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Alcancei meu objetivo de constituir uma família cristãA Sentinela — 1980 | 15 de novembro
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Aprendemos no confinamento como coordenar nossas designações de trabalho a fim de termos tempo para os assuntos espirituais. De maneira geral podíamos realizar todas as reuniões, cada semana. Algumas vezes foi possível até mesmo comemorarmos a morte de Cristo com a presença de outros presos. Os guardas encontravam algumas vezes nossa Bíblia e publicações bíblicas e as tomavam de nós Isto comumente acontecia quando alguns presos nos delatavam. Mas, sempre parecíamos ter literatura suficiente para nos manter espiritualmente fortes.
No que diz respeito à comida, houve ocasiões em que pudemos partilhar o que tínhamos com outros. Foi-nos concedido receber alguma coisa de fora para comer. Nossos irmãos, tanto carnais como espirituais, proveram continuamente ajuda.
GRATO PELA AJUDA DE JEOVÁ
Sou grato a Jeová por permitir que eu fosse para a prisão assim como os apóstolos foram aprisionados. Para alguns isto talvez pareça estranho. Mas, todas essas experiências treinaram e refinaram nossa paciência e perseverança. É claro que, às vezes, não foi muito agradável. Mas, agora, muitos anos depois, posso ver como essas experiências tiveram uma influência benéfica.
Quando por fim deixei a prisão, não foi fácil arrumar emprego, especialmente com um registro na prisão. Tive de aceitar trabalho braçal com pá e enxada, ganhando cerca de Cr$ 140,00 por dia. Mas, a família arranjou-se com isto por um tempo, até eu conseguir um emprego melhor como contador público. Nós não passamos fome.
Minha maior alegria é ver todos os meus cinco filhos fortes na fé e ativos no serviço de Jeová. Realmente, Jeová tem-me abençoado grandemente e me ajudado a constituir uma família cristã. Não trocaria por nada os meus 32 anos de serviço a Jeová. Oro ao nosso Pai celestial que nos ajude a servi-lo para sempre.
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Provérbio sábioA Sentinela — 1980 | 15 de novembro
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Provérbio sábio
“Onde há quem encobre o ódio há lábios de falsidade, e quem divulga um relato mau é estúpido.” — Pro. 10:18.
Muitos dos provérbios contêm um contraste que ajuda a esclarecer o que é certo ou sábio. Mas Provérbios 10:18 tem duas partes que contêm uma idéia similar, sendo que a segunda reforça a primeira. Juntas fornecem compreensão do modo de pensar de Deus e nos orientam no caminho certo.
Primeiro, lemos: “Onde há quem encobre o ódio há lábios de falsidade.” Esta é uma verdade básica. Quando um homem odeia outro de coração, esconder ele isso com palavras suaves ou com lisonjas é realmente uma farsa, não é? Seus lábios expressam falsidade, igual a alguém que se dá uma falsa aparência. — Pro. 26:24.
Alguns, em vez de ocultarem o ódio, fazem o que a segunda parte do provérbio menciona. Eles ‘divulgam um relato mau’. Sua maldade leva-os a tentarem prejudicar o odiado por meio de acusações falsas ou comentários injuriosos, com a intenção de fazer com que outros o tenham em pouca conta. Isto certamente é “estúpido”. O calunioso “relato mau” realmente não muda em nada o que a outra pessoa é. Antes, o caluniador é simplesmente destacado pelo que ele é; as pessoas perceptivas terão a ele em pouca conta, por causa de seu proceder. Assim, em vez de prejudicar o outro, o odiador calunioso prejudica a si mesmo.
Certo e sábio é evitar ambas essas alternativas. Deus disse aos israelitas: “Não deves odiar teu irmão no teu coração.” E Jesus ampliou este ponto, aconselhando: “Continuai a amar [até mesmo] os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem; para que mostreis ser filhos de vosso Pai, que está nos céus.” (Lev. 19:17; Mat. 5:44, 45) Deve-se admitir que não é fácil desarraigar o ódio que talvez se tenha desenvolvido, mas não é isso melhor do que continuar com o que pode levar à falsidade hipócrita ou à calúnia estúpida? E quando nos livramos da maldade, aproximamo-nos mais da imagem de Deus.
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