados corretamente. Jamais haverá fome.
17. (a) Neste respeito, o que fará Jesus Cristo segundo o Salmo 72? (b) Como ele provará ser assim “maior do que Salomão”?
17 Como rei empossado por Deus sobre toda a humanidade, Jesus Cristo procederá de acordo com certa profecia concernente ao seu reino, que diz: “Ele acode ao necessitado que clama, e também ao aflito e ao desvalido. Ele tem piedade do fraco e do necessitado, e salva a alma aos indigentes. Redime as suas almas da opressão e da violência, e precioso lhe é o sangue deles. Haja na terra abundância de cereais, que ondulem até aos cumes dos montes; seja a sua relesse como o [Monte] Líbano, e das cidades floresçam os habitantes como a erva da terra.” (Sal. 72:12-14, 16, ALA) A abundância de cereais rivalizará com a que houve nos dias do sábio e pacífico Rei Salomão, de quem a Bíblia diz: “Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, numerosos como a areia que está ao pé do mar; comiam, bebiam e se alegravam. Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde a cidade de Dá até Berseba, todos os dias de Salomão.” (1 Reis 4:20, 25, ALA) Este é um dos modos notáveis em que Jesus Cristo provará ser, conforme ele disse, “maior do que Salomão”. — Mat. 12:42, ALA.
18. Mesmo no seu próprio caso, que alimento colocou Jesus acima do alimento material, e como mostrará ele isto no seu reino?
18 Entretanto, Jesus Cristo colocou o alimento espiritual acima do material, quando disse ao nosso grande inimigo, Satanás, o Diabo, as seguintes palavras citadas da Bíblia Sagrada: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca, de Deus.” (Mat. 4:4, ALA; Deu. 8:3) No seu reino, ele cuidará não só das necessidades materiais, mas especialmente das necessidades espirituais de todos os seus súditos fiéis. Alimenta-los-á com mantimento espiritual, assim como fez quando estava aqui na terra. Dar-lhes-á a verdade pura referente a Jeová Deus e mostrará a eles o modo correto de adorá-lo e servi-lo, fazendo a sua perfeita vontade. Isto os sustentará e os fortalecerá para ganharem a vida eterna no novo mundo de Deus; e jamais serão corrompidos pela abundância material, ao ponto de fazerem do ventre o deus deles. Por amor e apreciação genuínos ao grande Provedor celestial de tudo isto, serão impelidos a adorá-lo e a venerá-lo.
19. Como é que Isaías, capítulo 25, predisse o efeito da bondade de Deus sobre toda a humanidade no seu reino?
19 Este efeito da bondade de Deus sobre os homens foi predito na profecia de Isaías, nas seguintes palavras: “O SENHOR [Jeová] dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de cousas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos, e vinhos velhos bem clarificados. Destruirá neste monte a cobertura que envolve todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações. Tragara a morte para sempre, e assim enxugará o SENHOR [Jeová] Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR [Jeová] falou. Naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR [Jeová], a quem aguardávamos: na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.” (Isa. 25:6-9, ALA) Em face do alimento espiritual adequado para o coração e a mente, os fiéis súditos do reino de Deus não farão do materialismo o seu deus.
UM PARAÍSO SALUTAR
20. (a) Como será feita a provisão de alimento suficiente? (b) Como se sobressairá Jeová em contraste com os deuses a quem oram as nações?
20 A provisão de alimento suficiente para alimentar uma população mundial muito maior do que a atual será feita mediante a mudança do clima da terra, da condição do solo e, também, pelo controle dos insetos. A falta de chuva em grandes partes da terra, estação após estação, aflige pela fome a milhões de pessoas. O sistema de distribuir os suprimentos de provisões disponíveis não consegue suplantar as necessidades. Muitos morrem por falta de alimentação e de água. Muitos milhões estão enfraquecidos e desvairados por falta de alimentação suficiente; surgindo e espalhando-se o espírito de rebelião contra os Poderes Superiores terrestres. Isto se contrasta grandemente com as condições ideais de clima, desolo e de irrigação que deverão existir sob o reino de Deus. Jeová Deus, em nítido contraste com os deuses das nações a quem os povos oram em busca de chuva para embeber a terra seca, é o grande Criador da chuva. Até mesmo os seus profetas da antiguidade sabiam disto; e o seu profeta Jeremias virou-se para ele e disse: “Acaso haverá entre os ídolos dos gentios algum que faça chover? ou podem os céus de si mesmos dar chuvas? não és tu somente, ó SENHOR [Jeová] nosso Deus o que fazes isto? (Jer. 14:22, ALA) A história prova que ele as tem criado.
21. O que fez Jeová referente ao suprimento de água no deserto para Israel, e, segundo Isaías 41:17-20, o que ele promete fazer?
21 É fato bem conhecido que Jeová Deus abriu miraculosamente as fontes das águas, quando, pela mão de Moisés, conduziu o seu povo escolhido pelo deserto, para uma ‘terra que manava leite e mel’. Ele mesmo usa estes fatos históricos por exemplos do que fará para o povo através do seu reinado. Eis a sua promessa profética: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu o SENHOR [Jeová] os ouvirei, eu o Deus de Israel não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos, fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em açudes de águas, e a terra seca em mananciais. Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a oliveira; conjuntamente porei no ermo o cipreste, o olmeiro e o buxo, para que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do SENHOR [Jeová] fez isso, e o Santo de Israel o criou.” — Isa. 41:17-20, ALA.
22, 23. (a) Com tais provisões de água, o que acontecerá à terra, e como confirmou Jesus isto antes de morrer? (b) Como se comparará isto com o Paraíso em que viviam Adão e Eva?
22 Sob esta irrigação das partes áridas da terra e com distribuição apropriada dos suprimentos de água, o que acontecerá na terra? Mediante estas provisões de Deus e suas bênçãos sobre o trabalho dos súditos do seu reino, a terra toda se tornará um paraíso, um lindo parque, para ser o lar eterno da humanidade obediente. Em nenhuma parte serão as condições da terra um vitupério para ô reino de Deus que a estará governando, mas em toda a parte será uma glória para Deus, o seu Criador. O próprio Jesus Cristo, quando morria sacrificialmente numa estaca de tortura, fora da cidade de Jerusalém, previu a restauração do paraíso sobre esta terra, depois que Deus o tivesse ressuscitado dos mortos e o instalado no Reino. Quando certo homem complacente, que morria ao lado de Jesus, lhe disse: “Senhor lembra-te de mim, quando vieres no teu Reino”, Jesus respondeu-lhe: “Na verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso.” (Luc. 23:42, 43, Versão Trinitária, edição de 1883.) Em beleza, prazer e produção vital, este Paraíso será igual ao que o primeiro casal humano perdeu ao pecar contra Deus.
23 Mas este Paraíso não será apenas no Oriente Médio. A terra toda se tornará um paraíso, cheio de gente perfeita. Este projeto, que o primeiro casal falhou em cumprir, o reino de Deus, por Cristo, cumprirá gloriosamente.
VIDA E RESSURREIÇÃO
24. Por quanto tempo será possível viver no Paraíso, e como será afetada a condição de saúde por se viver ali?
24 Quando pensamos na morte, parece horrível morrer e deixar uma coisa tão bela como este Paraíso. Sim, realmente seria; mas o reino de Deus possibilitará à humanidade obediente viver naquele Paraíso para sempre em paz com Deus, com seu Rei, Jesus Cristo, uns com os outros e com todos os animais, pássaros e criaturas marinas. Não haverá guerra para matar ninguém. Haverá completo desarmamento universal; e o crédito disto será, não do comunismo ateu, nem das Nações Unidas, mas do reino de Deus. (Miq. 4:1-5) Com um governo perfeito, com um Paraíso pacífico em que viver, com ar puro para respirar, com água pura para beber e com muito alimento salutar, a saúde da humanidade melhorará e ficará perfeita.
25. (a) Em vista de sua morte sacrificial, o que será capaz de fazer o Rei, Jesus Cristo, para a humanidade? (b) Como associa Isaías 33:22, 24 reinado e saúde?
25 Entretanto, o Rei Jesus Cristo morreu certa vez por ela, dando-lhe em sacrifício a sua humanidade perfeita. Isto tornará possível que ele retire a condenação de morte em que todos os homens nasceram, por causa do pecado de nossos primeiros pais. (Rom. 5:12-14) Assim, o reino de Deus, por Cristo, estará em condições de soerguer a humanidade fiel e obediente à perfeição humana que os nossos primeiros pais, Adão e Eva, tiveram quando Deus os criou, colocando-os no Paraíso do Éden. As doenças mortíferas serão eliminadas, tão certo como Jesus Cristo, quando estava na terra, curou os doentes, restaurou vista aos cegos, ouvidos aos surdos, língua aos mudos, pernas aos aleijados, limpou os leprosos, ressuscitou os mortos, sendo que um destes já estava morto por quatro dias. Estes serão os resultados de se ter a Deus como Rei, reinando por intermédio de seu Cristo. A profecia de Isaías (33:22, 24, VB) associa regência com saúde, dizendo: “Jehovah é o nosso juiz, Jehovah é o nosso legislador, Jehovah é o nosso rei: elle nos salvará. Nenhum morador dirá: Estou doente; quanto ao povo que nella habitar, perdoar-se-lhe-á sua iniquidade.”
26, 27. (a) Por que é que estas coisas não serão ótimas somente para as pessoas que viverem então? (b) Que espécie de Deus era ele para com Abraão, Isaque e Jacó, segundo o que ele disse a Moisés na sarça?
26 Ótimo para os que viverem! dirá, mas o que dizer acerca dos bilhões que morreram? O que dizer acerca dos fiéis profetas de Deus que, semelhantes a Abraão, Isaque, Jacó e Moisés, morreram há milhares de anos atrás? Temos a grata satisfação de responder que há uma vívida esperança para os mortos. Não somos como a seita religiosa dos saduceus judaicos, que não mantinham nenhuma esperança quanto aos mortos, que não acreditavam que os mortos seriam ressuscitados sob o reino de Deus. Jesus disse aos descrentes na ressurreição, referente aos que seriam trazidos de volta à vida: “São filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor [Jeová] o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem.” — Luc. 20:36-38, ALA.
27 Na sua previsão, Deus viu Abraão, Isaque, Jacó e todo o restante dos mortos, vivendo outra vez, sob o seu reino por Cristo. Embora Abraão, Isaque e Jacó já estivessem mortos na ocasião em que o descendente deles, Moisés, vivia, Deus estava tão seguro de cumprir o seu propósito de ressuscitar os mortos, que falou de si, não como um Deus do passado, mas um Deus do futuro, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, como se eles já estivessem vivendo.
28. Que ressurreição executou Deus em garantia de que ressuscitaria os mortos no seu reino?
28 Para dar-nos uma prova ou garantia de que ressuscitaria os mortos sob o seu reino, Deus ressuscitou aquele que ele constitui rei de toda a terra, a saber, Jesus Cristo, seu Filho. Paulo, o apóstolo cristão que viu miraculosamente a Jesus Cristo e falou com ele depois de sua ressurreição, disse o seguinte: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem [Adão, o marido de Eva], também por um homem [o sacrificado Jesus Cristo] veio a ressurreição dos mortos.” Esta mesma testemunha da ressurreição de Jesus Cristo disse também o seguinte ao supremo tribunal da antiga Grécia: Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. — 1 Cor. 15:20, 21; Atos 17:31, ALA.
29, 30. (a) Estão os mortos humanos num mundo espiritual ou são transmigrados? (b) Por que a ressurreição deles não será uma transmigração da alma, e por quanto tempo terão eles a oportunidade de viver?
29 Os mortos humanos não estão vivos em algum lugar do mundo espiritual invisível. As suas almas não transmigraram dos seus corpos humanos para corpos de animais, pássaros, insetos, peixes e nem para outro corpo humano. A Palavra de Deus diz que eles são almas mortas, dormindo na morte e esperando por uma ressurreição sob o reino de Deus, mesmo que nunca tenham ouvido falar no reino de Deus quando estavam vivos. Os muitos bilhões deles não são demais para Deus se lembrar, assim come os inúmeros bilhões de estrelas são muitas vezes mais numerosas do que todos os mortos, e mesmo assim Deus sabe o nome de todas elas.
30 Deus tem um registro perfeito de todos os mortos e pode reproduzi-los aqui na terra. O registro de Deus não se tem apagado por causa de as pessoas já estarem mortas por muito tempo. A ressurreição delas, por intermédio de Cristo, será uma recriação dos mortos com a mesma personalidade e desenvolvimento mental. Assim, a ressurreição não será uma transmigração dos mortos para novos corpos de pessoas nascidas sob o reino de Deus. Os desta geração que passarem com vida para o Reino, reconhecerão os seus amigos mortos e os seus queridos, quando estes forem ressuscitados. Abraão, Isaque e Jacó reconhecerão um ao outro na ressurreição. Isto acontecerá a todos os demais, inclusive ao homem amistoso a quem Jesus disse que estaria no Paraíso, quando Jesus viesse no seu reino. Todos os ressuscitados terão a maravilhosa oportunidade de ganhar a vida eterna sob o reino de Deus por fazer a vontade de Deus e por obedecer ao seu Rei, Jesus Cristo. Gostarão de viver num Paraíso sob a lua, e não querendo ir para a lua.
ESTÁ PRÓXIMO!
31, 32. (a) Em vista da agradabilidade do reino de Deus, o que é natural que esperemos, e o que se apode dizer atualmente quanto a isto? (b) O que aconteceria se a vinda do reino de Deus dependesse da cristandade, e que prova matemática demonstra isto?
31 Deveras, o reino de Deus significará tudo o que a humanidade possa desejar. Naturalmente, o desejo de todos os humanos que cultivam fé neste reino é que ele venha em nossos dias! A todos estes podemos dizer biblicamente que o reino de Deus está próximo. É por isso que podem ter ânimo, porque podem continuar a viver para desfrutar as suas bênçãos e alegrias indescritíveis. Mas porque estamos tão seguros de que o reino de Deus está tão perto, que esta geração viverá para ver o início deste reinado? Por que não se adia o Reino por milhares de anos, até que a cristandade tenha convertido o mundo ao cristianismo? Ora, se o reino de Deus, tivesse que esperar até que a cristandade convertesse o mundo ao cristianismo, ele nunca viria.
32 Por exemplo, The World Almanac de 1955 estimou a população do mundo de então em 2.400.000.000 de pessoas, sendo que 787.016.933 destas pretendiam ser cristãs. Sete anos mais tarde, The World Almanac de 1962 estimou a população do mundo em 2.971.800.000, sendo que 888.803.026 dela pretendem ser membros da cristandade. Isto significa 101.786.093 “cristãos” a mais em sete anos. Mas, o que dizer da população do mundo? Ela aumentou 571.800.000 pessoas em sete anos. Em outras palavras, a população do mundo tem aumentado 5,61 vezes mais rapidamente do que os chamados cristãos. Em 1955 havia 1.612.903.067 não-cristãos, mas, em 1962, há 2.082.996.974. Portanto, em vez de a lacuna entre o número dos não-cristãos e o dos cristãos diminuir, ela aumenta tremendamente cada ano. Isto é simplesmente como deve ser, visto que a Bíblia não profetiza que a cristandade irá converter o mundo ao cristianismo, e, assim, estabelecer o reino de Deus. Pelo contrário, a Bíblia profetiza uma apostasia da verdadeira fé cristã. A própria cristandade é uma evidência ou expressão desta apostasia do cristianismo. É por isso que a cristandade não tem paz e unidade atualmente. — 2 Tes. 2:1-12.
33, 34. (a) Portanto, em que informação buscamos o espírito da coragem, e por quê? (b) Desde 1914, em que temos vivido, e de que queremos entender o significado?
33 Depender da cristandade para converter o mundo, trazer o reino de Deus, induz à perda da coragem. Por isso, nós buscamos na Palavra de Deus, a Bíblia, o espírito da coragem. A Palavra de Deus é o Livro que dá significado à história humana, o verdadeiro significado. Ela apresenta a verdadeira interpretação dos eventos históricos desde 1914. Temos vivido no tempo amedrontador desde 1914, e este ainda não terminou. O que significa isto? Temos tido duas guerras mundiais desde 1914, sendo que a segunda foi pior do que a primeira. Temos visto o uso do poder atômico nas guerras modernas, sob o patrocínio da mais poderosa nação da cristandade. Não terminaram ainda a peste, a fome e os terremotos que matam muitos da população do mundo. Temos visto o aumento da insubordinação tão furiosa, que deve ser pior do que a que existiu nos dias de Noé, antes do dilúvio em que pereceu um mundo inteiro. — Gên. 6:11-13; 2 Ped. 3:6.
34 A isto, devemos acrescentar o colapso moral em toda a parte, o aumento das doenças sociais, a queda de impérios, o aumento da população sem a distribuição adequada de alimentos, os mísseis carregados com ogivas nucleares, cuja explosão seria seguida de uma tempestade de fogo que queimaria uma área muito maior do que a de Sodoma e Gomorra e as outras cidades da planície jordânica.
35. Qual é a última arma sugerida para a guerra; quais são os seus tremendos efeitos?
35 A última sugestão é uma “bomba asteróide”, isto é, um foguete tão poderoso, que seria capaz de desviar um pequeno planeta de sua órbita em volta do sol, fazendo-o chocar-se contra uma determinada área da terra. Descrevendo isto, certo cientista disse: “Uma simples bomba asteróide, que atingisse Kentucky, assolaria inteiramente a metade oriental dos Estados Unidos”, e isto seria seguido por um terremoto que “derrubaria os edifícios em todo o continente norte-americano”. O cientista afirmou que a União Soviética deverá ter este foguete antes ou por volta de 1970. Não é este realmente um tempo para temor? — Times de Nova Iorque de 19 de janeiro de 1962.
36. Que palavras de Jesus indicam se este é tempo para temor da parte dos seus seguidores?
36 Tempo de temor? Não! disse um homem que venceu o mundo. Este foi Jesus Cristo, o Rei designado de Deus para o seu reino prometido. Na noite da páscoa judaica do ano 33, algumas horas antes de ele ser pendurado numa estaca por causa de pregar o reino de Deus, Jesus disse aos seus apóstolos leais: “Disse-vos estas coisas, para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” — João 16:33, Tradução dos Monges Beneditinos de Maredsous.
37. Render-se ao medo ou ter coragem atualmente Induziria a que proceder?
37 Para qualquer se render ao espírito de temor atualmente, significa seguir o mundo. Mas ter coragem significa obedecer ao que Jesus Cristo nos ordena fazer, a fim de ter paz e destemor por intermédio dele. Há dezenove séculos atrás, quando faltavam poucas horas para êle ser pregado numa estaca para morrer, Jesus Cristo pôde dizer aos seus seguidores que tivessem coragem a despeito da tribulação que teriam que passar no mundo, tribulação esta, não maior da que a que ele então passava. Naquele tempo, o Líder deles tinha vencido o mundo, porque não tinha permitido que este destruísse, pela tribulação, a sua lealdade ao reino de Deus.
38. Por que é que tem Jesus hoje em dia muito mais motivos para dizer que se deve ter coragem, e como podemos saber que estes motivos são seguros?
38 Jesus Cristo atualmente tem o maior motivo de todos para dizer-nos que tenhamos coragem. Por quê? Porque agora ele veio no seu reino, como o ungido de Deus, entronizado Rei do novo mundo. Não há dúvida quanto a isto. As próprias coisas que temos presenciado desde 1914 são prova de que ele veio no seu reino. Podemos saber disto, porque ele predisse que estes eventos mundiais e este estado de coisas estariam visíveis, prova tangível de que tinha sido empossado no trono celestial em 1914. Este foi o ano em que irrompeu a Primeira Guerra Mundial e começou toda a tribulação.
39, 40. (a) Como proveu Jesus a verdadeira interpretação dos eventos em nossa geração desde 1914? (b) Segundo o que se disse, de que são prova as tribulações sobre os seus seguidores?
39 Jesus Cristo, o Rei, predisse estas coisas mui pormenorizadamente, usando quatro capítulos da Bíblia para responder à pergunta de quatro dos seus apóstolos: “Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.” (Mateus, capítulos 24, 25; Marcos, capítulo 13; Lucas, capítulo 21, ALA) Jesus deu o genuíno significado e a verdadeira interpretação dos eventos em nossa geração desde 1914. A sua interpretação é que ele veio no seu prometido reino celestial, em 1914, o ano em que este sistema mundano de coisas entrou no seu tempo do fim. Outrossim, a própria tribulação que os seus verdadeiros seguidores têm passado nesta geração, desde 1914, é parte do “sinal” ou prova visível de que o Reino está próximo, e de que este sistema de coisas se defronta com seu fim completo. Na sua profecia, Jesus disse aos seus apóstolos, em Mateus 24:9-13:
40 “Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações. Muitos sucumbirão, trair-se-ão mutuamente e mutuamente se odiarão. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade [amor] de muitos se esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo.” — Maredsous.
41. (a) Como é que ainda há na terra um restante dos fiéis seguidores ungidos? (b) Segundo Jesus, que atitude precisam eles adotar em vista das coisas que ocorrem?
41 Um restante destes fiéis seguidores ungidos está aqui na terra atualmente, apesar de toda a tribulação desde 1914. Isto se dá porque os deste restante, semelhantes ao seu Líder, Jesus Cristo, têm vencido o mundo. Ainda não chegou, porém, a sua vitória final. Ainda precisam vencer completamente este mundo. Para fazerem isto, precisam suportar a tribulação continuamente até o fim deste mundo ou sistema de coisas. Por isso, a palavra triunfante de Jesus Cristo precisa continuar a soar nos seus ouvidos: “Coragem!” Precisam manter a atitude que, na profecia que prediz os eventos marcantes do fim deste sistema mundano de coisas, ele disse-lhes que adotassem. Depois de ter predito o estado de coisas mundiais que se desenvolveria de 1914 em diante, ele lhes disse: “Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima.” Não é isto motivo suficiente para que eles tenham coragem? — Luc. 21:26-28, ALA.
42. (a) O que mais significa o fato de estar próxima a libertação do restante ungido? (b) Em que coisa apropriada no Sermão do Monte crêem eles atualmente?
42 Agora está próxima a libertação deste restante fiel dos herdeiros do reino celestial de Deus. Felizmente, isto significa que também está próxima a libertação para as pessoas de todas as nações, raças, cores e línguas, que se interessam agora pelo reino de Deus por Cristo, e que o colocam em primeiro lugar nas suas vidas. Estas pessoas crêem no famoso Sermão do Monte de Cristo. Crêem em tudo o que ele diz, não só no chamado preceito áureo que se encontra nele, a saber: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.” Crêem também nas seguintes palavras do referido sermão: “Portanto não vos inquieteis, dizendo Que comeremos? Que beberemos? ou Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” — Mat. 7:12; 6:31-33, ALA.
43. (a) Para termos coragem para seguir estas palavras, o que precisamos ter? (b) Por que é o reino de Deus a coisa mais popular em toda a criação?
43 Requer coragem aderir a estas palavras do Sermão do Monte. Para termos esta coragem precisamos ter fé em Deus, o Pai celestial. Nós, porém, temos motivo para crer que o reino estabelecido de Deus está próximo, e que este reino nos sustenta. Mesmo nestes dias das Nações Unidas, com mais de cem membros, o reino de Deus é a coisa mais popular entre toda a criação visível e invisível. Mas, como assim, visto que há tanta oposição internacional contra ele e visto que os pregadores dele são odiados e perseguidos? É porque todos os santos anjos de Deus nos céus estão a favor do Seu reino por Cristo. Estes anjos estarão do nosso lado, se nós estivermos do mesmo lado que eles estão.
44. (a) O que se pode dizer dos anjos quais guerreiros? (b) Quando lutarão na batalha final, e com que resultados?
44 Os referidos anjos, cujo número não podemos calcular, são o melhor exército de toda a criação. Jamais perderam uma batalha, não trazendo qualquer desapontamento a Deus nem o vitupério da derrota sobre o seu glorioso nome. Segundo a profecia bíblica que descreve a ordem dos eventos nos céus espirituais invisíveis, os anjos já lutaram a favor do reino de Deus, depois de ele ter sido estabelecido em 1914. O resultado foi que o principal opositor do Reino, Satanás, o Diabo, e os seus demônios, foram lançados dos santos céus para a terra, esperando aqui a derrota no Armagedon. Nesta guerra universal do Armagedon, os anjos lutarão na batalha final pelo reino de Deus, sob a liderança do Rei, Jesus Cristo. Este mundo, quer dizer, este sistema de coisas, perecerá na destruição. O reino de Deus sairá vitorioso, reinando eternamente, para a bênção da humanidade. — Apo. 12:1-12; 19:11-21.
COMO OBTER CORAGEM
45, 46. (a) O que será o Armagedon na experiência humana? (b) O que não se abalará, e, portanto, em que expressões podemos ter confiança durante a angústia do mundo?
45 A destruição deste sistema mundial de coisas no Armagedon trará o tempo de maior tribulação que os homens já conheceram desde o dilúvio global nos dias de Noé. Foi isto que disse a profecia de Jesus. (Mat. 24:21, 22, 37-39) As próprias bases deste sistema atribulado de coisas serão removidas e atiradas, por assim dizer, nas profundezas escuras dos oceanos. Será como se o próprio solo fosse removido de sob os pés dos homens. Mas o reino de Deus jamais será abalado ou removido; e, ao passo que o buscarmos primeiro e firmarmos a âncora de nossa esperança nele, podemos ter a confiança que achamos expressa no profético Salmo 46, do versículo 1 até o 7:
46 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem, e na sua fúria os montes se estremeçam. Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela: jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã. Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz e a terra se dissolve. O SENHOR [Jeová] dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” — ALA.
47. (a) De que lado estarão os que têm esta coragem piedosa, e como oram? (b) Que instruções apostólicas referentes aos poderes políticos seguirão eles, e como?
47 Os que têm atualmente esta coragem piedosa permanecerão do lado de Jeová dos exércitos, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Orarão para que o reino venha com a sua destruição sobre este sistema mundano de coisas, conforme o ensino de Jesus sobre a oração, no seu Sermão do Monte: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mat. 6:9, 10, ALA) Não procuram adiantar-se à vinda do reino de Deus e estabelecer secretamente um governo rebelde no exílio e usar a violência para forçar o povo a tomar o lado do governo de Deus. Seguirão pacificamente as instruções apostólicas em Romanos 13:1, 5 (ALA): “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição [por parte destas autoridades superiores], mas também por dever de consciência.” Os verdadeiros cristãos reconhecem que êles jamais poderão derrubar este sistema mundano de coisas. Sabem que o tempo estabelecido de Deus fazer isto está próximo.
48. Como podemos ter coragem, e por que é isto necessário mesmo na cristandade?
48 É fácil dizer ao povo: “Coragem!”, mas como se pode ter coragem quando as questões mundiais atuais são aterradoras? A única maneira de assim fazer é estudar a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Ela nos diz convincentemente quem é Deus e o que significa o seu reino para nós. A descrença no Deus da Bíblia hoje em dia é geral, até mesmo na cristandade. Por isso, até mesmo professar fé nele entre um mundo de zombadores, requer coragem. Requer ainda mais coragem crer que este Deus estabelecerá o seu reino, não mediante uma conversão mundial por intermédio da cristandade, mas por ação direta da parte de Deus, numa calamidade mundial.
49. O que precisamos fazer referente à Bíblia e ao que ela promete?
49 Mas, como poderemos buscar este Deus, que nos serve de abrigo, a menos que aprendamos a respeito dele? Como poderemos buscar primeiramente o seu reino, se o ignorarmos e não soubermos a sua importância vital? Portanto, é absolutamente necessário arranjarmos uma Bíblia, estudando, aprendendo e crendo nas animadoras promessas dela. Precisarmos orar a este Deus que fez todas estas preciosas promessas, assegurando-nos de que este mundo será removido e de que o reino de Deus será estabelecido trazendo um novo mundo justo, a ressurreição dos mortos e o cultivo de um paraíso em toda a face da terra.
50. O que precisamos aprender mediante a Bíblia? Como devemos demonstrar coragem da nossa convicção?
50 Portanto, familiarize-se com o Livro do Reino, a Bíblia. Aprenda a conhecer o seu Rei, Jeová Deus, e o seu Cristo, Jesus, que amou a humanidade e morreu sacrificialmente por ela. Aprenda por que é certo o Reino e o seu triunfo em nossa geração. Saiba por que é inevitável um governo para toda a terra e para todos os povos. Daí partilhe com outros este conhecimento que salva vidas. Demonstre a sua coragem e convicção, tomando parte no cumprimento da gloriosa profecia que se aplica durante o “tempo do fim” deste sistema de coisas. Que profecia? A que Jesus disse que se realizaria como parte da evidência de que êle estaria presente no seu reino e de que este mundo estaria no seu “tempo do fim”. Eis a profecia: “Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Entôo virá o fim.” — Mat. 24:14; Dan. 12:4, ALA.
51. (a) Por que não se precisa fazer a pregação sozinho? (b) Por que é necessário reunir com elas, e em obediência a que conselho do livro de Hebreus?
51 Não precisará fazer sozinho a pregação do Reino. Tem todas as testemunhas ativas de Jeová, em 188 países através da terra, com as quais pregar, em mais de 150 línguas. Elas fizeram de “Jeová dos exércitos” o seu refúgio, a sua fortaleza e a sua ajuda solícita. Para que tenha coragem nestes dias, precisará reunir-se com estas testemunhas do Reino de Jeová, a fim de absorver a coragem delas, ao passo que estudam junto a Palavra de Deus Siga o conselho bíblico oportuno: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não abandonemos a nossa própria congregação, . . . façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.” — Heb. 10:24, 25, ALA.
52. (a) Em vista do novo mundo próximo, por que é necessário fortalecer a coragem cristã atualmente? (b) Qual será a experiência dos corajosos durante a guerra do Armagedon?
52 Todas as evidências indicam que o “dia” está próximo! Tome ação positiva, portanto, para fortalecer a sua coragem, a coragem cristã. Sá os que têm coragem semelhante ã de Cristo é que passarão através do impendente e assolador Armagedon mundial. Os covardes mundanos não sobreviverão a esta guerra universal, pois os covardes atuais não estão do lado de Deus nem do seu Filho, o Rei Jesus Cristo. A Bíblia diz positivamente que o novo mundo de justiça não é para os covardes. (Apo. 21:8) Na guerra decisiva do Armagedon, entre as forças representantes de dois mundos, os corajosos se apegarão ao reino de Deus e nunca pararão de pregar sobre ele, até que saia magnificentemente vitorioso sobre o velho mundo de Satanás e traga o novo mundo de justiça. Os corajosos terão a proteção de Deus e passarão através da guerra para o prometido novo mundo; sob o triunfante reino de Deus mediante Cristo. Há todo motivo válido agora para que ouçamos a exortação tirada da Bíblia: Coragem! o reino de Deus está próximo?