Capítulo 11
“Não por força militar, nem por poder, mas. . .”
1. Que comparação há entre o Israel dos dias de Zacarias e a República de Israel quanto à força militar?
HAVIA força militar em armas, no Israel dos dias do profeta Zacarias? Não; hoje em dia é diferente na República de Israel, na qual até mesmo moças e mulheres são recrutadas para o exército.
2. Quanto tempo esteve o restante repatriado sem uma força militar, e, portanto, que pergunta surge quanto à construção do templo?
2 Lá no ano 522 A.E.C., durante o breve reinado de Artaxerxes (Gaumata, o mago) como rei da Pérsia, quando os adversários samaritanos impediram os construtores israelitas do templo “pela força das armas”, os israelitas em Jerusalém não convocaram uma força militar para combatê-los. (Esdras 4:7-24) Mais tarde, no décimo primeiro mês lunar (sebate) do ano 519 A.E.C., no dia 24 do mês, quando Zacarias recebeu a sua quinta visão, ainda não havia força militar em Jerusalém e na terra de Judá. Ainda era o segundo ano do Rei Dario I, que sucedeu a Artaxerxes como governante do Império Persa. Poderiam os israelitas completar o templo de Jerusalém sem uma “posição de força” por terem uma impressionante força militar? A quinta visão dada a Zacarias responde a esta pergunta.
3. (a) De que espécie de estado foi levantado Zacarias antes de receber a quinta visão? (b) O que relatou Zacarias ao anjo intérprete quanto ao que estava vendo?
3 Depois da visão inspiradora de fé a respeito do Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, o profeta Zacarias parece ter tomado uma atitude de meditação e de contemplação, na qual parecia estar adormecido. Mas a série de visões ainda não havia acabado; ele devia ver mais ainda. Por isso nos passa a dizer a respeito do anjo intérprete, que lhe explicou as coisas: “E o anjo que falava comigo passou a voltar e a despertar-me, como a um homem que desperta do seu sono. Então ele me disse: ‘Que estás vendo?’ De modo que eu disse: ‘Vi, e eis que há um candelabro, todo ele de ouro, tendo no alto uma tigela. E sobre ele estão as suas sete lâmpadas, sim, sete; e as lâmpadas no alto dele têm sete tubos. E há duas oliveiras ao lado dele, uma à direita da tigela e outra à sua esquerda.’” — Zacarias 4:1-3.
4. A vista daquele candelabro nos faz lembrar que casa, e por quê?
4 Pode formar um quadro mental do que se mostrou a Zacarias? Este candelabro de ouro, com seus sete braços encimados por sete lâmpadas alimentadas com azeite faz relembrar a casa de adoração de Jeová. Nos dias primitivos de Israel, desde os dias do profeta Moisés até os dias do Rei Davi, esta casa de adoração tinha um candelabro de ouro no seu primeiro compartimento, O Santo. (Êxodo 40:1-25) A visão deste candelabro, portanto, era bem apropriada, visto que tinha que ver com a reconstrução do templo.
5. Como foram as sete lâmpadas supridas de óleo de iluminação dum reservatório central, e como se manteve cheio este suprimento central?
5 As sete lâmpadas tinham um suprimento central de óleo de iluminação. Este provinha da tigela no alto do candelabro de ouro, da qual se estendiam sete tubos, um tubo separado para cada lâmpada, para dar-lhe óleo do depósito central. Mas de onde obtinha esta tigela seu suprimento de óleo, e isso regularmente? Daquelas duas oliveiras ao lado da tigela, uma à sua direita e a outra à sua esquerda. Estas oliveiras podiam prover um fornecimento constante e estavam bem à mão, sem necessidade de se transportar o óleo de longe.
6. Apesar de serem sete as lâmpadas, de que modo era um só candelabro?
6 Sendo que o candelabro era uma peça só, suas sete lâmpadas estavam todas ligadas com ele pelos braços que se estendiam da haste central.
7. O que perguntou então Zacarias ao anjo a respeito do candelabro?
7 Esta visão tinha significado. Por isso, Zacarias respondeu logo: “Então respondi e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: ‘Que significam estas coisas, meu senhor?’ Portanto, o anjo que falava comigo respondeu e me disse: ‘Não sabes realmente o que significam estas coisas?’ Eu disse, da minha parte ‘Não, meu senhor.’” — Zacarias 4:4, 5.
8, 9. (a) Por meio de que proceder podemos tirar proveito desta visão, assim como Zacarias? (b) Que resposta deu o anjo a Zacarias, e o que nos dá isso, em vez de uma explicação de pormenores?
8 Iguais ao profeta Zacarias, não queremos dar à visão a nossa própria interpretação. Estamos dispostos a ser ensinados por Jeová dos exércitos, por meio de seu anjo. Só poderemos tirar proveito da visão se obtivermos a verdade divina da fonte correta. Ao ser interrogado por Zacarias, o intérprete angélico não entrou logo no significado de todos os pormenores da visão. Antes, explicou para nós a força, a lição global, da visão como um todo. Isto aumenta o vigor da visão de um mero candelabro.
9 “Por conseguinte”, diz Zacarias, “ele respondeu e me disse: ‘Esta é a palavra de Jeová a Zorobabel, dizendo: “‘Não por força militar, nem por poder, mas por meu espírito’, disse Jeová dos exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma planície. E ele certamente produzirá a pedra principal [pedra de remate, CBC]. Será aclamada: ‘Quão encantadora! Quão encantadora!’”’” - Zacarias 4:6, 7.
O OBSTÁCULO A SER REDUZIDO A NADA
10. Que oposição teve de enfrentar Zorobabel, e a que se poderá ter parecido, especialmente em vista de que circunstâncias?
10 Teria alguém de nós gostado de ter a oposição dos governadores pagãos das províncias persas deste lado (o ocidental) do rio Eufrates? Não só isso, mas teria mesmo um só de nós gostado de ter a oposição do imperador de todo o Império Persa, o Rei Dario I? Esta era a oposição que, naquele tempo, se interpunha a Zorobabel ao passo que ele prosseguia com a reconstrução do templo de Jeová em Jerusalém, naquele ano de 519 A.E.C. (Esdras 5:3 a 6:2) Isto teria realmente parecido como um “grande monte” no caminho da reconstrução do templo até um fim bem sucedido, não teria? Ele não tinha nenhuma força militar entre os menos de cinqüenta mil que retornaram com ele de Babilônia, lá em 537 A.E.C. Então, como poderia resistir a uma invasão armada para parar a obra no templo, por parte dos que protestavam contra ela? Que força tinham ele ou seus companheiros israelitas? Ele não conhecia pessoalmente o Rei Dario I e não tinha nenhuma influência política junto a ele. Então, como se poderia esperar que terminasse a casa de adoração de Jeová — sem ser severamente punido?
11. (a) Qual é a resposta divina à pergunta? (b) Portanto, que apoio precisava Zorobabel ter na obra do templo, e por quê?
11 Somos nós os que perguntamos hoje ou foi o Governador Zorobabel quem perguntou: “Como”? A resposta é dada pelo maior Comandante-em-chefe militar de todos: “‘Não por força militar, nem por poder, mas por meu espírito’, disse Jeová dos exércitos.” (Zacarias 4:6) Zorobabel não precisava preocupar-se com uma força militar ou com poder de qualquer fonte humana. Tudo o que tinha de fazer era confiar Naquele que lhe dissera por meio dos seus profetas que prosseguisse com a obra e dependesse do espírito Deste, da Autoridade Suprema. O espírito Deste é, naturalmente, uma força ativa invisível, mas esta é irresistível, esmagadora, sempre bem sucedida e sempre triunfante. Opera de modo invisível, mas produz resultados segundo o propósito da Fonte divina deste espírito. Todo o poderio militar da terra inteira e todo o poder político e religioso na humanidade inteira não pode resistir à Sua santa força ativa em operação. Ao prosseguir com a obra do templo, o Governador Zorobabel tinha este espírito em seu apoio!
12. O que se havia de tornar o “grande monte” diante de Zorobabel e que garantia disso era o cumprimento de Isaías 40:4, 5?
12 Então, que é um “grande monte” figurativo como obstáculo? Jeová dos exércitos lhe disse: “Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma planície.” Diante de Zorobabel e do restante fiel que retornara com ele de Babilônia, Jeová havia cumprido a profecia de Isaías 40:4, 5: “Alteie-se todo vale e abaixe-se todo monte e todo morro. E o terreno acidentado terá de tornar-se terra plana e o terreno escabroso, um vale plano. E certamente se revelará a glória de Jeová, e toda a carne, juntamente, terá de vê-la, pois a própria boca de Jeová falou isso.” Ele podia então fazer algo similar no caso deste “grande monte” que confrontava o Governador Zorobabel, naquele ano de 519 A.E.C. Observemos como Ele fez isso, sem nenhum esforço estrênuo da parte de Zorobabel, mas por meio de Seu espírito.
13. (a) Como havia dado Jeová a Zorobabel já antes, em 24 de quisleu de 520 A.E.C., uma garantia contra a força militar inimiga, por meio de Ageu? (b) O que fariam os adversários, certamente depois de Zorobabel agir sob o estímulo da quinta visão de Zacarias?
13 Apenas dois meses antes, Ele declarara como lidaria com as hostes militares inimigas, dizendo: “‘Eu faço tremer os céus e a terra. E hei de subverter o trono de reinos e aniquilar a força dos reinos das nações; e vou subverter o carro e os que andam nele, e os cavalos e seus cavaleiros virão abaixo, cada um pela espada de seu irmão.’ ‘Naquele dia’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos, ‘tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Sealtiel, meu servo’, é a pronunciação de Jeová; ‘e hei de constituir-te em anel de chancela, porque és tu a quem escolhi’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” (Ageu 2:20-23) Em vista do que o Governador Zorobabel e seus co-trabalhadores fizeram naquele dia (24 de quisleu de 520 A.E.C.), nos alicerces do templo em Jerusalém, os governadores provinciais ao oeste do rio Eufrates talvez tivessem levado sua apelação para o Rei Dario I, em Susã, na Pérsia. Mas, certamente, estes governadores provinciais devem ter protestado ao Rei Dario I, depois de Zorobabel ter prosseguido com a obra do templo sob o estímulo desta quinta visão que lhe foi relatada por Zacarias.
14. Segundo Esdras 6:1-13 o que fez o Rei Dario I ao receber a apelação dos governadores provinciais irados?
14 Até então, o Rei Dario deixara continuar a proscrição contra a construção do templo imposta pelo Rei Artaxerxes. Mas, o que fez ele ao receber a apelação dos governadores provinciais irados?
Foi então que Dario deu ordem, e fizeram uma investigação na casa dos registros dos tesouros depositados lá em Babilônia. E em Ecbátana na fortificação que havia no distrito jurisdicional da Média, foi achado um rolo, e nele estava escrito o memorando do seguinte teor:
“No primeiro ano de Ciro o rei, Ciro, o rei, deu ordem concernente à casa de Deus em Jerusalém: Reconstrua-se a casa como lugar onde se devem oferecer sacrifícios e fixem-se os seus alicerces, sendo sua altura de sessenta côvados, sua largura sessenta côvados, com três camadas de pedras roladas ao lugar e uma camada de madeiramento; e seja a despesa paga pela casa do rei. E devolvam-se também os vasos de ouro e de prata da casa de Deus que Nabucodonosor retirou do templo que havia em Jerusalém e levou a Babilônia, para que cheguem ao templo que está em Jerusalém no seu lugar, e sejam depositados na casa de Deus.
“Agora, Tatenai, governador de além do Rio Setar-Bozenai, e seus confrades, os governadores menores que estão além do Rio, mantende-vos afastados de lá. Deixai em paz a obra daquela casa de Deus. O governador dos judeus e os homens mais maduros dos judeus vão reconstruir aquela casa de Deus no seu lugar. E por mim foi dada uma ordem quanto ao que vós fareis para com estes homens mais maduros dos judeus, para a reconstrução daquela casa de Deus; e da tesouraria real do imposto de além do Rio se pagará prontamente a despesa a estes varões vigorosos, sem interrupção. E o que for preciso, novilhos bem como carneiros e cordeiros para as ofertas queimadas ao Deus do céu, trigo, sal, vinho e azeite, conforme disserem os sacerdotes que estão em Jerusalém, sejam-lhes dados continuamente, de dia em dia, sem falta; a fim de que apresentem continuamente oferendas apaziguadoras ao Deus dos céus e orem pela vida do rei e dos seus filhos. E por mim foi dada uma ordem que, quando alguém violar este decreto, se arranque da sua casa um madeiro e ele seja pendurado nele, e sua casa se tornará por esta causa uma latrina pública. E que o Deus que fez seu nome residir ali derrube a qualquer rei e povo que estender sua mão para cometer uma violação e para destruir aquela casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, dou deveras a ordem. Seja executada prontamente.”
Então Tatenai, o governador de além do Rio, Setar-Bozenai, e seus confrades, fizeram prontamente assim como Dario, o rei, mandara dizer. — Esdras 6:1-13.
15. (a) A que somente podemos atribuir esta espantosa reviravolta, e por quê? (b) Sabendo isso de antemão, o que disse Jeová que Zorobabel faria com a pedra principal do templo?
15 Estava o espírito de Jeová dos exércitos agindo e dirigindo esta questão? Só podemos atribuir ao Seu espírito a espantosa reviravolta, porque foi feita sem qualquer força militar ou poder humano da parte do Governador Zorobabel. O “monte” figurativo erguido pelas forças opositoras no caminho de Zorobabel foi tornado uma “planície”. Sua fé em Jeová dos exércitos e sua coragem em fazer a obra do templo foram amplamente recompensadas. Sabendo de antemão o que faria por meio de seu espírito invencível, Jeová prosseguiu, dizendo naquela quinta visão dada a Zacarias: “E ele certamente produzirá a pedra principal [pedra de remate, CBC]. Será aclamada: ‘Quão encantadora! Quão encantadora!’” — Zacarias 4:7.
A “ENCANTADORA” PEDRA PRINCIPAL
16. Quão essencial era esta pedra principal ou de remate e o que atestaria ser ela trazida por Zorobabel?
16 Esta “pedra principal” era a pedra de remate do templo a ser reconstruído em Jerusalém. Esta pedra principal era a pedra essencial que daria o remate ao templo. Ser ela produzida pelo governador Zorobabel atestaria que ele havia de levar a obra do templo ao término. Nada o impediria agora como servo de Jeová. O espírito de Jeová cuidaria disso!
17. Por que seria de exultação o dia em que esta pedra de remate fosse colocada no seu lugar e por que clamariam os espectadores: “Quão encantadora!”?
17 Seria um dia de enorme exultação quando colocasse esta pedra de remate no seu lugar, assinalando o término bem sucedido do templo na cidade em que Deus colocara seu santo nome. A multidão extasiada de espectadores, ao ver este ato culminante, clamaria em admiração desta pedra de remate no seu lugar de destaque: “Quão encantadora! Quão encantadora!” Ela era bela em si mesma, pois era a mesma pedra que fora posta diante do Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e cuja gravação havia sido feita pelo próprio Jeová por meio de seu agente. (Zacarias 3:9) Mas, esta pedra de remate, gravada, aumentou em beleza quando passou a ocupar seu lugar designado no edifício do templo e deu ao edifício do templo uma aparência agradável. Não só os olhos encantados dos adoradores no templo se fixavam nesta pedra de remate, mas também os “sete olhos” de Jeová davam a esta pedra sua atenção indivisa, especial. Ser ela colocada no lugar era em vindicação de Sua palavra de profecia por meio de Ageu e de Zacarias.
18. Segundo a história registrada, quando veio este dia de exultação?
18 Este dia de exultação e de vindicação veio no terceiro dia do mês lunar de adar do ano 515 A.E.C., pois a história registrada diz o seguinte: “E os homens mais maduros dos judeus construíam e faziam progresso sob a pronunciação profética de Ageu, o profeta, e de Zacarias, neto de Ido, e a construíram e acabaram devido à ordem do Deus de Israel e devido à ordem de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia. E completaram esta casa ao terceiro dia do mês lunar de adar, isto é, no sexto ano do reinado de Dario, o rei.” — Esdras 6:14, 15.
19. Que grandiosa perspectiva nos apresenta hoje aquela ocasião religiosa, profética, e de que modo se realizará isso?
19 Quão grandiosa é a perspectiva que esta ocasião histórica, mas profética, apresenta a todos os amantes da adoração pura e imaculada do único Deus vivente e verdadeiro hoje em dia! Aponta para o tempo em que a adoração verdadeira do Soberano Senhor Jeová será levada ao seu estado aperfeiçoado, no seu templo espiritual. Isto se dará quando Babilônia, a Grande, (o império mundial da religião falsa, incluindo a cristandade sectária,) for destruída e todos os elementos políticos, militares e sociais deste mundo, que se opõem até mesmo à adoração pura, forem destruídos, deixando na terra purificada apenas o restante dos subsacerdotes espirituais do Israel espiritual e seus co-adoradores de todas as nações, povos e tribos. Esta realização culminante será produzida, conforme diz Jeová, “não por força militar, nem por poder, mas por meu espírito”.
20. Que governador tem parte privilegiada no vindouro cumprimento desta profecia?
20 O antitípico Governador Zorobabel terá uma parte especialmente privilegiada em realizar o cumprimento hodierno desta profecia divina. Sabemos quem ele é — Jesus Cristo, que agora governa desde o seu trono celestial sobre o restante fiel de seus subsacerdotes espirituais e os seus dedicados e batizados companheiros na adoração.
21. Que cargos foram representados por Zorobabel e Josué, que estão combinados em Jesus Cristo e também foram prefigurados por Melquisedeque?
21 Zorobabel prefigurou o glorificado Rei Jesus Cristo num aspecto diferente daquele do Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. O Sumo Sacerdote Josué (a quem os judeus de língua grega chamavam “Jesus”) representava a Jesus Cristo nas suas funções sacerdotais. Zorobabel, designado governador da província de Judá, representava o Senhor Jesus Cristo no seu cargo governamental como rei. Estes dois cargos, o de sumo sacerdote e o de governador, combinam-se no glorificado Jesus Cristo, pois ele é também prefigurado por Melquisedeque, a respeito de quem diz Gênesis 14:18: “Melquisedeque, rei de Salém, trouxe para fora pão e vinho; e ele era sacerdote do Deus Altíssimo.” Hebreus 7:1 o chama “Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo”. — Salmo 110:1-4.
22. (a) Para proteger e promover que obra usou Zorobabel seu poder de governador, sob o decreto de quem? (b) A quem prefigurou Zorobabel numa obra similar e como que nivelando que “grande monte”?
22 Zorobabel, como governador de Jerusalém e de Judá, promovia a reconstrução do templo, conforme decretado pelo Rei Ciro. Ele usava seus poderes governamentais para proteger a obra do templo. A ele, evidentemente sob o título de Sesbazar, foram confiados os sagrados “utensílios da casa de Jeová” pelo Rei Ciro, e Zorobabel trouxe estes utensílios sagrados de Babilônia a Jerusalém, para serem usados na casa reconstruída de Jeová. (Esdras 1:7 a 2:2; 5:13-16) Portanto, o Governador Zorobabel tomou corretamente a liderança no lançamento do alicerce do segundo templo de Jeová em Jerusalém. (Esdras 3:8-10) Desta maneira, Zorobabel prefigurou como o reinante Rei Jesus Cristo daria estímulo à obra do restabelecimento da adoração pura de Jeová no seu templo espiritual. Ele protegeria os do restante de seus subsacerdotes espirituais, ungidos, agora na terra, nos seus esforços desde 1919 E.C. para restabelecer a adoração pura de Jeová entre toda a humanidade. O “grande monte” de oposição e dificuldades que se lhes interpunha nisso foi reduzido por ele a uma “planície”.
23. (a) Como se compara Jesus Cristo com o Governador Zorobabel em promover a obra da construção do templo? (b) Como cumpre ele o quadro de trazer e colocar a pedra principal?
23 Comparável ao governador Zorobabel em produzir a pedra de remate e colocá-la no lugar no templo em 515 A.E.C., o glorificado Jesus Cristo levará a um término triunfante a obra do restabelecimento da adoração de Jeová no Seu templo espiritual. Por meio de seus santos anjos invisíveis, ele ajuntará todos os necessários do restante dos subsacerdotes espirituais e os ajudará no cumprimento de seus deveres no antitípico Santo do templo espiritual de Jeová. Ele mesmo desempenhará o papel de “pedra principal” neste arranjo espiritual para a adoração de Jeová. No tempo devido de Deus, tomará seu próprio lugar designado na estrutura espiritual desta adoração e assim dará o remate à sua terminação. Ele é o Principal, igual à figurativa pedra de remate para o aperfeiçoamento deste arranjo divino para adoração, no qual ele serve como Sumo Sacerdote Real a favor de toda a humanidade. Quando ele ocupar seu lugar e relatar a Jeová Deus que completou a obra do restabelecimento da adoração em plena escala por meio de todos os subsacerdotes necessários no templo espiritual, isto resultará num aspecto ‘encantador’.
24. Quando aclamarão os adoradores de Jeová à Pedra Principal Maior: “Quão encantadora!”?
24 Naquele momento sagrado, quando se tornar evidente que a obra com respeito à adoração verdadeira foi aperfeiçoada apesar da oposição de Babilônia, a Grande, e de seus patrocinadores políticos, todos os adoradores verdadeiros de Jeová, na terra, ficarão cheios de apreço irreprimível pelo papel desempenhado com bom êxito pelo Governador Maior, Jesus Cristo. Jubilantes o aclamarão como a Pedra Principal Maior: “Quão encantadora! Quão encantadora!”
O “DIA DAS COISAS PEQUENAS” NÃO DEVE SER DESPREZADO
25. Quando se iniciou a obra de edificação da organização teocrática para a adoração de Jeová, em 1919 E.C., por que parecia ela desprezível?
25 Quando esta obra da edificação da organização teocrática para a adoração de Jeová começou, no ano de após-guerra de 1919 E.C., parecia desprezível aos olhos da religiosa Babilônia, a Grande, e seus amantes militares e políticos. Parecia-lhes impossível de ser realizada. Por quê? Porque o restante sobrevivente dos israelitas espirituais, ungidos, era muito pequeno e estava internacionalmente desacreditado. (Mateus 24:9) Por exemplo, quando se realizou o congresso geral da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, de 1.º a 8 de setembro de 1919, no balneário de Cedar Point, Ohio, E. U. A., havia apenas cerca de 6.000 presentes às sessões durante a semana; e outros milhares, que não podiam assistir a este congresso, logo após a Primeira Guerra Mundial, achavam-se espalhados em toda a terra, tendo uns 17.961 (segundo relatórios incompletos) assistido à celebração anterior da Ceia do Senhor, em 13 de abril de 1919. O que eram estes milhares de adoradores dedicados e batizados de Jeová em comparação com as centenas de milhões de membros das igrejas da cristandade? Nada!
26. (a) Devia o restante sobrevivente ser desprezado por causa de sua pequenez? (b) Quem trouxe a mensagem corretora e por quem foi ele enviado?
26 Contudo, devia ser desprezado este restante sobrevivente dos israelitas espirituais por causa de sua pequenez? Ou porque não tinha “força militar”? Hoje, mais de cinqüenta anos depois, temos fatos disponíveis para dar uma resposta ressonante, e eles provam que foi o Deus infalível quem enviou seu profeta Zacarias com uma mensagem para corrigir todas as idéias erradas obtidas em vista da primeira aparência das coisas. Escute o que Zacarias passa a relatar: “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘As próprias mãos de Zorobabel lançaram o alicerce desta casa e suas próprias mãos a terminarão. E terás de saber que o próprio Jeová dos exércitos me enviou a vós. Pois, quem desprezou o dia das coisas pequenas? E hão de alegrar-se e ver o prumo na mão de Zorobabel. Estes sete são os olhos de Jeová. Percorrem toda a terra.’” — Zacarias 4:8-10.
27. Quando se forneceu a prova absoluta de que fora Jeová que havia enviado Zacarias ao povo?
27 Se alguns dos do restante repatriado dos judeus na terra de Judá tivessem tido qualquer dúvida, saberiam então positivamente que foi o próprio Jeová quem enviou Zacarias ao Seu povo — no terceiro dia do décimo segundo mês lunar (adar) de 515 A.E.C. O registro de Esdras 6:14, 15, nos diz: “E os homens mais maduros dos judeus construíam e faziam progresso sob a pronunciação profética de Ageu, o profeta, e de Zacarias, neto de Ido, e a construíram e acabaram devido à ordem do Deus de Israel e devido à ordem de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia. E completaram esta casa ao terceiro dia do mês lunar de adar, isto é, no sexto ano do reinado de Dario, o rei.” A palavra profética de Jeová foi vindicada!
28. (a) Por que é que os olhos de Jeová não deixaram de ver quando Zorobabel, com o prumo na mão, colocou a pedra de remate no templo? (b) Com que acontecimento similar, porém maior, se regozijarão os seus olhos ainda mais?
28 O Governador Zorobabel talvez tivesse um prumo na mão ao terminar a casa de adoração de Jeová por colocar a pedra essencial de remate no seu lugar. Os olhos alegraram-se ao ver isto. Especialmente os olhos de Jeová. Nada escapa aos seus olhos. É como se ele tivesse uma série completa de olhos — sete — olhos que percorrem toda a terra para observar tudo o que se faz, quer feito pelos Seus inimigos, quer feito pelo Seu povo dedicado. Seus olhos não deixaram de ver a colocação da pedra de remate por Zorobabel, que tinha o prumo na mão. Seus próprios olhos alegravam-se com os de seu restante fiel, que colocavam a adoração do verdadeiro Deus em primeiro lugar na sua vida. Quanto mais se alegrarão seus olhos que observam tudo quando virem o Zorobabel Maior terminar a obra com respeito ao restabelecimento da adoração pura na terra, no Seu templo espiritual!
“OS DOIS UNGIDOS”
29. Quando Zacarias perguntou pela primeira vez sobre o significado do candelabro de ouro o que se lhe disse e como podemos agora ver a propriedade desta resposta?
29 Neste ponto, lembramo-nos do que o anjo disse ao profeta Zacarias, quando este perguntou o que significava o candelabro de ouro com as sete lâmpadas? Sim, foi o seguinte: “‘Não por força militar, nem por poder, mas por meu espírito’, disse Jeová dos exércitos.” (Zacarias 4:6) Agora podemos ver a propriedade desta forte declaração pelos pormenores adicionais que apareceram na visão com mais explicações. Para a nossa satisfação, somos informados:
30. O que disse o anjo a Zacarias sobre o que representavam as duas oliveiras ao lado do candelabro?
30 “E passei a responder e a dizer-lhe: ‘Que significam estas duas oliveiras à direita do candelabro e à sua esquerda?’ Então respondi pela segunda vez e disse-lhe: ‘Que são estes dois punhados de raminhos das oliveiras, que, por meio dos dois tubos de ouro, despejam de si o líquido dourado?’ Ele me disse, pois: ‘Não sabes realmente o que significam estas coisas?’ Eu disse, da minha parte: ‘Não, meu senhor.’ Por conseguinte, ele disse: ‘São os dois ungidos que estão de pé ao lado do Senhor de toda a terra.’” — Zacarias 4:11-14.
31. Como se fornecia óleo às lâmpadas, por que era constante o suprimento e o que representava o óleo?
31 Zacarias achou bom fazer depois de sua primeira pergunta logo uma segunda, a fim de não deixar de perguntar a respeito de uma particularidade que não havia mencionado na sua primeira pergunta. Lembramo-nos de que aquelas duas oliveiras estavam à direita e à esquerda da tigela de ouro, da qual se estendiam sete tubos até as sete lâmpadas no candelabro, para fornecer-lhes óleo dum depósito central. Onde obtinha a tigela de ouro, no alto do candelabro, seu próprio suprimento do líquido de iluminação? Do punhado de raminhos da oliveira à direita e do punhado de raminhos da oliveira à esquerda, e isto por meio dum tubo de ouro de cada punhado de raminhos. O líquido assim fornecido parecia dourado, e não podia ser impedido assim como estas duas oliveiras tampouco podiam ser impedidas. O fornecimento era constante, assim como a fonte dele era vivente e constante. Este líquido de iluminação representava, não uma força militar, nem poder humano, mas, conforme disse Jeová, “meu espírito”. Usou-se assim o óleo para representar o espírito de Deus. — Zacarias 4:6.
32. (a) Qual é a fonte do simbólico ‘óleo de oliveira’? (b) O que é simbolizado pelo candelabro que recebe tal óleo?
32 Assim como a oliveira foi criada por Jeová Deus e Ele é por isso a Fonte de seu óleo, assim ele é também a Fonte do espírito ou da força ativa invisível que acende a chama da Sua verdadeira adoração. As duas oliveiras, por conseguinte, representam os dois agentes por meio dos quais ele transmite seu espírito ao candelabro simbólico, isto é, à sua “nação santa”, o restante ungido do Israel espiritual. Então, quem são os dois agentes simbolizados pelas duas oliveiras?
33. Como usa Revelação 11:3, 4, oliveiras para simbolizar criaturas viventes de Deus, e, por isso, a quem simbolizam as duas oliveiras na visão de Zacarias?
33 Não é contrário às Escrituras dizer-se que as duas oliveiras representam criaturas inteligentes de Deus. Relacionado com a visão do templo relatada pelo apóstolo cristão João, no último livro da Bíblia, lemos: “‘E farei as minhas duas testemunhas profetizar . . . trajadas de saco.’ Estas são simbolizadas pelas duas oliveiras e pelos dois candelabros, e estão em pé diante do Senhor da terra.” (Revelação 11:3, 4) As duas oliveiras da visão de Zacarias são explicadas como sendo “os dois ungidos [literalmente: dois filhos do óleo] que estão de pé ao lado do Senhor de toda a terra”. Portanto, a quem representam? Não os profetas inspirados Ageu e Zacarias, mas duas pessoas às quais Zacarias foi mandado transmitir a palavra de Jeová dos exércitos, a saber, o Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e o Governador Zorobabel.
34. (a) Como é que o sumo sacerdote e o governador forneceram óleo simbólico ao candelabro simbólico? (b) Como se mantiveram os próprios Zorobabel e Josué constantes no seu suprimento do espírito de Deus?
34 Por meio dos profetas inspirados Ageu e Zacarias, transmitiu-se o espírito de Jeová a Josué e a Zorobabel. Estes, por sua vez, deviam tomar a dianteira na construção do segundo templo de Jeová e em transmitir neste respeito o espírito de Jeová ao restante israelita. Estes dois “ungidos” deviam imbuir toda a nação restabelecida constantemente do espírito de Jeová, apegando-se à obra até o fim e animando os trabalhadores no templo tanto por palavras de exortação como pelo exemplo pessoal. Poderiam fazer isso se ficassem constantemente ao lado de Jeová, “o Senhor de toda a terra”. Tinham de ficar do Seu lado na questão da única adoração verdadeira e tinham de servi-lo constantemente em prol desta adoração exclusiva Dele. A obra sagrada seria assim realizada pelo espírito de Jeová. Sendo o “Senhor de toda a terra”, ele cumpre a sua vontade para com ela.
35. No cumprimento moderno da visão, a quem simbolizam as duas oliveiras?
35 No cumprimento desta visão no atual “tempo do fim”, a quem representam as “duas oliveiras”, os “dois ungidos”? Visto que, no primeiro cumprimento da visão nos próprios dias de Zacarias representavam o Sumo Sacerdote Josué e o Governador Zorobabel, devem representar apenas uma só pessoa, a saber, o Ungido, Messias ou Cristo de Jeová, Jesus, que foi ungido com o espírito santo de Deus. — Isaías 61:1-3; Lucas 4:1.
36. (a) De que modo agiu Jesus Cristo como Josué, o sumo sacerdote, e o Governador Zorobabel com relação ao espírito de Deus? (b) Como se manteve ele, igual às duas oliveiras, constantemente suprido do espírito, e a que candelabro simbólico o forneceu?
36 De fato, Jesus, o Messias, foi prefigurado tanto pelo Sumo Sacerdote Josué como pelo governador Zorobabel. Antes de ele deixar seus apóstolos leais na terra, prometeu enviar-lhes o espírito, que procede do Pai Celestial. (João 14:16, 17; 15:26; 16:13, 14) Daí, no dia festivo de Pentecostes de 33 E.C., ele serviu como as duas oliveiras da visão de Zacarias. Naquele dia, Jeová Deus começou a usá-lo para canalizar e derramar o espírito santo sobre a “nação santa” do Israel espiritual. (Atos 1:5; 2:1-35; Mateus 3:11; Marcos 1:7, 8; Lucas 3:16) Igual aos “dois ungidos” ou “dois filhos do óleo” na quinta visão de Zacarias, Cristo Jesus está “ao lado do Senhor de toda a terra”, como Sumo Sacerdote e governador, e o assiste constantemente, porque está à mão direita de Deus nos céus. (Atos 2:34-36; 7:56) Neste cargo, pode ser o canal de fornecimento constante do espírito do Senhor Deus para o “candelabro” simbólico na terra, o restante fiel do Israel espiritual.
37. (a) Por receberem energia de que e sob a liderança de quem continuam os do restante na obra do templo? (b) Portanto, a quem se darão o louvor e o crédito de elogio pelo bom êxito da obra do templo?
37 Não por uma força militar, mas pelo espírito infalível do Deus Todo-poderoso, os do restante ungido trabalham sob o seu governador e Sumo Sacerdote celestial, Jesus Cristo. Estimulados e revigorados pelo espírito santo, levarão avante a obra do templo até estar completamente terminada. Por conseguinte, os elogios, o louvor e o crédito pelo bom êxito final e culminante não serão atribuídos aos do restante dos subsacerdotes espirituais, mais sim a Jeová Deus, a Fonte do espírito, e por meio de Jesus Cristo, como Seu canal amoroso.