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“Não estejamos dormindo assim como fazem os demais”A Sentinela — 1979 | 15 de setembro
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proteger nossa constituição íntima, mantendo o coração desperto para com o seu primeiro amor. Temos de vigiar os pensamentos, a motivação, os desejos, prestando bem atenção a que homem somos no íntimo. (Efé 3:16-19) Quão excelente é o conselho do apóstolo: “Persisti em oração, permanecendo despertos nela com agradecimento.” — Col. 4:2; 1 Tes. 5:8, 11, 16-22.
IMITE O EXEMPLO DE VIGÍLIA DE JEOVÁ
Por ‘não dormirem assim como fazem os demais’, os verdadeiros cristãos podem seguir o belo exemplo de vigília de Jeová. Para os “demais”, pode parecer que Jeová é vagaroso em acabar com o atual sistema de coisas, com toda a sua corrução e injustiça. (2 Ped. 3:9) De modo que provavelmente ainda estarão “dormindo” quando lhes sobrevier repentinamente a “grande tribulação”. (1 Tes. 5:3) Mas Jeová se mostrará deveras bem desperto. Seu proceder será então comparado ao da descrição no Salmo 78:65, 66: “Jeová começou então a acordar como que do sono, como um poderoso desembebedando do vinho. E prosseguiu, golpeando seus adversários por detrás; deu-lhes um vitupério de duração indefinida.” — Veja Jeremias 1:12.
Agora é o tempo para termos alegria cristã em ser ativos no serviço de Jeová, cônscios de nossas necessidades espirituais e do tempo crítico em que vivemos, aceitando à orientação Dele. Agora é o tempo para estarmos espiritualmente despertos, assim como Paulo disse em outra parte: “Já é hora de despertardes do sono, pois agora a nossa salvação está mais próxima do que quando nos tornamos crentes. A noite está bem avançada; o dia já se tem aproximado.” — Rom. 13:11, 12.
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Pendurados ou enforcados?A Sentinela — 1979 | 15 de setembro
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Pendurados ou enforcados?
NO TEXTO hebraico da Bíblia aparece o termo taláh, que significa “pendurar, suspender”. (Veja seu uso no Salmo 137:2; Isaías 22:24; Ezequiel 15:3) Sob a lei dada por Deus a Israel, certos criminosos podiam ser pendurados numa estaca após terem sido mortos como ‘amaldiçoados por Deus’, expostos em público como exemplo e advertência. O morto assim pendurado devia ser tirado antes de cair a noite e enterrado; deixá-lo na estaca durante toda a noite aviltava o solo dado aos israelitas por Deus. (Deu. 21:22, 23) Israel seguia esta regra mesmo quando o executado não era israelita. — Jos. 8:29; 10:26, 27.
Os dois filhos e cinco netos de Saul, que Davi entregou aos gibeonitas para serem executados, não foram enterrados antes do anoitecer. Foram deixados expostos desde o começo da colheita da cevada (por volta de fins de abril) até à vinda da chuva, evidentemente até se completar a estação da colheita. O motivo de se permitir aos gibeonitas seguir um proceder diferente, neste caso, parece ter sido o de o Rei Saul ter cometido um pecado nacional, tendo matado alguns gibeonitas, violando assim o pacto feito por Josué com os gibeonitas muitos anos antes. (Jos. 9:15) Deus havia então feito que o país sofresse uma fome de três anos como evidência de sua ira. Por isso, os cadáveres dos pendurados foram deixados expostos até que Jeová indicou que seu furor havia sido apaziguado, acabando com o período de estiagem com um aguaceiro. Davi mandou então que os ossos dos homens fossem enterrados, após o que “Deus se deixou suplicar a favor da terra”. — 2 Sam. 21:1-14.
A narrativa do livro de Ester relata que diversas pessoas foram penduradas. Em cada caso, usa-se a mesma palavra hebraica (taláh). Declara-se especificamente que os dez filhos de Hamã foram mortos pelos judeus e pendurados, depois, no dia seguinte. (Est. 9:7-10, 13, 14) Os outros pendurados, evidentemente, foram tratados da mesma maneira, expondo-se seus cadáveres em ponto elevado, perante o público, porque seus crimes haviam sido ofensas contra o rei. (Est. 2:21-23; 7:9, 10) A mesma palavra hebraica é usada referente a se pendurar o chefe dos padeiros de Faraó. — Gên. 40:22; 41:13.
As nações em volta de Israel geralmente eram mais cruéis do que os israelitas nos seus métodos de aplicar a punição e de lançar vitupério sobre os executados. Quando os exércitos de Babilônia capturaram Jerusalém, infligiram punições cruéis aos nobres, pendurando alguns dos príncipes “só pela sua mão”. — Lam. 5:12.
Jesus Cristo foi pendurado vivo, pregado numa estaca, às ordens do governo romano da Palestina. (João 20:25, 27) O apóstolo Paulo explica que a maneira da morte de Jesus era altamente importante para os judeus, porque “Cristo nos livrou da maldição da Lei por meio duma compra, por se tornar maldição em nosso lugar, porque está escrito: ‘Maldito é todo aquele pendurado num madeiro.’” — Gál. 3:13.
Em dois casos de suicídios registrados na Bíblia usou-se o estrangulamento por enforcamento. Aitofel conselheiro traidor de Davi, estrangulou-se (“enforcou-se”, Septuaginta). (2 Sam. 17:23) A ação de Aitofel foi profética da de um dos apóstolos de Jesus, que veio a ser o traidor Judas Iscariotes. (Sal. 41:9, João 13:18) Judas também se enforcou. (Mat. 27:5) Pelo visto, a corda, ou o galho de árvore em que Judas se enforcou, rompeu-se ou quebrou-se, e, “jogando-se de cabeça para baixo, rebentou ruidosamente pelo meio e se derramaram todos os seus intestinos”. — Atos 1:18. Tirado de Ajuda ao Entendimento da Bíblia, publicado em inglês, páginas 710, 711.
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