Quando Todas as Nações Entrarem em Choque com Deus
1, 2. (a) Apesar de ser desastroso, como parece a muitos a idéia de um choque entre todas as nações e Deus? (b) Faz isso com que seja improvável, e por que é agora a ocasião para se examinar este assunto seriamente?
UM CHOQUE que resulta em desastre nunca é motivo de riso. Mas falar-se de todas as nações entrarem em choque com Deus — não é isto motivo de riso? Não é a mera idéia em si já ridícula?
2 Ora, a mera sugestão disso faz com que centenas de milhões de homens e de mulheres se riam — agora mesmo. Mas, só porque nunca antes lhes ocorreu tal idéia, não a exclui do domínio da possibilidade, nem mesmo do domínio da probabilidade. E quanto à sua probabilidade, que dizer se ocorrer no futuro próximo, dentro de nossa geração? Neste caso, o tempo atual seria a ocasião mais aconselhável para examinarmos seriamente esta idéia estranha, embora a muitos pareça ridícula. E tanto mais, porque o desastre será apenas para um lado das partes envolvidas no choque. Isto significa que poderemos estar do lado que sai ileso e poderemos ter diante de nós um futuro mais feliz, tudo por causa deste choque vindouro. Pois bem, sendo assim, certamente vale a pena examinar este assunto agora, enquanto o tempo ainda está a nosso favor.
3. Move-se a humanidade na direção de seus próprios interesses? E o que pensam os que não crêem em Deus quanto a uma prestação de contas, no decorrer do tempo?
3 Nós criaturas humanas estamos restritas a esta terra e por isso nos locomovemos junto com a terra. Este globo terrestre, sob os nossos pés tem diante de si um futuro glorioso. Mas que dizer da geração atual da Sociedade humana que agora vive na terra? Locomove-se ela na direção de seus próprios interesses terrestres? Muitos cientistas informados, historiadores eruditos e estadistas de visão dizem que não! Mesmo os jovens, com os temores que expressam quanto ao futuro, às vezes em demonstrações violentas, dizem que não! Apesar dos esforços de pessoas bem-intencionadas, que vêem o desastre à frente, o movimento da massa da humanidade chegou a ganhar ímpeto tão grande, que a direção do movimento não pode nem mesmo ser alterada. Mais cedo ou mais tarde — e tudo indica que será mais cedo do que a maioria das pessoas acha — a humanidade terá de prestar contas a alguma coisa ou a alguém. Os que não crêem em Deus, e que, portanto, não sentem nenhuma responsabilidade para com ele, dizem que haverá uma prestação de contas com alguma coisa, mas não com Deus.
4. Como se compara a terra com a massa total de todos os universos, e o que, com respeito à terra, indica que deve haver um Criador?
4 A terra em que existem tais descrentes em Deus é uma pequeníssima partícula de matéria. Pense só em todos os universos que os astrônomos puderam descobrir! Em comparação com a massa total de todos estes universos visíveis, nossa terra é infinitésima. Parece ser tão pequena, que nem vale a pena tomá-la em consideração. Contudo, é o único planeta de que se sabe absolutamente que é povoado por criaturas inteligentes, criaturas de senso moral assim como os homens têm. Dá-se isto apenas por acaso, ou de propósito? Por certo, o homem não veio a existir aqui por conta própria. O homem não preparou a superfície da terra com um ambiente tão maravilhoso para se viver, antes de o homem se encontrar aqui. A massa inteira da terra pesa cerca de seis sextilhões de toneladas, e é certo que o homem não a faz. Ela não veio a existir sozinha. Não colocou sobre si mesma o homem, junto com animais, aves e peixes. Isto necessitou de um Criador mais inteligente do que o homem. leste Criador e Fonte de toda a vida é Deus.
5. O que mostrarão ser os que negam a existência de Deus, e por que não é preciso que as nações velam a Deus para entrarem em choque com Ele?
5 Para haver um choque entre todas as nações e Deus, precisa existir um Deus. Ele existe e provará veraz a declaração de que os homens que dizem que não há Deus e Criador são insensatos. A Versão Almeida (revista e atualizada) diz, no Salmo quatorze, versículo um: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.” Mas a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas recorre ao texto original hebraico e por isso verte este versículo: “O insensato disse no seu coração: ‘Não há Jeová.’” Todas as nações dizem hoje, quer por palavras, quer por atos: “Não há Deus”, não há Jeová. Será por esta razão que todas as nações entrarão cegamente em choque com Ele? As nações não precisam vê-lo para entrar em choque com ele. Quando estamos numa escuridão total, podemos chocar-nos com muitas coisas que não vemos. Só porque, por causa da escuridão em volta de nós, não vemos o objeto contra que batemos, não refuta a existência dele; é a batida que nos faz saber dolorosamente que existe ali. Na realidade, é por causa da escuridão que nos chocamos com ele.
6. Para haver um choque, o que se precisa dar quanto as coisas que se chocam, e que perguntas se suscitam quanto ao motivo do choque?
6 Para haver um choque frontal, as duas coisas envolvidas precisam locomover-se no mesmo caminho, mas em direções apostas. Movem-se Deus e as nações em direções opostas? E no mesmo caminho? Para se encontrarem no mesmo caminho, precisa estar envolvida uma questão ou um ponto comum de disputa. As duas partes envolvidas precisam estar em desacordo por causa desta questão, sem haver meio de acordo. Deve haver um confronto. A situação é exatamente esta. Qual é a questão decisiva ou o ponto em disputa? Por que é que quase atingimos a ocasião de isso ser decidido? Como será decidido?
TODAS AS NAÇÕES UNIDAS CONTRA UM ADVERSÁRIO COMUM
7. Em que questão mundial estão divididas todas as nações atuais, e a que estão decididos os respectivos grupos nacionais?
7 É interessante notar-se, vez após vez, que os homens em certa localidade podem estar em desacordo e em conflito uns com os outros, mas assim que surge um adversário comum, todos se unem contra este único adversário. Esta é a situação das nações atuais. Por causa do interesse pessoal, nacionalista, todas estão em conflito umas com as outras, em um ou mais sentidos. Em uma só questão, todas elas se mantêm sozinhas, quer dizer, na questão da soberania nacional. Com exceção de algumas poucas nações, a maioria das Facções está dividida em dois campos opostos sobre uma questão mundial. Qual é ela? O domínio do mundo. Por exemplo, anunciou-se publicamente que, no campo radical, os líderes russos dizem que esperam tornar todo o mundo comunista até o ano de 1975. Entretanto, o bloco de nações no campo capitalista, democrático, está decidido a impedir tal desenvolvimento político, seja até 1975 ou até qualquer outro ano. Portanto, destina-se a nossa terra a ficar para sempre dividida na questão do domínio? Cabe ao homem decidir isso?
8. O que se precisa dizer quanto ao direito de qualquer bloco de nações ao domínio do mundo, e o que se precisa dizer a respeito da soberania do Criador?
8 Os amantes da paz esperam que não, pois isto significaria que o mundo nunca se livraria da ameaça duma guerra nuclear, apesar da continuação das Nações Unidas como organização em prol de paz e segurança mundiais. Mas, possui o homem, por ser o ocupante visível da terra, o direito natural de exercer o domínio sobre a terra inteira? Tem um bloco de nações, com certa ideologia política, o direito ao domínio total do mundo, por causa de sua potência militar e sua força numérica? Ou é alguém além de todas estas nações, sim, além da própria humanidade, que tem o direito e a reivindicação primária ao domínio do mundo? Que dizer do Criador da terra e de seu habitante, o homem? Quem tem mais direito ao domínio de toda a terra do que Deus? Quem pode reivindicar com maior validez o domínio do mundo do que ele, como fonte da vida e aquele a quem todo o mundo da humanidade deve a sua vida e as provisões para a vida? Como Criador do céu e da terra, ele exerce legitimamente não apenas algo tão limitado e regional como uma soberania nacional, mas exerce a soberania universal!
9. Que questão têm as nações levado avante desde a Primeira Guerra Mundial, e a favor de quem se faz isso?
9 A Primeira Guerra Mundial de 1914-1918 foi travada por causa da questão do domínio do mundo. Quem é que não vê que, desde a Primeira Guerra Mundial, as nações têm levado avante a questão do domínio do mundo? E a favor de quem se faz isso? A favor de Deus, o Criador e Soberano Universal? Não! Mas se a favor do homem, conforme representado por um ou outro bloco político de nações!
10. Segundo o modo de pensar das nações, o que despercebem elas, e do lado de quem se colocam os amantes da paz e da justiça, e por quê?
10 É bem evidente que as nações só pensam em si mesmas. Desconsideram o incontesto direito superior de Deus ao domínio do mundo. Pode isto continuar assim para sempre? Dificilmente! Este choque de interesses precisa alguma vez atingir seu clímax. Quem decidirá quando se dará isso? Não qualquer bloco específico de nações, nem as Nações Unidas, mas Deus, o Criador. Os amantes da paz e da justiça esperam que o tempo de Deus decidir esta questão venha em breve. Concordam que seja resolvida por um choque direto. Só pode haver uma espécie de sobreviventes daquele choque que abalará o mundo, e eles se colocam agora do lado Daquele que sairá incólume deste choque.
11. Que espécie de domínio do mundo temem as pessoas observadoras e de reflexão e como podemos saber de que modo seria o domínio do mundo por Deus?
11 Homens e mulheres observadores e de reflexão temem a dominação mundial totalitária por um grupo de um só partido. Do modo como os governos funcionam hoje em dia, podem bem imaginar como seria o domínio do mundo por qualquer grupo humano de governantes. Temem isso. Não há nada de desejável nisso. Mas como seria o domínio do mundo por parte de Deus? Nunca saberíamos isso, a menos que examinássemos o Livro que este Deus mandou escrever, e no qual ele nos conta o seu propósito para com o homem e por que permitiu até agora tal conflito, violência e anarquia internacionais. Este Livro é a inspirada Bíblia Sagrada. Nela, ele vez após vez afirma ser o Autor inspirador deste Livro, fazendo isso em seu próprio nome, Jeová. A menos que consultemos este Livro divinamente provido, permaneceremos na profunda escuridão da ignorância. Esta ignorância é mortal.
12. O que aprendemos deste Livro a respeito do embelezamento da terra, e, segundo este Livro, onde teve início o homem?
12 Por sabermos através Deste Livro exatamente por que Jeová Deus criou a terra e colocou o homem sobre ela, podemos saber por que é que todas as nações atuais estão prestes a entrar em choque fatal com ele, durante a vida de nossa geração na terra. Para os astronautas, nas naves espaciais da série Apolo, nossa terra era bela vista de longe lá no espaço, enquanto voavam para a lua e de volta dela. Ela terá aspecto ainda mais belo quando Deus tiver levado a humanidade até o fim de sete mil anos da existência humana na terra. A diferença nas condições terrenas será tão grande como a entre um depósito de lixo e um parque de beleza paradísica. Deus deu início ao homem num paraíso de prazer, ou no “jardim do Éden”. Mas, pelo aspecto atual, nunca se saberia disso. O relato do próprio Deus sobre isto, no primeiro livro da Bíblia, capítulo dois, diz: “Jeová Deus plantou um jardim no Éden, do lado do oriente, e ali pôs o homem que havia formado. Jeová Deus faz assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida.” — Gênesis 2:8, 9.
POR QUE AINDA NÃO SE CONSEGUIU UM PARAÍSO GLOBAL
13. O que se pode dizer a respeito da atual população humana e da vida animal da terra, mas que perguntas surgem quanto ao estado físico da terra?
13 Atualmente, depois de seis mil anos da existência do homem, verificamos que, apesar dos clamores a respeito da “explosão demográfica”, a terra é apenas parcialmente povoada e a vida animal está sendo exterminada ou se desvanece. Por que é que o homem original, a quem Deus colocou neste jardim do Éden, não estendeu este paraíso até os confins da terra? Este foi o objetivo de Deus ao criar nossa terra, que ela tivesse por fim uma condição paradísica em todas as partes do globo.
14. Quando revelou Deus seu propósito para com a terra, e quem incumbiu ele de ampliar o Paraíso em toda a parte?
14 Ele revelou este propósito divino quando abençoou o primeiro homem e a esposa dele, dizendo-lhes: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura vivente que se move na terra.” (Gênesis 1:27, 28) Deus não faz fada a terra um paraíso antes de criar o primeiro homem e a primeira mulher. Deixou a maior parte da superfície da terra num estado inculto, e plantou apenas um jardim suficientemente grande para o primeiro casal humano cuidar de início. Deixou entregue aos descendentes deste primeiro homem e desta primeira mulher, Adão e Eva, ampliar o paraíso ao leste e ao oeste, até que o leste e o oeste se encontrassem, e ao norte e ao sul, até que o norte e o sul se encontrassem.
15. Falhou ou foi frustrado o propósito de Deus, e por que não foi contraditória a ação tomada por Deus neste assunto?
15 Em vista do estado atual do meio ambiente natural do homem, à primeira vista estaríamos inclinados a dizer que o propósito de Deus falhou ou foi de algum modo frustrado. Mas aconteceu isso? Não precisamos conjeturar, pois o registro escrito de Deus diz que não! O próprio Deus impediu que o paraíso de prazer fosse estendido sobre a terra inteira. Não era isso contraditório? Não significava isso que mandava Adão e Eva fazer uma coisa, e depois Ele mesmo fazia outra? Não! Por que não? Porque Deus achou necessário expulsar Adão e Eva daquele paraíso para a terra não cultivada. Isto se deu porque Adão e Eva haviam entrado em choque com Deus. Isso os excluiu do Paraíso.
16. Quando Deus criou o homem, o que fez De com respeito à propriedade da terra, e em que sentido entraram Adão e Eva em choque com Deus?
16 Compreendamos isso bem. Quando Jeová Deus colocou o homem em perfeição humana na terra, não o faz dono da terra, mas tornou o homem apenas habitante e trabalhador sobre ela. Deus não renunciou à sua propriedade do Paraíso e de todas as outras partes da terra. Como Criador da terra, era dono dela’ e ele permanece seu (criador para sempre. Mais de dois mil novecentos anos depois da criação do homem, o salmista Davi, de Belém, escreveu e cantou: “A Jeová pertence a terra e o que a enche, o solo produtivo e os que moram nele. Pois ele mesmo a fixou solidamente sobre os mares e a mantém firmemente estabelecida sobre os rios.” (Salmo 24:1, 2) Isto é algo que todas as nações atuais preferem desconsiderar e não tomar em conta. Quão semelhantes aos nossos primeiros progenitores são neste respeito! Quando Adão e Eva desconsideraram que Deus era dono do paraíso de prazer e deliberadamente comeram do fruto do qual lhes proibiu comer, eles falharam na sua prova de sujeição e obediência a ele. Era um pecado deles contra Deus. Em vez de continuarem a andar com Deus, seu Criador, preferiram a autonomia, e entraram em choque com ele na questão da soberania. — Gênesis 3:1-14; Romanos 5:12.
17. Por que foi apenas temporária a ocupação da terra, fora do Paraíso, por Adão e Eva, e por que se dá o mesmo no caso de nós, seus descendentes, e das nações?
17 Deus não ia permitir que pecadores rebeldes estendessem o jardim do Éden até os confins da terra, ou mesmo tentassem fazer isso. De pleno direito, expulsou a Adão e Eva do paraíso de prazer, que era sua propriedade pessoal, e os mandou para longe da “árvore da vida”, para a parte não cultivada da terra. Ali tinham de morrer, sofrendo a morte como penalidade anunciada de antemão pela sua rebeldia pecadora. (Gênesis 2:15-17; 3:16-24) Deste modo parou a ampliação do paraíso, há aproximadamente seis mil anos atrás. Que o homem se governasse a si mesmo fora do Paraíso; que tivesse autonomia em tudo o que quisesse fazer. Mas não dentro do Paraíso, com sua árvore da vida. Fora do Paraíso, o homem não se tornou dono da terra. Era o lugar em que o homem ia morrer, não ocupá-lo permanentemente como dono eterno. (Gênesis 5:1-5) Visto que Adão se iniciou em perfeição humana, com a possibilidade de vida eterna na terra, ele viveu novecentos e trinta anos, mas então morreu, deixando de ocupar um lugar na terra. Os descendentes de Adão e Eva, por nascerem em pecado e estarem sob a condenação à morte, também a ocupam apenas temporariamente. O mesmo se dá com as nações.
O BENEFÍCIO DE SE ANDAR COM ELE
18. Por que é que a maior parte dos descendentes de Adão não andou com Deus, e por que foi Enoque de repente retirado do cenário por Deus?
18 A maneira de não se entrar em choque com Deus é a de se andar com Deus. Na maior parte, os descendentes de Adão e Eva, fora do Paraíso, andaram de modo contrário a Deus, sendo descendentes de rebeldes contra Ele. Relata-se no registro divino, escrito, que Enoque, sétimo na linhagem de Adão, “andou com o verdadeiro Deus. Depois [à idade de trezentos e sessenta e cinco anos] não era mais, porque Deus o tomou”. (Gênesis 5:21-24; Judas 14, 15) No tempo de Enoque, o mundo da humanidade era deveras “ímpio’; portanto, não andava com Deus. Evidentemente, procuravam matar Enoque, motivo pelo qual o verdadeiro Deus o retirou do cenário, poupando-o assim a uma morte violenta às mãos deles. (Hebreus 11:5) Ele tem a esperança duma ressurreição da morte.
19. Como foi recompensado o décimo homem na linhagem de Adão, por ter andado com Deus, e por que não desapareceu o Paraíso para todo o sempre da terra?
19 Também o décimo homem na linhagem de Adão andou com seu Criador. O registro divino diz a seu respeito: “Noé era homem justo. Mostrou-se sem defeito entre os seus contemporâneos. Noé andou com o verdadeiro Deus.” (Gênesis 6:9) Trouxe-lhe isto uma recompensa, como no caso de Enoque? Sim! Noé evitou qualquer choque com Deus. Isto é provado pelo fato notável de que ele e sua família sobreviveram ao Dilúvio que envolveu a terra inteira e afogou a inteira sociedade humana ímpia. (Gênesis 6:13 a 9:20; Hebreus 11:7; 1 Pedro 3:20; 2 Pedro 2:5; 3:5, 6) Aquela inundação global não só resultou nas calotas de gelo nos pelos norte e sul, mas também no desaparecimento do paraíso original, não ampliado, de cima da terra. Entretanto, o Criador divino e Dono do Paraíso, que o tirou com o Dilúvio, pode também restabelecê-lo. Ele prometeu fazer isto. Sua promessa nos assegura que ele não foi frustrado no seu propósito original, mas que, no tempo devido, ele cumprirá gloriosamente este objetivo e assim embelezará toda a terra, como eterno lar feliz da humanidade. Foi a este Paraíso restabelecido que Jesus Cristo se referiu quando estava pendurado na estaca de tortura.
20. Como se referiu Jesus àquele Paraíso restabelecido, enquanto morria entre dois malfeitores?
20 O registro bíblico, em Lucas 23:38-43, diz sobre isso: “Havia também uma inscrição por cima dele: ‘Este é o rei dos judeus.’ Mas, um dos malfeitores pendurados começou a dizer-lhe de modo ultrajante: ‘Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós.’ Em resposta, o outro o censurou e . . . prosseguiu a dizer: ‘Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.’ E ele [Jesus] lhe disse: ‘Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.”‘
21. Com que comparou Jesus o fim da sociedade humana antediluviana, e por que não pode nem mesmo a cristandade escapar do choque com Deus?
21 Portanto, Jesus Cristo cria neste vindouro Paraíso a ser estabelecido em todo o mundo, sob o seu reino. Ele cria também no dilúvio dos dias de Noé. Se nós formos cristãos verdadeiros, também devemos crer nisso, embora as nações deste mundo não o façam. (Mateus 24:38, 39; Lucas 17:26, 27) Outra coisa em que as nações não crêem é o que Jesus profetizou a respeito da terminação deste sistema de coisas. O que disse ele? Que, assim como o sistema antediluviano de coisas na terra terminou em desastre mundial no Dilúvio, assim o atual sistema de coisas, já de longa duração, terminaria num desastre em escala mundial. Segundo as afirmações religiosas delas, as nações da cristandade deviam ter-se mostrado diferentes das chamadas nações pagãs. Mas, visto que a cristandade se fez semelhante àquelas nações, ela forçosamente também entrará em choque com Deus, pois desempenha o papel equivalente à antiga nação de Israel.
O DESAFIO DE SE PREPARAR PARA ENCONTRAR-SE COM SEU DEUS
22, 23. Que espécie de terra ocupava certa vez o antigo Israel, e em que sentido falhou em andar com o Dono daquela terra?
22 O antigo Israel habitava antigamente numa terra “que manava leite e mel”. (Ezequiel 20:6; Êxodo 3:8, 17; 13:5; 33:3) Esta terra era a Palestina.
23 Até mesmo no século vinte antes de nossa Era Comum, antes de Jeová Deus causar a destruição das cidades imorais de Sodoma e Gomorra, o Distrito do rio Jordão era quase como um paraíso. O primeiro livro da Bíblia diz que era “semelhante ao jardim de Jeová”. (Gênesis 13:10) Antes de levar a nação de Israel a esta terra, no século quinze antes de nossa Era Comum, Jeová disse-lhe: “A terra é minha. Pois, do mesmo ponto de vista sois residentes forasteiros e colonos.” (Levítico 25:23) Mas trataram os israelitas aquela terra bela e produtiva como sendo a propriedade de Deus? Não! É o que os profetas de Deus responderam a esta pergunta. Poluíram aquela terra sagrada com as suas idolatrias, sua imoralidade, sua violência e seu derramamento de sangue. Em vista do modo religioso em que agiam, o profeta Miquéias disse: “O que é que Jeová pede de volta de ti senso que exerças a justiça, e ames a benignidade, e andes modestamente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8) Mas eles se negaram a retribuir a Deus o que ele pedia.
24, 25. Portanto, o que havia de acontecer no decorrer do tempo e o que disse Deus mediante seu profeta Amós para advertir a respeito disso?
24 Por isso tinha de haver um confronto no decorrer do tempo. Eles violavam seu pacto nacional com Jeová Deus. Mereciam sofrer a penalidade explicitamente especificada naquele pacto quanto aos violadores dele. Já no nono século antes de nossa Era Comum, levantou-se Amós, profeta de Deus. Por meio dele, o Criador de toda a terra advertiu os israelitas desobedientes da ação que tomaria contra eles, dizendo:
25 “‘Causei um derrubamento entre vós, como o derrubamento de Sodoma e Gomorra por Deus. E viestes a ser como um tição arrancado do incêndio; mas vós não retornastes a mim’, é a pronunciação de Jeová. Portanto, isto é o que farei a ti, ó Israel. Em conseqüência do fato de que farei a ti esta mesma coisa, apronta-se para te encontrares com o teu Deus, ó Israel. Pois, eis o Formador dos montes e o Criador do vento, e Aquele que informa o homem terreno sobre qual é a sua preocupação mental, Aquele que torna a alva em obscuridade [como por uma tormenta], e Aquele que pisa nos altos da terra, Jeová, Deus dos exércitos, é seu nome.” — Amós 4:11-13.
26. A que espécie de confronto foi isto um desafio, lançado por que espécie de pessoa? E embora o desafiador fosse invisível, por que não era uma questão ridícula?
26 “Apronta-te para te encontrares com o teu Deus”! Esta foi a ordem desafiadora dum comandante militar, “Jeová, Deus dos exércitos”. Era uma convocação a um confronto militar! (Assim como em Números 20:18, 20; 21:23, 33; 2 Samuel 10:9, 10, 17) A nação de Israel foi ali desafiada a se encontrar com um Deus invisível. Não era, por este motivo, nenhuma brincadeira, nenhuma idéia ridícula. Este Invisível tinha obras visíveis de criação, tais como montes, para dar testemunho de ele ser um Deus real. Ele era Mais elevado do que os montes mais altos na terra de Israel. Podia criar ventos e manobrá-los, e podia causar tormentas logo cedo no dia, para fazer a luz da aurora desaparecer.
27. O que podia usar Este Deus invisível para expressar seus julgamentos naquela nação violadora do pacto? O que usou Ele realmente, e com que resultado?
27 Ele podia usar os exércitos dos inimigos de Israel como seus agentes visíveis na execução dos seus julgamentos naquela nação violadora do pacto, naqueles poluidores da terra sagrada dada por Deus. Fez exatamente isso, nos anos 609-607 A.E.C., trazendo os exércitos do Império Babilônico contra a terra de Judá e Jerusalém. Não importava quanto se aprontassem, os israelitas não podiam enfrentar a “Jeová, Deus dos exércitos”, conforme representado pelos exércitos de Babilônia. Jerusalém caiu. A terra de Judá ficou despovoada.
28. Por que se aplica à cristandade atual tal desafio a um confronto militar?
28 Hoje em dia, a cristandade afirma ser o Israel espiritual, o Israel cristão. (Gálatas 6:16) Ela afirma estar num novo pacto com o mesmo Deus a Quem o antigo Israel adorava. Obteve sua Bíblia dos israelitas, pois todos os escritores da Bíblia Sagrada foram israelitas naturais. Mas, junto com a Bíblia, as nações da cristandade levam armas de guerra sanguinária, estando armadas mais pesadamente do que o mundo inteiro em qualquer tempo anterior da história humana. Procuram ficar prontas para um confronto. Portanto, é à cristandade, o equivalente moderno do antigo Israel, que se dirige apropriadamente o desafio divino para um confronto militar: “Apronta-te para te encontrares com o teu Deus”! As circunstâncias exigem isso!
29. O que aumenta a certeza deste confronto, e por que não pode a cristandade escapar de ter parte nisso?
29 A certeza deste confronto não está “nas estrelas”, como diriam os astrólogos; está na Palavra escrita de profecia, a inspirada Bíblia Sagrada. A cristandade é parte integrante das nações deste mundo, sendo que cerca da metade das nações pertencentes às mundanas Nações Unidas são nações da cristandade, as demais sendo não-cristãs ou pagas. De fato, a cristandade domina entre as nações deste mundo, e ela não pode escapar do que todas as nações deste mundo merecem. A Palavra bíblica de profecia indica repetidas vezes um confronto final de todas as nações deste mundo com Jeová Deus.
30. Em que ano, de que período marcado de tempo, foi dada esta profecia, e que pergunta surge quanto ao fim deste período?
30 Consideremos primeiro a seguinte profecia bíblica do ano 606 antes de nossa Era Comum. Foi preferida no segundo ano depois de Nabucodonosor, rei de Babilônia, ter destruído a cidade de Jerusalém e seu templo, e assim se ter tornado o governante mundial de destaque. Portanto, foi preferida no segundo ano dos “tempos dos gentios”, ou “tempos designados das nações”, durante os quais a cidade de Jerusalém, ou o reino messiânico de Deus que ela representava, havia de ser pisada e pisoteada pelas nações não-judaicas ou gentios. Segundo a tabela de tempo da Bíblia, estes Tempos dos Gentios, começando em 607 A.E.C., na destruição e desolação de Jerusalém, e durando 2.520 anos, terminariam em meados do segundo semestre do ano de 1914 de nossa Era Comum. (Lucas 21:24) O que devia acontecer após o fim destes Tempos dos Gentios em 1914 E.C.? Isto é indicado pela profecia dada no segundo ano após a desolação de Jerusalém. É explicado pelo inspirado profeta Daniel.
31. Que interpretação deu Daniel ao sonho profético de Nabucodonosor, e por quanto tempo tem predominado esta estátua simbólica sobre a política mundial?
31 O rei da Potência Mundial Babilônica teve um sonho profético, interpretado para ele por Daniel. Ele viu uma aterrorizadora estátua metálica, a qual tinha cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e coxas de cobre, pernas de ferro e pés de ferro cobertos de argila. Visto que Daniel disse que a cabeça de ouro representava a dinastia real de Babilônia, o peito e os braços de prata prefiguravam a potência mundial seguinte, a da Medo-Pérsia, sendo que o ventre e as coxas de cobre eram a Potência Mundial Grega seguinte, as pernas de ferro, a Potência Mundial Romana, e os pés cobertos de argila, aquilo que se desenvolveu daquele Império Romano, as formas diversas de governo político. Entre estas, predomina a potência mundial dupla da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Esta estátua simbólica das potências mundiais políticas tem predominado sobre a política mundial desde o começo dos Tempos dos Gentios em 607 A.E.C., por ocasião da desolação de Jerusalém, e até o ano final daqueles Tempos, 1914 E.C. O que havia de acontecer naquele ano decisivo?
32. Quanto ao que devia ocorrer no fim daqueles Tempos dos Gentios, o que viu Nabucodonosor ocorrer no seu sonho?
32 O seguinte: O rei de Babilônia viu em sonho que se cortou uma pedra dum monte universal, sem a ajuda de mãos humanas. O que aconteceu àquela pedra profética? Foi lançada em direção à estátua metálica. Tinha de se seguir um confronto! Podia dizer-se à estátua: ‘Apronta-te para te encontrares com aquela pedra!’
33. Puderam os pés suportar o impacto da pedra? E o que passou a fazer a pedra?
33 Pôde o ferro dos pés suportar o impacto da pedra e repeli-la? Não! Os pés foram esmagados. A estátua caiu. Toda a estátua foi então esmagada e esmiuçada pela pedra, e levada pelo vento. Quanto à pedra, esta cresceu e se tornou um monte que encheu a terra inteira. — Daniel 2:1-43.
34, 35. Que pergunta poderíamos fazer, e em vista da resposta de Daniel, o que se torna claro quanto à questão pela qual ocorre o confronto?
34 O que significa tudo isso? poderíamos perguntar, pois vivemos nos dias daqueles simbólicos pés de ferro, cobertos de argila.
35 Daniel, inspirado pelo espírito de Jeová, nos fornece a interpretação exata, dizendo: “E nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido . . . O próprio grandioso Deus tem dado a conhecer ao rei o que há de acontecer depois disso. E o sonho é certo e a sua interpretação é fidedigna.” (Daniel 2:44, 45) Em vista desta interpretação, não poderia ser mais claro para nós que a questão pela qual este confronto precisa ocorrer dentro da nossa geração é a do domínio do mundo, ligada com a soberania universal do Deus do céu. É o caso dos reis da terra contra o reino que Deus estabelece! Agora, por fim, terá de resolver-se a disputa sobre quem governará toda a terra. Nós estamos hoje envolvidos no cumprimento desta profecia! Toda a humanidade, em toda a terra, está envolvida!
COMO FICOU MARCADO O FIM DOS TEMPOS DOS GENTIOS
36. Quando e como se deu o cumprimento do corte da pedra sem mãos, e de que modo se trouxe à atenção do mundo a importância do fim dos Tempos dos Gentios quanto aos negócios do mundo?
36 Quando foi este reino, simbolizado pela pedra cortada dum monte universal, realmente ‘cortado’ pelas mãos de Deus e estabelecido em poder? Isto aconteceu no fim dos Tempos dos Gentios, no mesmo ano em que irrompeu na terra aquela guerra pelo domínio do mundo. Todos nós conhecemos aquele ano — 1914! O reino, nas mãos do Filho de Deus, Jesus Cristo, não foi estabelecido no local da antiga Jerusalém, no Oriente Médio, mas sim nos céus, onde o Filho de Deus está sentado à mão direita de seu Pai celestial. A influência imediata que o fim dos Tempos dos Gentios teve sobre as condições mundiais foi então trazida à atenção do mundo, na parte final de 1917, até mesmo por clérigos da cristandade. Perto da ocasião da captura da antiga Jerusalém pelos exércitos britânicos, em 9 de dezembro de 1917, o Dr. G. Campbell Morgan, o Dr. F. B. Meyer e mais seis clérigos bem conhecidos da Inglaterra, lançaram um Manifesto, publicado em toda a terra e que declarava:
37. O que disse sobre isso aquele Manifesto?
37 “(1) Que a atual crise indica o fim dos tempos dos gentios. . . . (5) Que todos os planos humanos de reconstrução precisam ficar subordinados à segunda vinda de nosso Senhor, porque todas as nações estarão então sujeitas à Sua regência. . . .” — Current Opinion, de fevereiro de 1918.
38. Que ano foi indicado pelas testemunhas de Jeová como marcando o fim dos “tempos dos gentios”, a que começou a fazer então o reino de Deus e a quem se lança o desafio de Deus?
38 As testemunhas cristãs de Jeová, já com décadas de antecedência, por meio das publicações da Sociedade Torre de Vigia, haviam indicado, não o ano de 1917, mas 1914 como sendo o ano do fim dos “tempos dos gentios”. (Lucas 21:24, Almeida) O fim dos Tempos dos Gentios assinalou o tempo crítico em que Jeová Deus dá ordens ao seu Filho entronizado, em cumprimento da profecia do Rei Davi, no Salmo 110:1, 2: “Diz Jeová ao meu Senhor: Senta-te à minha mão direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Jeová enviará de Sião o cetro do teu poder, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.” (Versão Brasileira) Portanto, a “pedra” simbólica, o reino de Deus por Cristo, não golpeou a “estátua” simbólica de poder político no ano de 1914. Apenas começou a dominar no meio dos seus inimigos. De modo que já foi lançada pelo poder divino. Está agora a caminho, dirigindo-se para aquela “estátua” política. Lança-se às nações da cristandade, que estão entre ‘aqueles reis’ representados nos pés da “estátua”, o desafio de Jeová a um confronto militar: “Apronta-te para te encontrares com o teu Deus”! — Amós 4:12.
39. Por que é a “estátua” atingida nos seus pés imóveis, que parecem inofensivos?
39 Por que devia a “estátua” política ser atingida nos pés, quando estes são imóveis, aparentemente não fazendo nada de errado? É porque aquela “estátua” é uma estátua idólatra, e o povo de toda a terra idolatra este sistema de política. Também, os “pés” daquela “estátua” idólatra estão onde não deviam estar desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Estão colocados em oposição ao reino de Deus, governado pelo Seu Cristo. Este reino nasceu nos céus em 1914 como o único governo com o direito de reger toda a terra. — Revelação 12:1-10.
40. Em Revelação, capítulo dezessete se diz que a fera montada por Babilônia, a Grande, é o quê, por que motivo e o que simboliza em nossos dias?
40 Que ninguém se engane nesta questão. A Bíblia Sagrada diz claramente que ‘aqueles reis’, os governantes políticos da terra, estão lutando contra o reino estabelecido de Deus. Recorramos ao último livro da Bíblia, à Revelação capítulo dezessete. Ali vemos em linguagem pitoresca como os governantes políticos desta terra destruirão Babilônia, a Grande, que é o império mundial da religião falsa, que teve seu início na antiga Babilônia. A fera cor de escarlate, montada por Babilônia, a Grande, até a destruição dela, é representada como tendo sete cabeças e dez chifres. Aquelas sete cabeças indicam as sete potências mundiais sucessivas da história humana, começando pelo antigo Egito, seguido pela Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma e a Potência Mundial Anglo-Americana. O versículo onze diz que a fera é em si mesma “um oitavo rei”, quer dizer, uma Oitava Potência Mundial. Esta Oitava Potência Mundial são as atuais Nações Unidas, a organização internacional em prol de paz e segurança mundiais, portanto, a favor de manter os “pés” da “estátua” idólatra plantados onde não deviam estar. — Revelação 17:11; Daniel 2:33, 34.
41. O que representa a organização das Nações Unidas quanto ao domínio do mundo e a propriedade da terra?
41 Esta organização das Nações Unidas representa o domínio do mundo pelo homem, não por Deus. Dentro desta organização, os dois blocos opostos de nações representam o domínio do mundo por sistemas e ideologias políticos criados pelo homem. Não querem o domínio do mundo pelo reino de Deus, às mãos de seu Cristo, nem consideram isso como realístico. Preferem a sua própria soberania política à soberania universal de Jeová Deus. A pergunta: Quem é dono da terra? respondem: Nós somos! E vamos ficar com ela!
42, 43. Depois de destruírem Babilônia, a Grande, o que mostrarão ser as próprias nações, e o que nos diz Revelação 17:12-14 sobre o que devemos esperar então?
42 Uma vez que os governantes políticos tenham eliminado Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, mostrarão mais que nunca que são “realmente . . . lutadores contra Deus”. (Atos 5:39) Observe o que nos diz Revelação, capítulo dezessete, versículos doze a quatorze, quanto a que devemos esperar então, dizendo ao apóstolo João, a quem foi dada a Revelação:
43 “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais [nos dias de João] ainda não receberam um reino [quer dizer, a qualidade de membros da organização em prol de paz e segurança mundiais], mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, Junto com a fera [as Nações Unidas]. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [as Nações Unidas]. Estes batalharão contra o Cordeiro [Jesus Cristo], mas, porque ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Cordeiro os vencerá. Também o farão com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis.”
COMO AS NAÇÕES LUTAM CONTRA O INVISÍVEL
44. De que modo podem os simbólicos dez chifres e a fera lutar na terra contra o reino celestial de Cristo?
44 Poderia fazer-se agora a pergunta: Visto que o Cordeiro Jesus Cristo é uma invisível pessoa espiritual, celestial, e visto que seu reino também é celestial, como podem aqueles simbólicos chifres e a fera, aqui na terra, lutar contra Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”? (João 1:29, 36; Revelação 5:6-13) Podem fazer isso por se negarem a ceder o lugar ao reino de Deus sob Cristo, recusando-se a entregar-lhe sua soberania nacional, e esforçando-se assim a perpetuar sua própria posição política na terra. Também o podem fazer por se oporem aos que são os “embaixadores da parte de Cristo”, os proclamadores terrestres das boas novas de seu reino, perseguindo-os. (Mateus 24:14) Estes são os seguidores ungidos das pisadas de Jesus Cristo, mencionados em Revelação 17:14 “com ele os chamados, e escolhidos, e fiéis”. O apóstolo cristão Paulo, dirigindo-se a estes seguidores dedicados, batizados e ungidos de Cristo, escreveu:
45. Que termo aplicou Paulo a estes seguidores ungidos de Cristo, em 2 Coríntios 5:20?
45 “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nos rogasse. Rogamo-vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.” — 2 Coríntios 5:20, Almeida.
46. Que categoria como cidadãos dá Paulo a estes embaixadores?
46 O apóstolo Paulo dá a estes embaixadores de Cristo também outra categoria. Ele se refere “à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial”, e a “muitos milhares de anjos”. (Hebreus 12:22, Almeida) Também, depois de escrever aos seus irmãos cristãos a respeito do “prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, ele lhes indica o céu, dizendo: “A nossa cidadania existe nos céus.” (Filipenses 3:14, 20; Almeida) São por isso cidadãos daquela ‘cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial’.
47. Assim, depois de destruírem Babilônia, a Grande, como poderão as nações lutar manifestamente contra Deus e Cristo, e que regra pertinente a isso forneceu Jesus Cristo em Mateus 25:40?
47 As nações da cristandade e do resto deste mundo já têm a reputação notória de perseguirem os cristãos ungidos, que dão testemunho de Jeová Deus e que pregam em todo o mundo as boas novas de Seu reino por Cristo. Por conseguinte, quando estas nações tiverem destruído Babilônia, a Grande, e depois se voltarem ameaçadoramente contra tais chamados, escolhidos e fiéis ungidos, tomarão uma ação ímpia contra os “embaixadores da parte de Cristo”, contra os cidadãos da cidade de Deus, ‘a Jerusalém celestial’. Ao lutarem contra estes, que podem ver no seu meio, estarão lutando contra o Cordeiro Jesus Cristo, o Rei dos reis, embora não possam ver nem a ele, nem a Jeová Deus. Poderia haver uma luta mais manifesta contra o invisível Deus e seu Cristo do que esta? O que disse o próprio Jesus Cristo sobre isso na sua profecia final a respeito da “terminação do sistema de coisas”? Disse o seguinte: “Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.” — Mateus 25:40; 24:3.
O CHOQUE! OS SOBREVIVENTES DELE!
48. O que se seguirá forçosamente, e em que lugar profético?
48 Forçosamente seguir-se-á o choque com Deus. O que significará isso? Nada menos do que a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Naquele tempo, as nações já terão chegado ao campo da batalha final, quer dizer, ao estágio crítico dos desenvolvimentos mundiais, chamado profeticamente de “lugar que em hebraico se chama Har-Magedon [Armagedom, Almeida]”. — Revelação 16:14-16.
49. Para onde marcham todas as nações, a que as convida Deus e o que são para Ele, falando-se comparativamente?
49 Todas as nações estão agora em marcha para o Har-Magedon! Isto se pode dizer inequivocamente, segundo a tabela de tempo da Bíblia e segundo os acontecimentos mundiais em cumprimento da profecia bíblica. O confronto com Deus é iminente! Para Ele, conforme Ele mesmo diz, todas as nações juntas são apenas como uma gata caída dum balde de água esvaziado. (Isaías 40:15) Visto que já chegou o seu tempo devido para agir, convida desafiadoramente todas as nações, na linguagem da profecia de Joel 3:9-12, a se apresentarem para o encontro. Não importa quão cabalmente se preparem, não importa quão fortes se sintam, quanto a poder desafiar a Deus e seu Governo por Cristo, a situação das nações será igual à duma formiga que se colocasse firmemente no trilho ferroviário e gritasse desafiadoramente para a enorme locomotiva diesel que se aproxima: ‘Pare! Não me pode atropelar! Não se atreve a fazer isso!’
50. Como se dará então o choque, e o que mostra a profecia quanto a se as Nações Unidas salvarão a situação da “estátua” de regência política?
50 Dá-se então o choque direto! Veja ali a organização das Nações Unidas! Poderá ela manter-se firme e repelir o ataque divino? A profecia divina diz que não! A pedra do Reino, cortada do monte universal de Deus e lançada pela própria mão de Deus, golpeará então a simbólica “estátua” do domínio da terra pelo homem. Quando a pedra golpeia o ferro, há um estrondo ensurdecedora! Escute! Algo está sendo esmagado! É a pedra que está sendo esmagada? Não! Mas a pedra esmaga todos os que pretendiam ter o domínio do mundo por meio de governantes humanos, e que são semelhantes ao ferro! Escute só aquele ruído estridente de trituração! É a Pedra que esmiúça a inteira “estátua” caída da regência política controlada pelo Diabo, que teve início com a “cabeça” de ouro de Babilônia!
51. O que acontecerá aos vestígios de pé da “estátua” simbólica, e quem remanescerá vitorioso no campo de batalha?
51 O vendaval da justa ira de Deus eliminará todos estes vestígios de pó da “estátua” política contrária a Deus, igual à pragana da eira. Todos os vestígios do velho sistema de coisas terão desaparecido para todo o sempre! A “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, conforme descrita no último livro da Bíblia (Revelação 19:11-21), acabará deixando a Jeová Deus e suas forças militares do céu como os únicos remanescentes no campo de batalha, gloriosamente vitoriosos. A questão do domínio do mundo terá sido decidida para sempre, a favor de Jeová!
52, 53. Onde haverá um lugar de refúgio para os sobrevivestes na terra? Tomarão parte ativa na “guerra”? E que oração pela supremacia divina verão respondida?
52 Quando este tremendo choque ocorrer, haverá algum lugar de segurança na terra? Haverá homens sobreviventes do choque? Sim, e isto se dará somente do lado de Jeová Deus. É somente aos que se colocam do Seu lado e do lado de seu Reino por Cristo que se aplica a promessa divina: “Apenas estarás olhando com os teus olhos e estarás vendo a própria retribuição feita aos iníquos. Visto que disseste: ‘Jeová é meu refúgio’, fizeste do próprio Altíssimo a tua habitação; nenhuma calamidade te acontecerá.” (Salmo 91:8-10) Os que tomam posição firme, em apoio da soberania universal de Jeová, ficarão de lado e não tomarão parte ativa naquela “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. No seu lugar de refúgio, sob a proteção divina, verão Jeová e seu Cristo obter a vitória sobre todas as nações opositoras. Verão assim o cumprimento da profecia: “Espalhou os povos que se agradam em pelejas.” (Salmo 68:30) Observarão a resposta divina à oração do Salmo 83:17, 18, contra os inimigos de Deus:
53 “Fiquem envergonhados e perturbados para todo o sempre, e fiquem encabulados e pereçam; para que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.”
54. Quão extensivo se tornará então o reino vitorioso de Deus, conforme representado pela pedra que golpeou a estátua?
54 O reino vitorioso de Deus, representado pela pedra que golpeia os pés da estátua simbólica, aumentará então assim como faz a pedra, e tornar-se-á semelhante a um “grande monte”, que enche a terra inteira. (Daniel 2:35) O reino de Deus por seu Cristo estará em toda parte da terra. Quão grande será o privilégio de sobreviver ao choque final das nações com Deus e viver naquele monte régio!
55. Que profecias foram escritas em Isaías a respeito dos que então hão de morar naquele “monte”?
55 Com respeito aos que hão de morar felizes naquele mesmo monte, escreveu-se na profecia de Isaías 11:9: “Não sentará dano nem se causará ruína em todo o meu santo monte; porque a terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” Acrescenta-se a isso a profecia que satisfaz a alma: “E Jeová dos exércitos há de fazer para todos os povos, neste monte, um banquete . . . Ele realmente tragará a morte para sempre, e o Senhor Jeová certamente enxugará as lágrimas de todas as faces. E de toda a terra ele tirará o vitupério de seu povo, pois o próprio Jeová falou isso.” — Isaías 25:6-8.
56. Devemos temer a zombaria dos homens por tomarmos a posição certa? E semelhantes a quem, da antiguidade, devemos ser no nosso andar, e com que recompensa?
56 Portanto, não tema agora a zombaria dos homens, por tomar posição ao lado do Senhor Soberano Jeová e do seu reino por Cristo. Não ande com as nações num rumo contrário ao de Deus, para o inevitável choque mais à frente. Seja como o homem obediente Noé, que escarnecia da zombaria dos homens e que ‘andava com o verdadeiro Deus’. (Gênesis 6:9) Daí, semelhante a ele, poderá alegrar-se com a esperança de sobreviver ao fim deste sistema internacional de coisas e de viver no seu eterno novo sistema de coisas, sob o reino de seu Rei reinante Jesus Cristo. Verá ali Deus tragar até mesmo a morte em vitória, para que possa usufruir a vida eterna, e servir e adorar a Ele em perfeita saúde e felicidade, num paraíso interminável em toda a terra.