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LuaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ocorre três vezes no texto hebraico, descrevendo poeticamente o brilho branco da lua cheia, particularmente notado nas terras bíblicas. (Cân. 6:10; Isa. 24:23; 30:26) A palavra késeh ou kése’, que significa “plenitude”, também aparece duas vezes e é traduzida “lua cheia” (ALA; BJ; 80:4, CBC, Fi; IBB; VB) ou “plenilúnio” (MC; PIB) em algumas versões. — Sal. 81:3; Pro. 7:20.
Visto que a lunação média, de uma lua nova até outra, é de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 2,78 segundos de duração, os antigos meses lunares tinham 29 ou 30 dias. Originalmente, isto talvez tenha sido determinado pela simples observação do surgimento do crescente da lua nova; mas, no tempo de Davi, encontramos evidência de que isto era calculado de antemão. (1 Sam. 20:5, 18, 24-29) Sem embargo, nos tempos pós-exílicos, os escritos talmúdicos declaram que o Sinédrio judaico se reunia bem cedo de manhã, no trigésimo dia de sete meses do ano, a fim de determinar a época da lua nova. Colocavam observadores em elevados pontos de observação ao redor de Jerusalém, e eles traziam um relatório imediato ao tribunal judaico depois de avistarem a lua nova. Ao receber suficiente testemunho, o tribunal declarava a palavra “Mequddásh” (consagrado), assinalando oficialmente o início dum novo mês, e o mês anterior era declarado como tendo 29 dias. Caso céus nublados ou neblina resultassem em má visibilidade, então o mês precedente era declarado como sendo de 30 dias, e o novo mês começava no dia seguinte ao da assembléia do tribunal. Diz-se também que um anúncio adicional era feito através duma fogueira de sinalização acesa no monte das Oliveiras, que era então repetida em outros pontos elevados através do país. Este método foi, pelo que parece, substituído mais tarde pelo envio de mensageiros portadores das notícias.
No quarto século de nossa Era Comum, estabeleceu-se um calendário padronizado ou contínuo, de modo que os meses judaicos vieram a ter um número fixo de dias, com exceção de hexevã (bul) e de quisleu, que ainda variam de 29 a 30 dias, segundo certos cálculos. — Veja Festividade da Lua Nova.
ADORAÇÃO DA LUA
Os israelitas, embora fossem guiados pela lua, como indicador de tempo, na determinação de seus meses e das suas épocas festivas, deviam continuar isentos do costume de adorar a lua, que era destacado entre as nações em sua volta. Sin, o deus-lua, era o deus da cidade de Ur, a capital da Suméria, de onde Abraão e sua família partiram para a Terra Prometida. Embora os habitantes de Ur fossem politeístas, Sin, o deus-lua, uma deidade masculina, era o deus supremo, ao qual estavam primariamente devotados o seu templo e seus altares. Abraão e sua comitiva viajaram de Ur para Harã, que era outro grande centro da adoração da lua. Tera — pai de Abraão — que morreu em Harã, aparentemente praticava tal adoração idólatra. (Gên. 11:31, 32) Seja qual for o caso, estas circunstâncias dão maior peso ao significado do aviso de Josué a Israel, antes de entrarem na Terra Prometida, conforme registrado em Josué 24:2, 14: “Assim disse Jeová, o Deus de Israel: ‘Foi no outro lado do Rio [Eufrates] que os vossos antepassados moravam há muito tempo, Tera, pai de Abraão e pai de Naor, e eles costumavam servir a outros deuses.’ E agora, temei a Jeová e servi-o sem defeito e em verdade, e removei os deuses a que vossos antepassados serviram do outro lado do Rio e no Egito, e servi a Jeová.”
NA ERA COMUM
Nos dias de Cristo Jesus e dos apóstolos, a adoração da lua não era costumeira entre o povo judaico. Naturalmente, observavam as luas novas de acordo com o pacto da Lei. A lua nova de cada mês ainda é observada pelos judeus ortodoxos como um dia menor de expiação dos pecados cometidos durante o mês findo.
O dia 14 de nisã, quando a lua se aproximava de seu plenilúnio, assinalava a ocasião para se celebrar a Páscoa e também a época da instituição, por parte de Jesus, da ceia comemorativa ou Refeição Noturna do Senhor, em recordação de sua morte. — Mat. 26:2, 20, 26-30; 1 Cor. 11:20-26.
Com a entrada em vigor do novo pacto, substituindo o pacto da Lei, alguns dos cristãos judeus, bem como outros, tenderam a manter o costume de celebrar as luas novas, bem como os sábados, conforme indicado pelo conselho corretivo de Paulo em Colossenses 2:16, 17 e Gálatas 4:9-11.
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LUCAS
[Gr. , Loukás, evidentemente uma forma contrata e afetuosa do nome latino Lucius, ou Lucanusl. Um médico e um companheiro fiel do apóstolo Paulo. Foi o escritor do Evangelho de Lucas e dos Atos dos Apóstolos. Dos seus escritos, deduz-se que Lucas era bem instruído. Também, sua formação como médico pode ser notada no emprego que faz de termos médicos. — Luc. 4:38; Atos 28:8.
Lucas não menciona a si mesmo como sendo testemunha ocular dos eventos da vida de Cristo que são registrados em seu relato do Evangelho. (Luc. 1:2) Assim, aparentemente, ele se tornou crente algum tempo depois de Pentecostes de 33 EC.
No livro de Atos, Lucas é mencionado de forma indireta pelo emprego dos pronomes “nós” e “nos”, ou das formas verbais correspondentes. (Atos 16:10-17; 20:5 a 21:18; 27:1 a 28:16) Ele estava com Paulo em Trôade, na segunda viagem missionária desse apóstolo, e o acompanhou de lá até Filipos, onde talvez permanecesse até a volta de Paulo em sua terceira viagem missionária. Lucas foi
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