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Ajuda ao Entendimento da BíbliaDespertai! — 1977 | 22 de julho
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Continuidade do arranjo
A direção por parte do corpo de “anciãos” continuou por toda a história daquela nação, mesmo durante o exílio babilônico e após a restauração em Judá. (Jer. 29:1; Esd. 6:7; 10:7, 8, 14) Quando Jesus estava na terra, “anciãos” (presby’teroi) estavam ativos nos assuntos públicos, nas cidades (Luc. 7:3-5) e numa base nacional. Foi a “assembléia dos [anciãos]” (Presbytérion) em Jerusalém que constituiu uma das principais fontes de oposição à pregação de Jesus e seus discípulos. (Mat. 16:21; 21:23; Atos 4:5, 8, 23; 22:5; 25:14-16) De novo, é provável que as referências aos ‘[anciãos] e principais sacerdotes e escribas’ não signifiquem que os principais sacerdotes e escribas não fossem considerados quais “anciãos”, antes, porém, que são distinguidos pelo seu cargo específico, ao passo que os outros são abrangidos pela denominação geral de “anciãos”. Em Jerusalém, os anciãos, principais sacerdotes e escribas, juntos, formavam o Sinédrio, ou supremo tribunal judaico, que julgou Jesus (Mar. 15:1; Luc. 22:52, 66) e Estêvão. — Atos 6:12-15.
“ANCIÃOS” DO ISRAEL ESPIRITUAL
Vistas neste fundo histórico, não é difícil entender as referências a “anciãos” (presby’teroi) da congregação cristã. Como se dava no Israel carnal, assim também, no Israel espiritual, os “anciãos” eram os responsáveis de dirigirem a congregação. E, como no caso de zaqén, nas Escrituras Hebraicas, assim também, nas Escrituras Gregas Cristãs, o sentido do termo presby’teros (“ancião”) depende do contexto. Em alguns casos, o termo é usado em contraste com homens mais jovens ou como paralelo às mulheres mais idosas sem indício de estar envolvido o governo congregacional; por isso, refere-se então simplesmente a homens de idade madura. (Atos 2:17, 18; 1 Tim. 5:1, 2) É também usado para referir-se aos ‘homens dos tempos antigos’. (Heb. 11:2) Na ampla maioria dos casos, contudo, é usado em sentido governamental descrevendo o cargo ou posição daqueles que dirigem a congregação.
Assim, em alguns textos, os “anciãos” são chamados epískopoi ou “superintendentes” (“bispos”, Almeida). Paulo usou este termo ao falar aos “anciãos” da congregação de Éfeso, e aplicou-o a tais pessoas em sua carta a Tito. (Atos 20:17, 28; Tito 1:5, 7) Os dois termos, por conseguinte, referem-se ambos à mesma posição, presby’teros indicando as qualidades maduras daquele assim designado, e epískopos os deveres inerentes à designação.
Referindo-se ao uso destes termos nos primeiros séculos da Era Comum, a Biblical, Theological and Ecclesiastical Cyclopaedia (Ciclopédia Bíblica, Teológica e Eclesiástica) de M’Clintock e Strong (Vol. I, págs. 819, 820), declara: “A era que seguiu a dos apóstolos testemunhou gradual mudança na aplicação das palavras, e, nas epístolas de Inácio, mesmo em sua forma menos interpolada ou mais mutilada, o bispo [epískopos] é reconhecido como distinto e superior aos presbíteros [anciãos] . . . Nas de Clemente de Roma, contudo as duas palavras ainda são consideradas intercambiáveis.”
Habilitações para a posição
Que a idade (no sentido físico dos anos vividos) era um fator para habilitar-se a servir como “ancião” no Israel carnal é evidente. (Compare com 1 Reis 12:6-13; Isaías 3:4, 5.) Assim, também, os “anciãos” ou “superintendentes” do Israel espiritual não eram simples rapazes, conforme evidenciado pela referência do apóstolo a terem esposas e filhos. (1 Tim. 3:2, 4, 5; Tito 1:5, 6; compare também com 1 Pedro 5:5.) Todavia, a idade física não era fator único e primário conforme observado pelas demais habilitações delineadas (1 Tim. 3:2-7; Tito 1:6-9), nem se estipula qualquer nível específico de idade. Timóteo, que teve que ver com a designação de “anciãos”, era, obviamente, também reconhecido como um deles, ele mesmo, embora fosse comparativamente jovem do ponto de vista daqueles tempos. — 1 Tim. 4:12.
Assim, a madureza espiritual era o fator inicial, pois apenas aqueles assim habilitados podiam começar a satisfazer o padrão delineado pelos “anciãos” do Israel carnal na nova nação espiritual. Muitos, na primitiva congregação cristã, eram espiritualmente como “pequeninos em Cristo”, não sendo ainda “plenamente desenvolvidos na capacidade de entendimento”. Poderiam ter conhecimento dos ensinos básicos do arrependimento de obras mortas, de fé para com Deus, de batismos, da imposição das mãos, da ressurreição, e do julgamento eterno, mas ainda não estavam habilitados para servir quais instrutores de outros na congregação. (1 Cor. 3:1, 2; 14:20; Heb. 5:10-14; 6:1, 2 compare com Efésios 4:11-16.) Além de alguém ter alcançado a madureza espiritual, a habilidade de ensinar, de exortar e de repreender desempenhavam claramente papel principal em alguém ser reconhecido como “ancião” na congregação. (1 Tim. 3:2; Tito 1:9) Como “pastores”, os “anciãos” seriam os principais responsáveis pela alimentação espiritual do rebanho, bem como de cuidar dos enfermos espiritualmente e de proteger o rebanho contra a invasão de elementos lupinos. — Atos 20:28-35; Tia. 5:14, 15; 1 Ped. 5:2-4.
(Continua)
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“A vereda dos justos”Despertai! — 1977 | 22 de julho
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“A vereda dos justos”
■ Contrastando a “vereda dos justos” com o ‘‘caminho dos iníquos”, Provérbios 4:18, 19 afirma: “A vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido. O caminho dos iníquos é como as trevas; não souberam em que têm estado tropeçando.”
A luz do sol se torna cada vez mais brilhante desde a aurora até o “dia estar firmemente estabelecido”. Assim se dá com as pessoas justas. O proceder que seguem é luz em si mesmo, visto ser iluminado pela sabedoria piedosa. Por se esforçarem a ajustar-se cada vez mais de perto a tal sabedoria, sua vereda se torna cada vez mais luminosa. Quão diferente se dá com as pessoas iníquas! Desconsiderando a sabedoria piedosa, não dispõem de nenhuma luz. Como que tropeçando nas trevas, continuam a trazer dificuldades sobre si mesmos.
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