Capítulo 6
A promessa dum paraíso espiritual
1. (a) O que mostra que Jesus, mesmo quando confrontado com a morte, pensava no Paraíso para a humanidade? (b) Anos depois, o que disse Jesus à congregação efésia a respeito do Paraíso? (c) Referiam-se ambas estas menções ao mesmo paraíso?
O SERVO messiânico de Jeová Deus desempenha um papel muito importante em obtermos um paraíso. Mesmo naquele dia triste, há dezenove séculos atrás, quando Jesus foi contado com os transgressores, em cumprimento de Isaías 53:12, ele pensava num Paraíso para a humanidade. Quando um dos dois assaltantes, pendurados em estacas em cada lado dele, lhe disse: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”, ele respondeu: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:39-43; Marcos 15:25-27) Sessenta e três anos mais tarde, ao falar à congregação cristã em Éfeso, na Ásia Menor, o ressuscitado Jesus disse: “Aquele que vencer concederei comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” (Revelação [Apocalipse] 2:7) Visto que essas promessas foram feitas a espécies diferentes de pessoas, a primeira a um que não era cristão e a segunda a um cristão vitorioso, deve tratar-se de dois paraísos diferentes, o primeiro terrestre e o segundo celeste. O “Servo” de Jeová tem que ver com ambos.
2. Que espécie de paraíso, predito por Isaías, pode ser usufruído hoje, sem que se passe pela morte e ressurreição física?
2 Cada um desses paraísos era futuro, quando Jesus os mencionou. Também, seriam usufruídos apenas após a morte da pessoa e sua ressurreição dentre os mortos, no tempo devido de Deus. Mas há um paraíso usufruído pelos que agora vivem na terra. Visto que todo o meio ambiente terrestre da humanidade está sendo cada vez mais poluído e a superfície da terra hoje não é paraíso, o paraíso que atualmente está sendo usufruído na terra pelos verdadeiros adoradores cristãos de Jeová deve ser um paraíso figurativo, espiritual. A profecia de Isaías, com referência ao Servo messiânico de Jeová, predisse o estabelecimento deste paraíso espiritual para os adoradores fiéis de Jeová.
3. (a) Quem desempenharia um papel importante na produção do paraíso espiritual na terra, conforme predito por Isaías? (b) Como ‘filho de Deus’, qual era sua relação com a organização celestial como um todo?
3 Segundo a profecia de Isaías, o Servo messiânico tem algo que ver com o estabelecimento do paraíso espiritual na terra. Antes de desempenhar seu papel na terra, conforme profetizado no capítulo cinqüenta e três de Isaías, era membro da organização celestial de Jeová, de fiéis “filhos de Deus”. (Jó 1:6; 2:1; 38:7; Daniel 3:25) Esta organização celestial, espiritual, desempenha o papel de “esposa”, casada com Jeová, o Criador, assim como foi a antiga nação de Israel, quando foi aceita no pacto da Lei com Ele, por meio do mediador Moisés, estava como que casada com Jeová e representada como esposa terrestre Dele. Assim, Ele desempenha o papel de Marido nesta união celestial. (Isaías 54:5; 50:1; Jeremias 31:31-34) Visto que os celestiais “filhos de Deus” eram considerados como sendo filhos da organização celestial de Deus, por serem membros dela, a organização celestial era considerada como sendo sua mãe, esposa de seu Pai celestial. Portanto, o Servo mencionado em Isaías 53:11 é um dos filhos dela.
4. (a) Como foi que a organização-mãe, de Jeová, no céu, produziu o prometido Messias? (b) Qual deve ter sido a reação no céu,. quando Jesus foi ungido, e, mais tarde, quando foi ressuscitado dentre os mortos?
4 Jeová escolheu seu principal filho celestial para servir qual Servo messiânico na terra. (Isaías 52:13; 53:11) De modo que a organização-mãe, de Jeová, no céu, proveu este como principal vindicador da soberania universal de seu Marido. Depois de aquele, na terra, ter sido batizado no rio Jordão, pelas mãos de João Batista, o Marido dela, Jeová, derramou Seu espírito santo sobre o batizado Jesus, tornando-o o ungido, o Cristo. Assim se produziu o prometido Messias ou Cristo. Quão indizível deve ter sido a alegria para a Mãe celestial, bem como para seu Marido! Se os filhos angélicos de Deus se alegraram com o nascimento do menino Jesus, em Belém de Judá, devem ter tido ainda maior alegria quando ele se tornou assim o prometido Cristo, o Servo messiânico do Deus deles, Jeová. (Lucas 2:10, 13, 14; Mateus 3:13-17; João 16:21) Quando sua vida lhe foi tirada da terra e ele foi ressuscitado dentre os mortos, a organização materna, no céu, acolheu-o de volta como “primogênito dentre os mortos”, e alegrou-se de tê-lo novamente entre seus filhos celestiais. (Colossenses 1:18; Revelação 1:5, 17, 18) Sua alegria fora predita!
5, 6. (a) Em Isaías 54:1, que motivo foi apresentado para a alegria da parte desta “mulher” celestial? (b) De quantos “filhos” se tornaria ela mãe espiritual?
5 “‘Grita de júbilo”‘, diz Isaías 54:1, “‘ó mulher estéril que não deste à luz! Fica animada com clamor jubilante e grita estridentemente, tu que não tiveste dores de parto, porque os filhos da desolada são mais numerosos do que os filhos da mulher que tem um dono marital’, disse Jeová”.
6 Este texto inspirado foi aplicado pelo apóstolo cristão Paulo, não à nação judaica, depois de seu exílio em Babilônia, mas à organização-esposa de Jeová, no céu. Segundo a profecia de Isaías, a organização celestial de Deus havia de ter mais filhos do que apenas o Messias Jesus, por quem esperara muito tempo, como se estivesse estéril. Portanto, devia tornar-se mãe espiritual de 144.000 companheiros do Messias Jesus. Ele seria o Primogênito dentre estes adicionais filhos espirituais dela. A alegria dela começaria quando desse à luz ou produzisse o primogênito, o Messias Jesus, mas ela continuaria a dar a luz todos os co-herdeiros do Reino do Messias Jesus. O apóstolo Paulo era um destes prospectivos co-herdeiros de Cristo, e foi ele quem fez a aplicação de Isaías 54:1, sob inspiração.
7-9. Contrastando a nação judaica com a organização celestial de Deus, que aplicação fez o apóstolo Paulo de Isaías 54:1?
7 Contrastando a nação judaica, que havia estado casada com Jeová Deus por meio do pacto da Lei mosaica (mas que havia rejeitado Jesus Cristo), com a organização-esposa celestial de Deus, o apóstolo Paulo escreveu: “Por exemplo, está escrito que Abraão adquiriu dois filhos, um por meio da serva [Agar, a egípcia] e outro por meio da livre [Sara, sua esposa]; mas aquele [chamado Ismael] por meio da serva nasceu realmente na maneira da carne [antes de Abraão se ter tornado impotente], o outro [chamado Isaque], por meio da livre, por intermédio duma promessa [de Deus]. Estas coisas são como que um drama simbólico; pois estas mulheres [Agar e Sara] significam dois pactos, um do monte Sinai [mediante Moisés], que dá à luz filhos para a escravidão, e que é Agar [a escrava]. Ora, Agar significa Sinai, um monte na Arábia, e ela corresponde à Jerusalém atual, pois está em escravidão com os seus filhos. Mas a Jerusalém de cima é livre, e ela é a nossa mãe.
8 “Porque está escrito [em Isaías 54:1]: ‘Regozija-te, ó mulher estéril [a Jerusalém de cima], que não dás à luz; irrompe e grita alto, ó mulher que não tens dores de parto; pois os filhos da desolada são mais numerosos do que os daquela que tem marido.’ Ora, nós, irmãos, somos filhos pertencentes à promessa, assim como Isaque foi. Mas, assim como então aquele [Ismael] nascido na maneira da carne começou a perseguir o [Isaque] nascido na maneira do espírito, assim também é agora. Não obstante, o que diz a Escritura? ‘Expulsa a serva e o filho dela, pois de modo algum será o filho da serva herdeiro junto com o filho da livre.’ Por conseguinte, irmãos, somos filhos, não duma serva, mas da livre.
9 “Para tal liberdade é que Cristo nos libertou.” — Gálatas 4:22 a 5:1.
10, 11. (a) Como mostra Isaías 54:13 que a “Jerusalém de cima” teria mais filhos espirituais do que apenas Jesus? (b) A quem aplicou Jesus Cristo este texto?
10 Que a “Jerusalém de cima”, da qual o Grandioso que a fez, Jeová, é “dono marital”, havia de ter mais filhos espirituais além do Messias Jesus, seu primogênito, é o motivo de se lhe dizer em Isaías 54:13: “E todos os teus filhos serão pessoas ensinadas por Jeová e a paz de teus filhos será abundante.”
11 Jesus Cristo aplicou este texto aos seus próprios discípulos, ao dizer aos judeus: “Está escrito nos Profetas: ‘E todos eles serão ensinados por Jeová.’ Todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.” (João 6:45) Era do propósito do Pai que Jesus se tornasse “primogênito entre muitos irmãos”. (Romanos 8:29) A “Jerusalém de cima” é também a mãe celestial de todos estes irmãos espirituais de Jesus Cristo. É, portanto, com bom motivo que seu “dono marital”, Jeová, clama para ela, em vez de para a Jerusalém terrestre que rejeitou o Messias, que ela ‘grite de júbilo’ e ‘fique animada com clamor jubilante’, por finalmente tornar-se mãe de tantos filhos espirituais, junto com o Messias Jesus. — Isaías 54:1.
12. Com que forte encorajamento para estes filhos espirituais conclui o capítulo 54 de Isaías?
12 Estes filhos espirituais têm a garantia da proteção e preservação divinas, conforme expresso nas seguintes palavras dirigidas à “Jerusalém de cima”: “‘Nenhuma arma que se forjar contra ti será bem sucedida, e condenarás toda e qualquer língua que se levantar contra ti em julgamento é a propriedade hereditária dos servos de Jeová, e sua justiça procede de mim’, é a pronunciação de Jeová.” o capítulo cinqüenta e quatro de Isaías encerra com tal forte encorajamento dado à “Jerusalém de cima”. — Isaías 54:17.
CONVITE PARA BEBER E COMER O QUE VALE A PENA
13. Com que convite atraente começa o próximo capítulo de Isaías?
13 À luz de todas as boas coisas que hão de resultar do cumprimento desta bela profecia, faz-se um convite apropriado aos ouvidos de todos: “Eh! todos vós sedentos! Vinde à água. E vós os que não tendes dinheiro! Vinde, comprai e comei. Sim, [vinde,] comprai vinho e leite mesmo sem dinheiro e sem preço. Por que continuais a pagar dinheiro por aquilo que não é pão e por que é a vossa labuta por aquilo que não resulta em saciedade? Escutai-me atentamente e comei o que é bom, e deleite-se a vossa alma com a gordura. Inclinai o vosso ouvido e vinde a mim. Escutai, e a vossa alma ficará viva, e eu concluirei convosco prontamente um pacto de duração indefinida referente às benevolência. para com Davi, que são fiéis. Eis que o dei como testemunha para os grupos nacionais, como líder e comandante para os grupos nacionais.” — Isaías 55:1-4.
14. (a) Quem faz este convite? (b) A quem é feito, e por que?
14 Quem senão Jeová Deus, Fonte de toda a vida, podia fazer tal convite e promessa maravilhosos? Envolve seu Servo messiânico, que ele dá como “líder e comandante para os grupos nacionais”. Estes grupos nacionais deviam estar interessados no convite divino. Mas, em primeiro lugar, o convite é dirigido ao povo de Jeová, que está num pacto com ele, mas que se encontra numa situação dessatisfatória. Por quê? Porque estão labutando, comprando, comendo e bebendo, mas continuam a morrer sem esperança. Obtemos a chave para a situação, ao nos lembrarmos de que o profeta Isaías predisse a destruição de Jerusalém, a desolação da terra de Judá e o exílio dos judeus na terra pagã de Babilônia. A desolação do país, enquanto seus habitantes nativos estavam no exílio, devia durar setenta anos, de 607 a 537 antes de nossa Era Comum.
15. Jeová predissera que proveria livramento para o povo judaico por meio de quem, e por que é seu papel de interesse especial para nós?
15 Babilônia, com seus deuses falsos e adoração falsa, seu imperialismo e comercialismo, não oferecia nada aos judeus exilados. Não oferecia nenhuma esperança de livramento, com a oportunidade de retomar a adoração do Deus verdadeiro e vivente na sua pátria: “Este o homem [o rei de Babilônia] que . . . nem aos seus prisioneiros abriu o caminho para casa?” (Isaías 14:16, 17) Quem podia abrir as garras desta potência mundial, Babilônia, e deixar seus prisioneiros judaicos ir livres, para voltarem à sua pátria e renovarem a adoração de Jeová, no templo reconstruído na Jerusalém restaurada? Este próprio Deus podia fazer isso, e ele tinha um servo a quem podia usar para este fim. Este servo terreno era Ciro, o Persa, cujo próprio nome Jeová predisse muito antes do nascimento dele. (Isaías 44:28 a 45:6) Este antigo conquistador persa de Babilônia não era apenas uma figura histórica, mas também tipo profético do Servo messiânico de Jeová, a quem Este usaria para derrubar e destruir a hodierna Babilônia, a Grande, a saber, o império mundial da religião falsa.
16. Antigamente, quais eram as coisas que, em sentido espiritual, eram como alimento e bebida para os judeus exilados?
16 Água, pão, vinho e leite estão à disposição para se alimentar e revigorar, mesmo aos que não tem dinheiro com que pagar pelo que comem e bebem! Quem diz isso é Jeová Deus. Naturalmente, não fala de tais coisas em sentido literal. Fala do que corresponde a essas coisas, para manter a pessoa espiritualmente viva com aquilo que resulta em verdadeira vida, vida eterna com verdadeiro prazer de viver e objetivo na vida. Antigamente, o vital era ter as provisões feitas por Jeová Deus para a libertação de seu povo exilado em Babilônia e para o restabelecimento deles na sua pátria dada por Deus. Em primeiro lugar, havia a mensagem de libertação que nutria a esperança dos exilados. Depois havia o decreto de Jeová Deus, por meio de seu servo terrestre, cujo decreto de libertação tinha de ser posto em ação. Daí, quando se tomasse ação, haveria o retorno à pátria e o cumprimento das gloriosas profecias divinas na sua amada terra, novamente ocupada. A alegria que isto daria seria como que beber o melhor dos vinhos. — Salmo 104:15.
17. Na realidade, quem são os babilônios hodiernos, e com que alimentam?
17 Atualmente, bilhões de habitantes da terra encontram-se sob as opressões religiosas, morais, intelectuais e sociais de Babilônia, a Grande, não só no chamado paganismo, mas de modo igual na cristandade. Pagam dinheiro por sua religião, segundo a comercialização da religião pelas suas muitas seitas e cultos. Suas religiões não se separaram deste mundo, mas estimularam e aprovaram que fizessem parte ativa deste mundo. Suas religiões não os desviaram da confiança em homens e em instituições criadas pelo homem. Até mesmo as pessoas da cristandade não têm outra perspectiva senão a de depender ainda mais dos homens, para resolveram os problemas do mundo e trazerem alívio. Na realidade, são os babilônios hodiernos, e aquilo com que se alimentam religiosamente deveras não satisfaz, nem traz verdadeiro alívio.
18. (a) Por meio de que pacto tem Jeová hoje um povo em relação consigo mesmo? (b) Quem é o povo que se apega fielmente a este novo pacto?
18 Lá no sexto século A. E. C., os que não deviam ter sido “prisioneiros” da antiga Babilônia eram os que estavam no pacto da Lei mosaica com Jeová Deus. Se tivessem amorosamente cumprido suas obrigações pactuadas para com Ele, não teriam sido exilados na Babilônia pagã, longe de sua pátria desolada. Atualmente, Jeová ainda tem um povo em relação com Ele por meio dum pacto nacional. Deste pacto, o Mediador é o Servo messiânico de Jeová, maior do que o profeta Moisés. O pacto deles é o que substituiu o pacto da Lei mosaica no ano 33 E. C. É o novo pacto conforme predito em Jeremias 31:31-34. Ao estabelecer a Ceia do Senhor, em comemoração de sua morte sacrificial, Jesus Cristo falou sobre seu sangue como provendo o meio de selar e validar este novo pacto. (Mateus 26:26-30; Lucas 22:19, 20; 1 Coríntios 11:20-26) Obedientemente, as testemunhas cristãs de Jeová celebram esta Ceia do Senhor cada ano na sua data aniversária. Apegam-se fielmente ao novo pacto de Jeová.
19. Por meio de que conseguiu Babilônia, a Grande, ter no seu poder as testemunhas cristãs de Jeová, no decorrer da Primeira Guerra Mundial e quais pareciam ser as perspectivas delas?
19 Toda a Babilônia, a Grande, como império mundial da religião falsa, tem-se oposto incessantemente às testemunhas cristãs de Jeová. No decorrer da Primeira Guerra Mundial, em 1914-1918 E. C., realmente chegou a tê-los no seu poder, mediante seus amantes mundanos, seculares. Por meio das autoridades políticas, militares e judiciais, Babilônia, a Grande, causou toda espécie de perseguição a estes adoradores de Jeová, inclusive proscrições de sua literatura religiosa, por meio da qual estudam a Bíblia Sagrada. Sua organização para a divulgação ampla das boas novas da Bíblia ficou seriamente incapacitada, em especial quando os membros do corpo governante da organização visível de Jeová foram encarcerados, sob acusações que, depois da guerra, foram revogadas e rejeitadas pelo tribunal como improcedentes. As perspectivas duma mudança na situação eram muito poucas, e aguardava-se o pior, com o sentimento de resignação e submissão a vontade de Jeová. Providencialmente, sua revista oficial então chamada A Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo (atualmente A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová) continuou a ser publicada quinzenalmente, para a edificação espiritual daqueles a quem estava disponível, apesar das condições do tempo de guerra.
20, 21. Como foi que a situação dos adoradores de Jeová na terra tornou o tempo apropriado, após a Primeira Guerra Mundial, para a aplicação moderna de Isaías 55:1, 2?
20 Todavia, de repente acabou a Primeira Guerra Mundial Não levou a uma revolução e anarquia mundiais, nem à batalha do Armagedom, conforme os estudantes da Bíblia esperavam. E os adoradores sinceros de Jeová, que estavam no novo pacto com ele, mediante seu Mediador Jesus Cristo, ainda se encontravam em carne na terra. Mas ainda estavam no cativeiro de Babilônia, a Grande, e os amantes políticos, militares e judiciais dela! Abriu-se diante deles um inesperado período de após guerra, com possibilidades de renovar e prosseguir com a proclamação das boas novas da Palavra de Deus Surgiu ali, pois, um tempo muito propício para que o Deus, a quem adoravam apesar de toda a oposição e opressão por parte de Babilônia, a Grande, fizesse algo a seu favor e pela causa de Seu próprio nome. Era o tempo devido para se enviar o equivalente hodierno da mensagem revitalizadora de Isaías:
21 “Eh! todos vós sedentos! Vinde à água. E vós os que não tendes dinheiro! Vinde, comprai [cereais] e comei Sim, [vinde,] comprai vinho e leite mesmo sem dinheiro e sem preço. Por que continuais a pagar dinheiro por aquilo que não é pão e por que é a vossa labuta por aquilo que não resulta em saciedade? Escutai-me atentamente e comei o que é bom, e deleite-se a vossa alma com a gordura.” — Isaías 55:1, 2.
22. O que mostrou ser então igual a água, pão, vinho e leite para o povo hodierno de Jeová?
22 Tal mensagem veio deveras de Jeová Deus, mediante seu Servo messiânico Jesus Cristo. Destinava-se a soerguer Seu povo dum estado mental deprimido e negativo e infundir nele vida e esperança. Então, o que seria igual à água, para saciar sua enorme sede de verdade e justiça? O que seria igual ao pão, para nutrir e fortalecer sua devoção de coração a Deus? O que seria igual ao vinho, para alegrar-lhes o coração com regozijo salutar? O que seria semelhante ao leite, para engordar e reforçar seu estado de bem-estar na relação com o único Deus vivente e verdadeiro? (Salmo 104:15) Era a mensagem bíblica da libertação das garras de Babilônia, a Grande, por meio do reino messiânico estabelecido de Deus! Era a mensagem de serem libertos da escravidão a este mundo, que é “amigo” de Babilônia, a Grande, a fim de que lutassem pela liberdade de adoração e proclamassem mundialmente as boas novas do reino de Deus, para a bênção de toda a humanidade aflita
23. Como se mostrou veraz que provisão foi tornada disponível “sem dinheiro e sem preço”?
29 Os adoradores oprimidos de Jeová Deus não tiveram de pagar por mensagem de libertação! Não tiveram de comprar a saída do cativeiro e da servidão à Babilônia, a Grande! A mensagem foi-lhes oferecida gratuitamente, e eles tinham de agir em harmonia com ela, com coragem e convicção! Então ela seria como água refrescante, pão revigorante, vinho animador e leite gorduroso. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” — João 8:32.
24. Na primavera de 1919, que evidência de libertação havia?
24 Um símbolo concreto desta libertação veio na primavera setentrional de 1919, primeiro ano do após-guerra, com a libertação dos membros do corpo governante dos adoradores cristãos de Jeová do encarceramento na penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, E. U. A. Pouco depois, foram revogadas as acusações federais contra estes cristãos acusados, e posteriormente elas foram rejeitadas pelo tribunal como improcedentes. Assim, os membros do corpo governante dos adoradores cristãos de Jeová ficaram livres das acusações falsas, de serem cidadãos contrários à lei, perigosos para a segurança do país. Então, em apreço da liberdade cristã que procede de Jeová, mediante Jesus Cristo, seu Servo, fez-se um estudo mais adiantado das Suas Escrituras Sagradas, para determinar qual era a vontade divina para com Seu povo, neste inesperado período do após-guerra.
25. (a) O que foi feito em 1919, para dar coragem aos servos de Deus? (b) De que era sinal o anúncio do lançamento da revista A Idade de Ouro?
25 O estudo bíblico não deixou incerteza quanto à vontade divina. Apontava infalivelmente para a obra do Reino que estava diante dos adoradores de Jeová, os quais haviam sobrevivido às perseguições e dificuldades da Primeira Guerra Mundial. Portanto, a fim de dar coragem ao coração deles, publicou-se nos números de 1.º e 15 de agosto de 1919 da Torre de Vigia o artigo principal, em duas partes, intitulado “Benditos os Destemidos”. Este tema foi a diretriz do Congresso Geral destes adoradores, durante oito dias, de 1.º a 8 de setembro, em Cedar Point, Ohio, E. U. A. Como sinal de que havia mais alimento espiritual que os aguardava e também mais e maior trabalho à frente, o presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) fez em 5 de setembro de 1919 um anúncio emocionante aos 6.000 congressistas. A respeito de quê? De que a Sociedade ia publicar outra revista, além da Torre de Vigia (ou: Sentinela). Esta nova revista quinzenal seria chamada “A Idade de Ouro” e complementaria a revista oficial dos adoradores cristãos de Jeová. Também se destinava a anunciar o reino de Deus.
26. Conforme declarado no primeiro número, qual era o motivo da publicação da Idade de Ouro?
26 Mostrando o então existente fundo contra o qual nova revista fez a sua estréia em 1.º de outubro de 1919, a saudação do primeiro número dizia, em parte:
Seu objetivo é explicar, à luz da sabedoria divina, o verdadeiro significado dos grandes fenômenos dos dias atuais e provar às mentes refletivas, por evidência irrefutável e convincente, que é agora iminente o tempo de maiores bênçãos para a humanidade. Igual a uma voz no deserto de confusão, sua missão é anunciar a vinda da Idade de Ouro.
Há mais corações tristes no mundo atual do que em qualquer tempo de sua história. Uma guerra devastadora assolou as nações até que ficaram dilaceradas e sangraram até a morte. A guerra veio acompanhada da grande influenza pestilenta, ceifando o dobro do número das vítimas que caíram em resultado da guerra. Nos últimos poucos anos milhões caíram na morte e outros milhões lamentam a perda de seus entes queridos.
Em toda a parte, o custo de vida aumenta cada vez mais e condições de verdadeira necessidade e fome encaram muitas pessoas. Em praticamente todos os ofícios do mundo, os trabalhadores estão fazendo greve ou ameaçam fazê-la paralisando assim as rodas do comércio. Em toda a parte há um desassossego geral.
Os financistas não estão menos perplexos. . . .
A IDADE DE OURO levará aos lares das pessoas a mensagem desejada, que tenderá a restabelecer o sossego das mentes perturbadas e dar consolo aos corações entristecidos. Não esperamos conseguir isso pela sabedoria humana, porque isso já foi tentado e falhou, e tal sabedoria é tolice à vista de Jeová. Mas, indicaremos às pessoas a evidência clara e indisputável, à luz dos acontecimentos atuais, revelando a solução divinamente expressa para a reconstrução dos assuntos humanos, que satisfará o desejo de todas as nações, assegurando às pessoas vida, liberdade e felicidade. Convidamos todas as pessoas amantes da ordem, acatadoras da lei e tementes de Deus a ajudar em transmitir mensagem de consolo aos que desejam ser consolados.
27, 28. Que grandiosa esperança indicava esta revista, mas o que tem de vir primeiro?
27 Ali havia, pois, uma revista totalmente nova que apontava destemidamente para o restabelecimento do paraíso nesta terra e sua extensão em todo o globo, para o usufruto de todas as pessoas de qualquer raça, cor ou origem nacional. No entanto, antes de a humanidade receber este paraíso terrestre, literal, pelo reino messiânico de Deus, precisa ser estabelecido um paraíso espiritual entre os adoradores cristãos de Jeová, agora restabelecidos no seu favor. É por isso que o capítulo cinqüenta e cinco de Isaías diz, depois de fazer o convite de tomar as provisões vitalizadoras de Deus:
28 “Inclinai o vosso ouvido e vinde a mim. Escutai, e a vossa alma ficará viva, e eu concluirei convosco prontamente um pacto de duração indefinida referente às benevolências para com Davi, que são fiéis. Eis que o dei como testemunha para os grupos nacionais, como líder e comandante para os grupos nacionais.” — Isaías 55:3, 4.
O PACTO ETERNO DO REINO
29. (a) Qual seria o efeito sobre os que inclinassem seu ouvido e chegassem a Jeová em resposta ao convite encontrado em Isaías 55:3, 4? (b) Que relação há entre essas bênçãos e as “benevolências para com Davi, que são fiéis”?
29 Os que inclinassem seu ouvido e se chegassem a Jeová no ano do após-guerra de 1919 E.C. teriam sua vida espiritual renovada e sustentada pelas provisões espirituais a cuja participação e usufruto Jeová convidou então seu povo. Sua alma ficaria viva com saúde espiritual. O instrumento para todas estas bênçãos de restabelecimento para seus fiéis adoradores cristãos seria o reino messiânico, nascido nos céus no ano de 1914, no fim dos “tempos dos gentios”. (Lucas 21:24, ALA; Daniel 4:16, 23, 25, 32; Revelação 12:1-10) Isto é o que queria dizer a promessa de Jeová, de celebrar com os proclamadores do Reino o pacto de duração indefinida “referente às benevolências para com Davi, que são fiéis”. Estas benevolências divinas significavam que o direito ao reino continuaria na linhagem do Rei Davi, de Jerusalém, até o seu Descendente mais ilustre, o prometido Messias, e que o reino messiânico pertenceria então a Este para sempre.
30, 31. (a) Como se mostraram “fiéis” essas benevolências prometidas a Davi? (b) Que aplicação da promessa de Isaías 55:3 fez o apóstolo Paulo ao falar em Antioquia da Pisídia?
30 Sendo “fiéis”, estas benevolências para com Davi são duradouras, firmemente estabelecidas. (2 Samuel 7:11-16) Em confirmação disso foi dito no Salmo 89:28, 29: “Reservarei minha benevolência para com ele por tempo indefinido e meu pacto lhe será fiel. E hei de estabelecer sua descendência para todo o sempre e seu trono como os dias do céu.” (Também Jeremias 33:19-21) Essas benevolências divinas, prometidas ao Rei Davi, mostraram-se fiéis, porque tiveram sua culminação naquele que havia de ser Rei eterno, o Messias. Não há margem para dúvidas sobre quem este é, porque o apóstolo Paulo aplica a promessa de Isaías 55:3 a Jesus Cristo.
31 Falando na sinagoga judaica de Antioquia da Pisídia, na Ásia Menor, o apóstolo Paulo disse aos seus ouvintes: ‘Nós vos declaramos as boas novas concernentes à promessa feita aos antepassados, que Deus a cumpriu inteiramente a nós, seus filhos, por ter ressuscitado a Jesus; assim como está escrito no segundo salmo: ‘Tu és meu filho, hoje eu me tornei teu Pai.’ E este fato, de que o ressuscitou dentre os mortos, destinado a nunca mais voltar à corrução, foi declarado por ele do seguinte modo: ‘Eu vos darei as benevolências para com Davi, que são fiéis.’ Por isso ele diz também em outro salmo: ‘Não permitirás que aquele que te é leal veja a corrução.’ Pois Davi, por um lado, serviu a vontade expressa de Deus na sua própria geração e adormeceu na morte, e foi deitado com os seus antepassados e viu a corrução. Por outro lado, aquele a quem Deus levantou não viu a corrução.” — Atos 13:32-37.
32. Em quem encontra Isaías 55:4 seu cumprimento?
32 De modo que o reino messiânico, estabelecido nos céus em 1914, nas mãos do ressuscitado e incorrutível Jesus Cristo, tem continuado funcionando até agora e prosseguirá durante mil anos à frente, para a bênção da humanidade num paraíso terrestre. Por conseguinte, Jeová Deus não se referia ao ainda morto Davi, quando passou a dizer em Isaías 55:4: “Eis que o dei como testemunha para os grupos nacionais, como líder e comandante para os grupos nacionais.” Não, mas Jeová referiu-se ali ao prometido Descendente de Davi, Jesus Cristo, em quem veio a repousar o pacto feito com Davi, para um reino eterno.
33. A favor de quem é ele “testemunha para os grupos nacionais”?
33 Este é dado como “testemunha para os grupos nacionais” com respeito a quem? Com respeito ao próprio Dador, Jeová. Jesus Cristo era Sua testemunha na terra, testemunha de Jeová. Em Isaías 43:9, Jeová desafiou todos os deuses das nações, para provarem que realmente são deuses vivos, que podem corretamente predizer as coisas adiante de nós. Que esses falsos deuses produzam suas testemunhas, para que as pessoas possam ouvir destas testemunhas algo a respeito do que os deuses delas disseram ao profetizarem e depois dizer: “É verdade!” Esses deuses falsos não podem fazer isso. Mas Jeová, como o Deus vivente e verdadeiro, pode produzir testemunhas para o seu lado, e Sua maior testemunha que já houve na terra foi seu Filho unigênito, Jesus Cristo. Este era membro carnal da nação a quem se dirigia Isaías 43:10, dizendo: “‘Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi’.”
34. (a) Para quem foi Jesus testemunha em primeiro lugar, quando estava como homem na terra? (b) Conforme predito, quem mais ouviria seu testemunho, e como se realizou isso?
34 Como homem perfeito na terra, Jesus Cristo disse repetidas vezes que dava testemunho de seu Pai celestial, Jeová Deus. Naquele tempo, este testemunho destinava-se em especial à nação judaica. Em Revelação 1:5, o apóstolo João fala dele como sendo “Jesus Cristo, ‘a Testemunha Fiel’, ‘o primogênito dentre os mortos’ ‘o Governante dos reis da terra’”. Também em Revelação 3:14, o ressuscitado e glorificado Jesus Cristo apresenta-se à congregação de Laodicéia, na Ásia Menor, dizendo: “Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.” Mas Jeová havia de dar o Messias Jesus como testemunha não só para a nação judaica, mas também “para os grupos nacionais”. Seu testemunho a respeito do Deus de quem é Servo messiânico destina-se a toda a humanidade, sem consideração de nacionalidade, cor ou raça. Ele dá hoje este testemunho vital por meio de suas fiéis co-testemunhas na terra. Atualmente, as testemunhas cristãs de Jeová têm muito prazer em dar o mesmo testemunho que Jesus Cristo deu, em mais de duzentas terras e grupos ilhéus, “para os grupos nacionais”.
35, 36. (a) A fidelidade demonstrada por Jesus qual testemunha fornece garantia de quê? (b) Quanto a Jesus ser “líder e comandante”, que paralelos observamos no caso de Davi?
35 Primeiro é preciso dar testemunho veraz e fidedigno antes de se tomar ação para com aqueles a quem se deu o testemunho. (Mateus 24:14) Jesus Cristo foi fiel na terra, como testemunha da verdade divina, (João 18:37) Morreu pela causa de tal verdade.
36 Podemos ter a certeza de que será igualmente fiel na qualidade executiva que lhe foi concedida nos céus. Seu Deus o dá como mais do que apenas “testemunha para os grupos nacionais”. Ele o dá depois como “líder e comandante para os grupos nacionais”. Jeová suscitou Davi, de mero menino pastor, em Belém de Judá, para ser “líder” do povo de Deus. (2 Samuel 7:8) Visto que era membro da tribo de Judá, então, quando Davi se tornou rei sobre todo o Israel, o “bastão de comandante” veio a ser posto entre os pés dum descendente de Judá, quando este se assentou no seu trono régio. (Gênesis 49:10) Nunca havia de ser afastado da posse da tribo de Judá até que viesse o Messias, o Siló, ou, “aquele de quem é”.
37. Que espécie de “líder e comandante” mostra ser Jesus Cristo?
37 Embora fosse descendente do Rei Davi, o prometido Messias ou Siló havia de ser maior do que o Rei Davi. Havia de ser Senhor até mesmo do Rei Davi. (Salmo 110:1, 2) Isto exigiria do Messias nada menos do que ser “líder e comandante”, assim como Davi havia sido para sua nação, e isso não só para com Israel, mas também “para os grupos nacionais”. d: disso que precisam as pessoas de todas as nações, dum “líder e comandante”, dado por Jeová Deus para ser verdadeiro Representante Dele. As pessoas podem assim ter a certeza de que este “líder e comandante” messiânico as guiará e orientará no caminho em harmonia com a vontade de Deus, para o seu bem eterno. Isto é o que terão no ressuscitado e glorificado Jesus Cristo, que se assentou à mão direita de Deus, nos céus. Por isso é que ele é agora chamado no céu de Governante leonino, porque se diz lá em cima: “O Leão que é da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu.” — Revelação 5:5.
38. Como podemos receber os benefícios eternos que foram pactuados para os súditos do Messias?
38 Os que aceitam o testemunho dado pelo Messias Jesus e seguem sua liderança, obedecendo às suas ordens, são benditos. Por este motivo, o “pacto de duração indefinida”, feito por Jeová com o Rei Davi, para um reino eterno, entra em vigor para com os que voluntariamente se tornam súditos do Messias Jesus. Esse governo messiânico é estabelecido sobre eles. De modo que tiram proveito duradouro do fato de que Jeová se apegou fielmente às suas prometidas “benevolência para com Davi” até a vinda do prometido Messias, sim, até o fim dos Tempos dos Gentios, no outono setentrional do ano de 1914 E. C. Desta maneira, essas benevolência foram pactuadas para os súditos do Messias. Tais súditos obedientes obtêm as grandiosas bênçãos do reino messiânico produzidas pelas benevolência de Deus, especialmente no caso dos israelitas espirituais, que se tornarão co-herdeiros de Cristo, no reino celestial.
39. (a) Quem recebeu primeiro os benefícios e de que modo? (b) Quem mais se junta agora ao banquete espiritual?
39 OS primeiros a obter os benefícios deste reino, dado à luz nos céus em 1914 E. C., são os que em 1919 E. C. aceitaram o convite divino de vir e tomar da água, do pão, do leite e do vinho que Jeová proveu para eles em sentido espiritual. (Revelação 12:1-6, 14) Sujeitarem-se ao recém-nascido reino do Messias significou para eles libertação de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. O restante dos israelitas espirituais na terra, que se haviam tornado cativos de Babilônia, a Grande, durante a Primeira Guerra Mundial, foram os primeiros a aceitar o convite cordial de Jeová ao banquete espiritual de bênção do Reino em liberdade. Desde a primavera setentrional do ano de 1935, uma “grande multidão” de pessoas de todas as nacionalidades, que procuram livrar-se de Babilônia, a Grande, e adorar o verdadeiro Deus, juntaram-se ao restante dos israelitas espirituais no usufruto do grandioso banquete espiritual. (Revelação 7:9-17) Deste fato podemos discernir como se relaciona o banquete que satisfaz a alma com o estabelecido reino messiânico.
A BUSCA DE JEOVÁ COMO DEUS
40. Como predizem as Escrituras um aumento de adoradores de Jeová, que não pertencem ao Israel espiritual?
40 Predisse-se um aumento de adoradores de Jeová, como o Deus da Bíblia, aumento que incluiria uma “grande multidão” de pessoas não pertencentes ao Israel espiritual. (Revelação 7:1-8) “Eis”, prossegue dizendo Isaías 55:5, “que chamarás uma nação que não conheces e correrão a ti os de uma nação que não te conheceram, por causa de Jeová, teu Deus, e pelo Santo de Israel, porque ele te terá embelezado”.
41. (a) Durante o tempo de seu cativeiro babilônico, sabiam os israelitas espirituais a respeito do ajuntamento desses outros adoradores? (b) A quem viriam esses adoradores de fora do Israel espiritual?
41 Quão deleitosas são as surpresas indicadas por estas promessas! Durante o cativeiro babilônico dos do restante do Israel espiritual, estes não tiveram nenhuma idéia de que chamariam uma “nação” além de si mesmos. Não conheciam tal nação, segundo seu entendimento das Escrituras naquele tempo. Durante seu cativeiro, isso parecia fora de questão e não estar dentro do propósito de Deus. Contudo, no tempo devido Dele, ‘chamariam’ ou convidariam uma “nação”, qualquer nação fora do Israel espiritual. Fazerem tal chamada exigiria que eles mesmos fossem primeiro libertos da servidão à Babilônia, a Grande! Mas, haveria resposta a tal chamada a nações indiscriminadas? Especialmente no caso das pessoas duma “nação que não te conheceram”, pessoas que até então não deram nenhum reconhecimento devido ao restante do Israel espiritual? Sim, Isaías 55:5 diz ao Israel espiritual que elas “correrão a ti”. Sim, apressar-se-ão a vir ao restante do Israel espiritual, que sobreviveu à Primeira Guerra Mundial.
42. Quem seria realmente o atrativo, porém, conforme declarado na profecia?
42 No entanto, como se poderia realizar isso? Ainda mais, em vista do fato de que os do restante do Israel espiritual seriam “pessoas odiadas por todas as nações”? (Mateus 24:9) Aconteceria “por causa de Jeová, teu Deus”. O atrativo não seria o restante odiado do Israel espiritual, em si mesmo, mas “Jeová, teu Deus”. Ele estava para fazer algo por eles, porque não haviam adotado os deuses falsos de Babilônia, a Grande, mas se haviam apegado a Ele como verdadeira Divindade a ser adorada. Então, o que faria por eles? Isto é especificado nas palavras adicionais: “E pelo Santo de Israel, porque ele te terá embelezado.”
43. (a) Como ‘embelezou’ Jeová seus israelitas espirituais, tornando-os assim atraentes aos de coração sincero? (b)Em que condição introduziu Deus assim seus adoradores terrestres, e por quê?
43 Em vez de continuarem a ter a aparência de cativos abatidos, mal alimentados e mal vestidos, de Babilônia, a Grande, teriam então beleza atraente como israelitas espirituais. Isto não significava que deixariam de ser “pessoas odiadas por todas as nações”. Significava que se tornariam um povo espiritualmente livre em Cristo. O Santo de Israel os revestiria de beleza espiritual por ficarem bem alimentados no banquete espiritual que fazia então para eles. Revesti-los-ia de beleza espiritual por torná-los Seus representantes do recém-nascido reino de seu Messias. Seriam reconhecidos pelos sinceros como povo que tinha o verdadeiro Deus para adorar, e que este Deus estava entre eles. Teriam a verdade Dele e seriam portadores das boas novas do Reino para todas as nações, em testemunho. Por não estarem mais sob o desfavor divino, por causa de seu fracasso recente, então, tendo mostrado seu arrependimento para com Deus, seriam introduzidos num paraíso espiritual, que se destacaria em nítido contraste com a condição religiosa de Babilônia, a Grande. Assim, estes internacionalmente odiados seriam agraciados com atrativo espiritual, para o louvor de Jeová.
44. (a) De que modo ‘chamou’ o restante do Israel espiritual a “nação” que no princípio não conhecia? (b) Fazendo isso, como deu o devido destaque ao nome de seu Deus? (c) O que induziu outros a afluir ao restante do Israel espiritual e tornar-se testemunhas cristãs de Jeová?
44 Assim, a partir de 1919 E. C., os do restante do Israel espiritual começaram a chamar a “nação” que no começo não conheciam, por pregarem “estas boas novas do reino” a cada vez mais nações. (Mateus 24:14) Não temeram de ser repelidos por serem chamados pelo nome de Deus, mas, depois de anos de dar testemunho mundial Dele, adotaram o nome apropriado para eles, Testemunhas de Jeová, suas testemunhas cristãs. Isto começou no domingo de 26 de julho de 1931, no congresso internacional realizado em Columbus, Ohio, E. U. A. Apesar do preconceito contra o nome divino, até mesmo na cristandade, muitos dos que buscavam a Deus começavam a correr ao restante do Israel espiritual. Viam no restante dos israelitas espirituais uma beleza espiritual que a cristandade e o paganismo não discerniam ou reconheciam. Vinham correndo às centenas, a partir da primavera setentrional de 1935. Desejavam usufruir o paraíso espiritual que os membros do restante usufruíam desde seu restabelecimento no favor de Jeová. Sem temerem o vitupério, aceitaram também a designação de testemunhas cristãs de Jeová.
45, 46. (a) Apesar de conflitos mundiais até que ponto houve aumento no número dos adoradores de Jeová? (b) Que bênção presente e perspectiva futura possuem eles?
45 A corrida de todas as nacionalidades ao restante tem continuado nos anos desde então. Nem mesmo o conflito mundial, maior, da Segunda Guerra Mundial parou a corrida dos que buscam o Deus certo a adorar e servir. Com a ajuda que tais têm dado aos do restante, a ‘chamada’ se tem estendido a cada vez mais terras e territórios, e cada vez mais outros milhares tiveram sua atenção trazida ao banquete espiritual no paraíso espiritual, pela chamada dominante: “Eh! todos vós sedentos! Vinde.”
46 Os que vieram correndo aumentaram a uma “grande multidão”, cujo número final ainda não é conhecido. (Revelação 7:9, 10) Passaram a viver espiritualmente, assim como exorta Isaías 55:3: “Escutai, e a vossa alma ficará viva.” Isto poderá incluir serem preservados vivos na carne durante a vindoura “grande tribulação”, na qual deixarão de existir Babilônia, a Grande, e todo o sistema mundano de coisas. O paraíso espiritual e seus habitantes felizes sobreviverão, para o louvor de Jeová e para a honra de seu reino messiânico. — Mateus 24:21, 22; Revelação 7:14.