isto significou que Jeová abandonara Silo, uma vez que a Arca representava a Sua presença. (1 Sam. 4:2-11) O salmista faz alusão a tal abandono de Silo (Sal. 78:60, 61; compare com 1 Samuel 4:21, 22), e este é utilizado na profecia de Jeremias para ilustrar o que Jeová iria fazer com o templo em Jerusalém. — Jer. 7:12, 14; 26:6, 9.

No século X AEC, o profeta Aijá morava em Silo. (1 Reis 12:15; 14:2, 4) Depois do assassinato de Gedalias, em 607 AEC, certos homens de Silo (quer da cidade, quer da região) vieram a Jerusalém oferecer sacrifícios. — Jer. 41:5.

SILÓ

Ao proferir uma bênção sobre Judá, o moribundo patriarca Jacó disse: “O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comandante de entre os seus pés, até que venha Siló; e a ele pertencerá a obediência dos povos.” (Gên. 49:10) Começando com o governo de Davi, de Judá, o poder de comando (o bastão de comandante) e a soberania régia (o cetro) ficaram de posse da tribo de Judá. Isto deveria prosseguir até a vinda de Siló, indicando que a linhagem régia de Judá terminaria em Siló, como o herdeiro permanente. De modo similar, antes da derrubada do reino de Judá, Jeová indicou ao derradeiro rei de Judá, Zedequias, que a realeza seria entregue àquele que tinha o direito legal. (Eze. 21:26, 27) Este seria, evidentemente, Siló, uma vez que o nome “Siló”, segundo se entende, significa “Aquele de Quem É”, ou: “Aquele a Quem Pertence.”

Nos séculos que se seguiram, Jesus Cristo é o único descendente de Davi a quem se prometeu a realeza. Antes do nascimento de Jesus, o anjo Gabriel disse a Maria: “Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” (Luc. 1:32, 33) Por conseguinte, Siló tem de ser Jesus Cristo, “o Leão que é da tribo de Judá”. — Rev. 5:5; compare com Isaías 11:10; Romanos 15:12.

A respeito do antigo conceito judaico sobre Gênesis 49:10, um Commentary (Comentário; Vol. I, p. 233), editado por F. C. Cook, observa: “Toda a antiguidade judaica aplicava tal profecia ao Messias. Assim, o Targum de Onkelos reza: ‘até que o Messias venha, de quem é o reino’; o Targum de Jerusalém: ‘até o tempo em que venha o rei Messias, de quem é o reino.’ . . . Assim, o Talmude babilônico (‘Sinédrio’, cap. II. fol. 982): ‘Qual é o nome do Messias? Seu nome é Siló, pois está escrito: Até que venha Siló.’”

SILOÉ, I

[enviado]. Parece que o nome “Siloé” designava um encanamento ou canal em Jerusalém. Certo canal antigo ia desde a saída da caverna da fonte de Giom até o vale do Cédron, e rodeava o extremo da colina localizada a SE até um reservatório na junção dos vales de Hinom e de Tiropeom. O gradiente do canal, de cerca de 4 ou 5 mm para cada metro, resultava num fluxo suave, característica que se enquadraria nas “águas de Siloé, que correm suavemente”. A referência a tais “águas de Siloé”, em Isaías 8:6, é figurada, e representa a fonte da salvação e da segurança verdadeiras.

SILOÉ, II

[enviado]. Um reservatório em Jerusalém em que Jesus Cristo mandou que um cego se lavasse, a fim de adquirir visão. (João 9:6, 7, 11) Pouco se sabe a respeito deste reservatório, conforme existia naquele tempo, embora sua localização geral seja, pelo visto, assinalada pelo atual Birket Silwan, localizado logo a SO da cidade de Davi. Provavelmente, este também é o local aproximado do “reservatório” ou tanque do Rei Ezequias, adjacente ao aqueduto que construiu para levar as águas de Giom. — 2 Reis 20:20; 2 Crô. 32:30; veja EZEQUIAS.

Nos dias do ministério terrestre de Jesus, era evidentemente de conhecimento geral que a “torre de Siloé” tinha caído, matando dezoito pessoas. Tem-se sugerido que esta torre estava situada na elevação chamada Ofel, mas desconhece-se a sua real localização em Jerusalém. — Luc. 13:4.

SILVANO

Veja SILAS, SILVANO.

SIMÃO

[audição].

1. Outro nome do apóstolo Pedro. — Mar. 3:16; veja PEDRO.

2. Um apóstolo de Jesus Cristo, que se distingue de Simão Pedro pela alcunha de “o Cananita”. (Mat. 10:4; Mar. 3:18) Embora fosse possível que Simão tivesse anteriormente pertencido aos zelotes, um grupo judaico contrário aos romanos, talvez tenha sido pelo seu zelo religioso que ele veio a ser alcunhado de “zeloso” (“o Zeloso”, PIB), ou de o “Zelote(a)” (BJ; IBB). — Luc. 6:15; Atos 1:13

3. Um dos irmãos unilaterais mais moços de Jesus. (Mat. 13:55; Mar. 6:3) Embora ainda fosse descrente antes da Festividade dos Tabernáculos em 32 EC (João 7:2-8), é possível que se tenha tornado um discípulo mais tarde. Os irmãos carnais de Jesus achavam-se entre a multidão de cerca de 120 discípulos que estava em Jerusalém na época de Pentecostes de 33 EC, embora Simão não seja especificamente mencionado como estando presente. — Atos 1:14, 15.

4. Um mágico da cidade de Samaria que surpreendeu tanto aquela nação com suas artes mágicas que o povo dizia a seu respeito: “Este homem é o Poder de Deus, que pode ser chamado Grande.” Graças ao ministério de Filipe, Simão “se tornou crente” e foi batizado. Mais tarde, quando os crentes receberam espírito santo, à medida que os apóstolos Pedro e João impuseram as mãos sobre eles, Simão demonstrou a motivação errada, oferecendo dinheiro para obter a autoridade necessária, de modo que aqueles sobre quem ele impusesse as mãos também recebessem