O agrado de Jeová será bem sucedido
“Na sua mão o agrado de Jeová será bem sucedido” — Isa. 53:10.
1. O que pode causar mágoa e desapontamento, levando a que conclusão?
JÁ DISSE alguma vez: “Ora, isto seria muito agradável, se eu só tivesse certeza disso”? Sem dúvida já o disse muitas vezes. Talvez fosse um sonho da infância. Talvez fosse algo mais sério e meritório, a ambição ou a esperança mais prezada da sua vida — só que passou a dar-se conta de que era dispendioso demais e além do seu alcance, resultando em muita mágoa e anseios sequiosos. Embora talvez reconheça a existência dum Criador, pode ser que conclua que ele está longe demais para se preocupar com sua pessoa. É correta tal conclusão? Pode haver motivos válidos para se pensar de outro modo, dando-lhe outra perspectiva e nova esperança?
2. Que esforços se fizeram para solucionar os problemas da vida? Com que resultados?
2 Muitos e diversos têm sido os empenhos de solucionar os problemas da vida. Não tem havido falta de propostas de soluções, feitas por pessoas e também por organizações de toda espécie. Na maior parte, porém, qual tem sido o resultado? Alguns têm afirmado que encontraram o segredo do bom êxito, mas em que base? Por certo, muitas vezes este foi produzido por a pessoa retrair-se, quer literalmente quer de modo figurativo, das coisas desagradáveis da vida, resultando numa atitude egocêntrica. Acha que isto dá verdadeira satisfação? Outros procuram uma solução por não se incomodarem com tais coisas. Outros não gostam de ser abordados sobre isso, achando que perturba seu modo de vida. Acha que esta é uma atitude boa e sábia a adotar?
3. Onde encontramos um contraste com os problemas do homem, suscitando que pergunta?
3 Em contraste, quer olhemos para os céus acima, quer para a terra embaixo, ficamos maravilhados com o funcionamento suave das coisas animadas e inanimadas. O arranjo todo, quer visto através dum telescópio, quer através dum microscópio, quer apenas com o olho nu, causa-nos grande admiração da eficiência e da beleza de tudo. É tanto agradável como bem sucedido, e somos forçados a admitir, com lógica irresistível, que certamente deve haver um grande Projetista e Criador. O Livro da Criação Visível ensina-nos isso, mas não vai suficientemente longe. Leva-nos a perguntar e a indagar se não há outro livro, que não só oferece a promessa duma explicação satisfatória das coisas que envolvem a humanidade, mas também nos fala da solução da qual possamos aproveitar-nos individualmente, levando a um resultado agradável e permanente. Significa isso exigir demais?
4. Que conceito geral se forma hoje da Bíblia, e quem é responsável por isso?
4 Certos livros, patrocinados por organizações religiosas, são tidos como inspirados e supostamente apresentam um modo de vida que resulta em tudo o que se possa desejar. Mas existe apenas um livro, ou mais literalmente, uma coleção de livros, que realmente afirma dar e dá mesmo respostas completas e satisfatórias às nossas perguntas. Este livro é a Bíblia Sagrada. Por favor, não diga que a conhece bem ou pelo menos certas partes dela, mas que ela, no melhor dos casos, apenas tem trazido proveito temporário, dando certa paz mental e gozo. Também, não fique desanimado com o uso que se faz da Bíblia nas igrejas da cristandade, uso que só se pode descrever, na maior parte, como formalidade fútil. Especialmente desde a Segunda Guerra Mundial dá-se à Bíblia cada vez menos atenção, respeito e crédito. Isto acontece da parte dos que deviam ser seus melhores amigos, os membros das igrejas da cristandade. O mesmo se pode dizer de muitos livros, tais como dicionários e comentários bíblicos, que professam ser bons amigos da Bíblia. A tendência moderna é estribar-se cada vez mais no alto criticismo e aceitar raciocínios e opiniões humanos, em vez de se aceitar a própria Bíblia como autoridade final.
5. Onde e como encontramos um, contraste com a tendência geral, levando a que expectativa?
5 Contudo, há um grupo de pessoas cristãs que se destacam em nítido contraste com esta tendência geral. As testemunhas de Jeová, tanto na sua atitude como no seu proceder, e também nas suas publicações, são grandes defensores da Bíblia, como sendo a Palavra de Deus. Dizem com convicção, assim como disse Cristo Jesus, seu Líder: “A tua palavra é a verdade.” Dizem e crêem o mesmo que o apóstolo Paulo, que “toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, . . . para toda boa obra”, para satisfazer toda necessidade. As testemunhas de Jeová não são pessoas desapontadas e frustradas, e convidamo-lo sinceramente a considerar com elas os bons motivos para aceitar e reconhecer aquilo que lhe dará a maior felicidade e satisfação certa. — João 17:17; 2 Tim. 3:16, 17; veja também 2 Pedro 1:21.
6. (a) Em que fase se pode ter boas expectativas? (b) Significa isso um rumo fácil, e qual é o segredo do bom êxito?
6 Primeiro, examinemos o propósito do Criador, conforme delineado na sua Palavra. Veremos em que tem resultado, por que será realizado com bom êxito garantido e por que se pode dizer corretamente que é de seu agrado. Isto, por sua vez, o ajudará a desenvolver no coração e na mente os melhores desejos e objetivos possíveis, junto com a necessária orientação e ajuda para garantir sua realização. Contrário à sua experiência atual, estas esperanças prezadas não terminarão em pesar e vexame. Isto não significa que seu rumo na vida seja doravante fácil e sossegado. Antes, será semelhante ao homem que, antes de iniciar um grande projeto, primeiro se assenta e ‘calcula bem a despesa’, decidindo então que está disposto a pagar o preço. Será semelhante ao homem que, depois de anos de sofrer como cristão, disse: “Não desistimos . . . Pois, embora a tribulação seja momentânea e leve, produz para nós uma glória de peso que ultrapassa mais e mais, e que é eterna.” Seu próprio objetivo na vida, harmonizado plenamente com o grandioso propósito do Criador, é o segredo de seu bom êxito pessoal. — Luc. 14:28; 2 Cor. 4:16-18.
O PROPÓSITO INFALÍVEL DE DEUS
7. (a) Tinha Deus um propósito ao criar o homem, e como foi ele criado a imagem de Deus? (b) Que proveito poderá tirar disso e que condições terão de ser satisfeitas?
7 Jeová é o Criador dos céus e da terra, e de todas as coisas neles, inclusive o homem. No entanto, muito além de apenas dar-lhes início e deixá-los prosseguir sozinhos, ele teve um propósito duradouro ao criá-los. Isto é confirmado por aquilo que João, numa visão, ouviu os no céu dizer: “Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.” (Rev. 4:11) Não somos criaturas do acaso, e muito menos ainda produto de algum processo de evolução cego e impessoal. Antes, conforme diz a Bíblia, o homem foi criado “à imagem de Deus”. (Gên. 1:27) O homem possui mente e coração, não controlados automaticamente pelo instinto, mas capazes de pensamentos e raciocínios independentes, de fazer planos e decisões, de exercer o livre arbítrio e de desenvolver fortes desejos e motivações. Este é o motivo por que pode fazer uso das belas qualidades do amor e da lealdade, da devoção e da integridade. É por isso que pode compreender o que Deus revelou na sua Palavra concernente à sua vontade e ao seu propósito, e como pode conseguir realização e contentamento em harmonizar completamente sua vida com os mesmos. É verdade que não poderá obter tal entendimento apenas por ler superficialmente a Bíblia. Conforme disse Jesus, estas coisas foram ‘escondidas dos sábios e dos intelectuais’, mas foram ‘reveladas aos pequeninos’, aos que têm o desejo sincero, humilde e igual a uma criança, de ‘entender com o coração’. Ele animou a tais por dizer: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e abrir-se-vos-á” — Mat. 11:25; 13:11-15; Luc. 11:9-13 veja também 1 Coríntios 1:21; 2:11-16.
8. (a) De que modo resume a oração do Pai-Nosso o propósito de Deus? (b) O que nos ensina isto, e como poderá ser ilustrado?
8 Pode-se resumir em poucas palavras o propósito de Deus para com o homem e seu lar! Jesus, o Filho de Deus, fez isso quando nos deu uma oração-modelo, nas seguintes palavras: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:.9,10) Aprendemos disso que o propósito de Deus se centraliza no seu reino, que causará a realização de sua vontade ou de seu propósito para com o homem e seu lar, santificando assim Seu bom nome. Uma coisa levará natural e logicamente a outra, tendo por fim um resultado glorioso. Como ilustração, um homem ou uma mulher talvez deseje muito ter e edificar um belo lar e uma família feliz. Isto exige muito esforço e planejamento. Se for bem sucedido, terá um bom nome, o que lhe dará indizível alegria e paz mental. Acha que isto vale todo o sacrifício e custo, até mesmo o sofrimento, envolvidos nisso. Tem prazer em adotar tal proceder. O mesmo se dá com Jeová, apenas em escala maior e mais elevada, e sem possibilidade de fracasso ou falha, assim como acontece com os planos e esforços do homem. Deus não precisa planejar com antecedência, para ver se tem a sabedoria e a força para executar seus desejos. O que Deus decide fazer é executado completamente, sem falha.
9. Como fortalece a Bíblia a fé em Deus e no seu propósito, também no seu “Agente Principal”?
9 Há outro fator envolvido. Nos assuntos humanos, um bom plano pode falhar ou fracassar por causa de enganos, ou talvez de fraudulência da parte do agente usado, de quem depende muito. Em contraste com isso, Deus usa um agente destacado que se mostra fidedigno até o limite. Note como este ponto e os precedentes são salientados na Palavra de Deus. “Jeová, o Criador das extremidades da terra, é Deus por tempo indefinido. Ele não se cansa nem se fatiga. Não se esquadrinha o seu entendimento.” “Eu sou o Divino . . . Aquele que desde o princípio conta o final . . . Aquele que diz: ‘Meu próprio conselho ficará de pé e farei tudo o que for do meu agrado.’” E Paulo escreveu a respeito do “Agente Principal” de Deus: “[Deus] nos [faz] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito, que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra . . . segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade.” — Isa. 40:28; 46:9, 10; Efé. 1:9-11; Heb. 2:10.
10. Que boas coisas resultarão disso?
10 Ficamos assim sabendo que Deus dá a administração do seu reino aos cuidados de Cristo Jesus. “O domínio principesco virá a estar sobre o seu ombro.” Sob a direção dele, todos os que estiverem dispostos a se harmonizar serão ajuntados e restabelecidos à plena harmonia com Deus e seu amado Filho. Jeová desenvolverá assim uma família unida e feliz. Dar-lhe-á um belo lar, não por apenas alguns anos, mas numa terra paradísica que “permanece por tempo indefinido”, quando “não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor”. — Isa. 9:6; Ecl. 1:4; Rev. 21:4.
11. Que evidência há de que estamos no pleno limite dos “tempos designados”?
11 Pode ter certeza disso. Por quê? Porque o pleno limite dos “tempos designados” foi alcançado em 1914 E. C., quando Deus empossou seu Filho como rei no Monte Sião celestial. Em prova disso, naquele mesmo ano, houve um grande irrompimento de ira entre as nações, por causa da questão do domínio do mundo, conforme predito em Salmo 2:1-6 e Revelação 11:15-18. Cumpriu-se então a mensagem do “portador de boas novas . . . a Sião: ‘Teu Deus tornou-se rei!’ . . . Jeová [traz] Sião de volta.” Desde então, o ajuntamento tem estado em pleno andamento. Começou com aqueles que João viu, em visão, em pé junto com o Cordeiro, no Monte Sião, a congregação cristã. De fato, o ajuntamento dos do restante destes começou de modo preliminar cerca de quarenta anos antes de 1914. No entanto, especialmente a partir de 1935, tem havido o ajuntamento da família maior de Deus, da “grande multidão” que tem esperança terrestre, vista por João depois da selagem dos 144.000. — Isa. 52:7, 8; Rev. 7:4, 9; 14:1.
FORMADOR E RESGATADOR
12. Que tema e salientado pela última parte da profecia de Isaías?
12 Além de ter a perspectiva de ser membro desta família feliz, poderá ter o prazer e a emoção de participar nesta obra de ajuntamento. Esta lhe trará muito consolo e o habilitará a auxiliar e a consolar outros. Isto faz parte do tema principal da última parte da profecia de Isaías. Encontramos ali uma abundância de informações a respeito da obra do Reino, e aprendemos também como Jeová é o Formador e Resgatador de seu povo. Começando em Isaías 40:1, veja como Deus fala ao seu servo: “Consolai, consolai meu povo . . . Falai ao coração de Jerusalém e clamai para ela que foi cumprido seu serviço militar, que o erro dela foi saldado. Pois ela recebeu da mão de Jeová o pleno montante por todos os seus pecados.” A profecia prossegue a falar sobre uma “mulher portadora de boas novas para Sião . . . para Jerusalém”. Escute a sua mensagem, falando do ajuntamento e do consolo que Deus realizará por meio de seu governante, Cristo Jesus: “Eis que o próprio Senhor [Soberano] Jeová virá mesmo como alguém forte, e seu braço governará por ele. . . . Qual pastor ele pastoreará a sua própria grei. Com o seu braço reunirá os cordeiros; e os carregará ao colo. Conduzirá com cuidado as que amamentam.” — Isa. 40:1, 2, 9-11.
13. (a) Como e identificado adicionalmente o servo de Deus? (b) Que nomes paralelos se dão ao servo de Deus e à cidade de Deus?
13 Jeová identifica e anima adicionalmente o seu servo: “Mas tu, ó Israel, és meu servo, tu, ó Jacó, a quem escolhi, a descendência de Abraão, meu amigo . . . Não tenhas medo, pois estou contigo. . . . Vou fortificar-te. Vou realmente ajudar-te. Vou deveras segurar-te firmemente com a minha direita de justiça.” (Isa. 41:8-10) Note-se, de passagem, que nesta declaração ao povo de Deus, ou à sua capital, usam-se muitas vezes ambos os nomes de modo paralelo, quer dizer, Jacó e Israel, Sião e Jerusalém, como em Isaías 41:14, 27. Lembre-se de que (1) o nome de Jacó foi mudado para Israel (Gên. 32:28) e (2) que Sião, onde se encontrava o trono, e também, mais tarde, o local da Arca, veio a ser um termo muitas vezes aplicado a toda a cidade de Jerusalém. — Sal. 2:6; Isa. 8:18.
14. (a) Que cumprimento inicial, secundário e final tem amiúde uma profecia? (b) Como se compreende o cumprimento espiritual, e por que é isto importante?
14 Queremos lembrar também a estrutura geral dentro da qual se cumpriram muitas profecias. Primeiro, tiveram um cumprimento literal nos seus próprios dias. Segundo, tiveram um cumprimento posterior quando Jesus esteve na terra, o que se vê em eventos tais como seu nascimento milagroso, o trabalho de João Batista e a própria citação de Jesus, da passagem que se refere à sua comissão de pregar. (Isa. 7:14; 40:3; 61:1, 2; Mat. 1:18-23; 3:1-3; Luc. 4:17-21) Além disso, Paulo e outros mostram que certas profecias aplicavam-se à congregação cristã como Israel espiritual, à verdadeira “descendência de Abraão, meu amigo”. Conforme disse Paulo: “Os filhos na carne não são realmente os filhos de Deus, mas os filhos da promessa [tais como Isaque] é que são contados como o descendente.” Ele disse também: “Se [vós, cristãos,] pertenceis a Cristo, sois realmente descendente de Abraão.” (Rom. 9:8; Gál. 3:29) É essencial aceitar esta orientação inspirada, ao se considerar o cumprimento final e maior destas profecias, agora e no futuro próximo. Só por fazer isso poderá aceitar o convite de Jeová, de trabalhar com ele e seu Filho. Fazendo isso, poderá ‘tornar-se constante, inabalável, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o seu labor não é em vão em conexão com o Senhor’. — 1 Cor. 15:58.
15. Em que plena capacidade revela-se Jeová?
15 Veja de que maneira plena Jeová se revelou nesta última parte da profecia de Isaías. Na procriação humana, é o pai quem provê a vida nova. Ele a inicia, mas é a mãe que provê e nutre o corpo desta nova vida, formado nela durante a gravidez. Também depois do parto, é ela a principal responsável pelo cuidado e pela alimentação adicional. No caso de Jeová, porém, ele não é só o Criador inicial do seu servo. Falando ao seu servo, ele se refere a si mesmo por sete títulos diferentes, como “teu Criador . . . teu Formador . . . teu Deus . . . teu Salvador . . . vosso Resgatador . . . vosso Santo . . . vosso Rei”. Ele salienta seu papel como Formador, dizendo: “Assim disse Jeová, Aquele que te fez e Aquele que te formou, que te estava ajudando mesmo desde o ventre.” — Isa. 43:1, 3, 14, 15; 44:2; veja também Isaías 44:21, 24.
16. (a) Como formou e resgatou primitivamente Deus o seu povo Israel? (b) Neste respeito, qual era a situação nos dias de Isaías?
16 Isto começou com o antigo povo de Deus. Começando com os doze filhos de Jacó, Deus começou a formá-los como povo e a preservá-los durante a sua longa estada no Egito. Aquele período poderia ser comparado a uma gravidez, recebendo seu nascimento como nação junto ao monte Sinai, onde lhes foi dado um código nacional de leis, englobado no pacto da Lei. Deus foi também seu Resgatador, livrando seu povo pela força, quando Faraó se negou a deixá-lo ir. De fato, Faraó teve de pagar o preço com a morte de seu filho primogênito, e o Egito perdeu também seu exército no Mar Vermelho. (Êxo. 4:23; Isa. 43:3) Nos dias de Isaías, sete séculos depois, surgira uma nova situação que deu aos títulos de Jeová um significado adicional. Ambos os reinos, de Israel e de Judá, eram culpados de flagrante idolatria e violação da lei. Judá foi levado ao cativeiro em Babilônia, que cogitava retê-los como escravos para sempre. Jeová prometeu amorosamente apagar as transgressões de seu povo, declarando ser “teu Resgatador e Aquele que te formou desde o ventre”. Ele predisse até mesmo com muita antecedência como e por meio de quem se faria isso, e ele era “Aquele que diz a respeito de Ciro: ‘Ele é meu pastor e executará completamente tudo aquilo em que me agrado’; dizendo eu de Jerusalém: ‘Ela será reconstruída’, e do templo: ‘Lançar-se-á teu alicerce.’” (Isa. 44:21-28) O restante que conseqüentemente retornou de Babilônia participou nesta grandiosa obra, e, embora muitos tivessem falta de fé, era muito do agrado de servos fiéis tais como Zacarias e outros ajudar a levar esta obra a uma conclusão bem sucedida. — Zac. 4:9, 10.
17. Que similaridade havia com a primitiva congregação cristã?
17 Coisas similares aconteceram com a primitiva congregação cristã. Começando com os discípulos de João Batista e durante o ministério de Jesus, Deus preparou e formou um grupo de pessoas para se tornar uma “nação santa”, o Israel espiritual. (1 Ped. 2:9; Gál. 6:16) O nascimento desta nação se deu em Pentecostes de 33 E. C., quando foram introduzidos no novo pacto e receberam o derramamento do espírito santo. Paulo, ao escrever aos romanos, mostrou que estes primitivos conversos cristãos constituíam um cumprimento adicional do “restante” mencionado por Isaías. Ele citou também Isaías para mostrar que outros, não-judeus, seriam acrescentados e que assim “todo o Israel [espiritual] será salvo”. — Rom. 9:27-29; 11:5, 25, 26.
18. Como tem sido Jeová o Formador e Resgatador de seu povo hodierno?
18 Conforme já se indicou, temos agora o privilégio de ver e de participar no pleno andamento e na plena atividade que acompanham o cumprimento final destas profecias. O “restante” hodierno é identificado como sendo os membros remanescentes da congregação cristã. Jeová, como seu Formador, começou um ajuntamento preliminar deles muitos anos antes de 1914. Ele tem sido também seu Resgatador. Eles não só foram ‘comprados com o sangue do próprio Filho de Deus’, mas foram resgatados ou comprados de volta quando um livramento adicional se tornou necessário no período da Primeira Guerra Mundial. Haviam caído cativos à “Babilônia, a Grande”. Embora, na maior parte, tivessem saído das igrejas da cristandade, retiveram certas tendências babilônicas, tais como o medo do homem e a adoração de criaturas. Isto resultou no desprazer de Deus, necessitando que fossem disciplinados e purificados. Os fiéis no coração reconheceram isto, e, quando libertos pelo Ciro Maior, Jesus Cristo, alegraram-se em enaltecer o nome de Deus e em proclamar destemidamente a mensagem do Reino. Sua experiência e seus sentimentos foram preditos aptamente: “Agradecer-te-ei, ó Jeová, pois, embora te irasses comigo, tua ira recuou gradualmente e passaste a consolar-me. Eis que Deus é minha salvação. . . . Agradecei a Jeová! Invocai o seu nome. Tornai conhecidas entre os povos as suas ações. Fazei menção de que seu nome deve ser sublimado. Entoai melodias a Jeová, porque agiu magnificamente. Isto se deve dar a conhecer em toda a terra.” — Atos 20:28; Rev. 17:5; Isa. 12:1-5.
19. (a) Que bela expansão resultará disso? (b) Em que podemos agradar-nos e ser bem sucedidos?
19 Isto tem sido divulgado em toda a terra. Em resultado, muitos outros que não são israelitas espirituais aceitaram as boas novas. Todos estes, tanto os do restante como os da “grande multidão”, foram resgatados e formados em “um só rebanho, [debaixo de] um só pastor”, Cristo Jesus. (João 10:16) Esta é a experiência feliz das testemunhas de Jeová. Podemos ver diante dos nossos próprios olhos como o propósito do Criador se realiza completamente bem sucedido, sendo muito do seu agrado e agradando e consolando os ajuntados em união com o rei reinante de Deus, Cristo Jesus. É assim como Jeová prometeu: “Minha palavra . . . não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.” — Isa. 55:11.
20. Que problema convida nossa atenção?
20 Antes de considerar mais como poderá identificar seu próprio objetivo na vida com o do Criador e participar na mesma garantia de bom êxito, queremos examinar mais de perto certa parte da profecia de Isaías, que apresenta um problema. Refere-se ao sofrimento; contudo, ao mesmo tempo, fala-se dele como sendo de agrado.