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JuncoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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graminiformes, e pequenas flores amarronzadas ou esverdeadas. O designativo ’aghmón talvez incluísse as várias espécies de junco verdadeiro, bem como plantas parecidas com o junco, da família do carriço ou cana-brava. Antigamente se empregava o junco para iniciar a combustão numa fornalha. — Jó 41:20.
Em Jó 41:2, “junco” pode referir-se a uma corda de juncos retorcidos, ou um fio feito de suas fibras. As outras referências bíblicas a ’aghmón são ilustrativas. Jeová não se deleitava no jejum do Israel renegado, acompanhado por flexões cerimoniais da cabeça, como as de um junco. (Isa. 58:5) Em Isaías 9:14, “junco” parece referir-se aos falsos profetas (a “cauda”), que meramente diziam o que os líderes da nação de Israel (a “cabeça” ou “broto”) queriam ouvir. — Isa. 9:15; veja também Isaías 19:15, onde “junco” parece indicar os egípcios em geral.
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JuníperoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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JUNÍPERO
1. [Heb., beróhsh]. O nome hebraico desta árvore tem sido traduzido de formas diferentes, tais como “abeto”, “cipreste”, etc.; no entanto, há lexicógrafos que recomendam o junípero. Visto que a árvore foi importada do Líbano pelo Rei Salomão (1 Reis 5:8-10; 9:11; 2 Crô. 2:8), poderá identificar-se com o Juniperus excelsa, uma sempre-verde alta, robusta, que chega a atingir quase 20 m de altura, com ramos espalhados, pequenas folhas escamiformes e frutos escuros, pequenos e globulares. É altamente fragrante. A madeira deste junípero é grandemente prezada por sua durabilidade.
O Juniperus excelsa é nativo do Líbano e é regularmente associado a esse país, estando incluído entre outras árvores como a “glória do Líbano”. (2 Reis 19:23; Isa. 14:8; 37:24; 60:13) O salmista falou dos juníperos como a “casa” ou ninho das cegonhas. (Sal. 104:17) A madeira de junípero foi usada extensivamente no templo construído por Salomão. (2 Crô. 3:5) As folhas das suas portas principais foram feitas de junípero (1 Reis 6:34), e o soalho foi recoberto dele. (1 Reis 6:15) Em outras partes é mencionado como sendo usado quais caibros (Cân. 1:17), pranchas para navios (Eze. 27:5), hastes das lanças (Naum 2:3) e em instrumentos musicais. (2 Sam. 6:5) Como “árvore frondosa” é usada nas profecias de restauração para descrever a beleza e a fertilidade frutífera a serem concedidas à terra do povo de Deus. — Isa. 41:19; 55:13; 60:13.
2. [Heb., ‘aroh‘ér ou ‘ar‘ár]. A palavra árabe ‘ar‘ar ajuda a identificar esta árvore como sendo provavelmente o Juniperus phoenicia (sabina-da-praia), planta arbustiva encontrada na região do Sinai e também na área do deserto de Edom. A raiz desse termo hebraico da qual se deriva o nome dessa árvore, contém a idéia de “nudez” ou de ser “despojada” (compare com o Salmo 102:17), e este junípero-anão é correspondentemente descrito como tendo aparência um tanto sombria, crescendo em partes rochosas do deserto e nos penhascos. É apropriadamente usado no livro de Jeremias quando se compara o homem, cujo coração se desvia de Jeová, com uma “árvore solitária [‘ar‘ár] na planície desértica”, e também em avisar os moabitas para fugirem e se tornarem “como o junípero [‘aroh‘ér] no ermo”. — Jer. 17:5, 6; 48:1, 6.
[Foto na página 967]
As folhas escamiformes, e os frutos escuros, arredondados, do junípero, são bem evidentes aqui.
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JuramentoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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JURAMENTO
Nas Escrituras Hebraicas, empregam-se duas palavras para indicar o que entendemos como juramento. Pensa-se que shevu‘áh, “um juramento ou uma promessa solene”, deriva-se da palavra shéva‘, “sete” (de uma raiz que significa “jurar”), número este que é usado na Bíblia para indicar inteireza, e indicaria a certeza e a condição sagrada daquilo que foi jurado. Abraão e Abimeleque juraram sobre sete cordeiras ao fazerem o pacto junto ao poço de Berseba, que significa “poço do juramento”. (Gên. 21:27-32; veja também Gênesis 26:28-33.) O termo shevu‘áh tem que ver com uma declaração juramentada por parte duma pessoa, de que ela fará ou não certa coisa. A palavra em si não tem nenhuma conotação de uma maldição sobrevir a quem jura, caso deixe de cumprir seu juramento. Por conseguinte, trata-se da palavra usada para o juramento ou a declaração juramentada que Jeová fez a Abraão — sendo que Jeová jamais falha em cumprir sua palavra, e nenhuma maldição lhe poderia sobrevir, em hipótese alguma. — Gên. 26:3.
A outra palavra hebraica usada é ’aláh, “uma jura, um juramento, uma execração, uma imprecação, uma maldição”. Poderá também ser traduzida como “juramento de obrigação”. (Gên. 26:28) Um léxico hebraico e aramaico de Koehler e Baumgartner (p. 49) define o termo como uma “maldição (ameaça de calamidade em caso de maldade), lançada sobre uma pessoa por ela mesma ou por outros”. Nos antigos tempos hebraicos, era considerado algo seriíssimo fazer um juramento. Um juramento tinha de ser cumprido, mesmo que quem jurasse sofresse prejuízos com isso. (Sal. 15:4; Mat. 5:33) A pessoa era considerada culpada perante Jeová se proferisse impensadamente uma declaração
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