Lealdade com um coração unificado
“Ó guarda a minha alma pois eu sou leal. . . . Instrui-me, ó Jeová, acerca do teu caminho. Andarei na tua verdade. Unifica o meu coração para temer o teu nome.” — Sal. 86:2, 11.
1, 2. (a) O que se procura ver num líder, e hoje, a que nações se olha em busca de liderança política? (b) Que outra liderança se busca, por isso, que pergunta surge?
NESTE mundo de incerteza, mudança e perplexidade, os povos, sim, as nações buscam liderança. Desejam se escudar atrás de um líder de confiança, firme, com norma bem definida, que prometa bons resultados. O líder deve dar prova do prestígio mediante o êxito, realização, produtividade, convicção corajosa e julgamento maduro. Deve ser alguém que inspire lealdade em seus seguidores, pois ele, por sua vez, é leal para com seus seguidores, seus propósitos fixos e suas regras de ação.
2 Assim, neste mundo dividido pela “guerra fria”, alguns representantes de nações apelam para os Estados Unidos da América do Norte tomarem a liderança nos assuntos mundiais, especialmente a favor das nações democráticas ocidentais. Por causa da grandeza, da riqueza e do poder da América do Norte, acham que ela deva assumir a herança que lhe parece destinada. Outras nações, estas do bloco comunista, olham para o Moscou da Rússia Vermelha e confessam publicamente a sua lealdade a ela. A lealdade tem sido exigida, mesmo que não haja persuasão do coração. Acrescentado ao apelo e à insistência por liderança, política, há o apelo por liderança religiosa. Tudo isto complica a questão da lealdade nestes dias. A quem devemos dar a nossa lealdade com um coração unificado?
3. (a) Que luta existe agora entre os poderes políticos e religiosos, e em que está aumentando a perda de confiança? (b) Entretanto, que mensagem tem o ressoar da verdade, e por quê?
3 Como nunca antes, é verdade que este é dia de propaganda. A luta é entre os poderes políticos e religiosos, usando todos os meios de se entrar em contato com o povo, pela visão e pelos ouvidos, a fim de cativar a mente e a lealdade dele. Isto tem resultado em confusão e em divisão. A falta de confiança no que se vê e se ouve continua crescendo porque tanta coisa tem-se provado ser “propaganda mentirosa”. Grande parte disto vem da “guerra fria” reinante. Mas, através de todo o conflito e alarido da batalha da propaganda, ouve-se uma mensagem que tem o ressoar da verdade. Ela tem o apoio de autoridade irrestringível e não deixa ninguém desiludido. É a mensagem das boas novas do reino de Deus. É uma mensagem que não ilude e nem conduz à escravidão a homens ou a sistemas de homens, pois ela vem de “Deus, que não pode mentir’. (Tito 1:2) “É impossível que Deus minta.” — Heb. 6:18.
4, 5. (a) Como sabemos que não é por mero acidente, nem por mera invenção ou plano humano que soa agora esta mensagem do Reino? (b) Em resposta a que pergunta, e como prova de que fato, foi isto predito?
4 Não é por mero acidente, nem por mero plano ou invenção humana que esta mensagem do reino de Deus tem soado em todo o mundo desde 1914. Ela foi predita há muito tempo e hoje soa em cumprimento da profecia. Há dezenove séculos atrás, o maior pregador do reino de Deus, que já pisou nesta terra a predisse como um marco de nossos tempos. Contando antecipadamente a história de nossa geração, este, pregador do Reino, Jesus Cristo, descreveu a primeira guerra mundial, a qual marcou o ano de 1914 como o ponto crítico da história humana, junto com, a falta de víveres, pestes, terremotos, deslealdade, insubordinação, perseguição religiosa, perplexidade internacional e temor do futuro que têm caracterizado a nossa época desde 1914.
5 Mas Jesus Cristo não deixou a previsão do futuro tudo às escuras. Ele também disse: “E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações; e então virá o fim consumado.” (Mat. 24:3-14) Todas estas coisas ele predisse ao responder à pergunta sobre como haveríamos de saber quando ele estaria presente no trono do reino celestial de Deus e quando o capítulo final, a conclusão deste velho sistema terrestre de coisas seria escrito. No capítulo final da história deste velho mundo tem sido escrito desde 1914 o cumprimento desta parte animadora da profecia de Jesus, a saber, a pregação das boas novas do Reino em todo a mundo. Mas por quem?
6, 7. (a) Por que classe de pessoas seria razoável de se esperar que as boas novas do Reino fossem pregadas? (b) A quem mostra a história moderna ser os que estão fazendo a pregação predita?
6 Naturalmente que não é pelos inimigos do reino de Deus, embora que os inimigos, pela sua publicação de ataques a ela e aos seus pregadores, simplesmente anunciem o Reino ainda mais. A pregação tem sido feita pela mesma classe de pessoas que pregou o reino de Deus nos dias de Jesus e de seus doze apóstolos, pelos dedicados e batizados seguidores de suas pisadas. Em qualquer campanha política, digamos, na América do Norte, quem prega o Partido Democrático, sua plataforma a suas promessas? Quem, os democratas, naturalmente! Quem prega o Partido Republicano, suas normas e suas promessas? Quem, os republicanos, naturalmente! Quem prega o Partido Socialista, seus propósitos políticos e seus candidatos? Quem, os socialistas, naturalmente! Quem, então, em harmonia com a profecia de Jesus, seriam os que pregariam “estas boas novas do reino em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações”? Quem, os seguidores de Jesus Cristo, naturalmente! Estes estão inteiramente a favor do reino de Deus e são apoiadores leais dele. Estão fazendo o que Jesus disse aos seus discípulos no seu sermão do monte: “Prossegui, pois; buscando primeiro o reino e a Sua justiça.” — Mat. 5:1, 2; 6:32, 33.
7 Significa isto que todos os 869 milhões que hoje afirmam ser cristãos católicos e protestantes são os que cumprem a profecia de Jesus, pregando as boas novas do reino de Deus durante a conclusão deste sistema de coisas? Absolutamente não. A história de nossos dias prova que desde 1914 ela têm sido feita e continua sendo feita pelos cristãos dedicados e batizados conhecidos como testemunhas de Jeová. — Veja-se The Americana Annnual de 1961, página 396, coluna 2.
8, 9. (a) Que perguntas acerca do testemunho do Reino devem agora ser respondidas? (b) Que pessoas não entrarão nas bênçãos do Reino, e por que, então, são as testemunhas de Jeová os usados para pregar as boas novas?
8 Esta pregação do Reino tinha de ser feita em nossos dias porque Deus a havia predito mediante Jesus Cristo e Deus não pode mentir nem tem-se provado mentiroso. Visto que a pregação do Reino em testemunho está em andamento agora em cumprimento da profecia inspirada, devemos, cada um de nós, encarar e responder a uma grande pergunta. Esta é: Seremos apenas os a quem se prega em testemunho e nada fazem a respeito ou estaremos entre os que pregam e testemunham, mostrando assim que advogam lealmente este reino como a única esperança e solução para toda a humanidade? Se professamos ser cristãos, o que dizer a respeito de nosso coração? Está o nosso coração dividido porque estamos ativamente empenhados na política deste mundo, pensando que o “reino de Deus” é apenas uma condição do coração agora e que o cristão somente estará ativo quanto ao reino de Deus quando morrer e ir para o céu?
9 As pessoas cuja lealdade estiver dividida jamais entrarão nas bênçãos do reino de Deus. No último livro da Bíblia, Jesus Cristo, o Filho de Deus, disse: “Visto que estás morno, e nem frio nem quente, eu te vomitarei da minha boca.” (Apo. 3:16) Não as pessoas a quem meramente se dá testemunho, mas as que pregam e testemunham — estas são as que se manterão vivas através do fim deste sistema de coisas e entrarão nas bênçãos do Reino depois da “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o principio do mundo até agora; não, nem, jamais ocorrerá de novo.” (Mat. 24:21, 22) É por isso que as testemunhas cristãs de Jeová são os que Deus está usando para cumprir a profecia da pregação das boas novas do Reino.
A UNIFICAÇÃO DO CORAÇÃO
10. (a) E razoável que os pregadores de Reino sejam perseguidos? (b) Por que se deixam os cristãos nominais apenas serem testemunhados?
10 Até mesmo nas batalhas políticas, os homens que advogam uma forma de governo contrária a outra, têm os seus oponentes e se fala contra eles. Não é razoável, então, que os que pregam e advogam o reino de Deus como governo justo e a única esperança da humanidade sofressem oposição, fossem caluniados e até mesmo perseguidos? Sim, segundo a própria profecia de Jesus sobre a “conclusão do sistema de coisas”. Imediatamente após predizer a guerra mundial, Jesus disse aos seus atenciosos discípulos: “As pessoas vos entregarão, então, à tribulação e vos matarão, e sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome.” (Mat. 24:9) Por quantas nações? “Por todas as nações”, disse Jesus, assim tornando claro que todas as nações políticas estariam contra o reino de Deus e que odiariam seus pregadores. É por isso que muitas pessoas, até mesmo os cristãos católicos e protestantes, apenas se deixam ser testemunhadas do que elas próprias dar testemunho.
11. Que qualidade exige a pregação do Reino, e assim, para o que ora o verdadeiro cristão?
11 A pregação das boas novas do Reino exige lealdade de coração ao reino de Deus. Mas, que cristão genuíno quererá ser desleal ao reino pelo qual Jesus Cristo morreu? Um cristão genuíno anseia ser leal ao reino glorioso pelo qual tem orado na oração do Pai Nosso, mesmo que isto signifique ser perseguido e odiado por todas as nações. Ele ora para ser leal ao reino de Deus, assim como fez Davi, que foi ungido para se sentar “sobre o trono de Jeová”, dominando sobre toda a nação de Israel. — 1 Crô. 29:23.
12. (a) Que qualidade demonstrou Davi para com Deus, e o que esperou ele que Deus demonstrasse em retribuição? (b) Quando e por que podemos esperar que Deus seja leal a nós?
12 No Salmo oitenta e seis, no qual ele fala de ser perseguido, Davi diz: “Inclina, ó Jeová, os teus ouvidos. Responda-me, pois estou aflito e pobre. Ó guarda a minha alma, pois eu sou leal. Salva o teu servo — tu és o meu Deus — que está confiando em ti.” (Sal. 86:1, 2, 14, 17) Davi devotava amor leal a Jeová Deus, em cujo reino ele tinha sido ungido para servir como principal executor. Ele confiava em Jeová Deus em harmonia com a sua própria lealdade. Cria na lealdade de Deus para com ele e seus companheiros de sofrimento por causa do reino. No Salmo 18:25 Davi fala a Deus: “Com o leal, tu agirás com lealdade.” (2 Sam. 22:1, 2, 26) Assim, se estivermos dedicados aos interesses do reino de Deus e buscando-o primeiro, então, nós também, como Davi, nos esforçaremos para ser leais a Deus, a quem pertence o reino. Neste caso podemos estar certos da lealdade de Deus para conosco. Que maravilha é pensar em Deus ser leal para conosco! Sim, apesar desta maravilha, nós lemos: “‘Eu sou leal’, é o proferimento de Jeová.” (Jer. 3:12) É justo que sejamos leais a Deus que é leal para conosco.
13. De que órgão procede a lealdade, e assim, o que devemos fazer referente à lealdade?
13 A lealdade vem do coração. Não podemos ser leais se o nosso coração estiver dividido em suas afeições, em seu amor, em seu afeto. Não podemos ser leais se temermos qualquer que se oponha ao objeto de nosso amor e devoção e que nos persiga por esta razão. Os nossos perseguidores e opositores agem como servos de Satanás, o Diabo, e o propósito deles é quebrar a nossa lealdade a Deus e ao reino. Se quisermos buscar primeiro o reino e pregar como Jesus Cristo fez, torna-se necessário que cultivemos, nutramos sempre, alimentemos lealdade, e afugentemos o temor do inimigo. Davi indicou-nos como fazer isto quando disse, no Salmo 86:10, 11: “Tu és Deus, só tu. Instrui-me, ó Jeová, acerca do teu caminho. Andarei na tua verdade. Unifica o meu coração para temer o teu nome.”
14. (a) O que sugere a expressão “unifica o meu coração” quanto à condição do coração? (b) Por que se provou desleal o Rei Saul?
14 Que expressão singular: “Unifica o meu coração”! Isto sugere que o coração não está numa condição indivisiva quanto às suas afeições e os seus temores. Parece confessar que há algum temor do homem no coração o qual rouba algo do completo temor a Deus. “Temer os homens é o que arma laço”, diz Provérbios 29:25; e tal laço significa ser levados cativos para a morte nas mãos dos que nos querem devorar ou destruir. O perseguidor de Davi, o Rei Saul, foi um dos que temem os homens; e por causa de tal temor, ele esqueceu o seu temor a Deus e pulou por cima das ordens e mandamentos de Deus. O Rei Saul disse a Samuel, o profeta de Deus: “Pequei; pois tenho transgredido a ordem de Jeová e as suas palavras, porque temi o povo e, assim; obedeci a sua voz.” (1 Sam. 15:24) Tal temor o conduziu à deslealdade a Jeová Deus.
15. Quando enviou os seus apóstolos a pregar, que instrução deu-lhes Jesus neste sentido, e por quê?
15 Davi não queria sucumbir-se a tal temor. Quando Jesus Cristo, o Filho de Davi, enviou os seus doze apóstolos como missionários para pregar, dizendo “o reino dos céus está próximo”, ele os avisou contra o medo dos homens. Isto os impediria de pregar destemidamente o Reino. Jesus disse: “Não vos torneis temerosos daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; mas, antes, tende temor daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo na Geena.” (Mat. 15:5-7, 27, 28) Portanto, foi correto Davi orar Aquele: “Ó guarda a minha alma, pois eu sou leal.”
16, 17. (a) O que teve de fazer Jeová para unificar o coração de Davi no temor do Seu nome? (b) Ao se trazer o Seu nome à atenção das testemunhas de Jeová, por que o temor circunda todo o coração delas, e a que conduz isto?
16 O salmo inspirado de Davi foi preservado para o nosso benefício atual. Então, o que devemos compreender da oração de Davi a Jeová: “Unifica o meu coração para temer o teu nome”? O que teria de fazer Jeová Deus para responder a esta oração? Teria de remover todos os outros temores que dividiriam o coração de Davi e obstruiriam o seu temor ao Deus Altíssimo, que pode destruir tanto alma como corpo na Geena de extermínio. Teria de tornar indiviso o coração de Davi no temor do nome de Jeová. Os homens deste mundo podem ter nomes ou reputação impressionantes, e a pura menção dos seus nomes pode infundir terror no coração de qualquer um que não conheça um temor mais elevado. Atualmente os homens não temem a menção de Deus. Mas, mencione-lhes ameaçadoramente o nome de algum chefe de bandidos, de algum ditador, de algum feiticeiro, e eles ficam sóbrios; eles estremecem; eles temem pela vida e pelo corpo.
17 Mas não era assim com Davi há três mil anos atrás! Não é assim com as testemunhas de Jeová da atualidade. Deixe o nome de Jeová lhes ser trazido à mente, deixe o seu nome lhes ser mencionado, e elas pensam na glória com a qual Êle tem coroado este nome. Vêm-lhes à mente todos os seus feitos e proezas maravilhosas no passado e todas as profecias que faz que se cumpram nestes dias do século vinte. A pura menção do Seu nome lhes traz à mente todas as punições e destruições que ele executou em juízo contra os seus inimigos e contra os que lhe foram infiéis. Sim, como ele destruiu um mundo inteiro de pessoas nos dias de Noé. (2 Ped. 2:5; 3:6) Daí, o temor delas a Jeová suplanta todos os outros temores possíveis. O temor do Seu nome lhes circunda o inteiro coração unido e conduz o coração unificado no caminho da lealdade ao Deus que inspira temor.
18. Por que não é este um temor covarde?
18 Não é temor medroso, não é temor covarde. O Salmo 19:9 diz: “O temor de Jeová é puro, permanece para sempre.” Ele livra a pessoa de ser covarde perante os homens e a conduz à pureza de vida. Remove toda a indecisão quanto a se obedecer a Deus como dominador antes que aos homens. Com um coração unificado no seu temor a Deus não se é mais “um homem indeciso [literalmente, de duas almas], instável em todos os seus caminhos”. (Tia. 1:8, margem, NM, edição de 1950) Assim, é proceder sábio temermos de todo coração ao Deus Altíssimo.
19. O que mostra Davi ser necessário para Deus fazer a fim de unificar o coração?
19 A pessoa dedicada a Jeová Deus ora pela unificação de seu coração; mas como responde Deus à sua oração? O que faz a pessoa que ora em harmonia com a sua oração para operar junto com a resposta de Deus? Logo antes da oração, Davi nos fala da parte que Deus desempenha neste assunto e depois de sua própria parte, dizendo: “Pois tu és grande e fazes coisas maravilhosas; tu és Deus, só tu. Instrui-me, ó Jeová, acerca do teu caminho. Andarei na tua verdade.” (Sal. 86:10, 11) Foi necessário que Jeová desse instrução acerca do seu caminho; também foi necessário que Davi andasse no caminho e na verdade de Jeová. A mesma coisa é necessária hoje.
20. Orar a Deus para nos instruir significa o que mais de nossa parte?
20 Se orarmos, como Davi orou, para que Jeová nos instrua, então, isto significa que estamos desejosos de ser instruídos, prontos a ser instruídos, procurando a ser instruídos em tudo, acerca dos seus caminhos. Esta tem sido a oração das testemunhas de Jeová semelhantes a Davi por muitos séculos.
21. Em resposta à nossa oração, o que tem Jeová provido em maior quantidade do que a que Davi tinha?
21 Em resposta a esta oração Jeová tem provido uma grande quantidade de instruções, maior do que as que Davi tinha em seus dias. Davi possuía somente os oito primeiros livros da Bíblia, possivelmente o livro de Jó, se é que foi escrito por Moisés. Temos hoje a Bíblia completa de sessenta e seis livros inspirados. Que riqueza de instruções ela contém, instruções que nunca se tornam antiquadas para que um novo livro religioso tenha de ser escrito para a congregação cristã nesta era do espaço!
22. (a) O que referente às profecias de Deus revela o seu caminho para nós? (b) Assim, para nos instruir acerca de seus caminhos, o que primeiro precisamos fazer?
22 Além das muitas profecias que a própria Bíblia registra como sendo cumpridas, que desfile de suas profecias tem tido cumprimento desde que a Bíblia foi completada há mil e novecentos anos passados! Estes cumprimentos também servem para a nossa instrução atualmente, e nos revelam os caminhos de Deus acerca dos quais oramos para ser instruídos. A maneira que temos de cooperar com Deus na resposta de nossas orações está clara, portanto. Se orarmos para Deus nos instruir acerca dos seus caminhos, temos que, primeiramente, nos dirigir ao Seu Livro, à sua Palavra escrita, a qual nos conta mais acerca dos seus caminhos do que qualquer outro livro que exista, mesmo o chamado Livro da Natureza. Deus não põe o Seu próprio Livro de lado e nos instrui diretamente: Devemos fazer mesmo como o seu próprio Filho fez sobre a terra, estudar a Palavra escrita de Deus. Jesus disse: “Eis que tenho vindo, no rolo do livro está escrito a meu respeito. Em fazer a tua vontade, ó meu Deus, tenho-me deleitado, e a tua lei está no meu íntimo.” — Sal. 40:7, 8; Heb. 10:5-9.
23. O que faz por nós uma pesquisa através da Bíblia quanto a Deus?
23 Para se receber instrução acerca dos Seus caminhos não há outro curso a tomar a não ser o estudo de sua preciosa Palavra escrita. Devemos buscá-la através de suas páginas. Isto não é monótono, aborrecível, enfadonho trabalho religioso, mas é tão animador e recompensador como buscar tesouros escondidos. “Os sábios são os que entesouram o conhecimento.” (Pro. 10:14) Isto nos familiariza com Deus e com os seus caminhos. Isto edifica a nossa confiança nele e o nosso respeito por ele. Isto nos induz a um temor puro e salutar para com ele. Que este é o efeito do verdadeiro ‘conhecimento dele, está cuidadosamente registrado em Provérbios 22:17, 19: “Inclina os teus ouvidos e ouve as palavras dos sábios, para que tu possas aplicar o teu próprio coração ao meu conhecimento Para a tua confiança vir a ser em Jeová mesmo, eu te tenho dado conhecimento hoje, mesmo a ti.”
24. Que fato nos tornou claro Jesus em João 17:3?
24 A nossa vida eterna depende de nosso conhecimento íntimo de Deus, fato que Jesus Cristo assegurou ao dizer: “Isto significa vida eterna, que adquiram conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que tu enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) O fato solene de que a decisão final concernente à nossa vida eterna ou a nossa destruição eterna depende de Jeová Deus devia ser o bastante para unificar o nosso coração em temor ao seu nome.
25, 26. (a) O que deve ser feito em adição ao estudo pessoal da Bíblia, e por que? (b) Qual é a espécie de pessoas que Jeová deseja em seu novo mundo, e assim, mediante quem procuramos instrução?
25 Entretanto, sermos instruídos acerca dos caminhos de Jeová não é plenamente satisfeito por um estudo pessoal em particular de sua Palavra escrita. As “coisas maravilhosas” que ele tem feito na história da Bíblia e a maneira que faz para cumprir as profecias bíblicas desde que a Bíblia foi completada, tem sempre sido em conexão com o seu povo, com as suas testemunhas. Para recebermos instrução completa, para recebermos instruções de primeira mão, nós simplesmente temos de nos associar com o seu povo, suas testemunhas. Os que desejam o coração ser entregue completamente ao temor de Jeová não estudam e ficam de fora, independentes uns dos outros. Eles se reúnem. “Naquele tempo”, diz Malaquias 3:16, “os que temeram a Jeová falaram uns aos outros, cada um com o seu companheiro, e Jeová continuou prestando atenção e ouvindo. E um livro de memória começou a ser escrito perante ele para os que temerem a Jeová e para os que pensarem em seu nome.”
26 Se pensarem acerca do seu nome, falarão dele uns aos outros e assim estarão ampliando a apreciação uns dos outros pelo nome. Esta é a espécie de pessoas que Jeová quer no seu novo mundo. Portanto, esta é a espécie de pessoas que ele promete preservar vivas através do “grande e temeroso dia de Jeová”, o qual está-se aproximando cada vez mais. Assim, em harmonia com a sua maneira marcada na Bíblia, seu povo organizado, os que temem o seu nome, são os mediante quem ele dá mais instruções e lança luz sobre a sua Palavra escrita e isto ajuda a tornar a Bíblia melhor entendida em muitos sentidos. Portanto, se a nossa oração para Jeová nos instruir acerca dos seus caminhos for sincera, estaremos desejosos de receber instruções através de seu povo organizado. Estaremos ansiosos de fazer isto.
27. Como se coloca em uso a instrução recebida e se anda na verdade de Deus?
27 Davi não termina o assunto orando por instrução. Ele acrescenta em seguida: “Andarei na tua verdade.” Desta maneira, a pessoa usa a instrução recebida; a pessoa a segue. Deste modo se anda na verdade de Deus. Vive-se a verdade. Leva-se a vida em harmonia com esta verdade acerca de Deus e do seu reino. Abandonam-se a mentira, a tradição, as práticas de cerimônias e de dias santificados que vieram das falsas religiões deste mundo. Prega-se a verdade e dá-se testemunho dela por palavra e ação assim como fez Jesus, sendo este o propósito de Jesus nascer como criatura humana.
28. Como nos liberta a verdade, e como o andar na verdade afeta nosso coração?
28 Pela verdade a pessoa perde as suas superstições escravizadoras e o seu medo de deuses falsos e de demônios. O temor do único “Deus vivo e verdadeiro”, controla e molda a vida da pessoa. Assim, é mediante aceitarmos as instruções de Jeová acerca dos seus caminhos e, daí, andarmos na sua verdade que Jeová responde à nossa oração de unificar o nosso coração e de temer o seu nome. Que alívio, que liberdade, tal coração unificado traz em nossa vida!
29. Que condição dos homens marca este como o “tempo do fim”, e como tiram vantagem egoísta disto os homens ambiciosos e provocam um teste da lealdade?
29 Estes são dias de temores internacionais num grau jamais visto. É um temor que marca este como “o tempo do fim” do mundo ou “a conclusão deste sistema de coisas”. O estado de coisas é o que Jesus predisse: “Homens desfalecem de medo e pela expectação das coisas que vêm sobre a terra habitada.” (Luc. 21:25, 26) Tal temor e expectação amedrontadora faz com que as pessoas sem instrução busquem proteção ou refúgio em organizações humanas que prometem proteção, segurança e preservação. Buscam uma liderança competente. Assim, não é estranho que haja homens e organização que se aproveitem dos anseios e temores do povo, e que assumam a liderança e, então, exijam a lealdade do povo. Tudo isto aguça a questão quanto a quem ou a que darmos a nossa lealdade sem cometer o erro de dar a nossa lealdade à coisa errada e sofrermos por isso sem remédio.
30, 31. (a) Quem não compartilha do temor do mundo, e o que fazem eles? (b) Que resultado se nos assegura nossa lealdade, e assim, que recompensa atual dá Deus aos leais?
30 Nós, isto é, os que têm o coração unificado no temor do nome de Jeová, não participamos do temor e da terrível expectação dos povos e das nações deste velho mundo. Antes que participar do temor deles, nós fazemos o que Jesus nos mandou fazer neste tempo específico: “Ao começarem a ocorrer estas coisas, ponde-vos de pé e levantai as vossas cabeças, porque a vossa libertação se aproxima.” (Luc. 21:28) Não a alguma organização humana ou ditador político, mas ao Deus Altíssimo nós dizemos nas palavras do salmista Davi: “Ó guarda a minha alma, pois eu sou leal.” (Sal. 86:2) Sendo leais a Jeová Deus e ao seu reino, não podemos errar e sofrer além de remédio. Confiamos na realização de sua promessa de dirigir os nossos passos no caminho certo. Escreve-se dele: “Ele guarda os pés dos que lhe são leais; quanto aos iníquos, eles são silenciados nas trevas, pois não é pelo poder que um homem se prova superior.” — 1 Sam. 2:9.
31 Que força calmante para o nosso coração e para os nossos nervos é esta promessa! Também esta promessa: “Para os que andam em integridade, ele é escudo, por guardar as veredas do juízo, e ele protegerá o próprio caminho dos que lhe são leais.” (Pro. 2:7, 8) Que recompensa presente esta é por nossa lealdade a Jeová Deus com um coração unificado no temor do seu nome! Ele nos recompensa mesmo agora porque deseja que desfrutemos uma recompensa duradoura em seu novo mundo, que será herdado e habitado por todos os que lhe são eternamente leais.