Por que os cristãos devem aceitar e cumprir responsabilidade?
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque cada um levará o seu próprio fardo.” — Gál. 6:2, 5, ALA.
1. O que faria uma pessoa se fosse convidada para trabalhar na construção do palácio de um rei, no qual fosse também morar?
SE UM rei decidisse construir um palácio e não só quisesse que o leitor trabalhasse na construção, mas também lhe prometesse um lugar no palácio, como se sentiria? O que faria? Ora, dirá, eu me empenharia grata e alegremente no trabalho, fazendo o melhor que pudesse, e a todos os que eu encontrasse falaria tanto da bondade como da generosidade do rei.
2. Quando começou a construção deste palácio, e quem são tanto os seus construtores como o seu arquiteto?
2 Fala-se profeticamente deste palácio real no Salmo 29:9. Vem sendo construído por mais de mil e novecentos anos. É uma casa ou templo que o próprio Deus constrói, não de pedras inanimadas, mas com material vivo, com pessoas, tanto homens como mulheres, que são comprados da terra. Ainda mais, ele colocou a superintendência desta construção nas mãos do melhor e mais habilitado Mestre, que tem trabalhado para este grande Soberano por inúmeros anos. Trata-se do próprio Filho de Deus, Cristo Jesus, a quem Provérbios 8:22-31 se refere como a sabedoria personificada de Deus e diz: “Jehovah me possuiu no princípio dos seus caminhos, antes das suas obras da antiguidade. . . . Então estava eu ao seu lado como architecto, e enchia-me de goso dia após dia, regosijando-me sempre deante delle.” — Col. 1:15, 16; João 1:3, VB.
3. Quem foi que Jeová colocou como pedra fundamental, e por quê?
3 Foi do beneplácito de Deus, o Rei universal, colocar seu Filho como pedra fundamental da casa e sobre quem todas as outras pedras são edificadas. Com referência a ele, Pedro escreveu: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1 Ped. 2:4, 5, ALA) Ele disse isto porque Jesus provou ser a “pedra já provada, pedra preciosa, angular, sòlidamente assentada”. — Isa. 28:16, ALA.
4. De quem é esta casa, quem dá a “planta” para a sua construção e qual é a relação dos construtores para com o dono da casa?
4 Embora Jesus seja o ‘arquiteto’, o palácio ou casa pertence a Deus e é construído para que ele o habite em espírito. (Sal. 26:8) O apóstolo Paulo também nos informou sobre isto, dizendo: “Cristo, porém, como Filho, sobre a sua casa; à qual casa somos nós, se guardamos firme até o fim a ousadia e a exultação da esperança.” (Heb. 3:6, ALA) Deus, o sábio Arquiteto, é quem dá a “planta” ou as especificações para o seu mestre de obras para que este a construa. (1 Crô. 28:12, 19, ALA) Conseqüentemente, fala-se de todos os que trabalham no edifício como “cooperadores” de Deus. Lemos então: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” — 1 Cor. 3:9, ALA.
5. (a) Na Bíblia, com o que mais está associada esta “casa espiritual”, e de quantos constituirá ela? (b) Por causa de que são convidados a fazer parte dela?
5 Este “edifício” espiritual ou palácio real é também associado na Bíblia com o reino que o grande Arquiteto, o Deus Altíssimo, oferece ao seu Filho fiel, e este, por sua vez, estende um convite para os seus associados para que estes se tornem ‘raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarem as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’. (1 Ped. 2:9, ALA) O número deles se limita a apenas 144.000, conforme lemos em Apocalipse 7:4-8 e 14:1-3. Na noite em que foi traído, Jesus disse aos primeiros que êle tinha selecionado: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.” — Luc. 22:28-30; 10:20; Dan. 7:13-22, ALA.
6. Antes de deixar a terra, o que disse Jesus aos seus discípulos referente ao seu reino, e o que mostram os fatos físicos quanto ao seu estabelecimento?
6 Antes de deixar a terra, falando com os seus discípulos, Jesus referiu-se a si mesmo como ‘certo homem nobre que partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino, e voltar’. (Luc. 19:11, 12, ALA) Disse-lhes esta ilustração, a fim de gravar na mente deles que o reino de Deus não “havia de manifestar-se imediatamente”, isto é, que não seria estabelecido nos dias deles, mas que seria estabelecido depois de um longo tempo. De fato, êle foi estabelecido quase dezenove séculos mais tarde. Os fatos físicos atuais, juntamente com as profecias cumpridas, provam além de dúvidas que o reino foi estabelecido nos céus e que o Edificador Mestre veio. Em 1914, no fim dos tempos dos gentios, Jesus assumiu o seu grande poder e começou a reinar no meio dos seus inimigos. (Sal. 110:1, 2) Para comprovar isto, pedimos ao leitor que estude cuidadosa e piedosamente Mateus 24, Lucas 21 e Marcos 13. Também, para explicação pormenorizada, queira ler o assunto “O Reino de Deus Já Domina — Está Próximo o Fim do Mundo?” na Sentinela de 1.° de novembro de 1958.
7. Na ilustração do “homem nobre”, o que foi que Jesus deu aos trabalhadores, e o que deviam fazer com elas?
7 Na ilustração do “homem nobre”, ilustra-se Jesus a chamar dez servos e a dar-lhes dez “minas”, dizendo-lhes: “Negociai até que eu volte.” (Luc. 19:13, ALA) Mateus relata uma ilustração similar e usa a palavra “talentos” em vez de “minas”. Ambas as palavras se referem à obra em que os trabalhadores têm que se empenhar para fazer a pregação do Reino, isto é, ajuntar a classe do Reino e, depois, ajuntar e edificar os súditos do Reino. Aceitaram gratamente esta responsabilidade e agora precisam cumpri-la fielmente. Mas, depois que o “homem nobre”, Cristo, o Rei, ‘tomou posse’ do reino em 1914 (E. C.) e, depois que ele voltou para os seus servos durante a sua manifestação em 1918 (E. C.) para ver se eles apropriada e zelosamente tinham cumprido a responsabilidade deles ou não, o que foi que ele descobriu?
8. Quando o “homem nobre” voltou, em que situação encontrou os seus escravos’?
8 Ele descobriu duas classes de servos. Uma classe, a que tinha a visão do vitorioso Rei em ação, estava empenhada fielmente na pregação das boas novas do Reino e ajudando os herdeiros do Reino, os que Jeová estava fazendo crescer à madureza, para que êles pudessem ser usados em operar o governo glorioso. Segundo o apóstolo Paulo, Deus tinha feito provisões “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço”. (Efé. 4:12, ALA) Os da outra classe de servos, embora tivessem recebido as mesmas oportunidades de serviço e as aceitado, negligenciaram os seus deveres e as suas responsabilidades, concentrando a sua atenção em fustigar os seus conservos, ficaram preguiçosos e pararam de negociar com os seus “talentos”. Abandonaram as suas “minas” num saco, ficando inativos quanto ao serviço do Mestre, a pregação do Reino. — Luc. 19:20; Mat. 24:48, 49.
9. Como então agiu ele com a primeira classe?
9 Em vista disto, o que fez o Mestre? Agiu imediatamente. Ao primeiro servo, ele disse: “Muito bem, servo bom, porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades.” (Luc. 19:17, ALA) Aos servos desta espécie se deram maiores privilégios no ajuntamento dos herdeiros do Reino; a alegria e a felicidade deles aumentaram grandemente e continuaram aumentando desde então.
10. O que disse ele aos inativos, e por quê?
10 Note agora a condição do escravo inativo, representando uma classe de pessoas. Ele não só era preguiçoso e sem apreciação, mas também iníquo e achador de falta nos outros. Ele acusou o amoroso Senhor de ser homem rigoroso, que tirava de onde não tinha posto e que ceifava o que não tinha semeado. (Luc. 19:20, 21; Mat. 25:24, 25) Mas, será que o Senhor tolerou esta acusação injusta e iníqua? Ele pronunciou imediatamente um julgamento adverso contra o servo. Dirigiu-se a ele como servo iníquo, preguiçoso e imprestável. Tirou-lhe os talentos e deu-os ao que tinha dez, fazendo com que o servo infiel fosse jogado nas trevas exteriores. (Luc. 19:22, 23; Mat. 25:28-30) Por quê? Porque os daquela classe tinham sido constituídos despenseiros dos segredos sagrados de Deus (1 Cor. 4:1); tinham concordado em ser empregados para alimentar as “ovelhas” de Jeová, para ajuntar e edificar os seguidores de Cristo, mas tinham-se tornado negligentes, inativos. Note, foram lançados para fora, nas trevas, não por causa de imoralidade ou de qualquer outra espécie de pecado carnal, mas por causa de eles não trabalharem para aumentar os seus talentos no serviço do Reino; não cumpriram a sua responsabilidade.
EXEMPLOS FIÉIS
11. Como é Jesus um exemplo notável de obreiro zeloso?
11 As Escrituras estão cheias de exemplos de obreiros fiéis que ombrearam gratamente a sua responsabilidade. O maior exemplo de todos é Jesus Cristo, que tinha realmente um zelo consumidor pela casa de Jeová e trabalhava para ela. Ele não retrocedeu, dizendo ao seu Pai: “O trabalho que me deste é demais, requerendo muitas horas e muito esforço.” Não, mas foi em frente, com as seguintes palavras: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu.” (Sal. 40:8; Heb. 10:7-9, ALA) Note as palavras: “Agrada-me.” Ele fez a vontade do seu Pai na edificação das “pedras vivas” do templo espiritual de Deus puramente por amor, e se alegrou neste trabalho. Deus lhe tinha dado doze apóstolos como pedras secundárias de fundação do edifício; ele os ensinou e os treinou amorosamente durante a sua estada diária com eles, para que fossem pregadores e instrutores. Amou-os tanto que entregou a sua própria vida por eles e por todas as suas “ovelhas”. Cumpriu a sua responsabilidade até ao fim. E nós, como cristãos, demonstramos zelo semelhante para com as “ovelhas” de Jeová? — João 10:11-17.
12. (a) Que sentimento tinha para com os irmãos um outro obreiro que aceitou e cumpriu a sua responsabilidade? (b) Que palavras afetuosas escreveu ele aos tessalonicenses?
12 O apóstolo Paulo é outro exemplo quanto a aceitar e cumprir responsabilidade para com as “ovelhas” de Deus. Este obreiro de Deus levou a sua responsabilidade tão a sério no coração que estava disposto a se ‘gastar completamente pelas almas’ dos irmãos. (2 Cor. 12:15) Embora ele soubesse pelo testemunho do espírito de Deus de cidade em cidade que “cadeias e tribulações” o aguardavam em Jerusalém, seguiu em frente, conforme ele disse: “Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” (Atos 20:24, ALA) Noutra ocasião, escrevendo aos seus companheiros de obra em Tessalônica, ele disse: “Querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida, por isso que vos tornastes muito amados de nós.” (1 Tes. 2:8, ALA) O que foi que o moveu ao ponto de oferecer até a sua própria vida? O zelo e o amor pelas “pedras vivas” da casa de Jeová.
13. De que modo provou Paulo a sua responsabilidade para com as “pedras vivas”?
13 E ele não disse simplesmente em palavras, mas o provou. Escrevendo aos coríntios, que não o amaram como ele os amou, e contando-lhes os seus sofrimentos para edificar espiritualmente os seus irmãos, Paulo alista diversos maus tratos que ele recebeu durante o seu ministério — tais como poucos de nós hoje em dia chegaremos ao ponto de até mesmo aproximarmo-nos dele quanto ao sofrimento. Prosseguindo, disse: “Além das cousas exteriores [isto é, os perigos diários e as adversidades], há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?” (2 Cor. 11:23-29, ALA) Pense nisto! Entre todos os perigos e adversidades, ele se preocupava com todas as congregações. Preocupava-se com o seu bem-estar espiritual. Amava aos irmãos. Pensava neles. Sentia profunda responsabilidade para com eles.
14. Como devem as testemunhas de Jeová cumprir a sua responsabilidade para com os fracos?
14 Será que todas as testemunhas de Jeová imitam Paulo neste sentido? Preocupamo-nos similarmente pelos irmãos fracos? Será que os que são servos e dirigentes de estudo visitam nos seus lares as “ovelhas” espiritualmente doentes para as ajudar? Temos a preocupação peculiar de Paulo, vigiando com medo que um dos irmãos fique espiritualmente doente ou que tenha tropeçado por esta ou por aquela razão? Talvez note que certos publicadores fracos do Reino deixam de freqüentar as reuniões e de relatar serviço de campo, digamos, por uma semana, por duas semanas. Considera ser a sua obrigação visitá-los, preparando-se de antemão para dar-lhes conselho e instrução com o propósito de curá-los de sua doença espiritual? Fala consoladoramente com os “desanimados”? (1 Tes. 5:14, ALA) Vai à casa deles, convidando-os com jeito para acompanhá-lo a uma ou duas revisitas de boa vontade na vizinhança? Está ciente do fato de que terá que prestar contas pela perda de até mesmo uma única “ovelha”? (Heb. 13:17) Lembre-se que isto é um mandamento de Jeová mediante Isaías, que disse aos obreiros maduros: “Fortalecei as mãos frouxas, e firmai os joelhos vacilantes.” (Isa. 35:3, ALA) Neste mesmo sentido encontram-se as palavras de Paulo em Romanos 15:1, 2 (ALA): “Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos, e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” Será que nós, como cristãos, aplicamos este conselho a nós mesmos?
‘AS COISAS PRECIOSAS DE TODAS AS NAÇÕES’
15. Neste tempo do fim, o que pretende Jeová fazer com a sua casa, e como estão as palavras de Jesus em harmonia com isto?
15 Já se provou anteriormente nesta revista que o templo, a casa ou o palácio de Jeová é construído com 144.000 e uma “pedras vivas”. Neste tempo do fim, a maior parte delas já foram assentadas no céu pela ressurreição dos mortos, sendo que apenas um restante ainda permanece esperando a sua mudança na terra. (1 Tes. 4:15-17) Agora, o Autor desta casa gloriosa, na sua infinita misericórdia, quer encher esta casa com pessoas, que apreciem o seu amor e a sua bondade. Em outras palavras, êle tem prazer em estender a centenas de milhares da raça humana o privilégio de se associarem com as “pedras vivas” do templo, a fim de que também possam receber vida eterna no novo mundo mediante o conhecimento de Jeová, de seu Filho e mediante tornarem-se adoradores junto com as “pedras vivas”. Foram estes associados que Jesus tinha em mente, quando disse: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um pastor.” — João 10:16; 17:3, ALA.
16. (a) Quando e depois de que evento começaram a entrar estas ‘coisas preciosas de todas as nações’? (b) De onde vêm elas, e para que propósito?
16 Quando são ajuntadas estas “outras ovelhas”? Isaías, sob inspiração, disse-nos: “Nos últimos dias”, quando “o monte da casa do SENHOR [Jeová] será estabelecido no cume dos montes”. (Isa. 2:2, ALA) E como Jeová as ajunta? Ele disse: “Ainda uma vez falta um pouco, e eu commoverei os céos, e a terra, e o mar, e a terra secca; commoverei todas as nações, e as cousas preciosas de todas as nações virão, e encherei de gloria esta casa, diz Jehovah dos exercitos.” (Ageu 2:6, 7, VB) A casa real começou a encher-se de ‘coisas preciosas de todas as nações’ depois do estabelecimento do reino de Deus no céus em 1914 (E. C.) e depois de a grande tribulação ter começado sobre Satanás e suas hostes iníquas no céu. Segundo uma das pessoas de idade avançada informou João referente à “grande multidão” das “outras ovelhas”: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (Apo. 7:9-14, ALA) Estas pessoas mansas como ovelhas que, segundo a visão de João, são uma multidão inumerável, começaram a vir à casa ou templo real depois que ouviram a pregação do reino de Deus a elas dirigida desde 1919 E. C. em diante. Agora vêm de 188 países e ilhas do mar, para que possam ser instruídas nos caminhos de Jeová, a fim de que andem neles. — Isa. 2:3.
17. (a) Qual então é a responsabilidade dos verdadeiros pastores? (b) Que aviso deu o Inspetor-Chefe aos complacentes com si mesmos?
17 Quem as instrui? Jeová nos assegurou que neste tempo do fim, ele ‘levantaria sobre elas pastores que as apascentariam’. (Jer. 23:4, ALA) É o leitor um deles? Aceitou a sua responsabilidade e a está cumprindo? Relata-se que nas congregações das testemunhas de Jeová há irmãos maduros e competentes que podem ajudar e treinar estas pessoas dóceis como ovelhas, mas que não estão fazendo isto. Por que não? Porque não querem sujeitar-se. Esquecem-se de que agora, neste curto período de tempo antes do Armagedon, o Inspetor invisível, Jesus Cristo, diz àquele que pensa estar vivo, mas ‘está morto’ na congregação: “Sê vigilante, e consolida o resto que estava para morrer.” (Apo. 3:1-3, ALA) Este espírito ufano existe entre alguns em diversas congregações do povo de Deus e a menos que eles se arrependam e despertem para com as suas responsabilidades, ajudando “o resto que estava para morrer”, perderão a visão espiritual e não perceberão a hora em que Cristo vem para acertar as contas com eles.
18. (a) O que, de fato, dizem os indiferentes a Jeová e à sua organização-esposa? (b) Como os irmãos maduros e os dirigentes de estudo devem agir para com estas criancinhas espirituais?
18 Jeová está trazendo anualmente para o seu templo dezenas de milhares de pessoas mansas e dóceis de todas as nações. Os que evitam responsabilidade estão, de fato, dizendo-lhe: ‘Pai, faça o favor de parar de trazê-las’, e à sua organização-esposa: ‘Pare de dá-las à luz; são demais para nós; não temos tempo de alimentá-las.’ Não percebe que, pela sua indiferença, pelo seu proceder preguiçoso, está na realidade dizendo como Deus devia fazer as coisas? Quem, então, deve alimentar, instruir e treinar estas ovelhas? Espera que estas criancinhas se alimentem a si mesmas? Será que o leitor alimentou-se sozinho quando era bebê? Os obreiros fiéis devem imitar a Paulo que se tornou dócil entre os irmãos “qual ama que acaricia os próprios filhos”. (1 Tes. 2:7, ALA) Isto significa que, quando o dirigente de estudo e os publicadores maduros do Reino vêem as “ovelhas” de Deus ter dificuldades para responder às perguntas no estudo bíblico, devem achar que é obrigação deles ir visitar e ensinar estas ovelhas a estudar, mastigando o alimento para elas até que cresçam à madureza.
19. (a) Por que é que hoje alguns se tornam negligentes para com as suas responsabilidades? (b) Que exemplos de outrora e modernos provam que o argumento deles é infundado?
19 Tem-se notado que alguns nas congregações têm-se tornado negligentes e relutantes no cumprimento de suas responsabilidades, colocando o trabalho secular acima dos interesses do Reino, e que até mesmo trabalham horas extras no trabalho secular para adquirir as conveniências e as luxuosidades deste mundo. Perdem as reuniões e, muitas vezes, o serviço de campo. Privam-se do companheirismo e da associação com seus irmãos fiéis, coisas tão essenciais e encorajadoras neste tempo do fim. Argumentam eles: “Somos casados, temos filhos, precisamos trabalhar para a nossa família.” Deveras. Segundo Paulo, se não cuidar ‘dos de sua própria casa, terá negado a fé, e será pior do que o descrente’. (1 Tim. 5:8, ALA) Mas o que diremos dos profetas Isaías, Ezequiel, Oséias e do apóstolo Pedro? O que dizer de milhares hoje em dia que são casados e têm muitos filhos e mesmo assim trabalham àrduamente no serviço de Jeová? Como é que eles se arranjam para fazer isto? Onde está a fé dos irmãos tíbios? Sem dúvida, dão pouca importância às palavras de Jesus, o Mestre da obra: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” (Mat. 6:33; Sal. 37:25, ALA) Estes irmãos colocam o carro proverbial na frente dos bois e é por isso que não têm a alegria do Mestre.
20. (a) Que privilégio temos atualmente, e o que devemos fazer para ter a alegria do nosso Mestre? (b) Que incansáveis exemplos modernos devem imitar os que dizem: “Estamos cansados”?
20 É um privilégio a pessoa ser obreira no serviço de Jeová, especialmente agora, no ajuntamento final das ‘coisas preciosas de todas as nações’. Se quisermos ouvir soar em nossos ouvidos as palavras: “Muito bem, servo bom . . . entra no gozo do teu Senhor”, temos de aceitar e cumprir a nossa responsabilidade. Se visionarmos o Rei messiânico vencendo no meio dos seus inimigos e se estivermos do seu lado na guerra justa que ele trava contra Satanás e as suas forças iníquas, então deveremos oferecer-nos voluntariamente no dia do seu poder. Do contrário, perderemos. O que pensará o Rei vitorioso a respeito de alguém que nem mesmo vem ao estudo bíblico onde as “ovelhas” fracas estudam a Palavra de Deus, a fim de ajudá-las, desculpando-se e dizendo que a sua casa fica um pouco distante? O que diria este irmão com respeito às testemunhas de Jeová, em Niassalândia, África, que para freqüentar as reuniões congregacionais precisam ‘andar mais de vinte e cinco quilômetros na chuva, atravessar a nado um rio ou dois, infestados de crocodilos’? O fraco argumento: ‘Estou cansado’ não o ajudará. O Mestre de obras não quer ninguém preguiçoso no seu exército. Ele o vomita de sua boca como soldado e operário indigno. — Apo. 3:16.
21. (a) É correto a pessoa aspirar uma posição de qualquer espécie de servo na congregação? (b) Por que duas razões devem todas as testemunhas de Jeová aceitar e cumprir responsabilidade?
21 Há uma necessidade suplicante de servos de congregação e de dirigentes de estudo, para cuidarem do grande ajuntamento das “outras ovelhas”. O apóstolo Paulo, pelo que aconselhou a Timóteo, encorajou os irmãos capacitados a aspirar ardentemente a estas posições: “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.” (1 Tim. 3:1, ALA) Em breve será completado o glorioso palácio do sábio Soberano, quando os últimos membros dos que estão na terra se tiverem juntado às “pedras vivas” que já estão nos céus. O influxo das ‘coisas preciosas de todas as nações’ está-se processando e sendo apressado. O que devemos fazer? Como cristãos maduros, quer sejamos dos ungidos, dos que comporão o palácio de Jeová nos céus, quer sejamos das “outras ovelhas” terrestres, temos aceitado a responsabilidade de trabalhar no ajuntamento de outras pessoas mansas e de torná-las instrutoras, adorando a Jeová. Devemos cumprir amorosamente esta responsabilidade. Por quê? Em primeiro lugar, porque ser cooperador do Deus Altíssimo neste grande trabalho é um privilégio e uma honra inestimável; e em segundo lugar, porque há vida tanto para o que ensina como para o que é ensinado. O inspirado apóstolo Paulo tornou isto bem claro, quando escreveu a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres.” Por quê? “Porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” — 1 Tim. 4:16, ALA.