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O nascimento da nação real numa terra recém-nascidaA Sentinela — 1983 | 1.° de janeiro
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O nascimento da nação real numa terra recém-nascida
“Porventura será uma terra dada à luz com dores de parto num só dia? Ou nascerá uma nação de uma só vez? Pois Sião teve dores de parto bem como deu à luz seus filhos.” — Isaías 66:8.
1. Em 26 de julho de 1931, que ação foi tomada pelos Estudantes Internacionais da Bíblia em seu congresso em Columbus, Ohio, e que ação correspondente se seguiu mundialmente?
HÁ MAIS de meio século — no domingo de tarde, 26 de julho de 1931, para sermos específicos — um povo surgiu no cenário mundial advogando um nome. Naquele dia inesquecível os milhares de Estudantes Internacionais da Bíblia, reunidos num congresso geral em Columbus, Ohio, EUA, adotaram unanimemente uma resolução na qual optavam ser chamados dali em diante pelo nome “testemunhas de Jeová”, baseado na Bíblia. (Isaías 43:10-12) Sem demora, todas as congregações dos Estudantes Internacionais da Bíblia ao redor do globo seguiram o exemplo e adotaram formalmente esse nome ímpar. O novo nome pegou!
2. (a) Que têm suportado desde então os portadores desse nome baseado na Bíblia? (b) Que palavras tranqüilizadoras encontram em Isaías 66:5?
2 Por causa desse honroso nome essas testemunhas do Deus Altíssimo incorreram no ódio do mundo, até da cristandade, cujos membros afirmam ser irmãos religiosos de todos os que professam ser discípulos de Jesus Cristo. Esse ódio religioso se intensificou a ponto de se traduzir em violenta perseguição, que resultou na morte de muitas delas. Para o encorajamento desses portadores do nome, que vivem à altura da dignidade desse nome, ressoam através de um período de mais de 2.500 anos essas palavras tranqüilizadoras preservadas para nós por um dos mais destacados profetas da Bíblia: “Ouvi a palavra de Jeová, vós os que tremeis da sua palavra: ‘Vossos irmãos que vos odeiam, que vos excluem por causa do meu nome, disseram: “Glorificado seja Jeová!” Ele terá de aparecer também com alegria da vossa parte, e eles serão os envergonhados.’” — Isaías 66:5.
3. Como demonstram as Testemunhas de Jeová que tremem da Sua Palavra e, além de serem ouvintes dela, que mais são?
3 As Testemunhas de Jeová da atualidade são os que ‘tremem da sua palavra’. Elas temem agir de modo contrário à Sua Palavra escrita. É por isso que estudam continuamente as Escrituras inspiradas. Reconhecem que o Autor da Bíblia é o Deus e o Pai de seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Reconhecem como sendo a palavra de Jeová todos os trinta e nove livros das Escrituras Hebraicas e todos os vinte e sete livros das Escrituras Gregas Cristãs, dos quais devem ser tanto ouvintes como praticantes.
4. (a) Qual foi a razão básica que levou a cristandade a odiar e excluir seus irmãos? (b) Que motivo apresentaram pare agirem desse modo?
4 Basicamente, por que se dá que as Testemunhas de Jeová são odiadas pela cristandade, por pessoas que afirmam pertencer à fraternidade de Jesus Cristo? Por que se dá que a cristandade as exclui das fileiras dos que são reconhecidos como cristãos e não quer ter nada a ver com elas porque nada tem em comum com elas? O próprio Jeová dá a razão disso, dizendo: “Por causa do meu nome.” Contudo, os que odeiam e excluem dão a mais sublime das razões para agir assim, exclamando: “Glorificado seja Jeová!” Ou, usando traduções da Bíblia que evitam o uso do nome divino, exclamam: “O Senhor seja glorificado.” No entanto, o Senhor Deus não encara o ódio e o desligamento que promovem com relação às Suas Testemunhas como algo que glorifique a ele.
5. (a) Quando Jeová marca presença por meio de alguma manifestação de sua parte, quem são os que então são levados a se regozijar? (b) Serem os outros envergonhados significa o que para eles?
5 Quando ele marca presença por provocar alguma manifestação de sua parte para expressar sua aprovação de alguns e sua desaprovação de outros, quem são os que são levados a regozijar-se em tal presença? Quem são os que então são envergonhados? Aos odiados e excluídos por motivo do verdadeiro respeito que têm para com seu nome, Jeová diz: “Ele terá de aparecer também com alegria da vossa parte, e eles serão os envergonhados.” Isso significa terrível dificuldade para os que nutrem o ódio e promovem a exclusão. A antiga dificuldade que lhes sobreveio prefigurou a maior de todas as dificuldades que em breve sobrevirá aos que odeiam e excluem as Testemunhas de Jeová neste “tempo do fim”. (Daniel 12:4) Nas suas palavras logo em seguida o profeta Isaías refere-se a isso, dizendo: “Há o som de um rebuliço procedente da cidade, um som procedente do templo! É o som de Jeová retribuindo aos seus inimigos o que merecem.” — Isaías 66:6.
6. Qual era a cidade da qual procedia o “som de um rebuliço” e qual era o motivo de tal som?
6 A cidade, cujo nome não é fornecido, da qual procederia “o som de um rebuliço” é, naturalmente, Jerusalém, pois era ali que se localizava o templo para a adoração de Jeová. A idéia aqui é que Jeová comparece ao templo de sua adoração para uma inspeção, e constata que o modo como sua adoração é efetuada não lhe agrada. A adoração é meramente exterior, formal, hipócrita. Isso resultou em vitupério sobre seu nome sagrado. O que demonstraria a desaprovação de Jeová disso seria um “rebuliço” provocado pela invasão dos babilônios, conquistadores mundiais, a quem Jeová usaria como seu instrumento ao ‘retribuir aos seus inimigos [os praticantes de adoração hipócrita que degradava seu templo] o que merecem’. Esses eram inimigos de Jeová porque odiavam e hostilizavam os que realmente ‘tremiam da sua palavra’ e os excluíam, como ele disse, “por causa do meu nome”. — Isaías 66:2, 5.
7. Quando se cumpriu a profecia de Isaías; que aconteceu a Jeremias, e quem viu que a palavra de Jeová era verdadeira?
7 Assim, no século seguinte, nos dias dos profetas Jeremias, Ezequiel e Daniel, Jeová usou os exércitos de Babilônia como seus agentes em ‘retribuir o que mereciam’ os israelitas violadores do pacto. Que “rebuliço” isso criou em Jerusalém em 607 AEC, quando a cidade inteira foi destruída, não sendo poupado nem mesmo o magnífico templo construído pelo sábio Rei Salomão! Os judeus sobreviventes foram deportados para Babilônia. Os poucos judeus deixados na terra por fim fugiram para o Egito, arrastando consigo o profeta Jeremias. Deste modo, a desolação completa da terra cumpriu a predição dele. Assim, também, o território certa vez ocupado por uma nação deixou de ser a terra natal duma nação viva com Jeová Deus qual seu Rei celestial. Os judeus fiéis que ‘tremiam da palavra de Deus’ viram que Sua palavra era verdadeira.
8, 9. (a) Que é a moderna Jerusalém antitípica? (b) Segundo a profecia de Jesus, que acontecerá a ela, e por quê?
8 Eventos chocantes, ultrapassando em muito os de 607 AEC, estão em reserva para os que odeiam e se esquivam das Testemunhas de Jeová, que são os que hoje em dia tremem da Palavra de Jeová. Todas essas coisas trágicas que ocorreram lá nos dias de Jeremias, Ezequiel e Daniel “lhes aconteciam como exemplos [ou, tipos] e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas”. (1 Coríntios 10:11) Então, sem dúvida, haverá “o som de um rebuliço procedente da cidade”, a antitípica Jerusalém sob condenação divina, a saber, a cristandade. Semelhante a Israel da antiguidade, ela, também, afirma estar num pacto com Deus, no “novo pacto” com Jesus Cristo qual Mediador. (Hebreus 8:7-9) Mas, ela não tem vivido a altura de sua alegada relação pactuada com Deus. Assim, uma “grande tribulação”, conforme prefigurada por aquela que sobreveio à antiga Jerusalém, está em reserva para a cristandade conforme a predição do próprio Jesus:
9 “Então haverá grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” — Mateus 24:21, 22; Marcos 13:19, 20.
10. A quem, além da cristandade, engolfará essa tribulação e quem serão os que comporão a “carne” sobrevivente?
10 Essa grande tribulação sem igual é iminente. Será causada pela mão do Deus dos “escolhidos”, Jeová. Engolfará não apenas a cristandade, a Jerusalém antitípica, mas também aquele de quem a cristandade tem sido boa amiga, o inteiro sistema de coisas. (Tiago 4:4) Os cristãos dedicados e batizados da atualidade, que tremem da Palavra de Jeová, serão a “carne” que sobreviverá.
UM NASCIMENTO INEVITÁVEL, ACELERADO
11. (a) O nascimento humano é precedido por que período, mas seria algo semelhante a isso o que ocorreria no caso duma Jerusalém reconstruída? (b) Às ordens de quem devia se construir no local uma outra Jerusalém? (c) Será que Isaías predisse quanto tempo o local da antiga Jerusalém permaneceria um vazio desolado?
11 Recorramos, de novo, à emocionante profecia de Isaías! Como alívio da perspectiva sombria que acabara de apresentar sob inspiração, ele agora prediz um acontecimento alegrador. O nascimento de filhos legítimos é algo que os pais, devidamente casados, aguardam com grande ansiedade e com a maior das esperanças. No caso de criaturas humanas, o nascimento tem de ser precedido pelo tempo divinamente prescrito para o pleno desenvolvimento da desejada progênie. Mas, neste contexto o Grande Autor do processo de nascimento predisse algo incomum, de acordo com seu próprio arranjo. Seu profeta Isaías havia predito a destruição da profanada cidade de Jerusalém, e assim a cidade original construída no Monte Sião deixaria de existir Mas outra cidade devia vir à existência no mesmo Monte Sião por ordem do conquistador persa, Ciro, o Grande, o servo de Jeová escolhido de antemão para derrubar o Império Babilônico. (Isaías 44:28; 45:1) Isaías, porém, não predisse quanto tempo a antiga Jerusalém deixaria de existir e, portanto, sem “filhos” ou cidadãos. Isaías tampouco predisse quanto tempo o Monte Sião e toda a terra ligada a ele permaneceria um vazio evitado, desolado.
12. Como apareceria uma nova terra no mapa do mundo antigo e de quem seria pátria?
12 Contudo, nos dias de Ciro, o Grande, outra Jerusalém estava para surgir e tornar-se mãe de muitos “filhos”, isto é, muitos cidadãos e súditos, vivendo no domínio designado dela. Significava isso que apareceria no mapa do mundo antigo uma “terra” que serviria como pátria de um povo que antes não era uma “nação”? A resposta profética de Jeová Deus a esta pergunta foi Sim!
13, 14. (a) Quando chegasse o ano do próximo Jubileu regular, após a deportação deles, teriam os judeus cativos sido restaurados à sua terra? (b) Tornar-se-ia Jerusalém novamente mãe de “filhos” através de esforços extraordinários da parte de judeus cativos, e que profetizou sobre isso Isaías 66:7, 8?
13 De modo que a questão era: Quando e como? Por meio de seu profeta Jeremias Jeová predisse que a terra daquela que havia sido uma “nação” jazeria desolada por setenta anos, um espaço de tempo vinte anos mais longo do que o período do Jubileu, de cinqüenta anos. Assim, quando chegasse o ano do Jubileu regular de 573 AEC, não haveria celebração do Jubileu na outrora terra natal e não haveria Jerusalém, ou Sião, que viesse à existência para produzir um corpo de cidadãos quais “filhos” dela. Só no ano 537 AEC, é que alguns judeus deportados sobreviventes haviam de voltar à sua terra natal. Tal coisa devia ocorrer sem um empenho incomum ou estrênuo da parte dos judeus cativos de Babilônia. Seria um ato de Deus, em consonância com sua promessa profética. Improvável como poderia ter parecido, uma “nação” pós-exílio estava para surgir numa terra reservada por Jeová Deus para esta “nação”. Olhando além da calamidade nacional de 607 AEC, Jeová insinuou que tal coisa aconteceria, ao mover Isaías a dizer a seguir:
14 “Antes de começar a ter dores de parto, ela [isto é, a outra Jerusalém] deu à luz. Antes de lhe chegarem as dores agudas ao dar à luz, teve o parto de um filho varão. Quem é que já ouviu uma coisa destas? Quem é que já viu coisas como estas? Porventura será uma terra dada à luz com dores de parto num só dia? Ou nascerá uma nação de uma só vez? Pois Sião teve dores de parto bem como deu à luz seus filhos.” — Isaías 66:7, 8.
15. Como se compara esse parto com o descrito em Revelação 12:1-17?
15 Tal nascimento extraordinário é exatamente o oposto da descrição do nascimento de um filho varão fornecida no último livro da Bíblia Sagrada. Ali, em Revelação 12:1-17, lemos: “E viu-se um grande sinal no céu, uma mulher vestida do sol e tendo a lua debaixo dos seus pés, e na sua cabeça havia uma coroa de doze estrelas, e ela estava grávida. E ela clama nas suas dores e na sua agonia de dar à luz. E viu-se outro sinal no céu, e eis um grande dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres, e nas suas cabeças sete diademas; e a sua cauda arrasta um terço das estrelas do céu, e as lançou para baixo à terra. E o dragão ficou parado diante da mulher, que estava para dar à luz, para que, quando desse à luz, pudesse devorar-lhe o filho. E ela deu à luz um filho, um varão [Ela deu à luz um Filho, um menino, Centro Bíblico Católico] que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o filho dela foi arrebatado para Deus e para o seu trono. . . . E o dragão ficou furioso com a mulher e foi travar guerra com os remanescentes da sua semente, que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus.”
16. Temos de identificar essa mulher-”sinal” e seu “filho, um varão”, como sendo o que ou quem?
16 Visto que nenhuma mulher na terra tem a lua debaixo dos seus pés e um diadema de doze estrelas acima da cabeça, como coroa, a acima descrita mulher-“sinal” deve ser simbólica. Visto que o filho dela foi aceito e reconhecido por Deus, deve ter sido Ele quem a engravidou. De modo que ela é, por assim dizer, casada com ele. Tudo tendo sido considerado, a mulher-“sinal” no céu deve simbolizar a organização de Deus, semelhante a uma esposa, composta de criaturas espirituais celestiais, dentre as quais seu Filho unigênito, Jesus Cristo, é a principal. O filho da mulher, “um varão”, deve ser igualmente simbólico e ele simboliza o reino de Deus, visto que o filho varão foi arrebatado para o trono de Deus. De modo a tornar o reino mais do que algo meramente abstrato ou teórico, tem de haver uma pessoa viva para servir qual governante real. Essa pessoa real deve ser aquela com quem Jeová Deus fez um pacto para o reino.
17. Assim, como veio o unigênito Filho de Deus a se tornar o candidato legítimo a ocupar o trono ao lado de seu Pai?
17 Sim, tal pessoa foi seu Filho unigênito, Jesus Cristo, que, por causa de seu miraculoso nascimento humano em Belém e na linhagem familiar do Rei Davi de Israel, era o herdeiro natural do reino. (Isaías 9:6, 7; Lucas 22:29, 30; Mateus 1:17-25) Corretamente, portanto, em conexão com a “mulher” celestial foi enfatizado que o filho dela era um “varão” porquanto o cargo real estava reservado para um descendente masculino na linhagem real de Davi.
18. Assim, como é que as circunstâncias que cercam a produção de tal filho varão simbólico se harmonizam com as apresentadas em Isaías 66:7, 8, conforme mostra a tradução do Centro Bíblico Católico?
18 Todas essas circunstâncias que cercam o nascimento de um “filho, um varão”, da “mulher” celestial diferem das apresentadas na profecia de Isaías, particularmente com respeito ao assunto da gravidez e às dores de parto e às dores agudas ao dar à luz. Assim, há razões importantes para se concluir que o “filho varão” de Isaías 66:7 relaciona-se profeticamente com uma situação diferente da com que se relaciona o “filho, um varão”, em Revelação 12:5. Evidentemente, o “filho varão” refere-se à “nação” produzida na “terra”, na profecia de Isaías. Ainda mais, no caso dos israelitas restaurados, o reinado, ou a governança, não era o aspecto proeminente ao serem restabelecidos em Jerusalém em 537 AEC. Não foi conduzido de novo ao trono um rei da linhagem de Davi. Sendo a Judéia uma província persa, estavam sob o reinado do Rei Ciro, que havia emitido o decreto para reconstruir o templo e restaurar a adoração verdadeira em Jerusalém. Não obstante, a restauração ocorreu subitamente, inesperadamente. Segundo a tradução do Centro Bíblico Católico, Isaías 66:7, 8 diz: “Antes da hora ela deu à luz, antes de sentir as dores, deu à luz um filho. Quem jamais ouviu tal coisa, quem jamais viu coisa semelhante? É possível um país nascer num dia? Pode uma nação ser criada repentinamente? Desde as primeiras dores Sião deu à luz seus filhos.”
19. (a) A quem pareceu que o nascimento da nação de Israel do pós-exílio havia sido acelerado, e por que motivo? (b) Como se deu que foi uma geração totalmente nova a que empreendeu morar na terra de seus ancestrais, e em que sentido era uma terra recém-nascida?
19 Fiel à profecia, o nascimento da nação de Israel do pós-exílio, foi, por assim dizer, acelerado. Veio com surpreendente repentinidade para o mundo antigo, em 537 AEC. O mundo pagão jamais esperava que a nação de Israel, há muito morta, ressurgisse, na sua própria terra dada por Deus. Era realmente uma nova Sião que veio à existência, dando à luz uma nova nação. Lembramos que os israelitas foram deportados à Babilônia em várias ocasiões, o registro bíblico assinalando que 10.000 foram deportados no primeiro cativeiro em 617 AEC. Centenas foram deportados mais tarde. (2 Reis 24:14; Jeremias 52:28-30) Contudo, os que foram libertados daquela terra pagã em 537 AEC e que fixaram residência na terra de seus ancestrais incluíam 42.360 varões, além de muitos escravos e cantores profissionais. Dentre os israelitas havia alguns homens idosos que haviam visto o templo que o Rei Salomão construiu em Jerusalém. (Esdras 2:64, 65; 3:12) Assim, na maior parte, a geração que empreendeu morar na terra, com o objetivo de construir um novo templo, era totalmente nova. Uma nova Sião surgiu numa terra recém-nascida. Ela tornou-se mãe duma nova nação do pós-exílio. Ocupava a nova província persa da Judéia.
20. Como foi que ocorreu o equivalente moderno disso no caso dos Estudantes Internacionais da Bíblia, em 1919 o primeiro ano do pós-guerra?
20 Existe algum equivalente moderno do “nascimento” dos israelitas restaurados qual “nação” em 537 AEC? Sim, porque no ano que se seguiu à primeira guerra mundial de 1914-1918 nasceu uma “nação” espiritual, sob o Ciro Maior, o entronizado Rei Jesus Cristo! Como assim? Bem, durante a guerra a sede da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (nos Estados Unidos), a editora dos Estudantes Internacionais da Bíblia, havia sido desmantelada em Brooklyn, Nova Iorque, e mudou-se de volta a instalações menores em Pittsburgh, Pensilvânia. Suas publicações mais recentes haviam sido proscritas no Canadá e nos Estados Unidos da América e o presidente da Sociedade, seu secretário-tesoureiro e seis outros membros da equipe de operadores da sede haviam sido sentenciados em 1918 a longas penas de prisão. A intenção dos inimigos por trás de tudo isso era semelhante à expressa no Salmo 83:4: “Eliminemo-los de ser uma nação, para que não haja mais lembrança do nome de Israel.” Mas, em meados do primeiro semestre de 1919, como surpresa chocante para a cristandade, veio a libertação! Naquele mesmo ano os perseguidos Estudantes Internacionais da Bíblia realizaram seu primeiro congresso do pós-guerra em Cedar Point, Ohio, EUA. Anunciou-se aos congressistas o lançamento duma nova revista, em adição à revista A Sentinela, a saber, The Golden Age (A Idade de Ouro, agora chamada Despertai!).
21. Portanto, cinco anos após o fim dos Tempos dos Gentios, o que nasceu, para servir em que capacidade, e em que sentido numa “terra” recém-nascida?
21 Assim, cinco anos após o fim dos “Tempos dos Gentios”, em 1914, e o estabelecimento do Reino de Deus às mãos do Ciro Maior, Jesus Cristo, uma nova “nação” veio à existência, uma “nação” espiritual. Os membros dessa nova “nação” haviam de servir quais embaixadores do reino de Deus, recém-nascido nos céus, e quais testemunhas portando Seu nome. Ele tem colocado a “nação” na sua “terra” legítima, sua esfera terrestre de atividade, sua “terra” simbólica, agora que os Tempos dos Gentios para calcar sua organização visível terminaram. — Lucas 21:24, Almeida, rev. e corr.
22. Que perguntas suscitou Jeová quanto à sua capacidade de tornar-se Pai da “nação” e, em resposta, como ele agiu no tipo antigo e no antítipo moderno?
22 Jeová Deus, o Altíssimo, foi o responsável por esse notável nascimento e ele estava determinado que nada o impedisse. Em Isaías 66:9 ele havia dito: “‘Quanto a mim, acaso causaria o irrompimento [do âmnio ou saco amniótico] e não faria que desse à luz?’, diz Jeová. ‘Ou causo eu o parto e realmente faço haver um fechamento [do útero]?’ disse o teu Deus.” Sua primeira resposta a essas perguntas desafiadoras foi livrar seu povo da Babilônia em 537 AEC e em seguida fazer com que Jerusalém fosse construída e pululasse com residentes judeus quais filhos. A resposta moderna, antitípica, às suas próprias perguntas, foi ele ter tornado frutífera a antitípica Jerusalém, sua organização celestial, de modo que produzisse uma “nação” espiritual, na terra. Isso se deu sob a direção do Ciro Maior, o recém-entronizado Rei no céu. O nascimento ocorreu no ano do pós-guerra, 1919, e produziu um povo, os “filhos” de Sião, que estavam plenamente devotados aos interesses do reino estabelecido de Deus e que mantinham estrita neutralidade com relação aos governos políticos deste mundo. O Deus Altíssimo cuidou de que nada obstruísse a realização completa de seu propósito de 1914 em diante e bem até os dias atuais!
Após este estudo de Isaías 66:5-8, sabe responder às seguintes perguntas:
Isa. 66 Versículo 5: Como é que “irmãos” odeiam e excluem verdadeiros adoradores? Como são esses “irmãos” envergonhados?
Isa. 66 Versículo 6: Em que sentido houve “um som de um rebuliço procedente da cidade” nos tempo antigos? Nos dias de hoje?
Isa. 66 Versículo 7: Que é o “filho varão” produzido por uma “mulher” sem “dores agudas ao dar à luz”? É o mesmo que “um filho, um varão”, de Revelação 12:5?
Isa. 66 Versículo 8: Em que sentido uma “nação” e uma “terra” nasceram súbita e inesperadamente em 537 AEC?
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Que tem significado para a humanidade o nascimento da naçãoA Sentinela — 1983 | 1.° de janeiro
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Que tem significado para a humanidade o nascimento da nação
1, 2. (a) Responde Jeová diretamente a suas próprias perguntas formuladas em Isaías 66:9? (b) Segundo Isaías 66:10-14, que convocação fez ele?
EM VEZ de responder a suas próprias perguntas registradas em Isaías 66:9 com um simples Não!, Deus moveu Isaías a expressar a seguinte convocação triunfante:
2 “Alegrai-vos com Jerusalém e jubilai com ela, todos os que a amais. Exultai grandemente com ela, todos os que estais pranteando por ela, visto que mamareis e certamente vos fartareis do peito de plena consolação por ela; visto que sorvereis e tereis deleite com a mama de sua glória. Pois assim disse Jeová: ‘Eis que lhe estendo a paz como um rio e a glória de nações como torrente inundante, e vós haveis de mamar. Sobre o lado sereis carregados e sobre os joelhos sereis afagados. Como a um homem a quem a sua própria mãe está consolando, assim eu mesmo continuarei a consolar-vos; e no caso de Jerusalém, sereis consolados. E certamente vereis, e vosso coração forçosamente exultará, e os vossos próprios ossos florescerão como a tenra relva. E a mão de Jeová há de ser dada a conhecer aos seus servos, mas ele verberará realmente os seus inimigos.’” — Isaías 66:10-14.
3. Os judeus exilados restaurados foram, pois, comparados a quê, que alegria teriam e a mão de quem veriam nesse assunto?
3 Assim, os restaurados do exílio foram comparados a bebês recém-nascidos, ao serem alimentados. Para os judeus exilados, às margens dos rios de Babilônia, as referências a mamar o peito e sorver a mama significava que haveria outra Jerusalém construída no local dessa capital destruída; também que ela seria mãe de uma população de muitos cidadãos ou habitantes e de muitos outros cidadãos de seu domínio. (Veja Lucas 13:34.) Como as mães do Oriente Médio daquele tempo, a reconstruída Jerusalém carregaria seus filhos montados no seu quadril esquerdo ou direito e, ao sentar-se, ela os afagaria amorosamente ao colo. Os judeus que amavam a organização visível de Jeová lá no sexto século AEC alegrar-se-iam com isso e deixariam de lamentar o fato de que nos setenta anos de seu exílio numa terra pagã, não havia existido uma Jerusalém qual capital do povo escolhido de Jeová. A alegria deles era como a descrita no Salmo 126, em contraste com a tristeza expressa no Salmo 137. Os servos de Jeová viram a Sua mão na libertação deles.
4, 5. (a) Como reagiu o restante à manifestação da “mão” de Deus em seu favor, e que apreciaram mais do que nunca? (b) Chegara o tempo para que outra ação? (c) Como descreve isso Isaías?
4 Foi semelhante no caso dos membros da “nação” espiritual que nasceu em 1919 EC. Após sua espantosa libertação das restrições impostas durante a Primeira Guerra Mundial e a ameaça de serem erradicados, eles regozijaram-se com ilimitada alegria. Sua lamentação passou. Mais profundamente do que nunca vieram a apreciar que Jeová é seu Deus e que ele tem uma organização visível, assim como tem uma organização invisível nos céus, que lhe é como esposa. Essa organização invisível é, para o restante, uma “mãe”, a “Jerusalém de cima”. (Isaías 54:1-6; Gálatas 4:26) Assim, juntando-se de novo após seu estado não organizado durante a Primeira Guerra Mundial, eles alegraram-se de ser amamentados, carregados e afagados por esta “mãe” espiritual, a “esposa” celestial de Deus, seu Pai. Quais “servos” dedicados a ele através de seu irmão mais velho, Jesus Cristo, eles foram confortados ao saberem que a “mão” de Jeová operava em seu favor. Em contraste com isso, chegara o tempo para ele ‘verberar seus inimigos’. Estes incluem os que são hostis aos proclamadores de Seu recém-nascido reino, pois os que são inimigos de Seu povo dedicado são também Seus próprios inimigos pessoais. Informando como executará sua verberação, Jeová continua:
5 “‘Pois eis que Jeová mesmo chega como o próprio fogo, e seus carros são como um tufão, a fim de pagar de volta a sua ira com puro furor e sua censura com chamas de fogo. Pois, como fogo, o próprio Jeová, de fato, encetará a controvérsia, sim, com a sua espada, contra toda a carne; e os mortos de Jeová tornar-se-ão certamente muitos. Os que se santificam e purificam para os jardins, atrás de um no centro, comendo carne de porco e aquilo que é repugnante, até mesmo o roedor saltante, chegarão todos juntos ao seu término,’ é a pronunciação de Jeová. ‘E quanto aos seus trabalhos e seus pensamentos, estou chegando para reunir todas as nações e línguas; e terão de chegar e ver a minha glória.”’ — Isaías 66:15-18.
6. Portanto, de que maneira estavam os israelitas dos dias de Isaías violando o pacto e se maculando?
6 Nos dias em que Isaías escreveu essas palavras, mais de um século antes da destruição de Jerusalém em 607 AEC, os israelitas violavam crassamente seu pacto nacional feito com Jeová, o pacto da lei mediado pelo profeta Moisés. Santificavam-se e purificavam-se para adoração idólatra em jardins especiais e violavam as leis de Deus que os proibiam de comer certas coisas. Eles profanavam-se e maculavam-se diante do Deus do seu pacto e nada faziam para Sua glória.
7. (a) Como agiu Jeová em harmonia com os seus termos do pacto a fim de resolver a controvérsia? (b) Com quem tem Deus uma controvérsia semelhante hoje em dia?
7 De modo que ele trouxe sobre esses violadores do pacto seus julgamentos ardentes, tempestuosos, em correta consonância com seus termos do pacto. Brandiu a “espada” de execução para resolver a controvérsia que tinha com toda a carne judaica. Não é de admirar que meramente uns poucos milhares sobreviveram à destruição de Jerusalém, apenas para serem arrastados a um longo exílio na Babilônia idólatra e pagã. Todas as nações e grupos lingüísticos vizinhos foram obrigados a testemunhar esta manifestação da glória de Jeová qual Deus cumpridor de pacto, que não mente. Tudo isso nos lembra solenemente que o mesmo Deus tem uma controvérsia em escala muito maior com a hodierna cristandade, que afirma ter substituído o antigo Israel qual povo de Jeová Deus. Para Sua glória ele usará sua “espada” de vingança para aniquilá-la completamente.
UM “SINAL” POSTO ENTRE AS NAÇÕES
8, 9. (a) Para sua glória, Jeová concretizou seu propósito após ter produzido que coisas, e após seu povo ter passado através de que situação de tempo de guerra? (b) Como delineou ele seu propósito em Isaías 66:19, 20?
8 Para sua glória internacional, este Deus Todo-poderoso concretizou seu propósito inalterável quanto ao que ocorreria depois que ele fizesse com que “uma terra” fosse “dada à luz com dores de parto num só dia” e depois que fizesse com que “uma nação” ‘nascesse de uma só vez’. Ao lermos suas palavras registradas em Isaías 66:19, 20, podemos lembrar o que ele gloriosamente fez desde o nascimento da “nação”, composta do restante dos israelitas espirituais, em 1919, depois de deixarem de ser um povo organizado, durante a Primeira Guerra Mundial, e nutrindo pouca esperança ou expectativa de sobreviver àquele conflito mundial. Eis o que ele disse:
9 “‘E eu vou pôr entre eles um sinal [óth, hebraico; signum, Vulgata latina] e vou enviar alguns dos que escaparam às nações, a Társis, Pul e Lude, os que entesam o arco, Tubal e Javã, as ilhas longínquas, que não ouviram notícias sobre mim nem viram a minha glória; e por certo contarão a minha glória entre as nações. E realmente trarão todos os vossos irmãos dentre todas as nações como presente a Jeová, em cavalos e em carros, e em carroças cobertas, e em mulos, e em velozes fêmeas de camelo, ao meu santo monte, Jerusalém’, disse Jeová, ‘assim como quando os filhos de Israel trazem o presente num vaso limpo à casa de Jeová’.”
10. Que se revelou ser o “sinal” que Deus ‘pôs’ entre as nações?
10 Que se revelou ser o “sinal” que Jeová ‘pôs’ entre as nações desde a Primeira Guerra Mundial? Tratava-se dum “sinal” vivo. Anteriormente, na profecia de Isaías, este porta-voz de Jeová disse: “Eis que eu e os filhos que Jeová me deu somos como sinais e como milagres em Israel, da parte de Jeová dos exércitos, que reside no monte Sião.” (Isaías 8:18) Em Hebreus 2:11-13 O apóstolo cristão Paulo citou dessas palavras proféticas e as aplicou a Jesus Cristo e seus discípulos ungidos pelo espírito dizendo: “Porque tanto aquele que santifica como os que estão sendo santificados provêm todos de um só, e por esta causa ele não se envergonha de chamá-los ‘irmãos’, dizendo: ‘Aqui estou eu e as criancinhas que Jeová me deu.’“
11. Que têm pregado mundialmente desde 1914 os que compõem aquele “sinal” e por que era necessário que fossem congregados?
11 Em consonância com isso, o “sinal” que Jeová pôs entre as nações da terra, para as quais “os tempos dos gentios” esgotaram-se em 1914, é a “nação” espiritual, cujos membros têm pregado mundialmente o reino de Deus que nasceu nos céus no fim dos “tempos designados das nações”, em 1914. (Lucas 21:24, Almeida, rev. e corr. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas; Mateus 24:14) Para essa finalidade, Jeová congregou o restante dos israelitas espirituais que haviam sido espalhados pela perseguição feroz durante a Primeira Guerra Mundial
12. (a) Quem havia de ser acrescentado ao restante que sobreviveu à Primeira Guerra Mundial? (b) Quando, especialmente, começou o envio “dos que escaparam”?
12 Também, havia ainda outros que haviam de ser recolhidos e acrescentados aos israelitas espirituais que sobreviveram à Primeira Guerra Mundial, de modo a completar o pleno número do restante dos “irmãos” espirituais de Cristo nesta época. (Mateus 25:40) Notavelmente desde a realização da primeira assembléia geral dos Estudantes Internacionais da Bíblia, em Cedar Point, Ohio, EUA, em meados de 1919, Jeová começou a enviar “alguns dos que escaparam”, do restante original, “às nações”. Fez isso de modo mais surpreendente ainda no congresso de 1922 da AEIB realizado no mesmo local, a pouca distância da costa de Sandusky, Ohio, quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, dos EUA, culminou seu estimulante discurso aos congressistas com as eletrizantes palavras: “Anunciem, anunciem, anunciem o Rei e o seu reino.” Depois disso, as congregações do restante dos israelitas espirituais se coordenaram para a proclamação do reino estabelecido de Deus, “em testemunho a todas as nações”, por fazerem com que todos os membros saíssem ao campo, “de casa em casa” e publicamente. Todos eram embaixadores do reino! — Atos 20:20.
13. Em cumprimento da profecia de Isaías, quem é ajuntado do seio de todas as nações e por assim dizer, através de que meios mais rápidos do que andar a pé?
13 Em cumprimento da profecia de Isaías, tudo isso resultou num grande ajuntamento do restante da fraternidade espiritual, através de, por assim dizer, todos os meios de locomoção ou transporte muito mais rápidos do que andar a pé. Jeová havia dito que ele enviaria “alguns dos que escaparam” mesmo a terras bem distantes, e isso ele fez por enviar os que “escaparam” com vida da Primeira Guerra Mundial e das fomes, das pestilências e dos terremotos que caracterizaram esse período mortífero de 1914-1918 e especialmente da perseguição que assolou os dedicados estudantes da Bíblia que cooperavam zelosamente com a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, mundialmente. A perseguição em especial provocou a morte espiritual de alguns, de modo que não participaram no recolhimento do restante sobrevivente após a Primeira Guerra Mundial, especialmente quando a chamada para ação unida começou a soar através das publicações da Sociedade e através dos seus representantes viajantes que visitavam as congregações.
14. Sobre que falaram os que “escaparam” que foram enviados, e mesmo a lugares em que condição de ignorância foram enviados?
14 Contudo, os fiéis agiram como Jeová havia predito: ‘Contar a minha glória entre as nações.’ (Isaías 66:19) Esses obedientes que “escaparam” foram a todas as terras e “nações” acessíveis, mesmo a “ilhas longínquas”, falando sobre a glória do reino de Jeová que então havia sido estabelecido nos céus às mãos de seu Rei reinante, Jesus Cristo. Muitos nessas nações e ilhas distantes jamais haviam ouvido alguma informação sobre o verdadeiro Deus, Jeová, e nunca haviam discernido que, segundo os preditos sinais dos tempos, Seu glorioso reino havia nascido nos céus. — Revelação 12:1-5, 10.
15. Os “irmãos” espirituais que são trazidos qual “presente para Jeová” precisam manter-se em que estado espiritual, e por que?
15 Todos os a quem os que “escaparam” trouxeram quais seus “irmãos” espirituais, eles trouxeram “como presente a Jeová”, e não a algum líder humano de alguma seita religiosa ou a alguma potência mundial política terrena que competisse pelo apoio popular. Para que o “presente” fosse aceitável a Jeová, tinha de ser limpo. É por isso que a profecia descreve a apresentação do “presente” vivo como sendo “assim como quando os filhos de Israel trazem o presente num vaso limpo à casa de Jeová”. (Isaías 66:20) É por isso que esses “irmãos” espirituais que constituem o “presente” não devem ser parte deste mundo, sim, eles precisam manter-se “sem mancha do mundo”. (Tiago 1:27) Devem manter-se neutros com relação à política suja deste sistema de coisas impuro. É por esta razão que Jeová disse que seriam trazidos “ao meu santo monte, Jerusalém”. Isso não significa a Jerusalém atual, a capital do Estado político de Israel. A nação da qual esta é a capital é 85 por cento judaica e ela é membro da organização das Nações Unidas para a manutenção da paz e segurança mundiais.
16. Por que Jeová não tem nada no Oriente Médio hoje que possa ser chamado de seu “santo monte”?
16 A moderna Jerusalém no Oriente Médio não possui nenhum “santo monte” ao qual Jeová possa chamar de seu próprio, em sentido religioso. Por que não? Porque aquilo que antes era seu “santo monte” é agora encimado por uma mesquita muçulmana, o Zimbório da Rocha. Esta se destina a adoradores, não de Jeová, mas de Alá, uma deidade sem nome pessoal.
17. Que é, pois, o “santo monte, Jerusalém”, ao qual esses “irmãos” espirituais são trazidos desde o nascimento da nação em 1919?
17 Todas as coisas pertinentes tendo sido honestamente consideradas, um fato significativo torna-se evidente: No cumprimento moderno de Isaías 66:20, “meu santo monte” se refere a uma organização semelhante a uma mãe para os israelitas espirituais, a saber, a “Jerusalém de cima” mencionada em Gálatas 4:26. É a Sião que “deu à luz seus filhos”, conforme Isaías 66:8. Esses “filhos” compõem a “nação” que ‘nasceu de uma só vez’ no ano do pós guerra, 1919. Em vista deste fato, esses “irmãos” espirituais que foram trazidos pelos que “escaparam” desde aquele nascimento da “nação”, foram trazidos “como presente a Jeová” e levados a ter contato com sua organização real, a “Jerusalém de cima”, isso sendo tipificado pela reconstruída Jerusalém terrestre da antiguidade. Esses trazidos quais seus “filhos” são introduzidos na parte visível terrena da organização universal de Jeová, para serem jerosolimitanos espirituais.
RESTAURAÇÃO DA ADORAÇÃO PURA DE JEOVÁ
18. Visto que Jeová prometera tirar alguns da recém nascida “nação” também “para os sacerdotes, para os levitas”, qual era a coisa mais acertada para a “nação” fazer em seu campo de atividade?
18 Será que essa “nação” recém-nascida adotou a plena adoração do Deus vivo e verdadeiro, Jeová, no seu campo de atividade espiritual do pós-guerra? Fazer isso era muito apropriado, agora que tinham sido libertos da dominação por parte de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. E foi o que fizeram, em consonância com a medida que Jeová prometera tomar com respeito à recém-nascida “nação”, em Isaías 66:21: “‘E dentre eles tirarei também alguns para os sacerdotes, para os levitas’, disse Jeová.” Devemos lembrar-nos de que, no caso dos israelitas durante os setenta anos de seu exílio na antiga Babilônia, de 607 a 537 AEC, eles estavam sem o serviço ativo do sumo sacerdote e dos subsacerdotes arônicos e dos servos destes, os levitas, visto que o templo em que serviam fora destruído. Jeová havia predito isso com exatidão, em Oséias 3:4, 5, dizendo:
19. Como havia Jeová predito a restauração de sua adoração em Oséias 3:4, 5?
19 “Isto é porque os filhos de Israel morarão . . . sem sacrifício, e sem coluna, e sem éfode e terafins. Depois, os filhos de Israel voltarão e certamente procurarão a Jeová, seu Deus, e a Davi, seu rei [o Messias]; e certamente virão trêmulos a Jeová e à sua bondade, na parte final dos dias.”
20. Tal medida da parte de Jeová exigiria que fosse construído o quê e onde, e isso em favor de que necessidades mais vitais?
20 Assim, além de agir como seu Libertador de Babilônia, Jeová cuidaria de suas necessidades mais vitais, suas necessidades espirituais. Ele reintegraria um legítimo sumo sacerdote, junto com seus subsacerdotes, e estes seriam auxiliados por um corpo de levitas. Isso exigiria a reconstrução do templo de Jerusalém, no qual esses pudessem desempenhar seus serviços, tão importantes para a “nação” que nasceria “de uma só vez”. Isso ocorreria na “terra” que seria “dada à luz com dores de parto num só dia”, sua amada terra natal. Sim, improvável quanto isso pudesse ter parecido. — Isaías 66:8.
21. Que coisa similar ocorreu em sentido espiritual no caso da recém-nascida “nação”, de 1919 em diante?
21 Em sentido espiritual, a mesma coisa tem acontecido com o restante do Israel espiritual desde que Jeová Deus o libertou de Babilônia, a Grande (o império mundial da religião falsa), no ano do pós-guerra, 1919. Ele providenciou primeiro as necessidades espirituais deles. Clareou o entendimento deles a respeito do cargo do Rei messiânico, Jesus Cristo, qual Sumo Sacerdote de Deus. Ele os purificou de quaisquer vestígios de profanação religiosa que ainda tivessem em decorrência da associação com Babilônia, a Grande, e da servidão a ela. Quais membros duma “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial”, com respeito ao Deus Altíssimo, vieram a apreciar mais nitidamente do que nunca como e por que tinham de manter neutralidade estrita com relação aos assuntos políticos deste mundo moderno. Viram que havia chegado o tempo para que o Deus vivo e verdadeiro ‘fizesse um nome para si mesmo’. E acordaram para com a sua obrigação de exaltar o nome pessoal de Deus, Jeová, acima de todos os outros nomes. Discerniram sua obrigação de serem testemunhas desse Deus cujo nome havia ficado obscurecido por séculos, e apropriadamente adotaram o nome “testemunhas de Jeová” no memorável ano de 1931. — 1 Pedro 2:9; Isaías 43:12; 63:12.
22. Embora envolva a salvação de criaturas, qual é a questão mais importante, o mais importante ensino da Bíblia, e por quê?
22 Embora mereça a devida consideração na Bíblia inspirada, a salvação da raça humana do pecado, da morte e da servidão a Satanás, o Diabo, e sua organização, não é a coisa mais importante, a doutrina mais importante da Bíblia Sagrada. Conforme disse o artigo principal intitulado “Integridade”, publicado no número de 15 de agosto de 1941 da revista A Sentinela (em inglês): “O propósito de Jeová de ver o mundo governado por Seu Governo justo é repetidamente enfatizado nas Escrituras. Seu Governo é a Teocracia sobre a qual ele constituiu Cristo Jesus qual Rei. . . . A questão primária suscitada pelo desafio insolente de Satanás foi e é a da DOMINAÇÃO UNIVERSAL.” (Parágrafos 1, 19) Assim, o propósito principal do Deus Altíssimo é vindicar esta soberania universal, que somente ele exerce. Fará isso gloriosamente, em breve, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” no campo de batalha do Har-Magedon. (Revelação 16:14-16) É o dever, o privilégio, a honra da “nação santa” do Israel espiritual manter sua integridade para com a dominação universal ou soberania de Jeová, destarte provando que o Diabo é mentiroso.
23. A frustração de que esforços de nações inimigas dá-se em cumprimento das palavras de Jeová em Isaías 66:22?
23 Até esta data tardia todos os esforços da parte de nações mundanas da organização visível de Satanás para erradicar a “nação” de Jeová que “nasceu” em 1919 na sua “terra” recém-produzida têm falhado. Isso se dá em cumprimento fiel da garantia fornecida pelo Soberano Universal nessas palavras em Isaías 66:22: “‘Pois assim como os novos céus e a nova terra que eu faço estão postos diante de mim’, é a pronunciação de Jeová, ‘assim ficarão postos a vossa descendência e o vosso nome’.”
24. (a) A perenidade dos novos céus e da nova terra de Deus fornece que garantia ao restante do Israel espiritual? (b) O restante será constituído parte de quê, no devido tempo?
24 Ah, não! Apesar de tudo que Satanás, o Diabo, e seus demônios invisíveis e sua organização terrestre visível tentarem fazer contra eles no futuro próximo, o restante do Israel espiritual e seu nome não serão apagados. A descendência terrestre visível da organização de Satanás e seus nomes não subsistirão mais por muito tempo. Em brilhante contraste com isso, porém, a descendência da organização universal de Jeová, a existência do restante do Israel espiritual, será perene; tampouco será seu nome expungido por seus inimigos e esquecido. Tão certo como os novos céus e a nova terra que o Soberano Universal faz existirão para sempre, assim será no caso do restante do Israel espiritual e seu nome digno. Isso não significa que o restante do Israel espiritual ficará na terra para sempre. Não, mas no devido tempo serão tomados e reunidos ao Sumo Sacerdote deles, Jesus Cristo, nos “novos céus” e servirão quais subsacerdotes no templo espiritual.
25. (a) Quando começou Jeová a ‘fazer’ esses “novos céus”? (b) Especialmente desde quando têm surgido os prospectivos membros da “nova terra”?
25 Jeová Deus começou a feitura dos “novos céus” no fim dos “tempos designados das nações” em 1914 EC, quando colocou seu Filho glorificado, Jesus Cristo, no trono celestial para governar qual Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este é “o Filho de Davi” e, quando ele era homem perfeito na terra, o Soberano Universal Jeová fez um pacto com ele para um reino eterno. (Mateus 21:15) De seu trono celestial Jesus Cristo reina sobre nosso globo terrestre. A feitura da “nova terra” não significa ou exige a destruição de nossa terra literal. Não, pois este planeta Terra ‘permanecerá por tempo indefinido’. (Eclesiastes 1:4) O reino de Deus por Cristo o transformará num Paraíso eterno. Sem contradizer esse grande fato, a feitura da “nova terra” significa a criação, da parte de Jeová, duma nova sociedade humana que esteja em plena harmonia com ele e seus justos “novos céus”. (2 Pedro 3:13) Ele já tem vivos na terra milhões de prospectivos membros dessa sociedade da “nova terra”. Esses surgiram especialmente desde o ano de 1935 EC.
26. (a) De que modo Isaías 66:12 se refere à vinda da “grande multidão” à associação com o restante dos israelitas espirituais? (b) Onde esta “multidão” serve agora a Jeová?
26 Esses têm saído de todas as nações, raças, povos e línguas e têm-se dedicado a Jeová Deus por meio de Cristo, o Sumo Sacerdote, e têm simbolizado sua dedicação por ser batizados em água em imitação de seu Pastor Excelente, Jesus Cristo. (João 10:14, 16) Antes, em Isaías 66:12, Jeová havia dito que ele estenderia ao restante do Israel espiritual, que representa a “Jerusalém de cima”, o que ele chama de “a glória de nações” e isto “como torrente inundante”. Desde 1935 este ato de estender a “glória de nações” ao restante espiritual tem estado em andamento na forma da “grande multidão” de “outras ovelhas” do Pastor Excelente, o Rei reinante Jesus Cristo. (Revelação 7:9-17) Por causa de sua lealdade ao Governo Teocrático de Jeová por Cristo, o Pastor Excelente fez deles “um só rebanho” com o restante dos israelitas espirituais. São trazidos ao templo espiritual de Jeová, que é ‘chamado mesmo de casa de oração para todos os povos’. (Isaías 56:7; Marcos 11:17) No templo espiritual de Deus para tal oração internacional a gloriosa “grande multidão” ‘presta-lhe serviço sagrado, dia e noite’. — Revelação 7:15.
27, 28. Quão assiduamente a “grande multidão” oriunda de “toda a carne” se reúne com o restante, e que resultados produz a participação deles na obra de dar testemunho?
27 Este maravilhoso acontecimento moderno ajusta-se ao que Jeová prossegue dizendo, em Isaías 66:23: “‘E há de acontecer que de lua nova a lua nova e de sábado a sábado chegará a mim toda a carne para se curvar diante de mim’, disse Jeová.” — Ageu 2:7-9.
28 Segundo relatórios, a “grande multidão” oriunda de “toda a carne” realiza regularmente reuniões com o restante do Israel espiritual “de lua nova a lua nova [mensalmente] e de sábado a sábado [semanalmente]”, por assim dizer. Participam realmente com o restante ungido no testemunho público e de casa em casa a fim de que a predição de Jesus para a “terminação do sistema de coisas” possa ser cumprida: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” (Mateus 24:3, 14) Essas pessoas de “toda a carne”, que reagem favoravelmente à pregação, ‘chegam para se curvar’ diante do Soberano Jeová.
29, 30. (a) Como indica Isaías 66:24 que esses adoradores oriundos de “toda a carne” sobreviverão à “grande tribulação” com que este sistema de coisas findará? (b) De que formarão eles o fundamento e, em seguida, a quem orientarão eles na adoração do Fazedor das coisas no céu e na terra?
29 Quais sobreviventes da “grande tribulação” que em breve acometerá o mundo, testemunharão como Jeová vindica sua soberania universal por destruir seus próprios inimigos e os inimigos deles naquela “tribulação” mundial. Com efeito, Isaías conclui sua profecia com as palavras: “‘E realmente sairão [os sobreviventes da tribulação] e olharão para os cadáveres dos homens que transgrediram contra mim; pois os próprios vermes sobre eles não morrerão e o próprio fogo deles não se apagará, e terão de tornar-se algo repulsivo para toda a carne.’“ — Isaías 66:24.
30 Como os “cabritos” amaldiçoados da parábola de Jesus que se cumpre durante esta “terminação do sistema de coisas”, aqueles que transgridem contra o Soberano Senhor Jeová “partirão para o decepamento eterno”, a destruição eterna. (Mateus 24:3; 25:31-46) Daí, qual fundamento da “nova terra”, tais herdeiros do paraíso terrestre, semelhantes a ovelhas, darão boas-vindas ao seu meio a todos os ressuscitados dentre os mortos para a vida na carne na terra. Orientarão toda essa carne ressuscitada em unicamente adorar o vindicado Fazedor dos “novos céus” e da “nova terra”. — Isaías 65:17; 2 Pedro 3:13.
Como responderia às seguintes perguntas baseadas em Isaías 66:8-20?
Isa. 66 Versículo 8: Como foi que a “nação” espiritual de Jeová veio a ‘nascer’ em sua “terra” espiritual em 1919?
Isa. 66 Versículos 9-14: Como é que Jerusalém forneceu nutrição e cuidado amoroso a seus “filhos”? Como isso se aplica a filhos espirituais nos tempos modernos?
Isa. 66 Versículos 15-18: Que práticas resultaram na destruição de Jerusalém em 607 AEC, prefigurando o que para hoje?
Isa. 66 Versículos 19, 20: Que “sinal” Jeová pôs “entre as nações”? Com que finalidade?
Como responderia às seguintes perguntas sobre Isaías 66:19-24?
Isa. 66 Versículo 19: Como “alguns dos que escaparam” tem sido enviados às “nações”? Com que resultado?
Isa. 66 Versículo 20: Em que sentido têm os “filhos de Israel” trazido um “presente” para a casa de Jeová?
Isa. 66 Versículo 21: Em que sentido foram alguns tirados para servir quais “sacerdotes”?
Isa. 66 Versículo 22: Referindo-se à certeza dos ‘novos céus e da nova terra’, que garantia dá Jeová concernente a seu povo restaurado?
Isa. 66 Versículo 23: Em que sentido vemos “toda a carne” curvar-se diante de Jeová “de lua nova a lua nova e de sábado a sábado”?
Isa. 66 Versículo 24: Que testemunharão os sobreviventes da “grande tribulação” quanto ao destino dos transgressores contra Jeová?
[Foto na página 23]
Como uma mãe, Jerusalém teve com os seus “filhos” um cuidado amoroso.
[Foto na página 29]
Tendo ‘escapado’ de “Babilônia, a Grande”, as Testemunhas de Jeová saem com a mensagem do Reino.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1983 | 1.° de janeiro
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Perguntas dos Leitores
■ Por que, em reuniões e congressos cristãos, a assistência é às vezes convidada a ficar em pé para cântico e oração?
O cântico e a oração já há muito fazem parte da adoração verdadeira. (1 Crônicas 16:7-9; Mateus 26:26-30; Tiago 5:13, 14) Assim, são parte regular e importante da adoração nas reuniões congregacionais e nas assembléias das Testemunhas de Jeová.
Muitos cânticos são em forma de orações ou de louvores a Deus. O ato de um grande grupo unidamente se levantar para cântico e oração pode ser encarado como demonstração de respeito ao se chegarem perante Deus com agradecimentos. — 1 Reis 8:14, 22, 23.
A Bíblia mostra, porém, que se pode orar e entoar cânticos de louvor a Deus em qualquer postura. (Veja Lucas 22:39-41; Atos 16:24, 25) Portanto, não há nenhuma regra neste respeito. Se a saúde duma pessoa ou as circunstâncias tornarem aconselhável que ela permaneça sentada enquanto a congregação entoa o cântico e faz a oração, isso não é errado. Amiúde os cristãos ficam sentados quando oram em grupos menores, tais como os Estudos de Livro de Congregação, nos estudos bíblicos domiciliares, e às refeições.
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