Por que a cristandade não sobreviverá?
A profecia bíblica de Jeremias indica aos amantes da justiça “o caminho da vida”. Descreve também a execução do julgamento de Jeová Deus na religião falsa e nas nações que se opõem à sua vontade. Esta hora é iminente! Portanto, é oportuno que “A Sentinela”, neste número e nos que se seguem, considere o cumprimento hodierno da profecia de Jeremias.
“Eis que rejeitaram a própria palavra de Jeová, e que sabedoria é que eles têm? . . . desde o profeta até mesmo ao sacerdote, cada um age de modo falso.” — Jer. 8:9, 10.
1. Por que não é de estranhar que Jerusalém fosse desapontada como fator de paz?
A ATUAL Jerusalém, cidade estimada por três das grandes religiões do mundo, parece novamente desempenhar um papel mundial. Virá a ser ainda a cidade do Príncipe da Paz? Virá a ser o fator essencial para o estabelecimento da paz mundial? Neste respeito, virá a causar desapontamento aos que lhe atribuem um elevado valor religioso. Isto não nos deve parecer estranho, porque até mesmo a antiga Jerusalém falhou ao próprio Deus, cujo templo glorioso coroava o cume do monte Moriá, um de seus famosos morros.
2. (a) O que podemos estar perdendo por escutar os porta-vozes da cristandade? (b) A quem Jeová tem suscitado para avisar a cristandade?
2 Não estejamos entre aqueles que hoje adotam a atitude que levará ao inevitável desapontamento. A cristandade, que deposita grandes esperanças na moderna Jerusalém, por muito tempo tem tido uma voz predominante em assuntos religiosos e políticos. Apesar de seu prestígio, poderemos falhar em obter a vida eterna que desejamos, se escutarmos o que seus porta-vozes têm a dizer neste tempo dos mais críticos em toda a história humana. Segundo a Palavra infalível do Deus a quem a cristandade professa adorar, este sistema de cristianismo professo e nominal está condenado, assim como se deu com a Jerusalém dos dias do profeta Jeremias. (Jer. 6:18) A cristandade tem sido devidamente avisada sobre a destruição certa que a aguarda, sendo o aviso dado por pessoas plenamente dedicadas a Deus, assim como Jeremias. Sim, do mesmo modo como foi durante os últimos dias de Jerusalém, nos dias de Jeremias, Jeová Deus tem suscitado suas testemunhas ungidas para serem uma moderna classe de Jeremias. (2 Crô. 36:15, 16) Jeová tem enviado regularmente estas suas testemunhas cristãs aos membros das igrejas da cristandade, como que ‘levantando-se cedo e enviando-os’. (Jer. 7:25, 13) Mas, tudo em vão!
3. Que modelo de reação a tal aviso tem sido seguido pelos profetas e “sacerdotes” da cristandade?
3 Acontece que os “profetas” e os “sacerdotes” da cristandade têm-se negado a dar ouvidos. Não gostam de que seus “rebanhos” sejam perturbados. De modo que lhes dão garantias falsas, que desvirtuam as profecias de Deus. Foi assim nos dias de Jeremias. Foi assim nos dias dos apóstolos de Cristo. (Jer. 5:20, 21; Mat. 13:13-15; Atos 28:25-27) Queremos ser iguais àquelas pessoas desencaminhadas e negar-nos a dar ouvidos? Não!
CONFIANÇA ERRÔNEA NUM ENCANTAMENTO RELIGIOSO
4, 5. (a) Em que espécie de estrutura confiam hoje as pessoas da cristandade? (b) Como descreveu Jeremias as pessoas que, nos seus dias, cometeram um engano igual?
4 Milhões de pessoas depositam hoje sua confiança numa estrutura religiosa que está condenada. Os clérigos da cristandade induzem os membros de suas igrejas a fazer isso. O povo de Jerusalém e da terra de Judá cometeu um engano igual nos dias de Jeremias. Não queremos imitá-lo. Jeová ordenou a Jeremias a pôr-se de pé no portão do templo de Jerusalém e dizer publicamente aos que entravam ali:
5 “‘Não confieis em palavras falazes, dizendo: “O templo de Jeová, o templo de Jeová, o templo de Jeová é o que são!” . . . Eis que confiais em palavras falazes — isto certamente não será de nenhum proveito. Pode haver furto, assassinato, e adultério, e perjúrio, e oferta de fumaça sacrificial a Baal, e a ida atrás de outros deuses que não conhecestes, e é preciso que chegueis e que fiqueis de pé diante de mim nesta casa sobre a qual se invocou meu nome e que digais: “Havemos de ser livrados”, visto que fazeis todas estas coisas detestáveis? Tornou-se esta casa sobre a qual se invocou meu nome um mero covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu mesmo também o vi’, é a pronunciação de Jeová.” — Jer. 7:4-11.
6. Durante que ação usou Jesus as figuras de retórica de Jeremias a respeito do templo de Jerusalém?
6 Jeremias não obteve autorização para limpar o templo de todos os objetos aviltantes postos ali por aqueles que queriam realizar uma fusão da adoração de Jeová com a idolatria pagã. (Jer. 7:30, 31) No entanto, mais de 630 anos depois da destruição daquele templo, Jesus Cristo, como Filho de Deus, limpou o reconstruído templo de Jerusalém em duas ocasiões. Ao fazer isso, Jesus usou as figuras de retórica de Jeremias. Lemos: “Jesus entrou no templo e lançou fora todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos que vendiam pombas. E disse-lhes: ‘Está escrito: “Minha casa será chamada casa de oração”, mas vós fazeis dela um covil de salteadores.’” (Mat. 21:12, 13; veja também João 2:15, 16.) Aquele templo profanado foi destruído em 70 E.C.
7. (a) Ao mesmo tempo em que os fanáticos religiosos da cristandade realizam sua adoração, em que convertem sua estrutura religiosa? (b) Como chamam a Jesus Cristo, contudo, que nome lhes dará ele?
7 Especialmente a partir de 1919 E.C., os da hodierna classe de Jeremias têm trazido à atenção do mundo o estado profanado da cristandade. Ao mesmo tempo em que os membros das igrejas realizam sua adoração, neste sistema de coisas que professa ser cristão, eles participam em “furto, assassinato, e adultério, e perjúrio”. Oferecem sacrifícios religiosos a outros deuses (baalins, senhores), além de ao Senhor Jesus Cristo. Convertem seus prédios religiosos de maneira materialista em “mero covil de salteadores”. (Jer. 7:9-11) Apesar de todas essas coisas que são detestáveis para Jeová, os religiosos fanáticos da cristandade louvam a Jesus Cristo da boca para fora e o chamam de “Senhor”. Acham que, por fazerem isso, tudo está certo, e que sua adoração é aceitável a Deus e a Cristo. Mas, Jesus Cristo os surpreenderá por chamá-los de “obreiros do que é contra a lei”, por não fazerem a vontade de seu Pai. — Mat. 7:21-23.
8. Por que acham os fanáticos religiosos da cristandade que sua estrutura religiosa leva uma existência encantada?
8 Iguais aos israelitas a quem Jeremias transmitiu a mensagem de Jeová, os religiosos fanáticos da cristandade encaram seu “templo”, a quem aplicam o nome de Cristo, como se fosse um encantamento contra a calamidade vinda das mãos de Deus. Apontam para a sua estrutura nominalmente cristã das coisas e dizem: “O templo de Jeová é o que são!” (Jer. 7:4) A Igreja Católica Romana afirma ser apostólica por elaborar uma série de sucessores apostólicos, remontando aos doze apóstolos de Cristo. A Igreja Anglicana da Grã-Bretanha faz algo similar com respeito aos seus “bispos” (clérigos episcopais). Os patriarcas das Igrejas Ortodoxas Orientais fiam-se numa imaginária e ininterrupta sucessão de seus bispos, remontando aos doze apóstolos, os quais, segundo argumentam, tiveram sucessores apostólicos. O papado de Roma afirma que está edificado sobre o apóstolo Pedro como “esta pedra”, e que, por isso, as “portas do inferno” não podem prevalecer contra ele. (Mat. 16:18, 19, Pontifício Instituto Bíblico) Por causa desta alegada continuidade das coisas desde os dias do próprio Cristo, eles acham que a cristandade leva uma existência encantada, a salvo do extermínio.
9, 10. (a) Que pergunta surge sobre os adoradores que confiam na ‘existência encantada’ da cristandade? (b) O que mandou Jeová que Jeremias dissesse sobre os judeus que confiavam no seu templo?
9 Todavia, caso alguém confie na ‘existência encantada’ da cristandade, garante-lhe isto a segurança contra a calamidade e a destruição junto com ela? O apóstolo Paulo adverte que, nestes “últimos dias”, as pessoas teriam “uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, [falsas] para com o seu poder; e”, ele acrescenta, “destes afasta-te”. (2 Tim 3:1-5) Portanto, quando alguém passa por formalidades ostensivas numa casa ou instituição que professa estar dedicada a Deus, mas que, ao mesmo tempo, está profanada pela mistura com a adoração falsa e o mundanismo, garante-lhe isso ser protegido contra a expressão do justo desagrado de Deus? Ora, o que foi que Jeová mandou que Jeremias dissesse aos israelitas que confiavam no seu “templo”? Escute:
10 “‘Ide, pois, ao meu lugar que estava em Silo [a uns 32 quilômetros ao norte de Jerusalém], onde fiz meu nome residir no princípio, e vede o que lhe fiz por causa da maldade do meu povo Israel. E agora, visto que continuastes a fazer todos estes trabalhos’, e a pronunciação de Jeová, ‘e eu continuei a falar convosco, levantando-me cedo e falando, mas vós não escutastes, e continuei a chamar-vos, mas vós não respondestes, vou fazer também à casa sobre a qual se invocou meu nome, em que confiais, e ao lugar que dei a vós e aos vossos antepassados, assim como fiz a Silo. E vou lançar-vos fora de diante da minha face, assim como lancei fora todos os vossos irmãos, toda a descendência de Efraim’.” — Jer. 7:12-15.
11. Nos dias de Samuel, o que aconteceu em Silo que chocou as suscetibilidades religiosas dos israelitas?
11 O que aconteceu a Silo, nos dias do jovem profeta Samuel, chocou as suscetibilidades religiosas dos israelitas. Eles confiavam na arca sagrada do pacto, para salvá-los da derrota às mãos dos filisteus. Por isso, ela foi tirada do Santíssimo do tabernáculo, que ficava em Silo, e sacerdotes violadores da lei, os filhos do sumo sacerdote Eli, carregaram-na à batalha. Mas a Arca não os protegeu contra as conseqüências de suas violações da lei de Jeová. Pior, a Arca caiu nas mãos dos filisteus pagãos, os filhos sacerdotais de Eli, Hofni e Finéias, foram mortos, e, quando o gordo sumo sacerdote Eli recebeu a triste notícia, ele caiu para trás, quebrou o pescoço e morreu. Os israelitas continuaram sob a opressão dos filisteus, e a Arca, símbolo da presença de Jeová, nunca mais voltou ao seu lugar no tabernáculo sagrado em Silo, embora os filisteus idólatras, afligidos por uma praga, a tivessem mandado de volta. — 1 Sam. 3:1 até 7:2.
12. De que modo tratou Jeová a Jerusalém e a terra de Judá assim como havia tratado a antigamente favorecida Silo?
12 Por meio de Jeremias, Jeová advertiu que faria a Jerusalém o mesmo que fizera a Silo, antigamente favorecida. Assim, permitiu que os babilônios destruíssem Jerusalém, em 607 A.E.C. Até mesmo o templo construído pelo Rei Salomão e que havia abrigado a arca do pacto foi demolido. A própria Arca desapareceu, não havendo mais nenhuma menção dela e desconhecendo-se hoje o seu paradeiro. Depois da calamidade que sobreveio a Silo, os filisteus deixaram os israelitas permanecer ali. Mas, depois que os babilônios destruíram Jerusalém e seu templo, eles deportaram a maioria dos judeus sobreviventes para a longínqua Babilônia. Os poucos judeus deixados para trás finalmente abandonaram o país em terror e fugiram para o Egito. Isto deixou toda a terra de Judá sem habitantes. Assim Jeová lançou fora de diante de sua face aqueles judeus violadores do pacto!
13. Que lição devemos aprender deste caso de confiança errada?
13 Devemos hoje aprender disso uma lição. Não depositemos nossa confiança no que os clérigos da cristandade acham que sirva como encantamento religioso para salvá-la da obliteração. A “grande tribulação” que lhe sobrevirá em breve será pior do que aquela que sobreveio a Jerusalém e ao seu templo, 37 anos depois de Jesus ter limpo aquilo que se tornara “mero covil de salteadores”, o profanado templo de Jerusalém. — Mat. 24:1, 2, 21, 22.
DA SANTIDADE RELIGIOSA PARA A POLUIÇÃO
14. Por que não devemos orar a Deus pedindo a preservação da cristandade?
14 Ninguém que realmente ama o Deus da Bíblia orará para que tal coisa estranha nunca sobrevenha à cristandade. Jeová ordenou ao seu profeta Jeremias que não orasse para que Jerusalém e seu profanado templo fossem poupados à execução de Sua indignação justa. O equivalente moderno de Jerusalém, a cristandade, mostrou que é incorrigível. Depois de todos esses anos em que Jeová tem enviado suas testemunhas cristãs para advertir o povo da cristandade, ela continua na sua maldade, a ponto de ser imperdoável. — Jer. 7:18-26; 5:7-9.
15, 16. (a) Em vista de que proceder não merece a cristandade nenhuma compaixão? (b) Ilustrando isso, o que disse Jeová em Jeremias 7:30, 31?
15 Não devemos lamentar a cristandade porque a destruição dela afetará muitas vidas humanas. Seu proceder lançou muito vitupério sobre Deus. Por que não deveríamos, então, pensar em primeiro lugar nele? Ele é mais importante do que todas as criaturas humanas. Pense em como a cristandade, com suas centenas de milhões de membros das igrejas, envergonhou o nome dele e perseguiu suas testemunhas fiéis, que têm proclamado as advertências dele e seus conselhos salvadores de vida. Temos mais compaixão para com homens desacatadores e desobedientes do que pelo nome do Deus Altíssimo? De fato, perecerem junto com a cristandade é lamentável, mas o seu proceder atual de vergonhosa conduta religiosa não é menos lamentável. Ilustrando isso, Jeová disse:
16 “‘Os filhos de Judá fizeram o que é mau aos meus olhos’, é a pronunciação de Jeová. ‘Colocaram as suas coisas repugnantes na casa sobre a qual se invocou meu nome, para a aviltarem. E construíram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom [fora da muralha meridional de Jerusalém], para queimarem no fogo [o quê?] a seus filhos e suas filhas, coisa que eu não havia ordenado e que não me havia subido ao coração.’” — Jer. 7:30, 31; veja Levítico 18:21; 20:2-5.
17. (a) Que pergunta surge sobre ter dó dos sacrifícios humanos e dos pais que os ofereciam? (b) Quem originou a idéia de tais sacrifícios humanos?
17 De modo que, no que toca a ter dó, de quem temos mais dó? Dos pais idólatras que se confrontaram com um ajuste de contas com Jeová? Ou dos filhos e das filhas gritando ao serem oferecidos como sacrifícios humanos ao falso deus Moloque (Rei), num altar em Tofete, no vale do filho de Hinom? (Jer. 32:35) Como é que esses pais impiedosos podiam associar tal adoração do perverso deus-ídolo Moloque com a adoração no santo templo, pouco ao norte do vale? Não era às ordens de Jeová que ofereciam tais sacrifícios humanos, vivos, a um deus falso. A idéia de tais sacrifícios humanos surgiu no coração dos apóstatas religiosos daquele tempo, mas nunca no coração de Jeová Deus. O que merecem os homens que procuram misturar tal adoração com a adoração de Jeová?
18. Em sentido numérico como se comparam os sacrifícios da antigüidade com os oferecidos pela cristandade agora, em menos de um século?
18 Lá naquele tempo, os sacrifícios de crianças, feitos pelos renegados “filhos de Judá”, são insignificantes em comparação com o número dos sacrifícios humanos oferecidos pela cristandade aos seus deuses não-cristãos, no decorrer dos séculos. Embora ela pretenda ser o reino visível do Príncipe da Paz, tem oferecido inúmeros filhos e filhas ao deus da guerra, seu Moloque ou “Rei”. Agora, em menos de um século, ela tem sacrificado dezenas de milhões dos melhores membros jovens de suas igrejas, nas duas das mais sangrentas guerras de toda a história humana, e em muitas guerras menores. A cristandade chama isso de modo blasfemo de cristianismo. Tais sacrifícios são considerados por ela como “o sacrifício supremo”, que granjeia para os sacrificados um acesso imediato à presença de Cristo, lá no céu!
OS SACRIFÍCIOS QUE AGRADAM A JEOVÁ DEUS
19. Então, o que significa apresentar o cristão a Deus seu corpo como “sacrifício vivo, santo”?
19 Tais sacrifícios não são da espécie que Jeová Deus recomenda aos seguidores de seu Filho Jesus Cristo. Antes, em Romanos 12:1, 2, ele inspirou o apóstolo Paulo a escrever: “Eu vos suplico, irmãos, pelas compaixões de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus, um serviço sagrado com a vossa faculdade de raciocínio. E cessai de ser modelados segundo este sistema de coisas, mas sede transformados por reformardes a vossa mente, a fim de provardes a vós mesmos a boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus.” Apresentar o cristão seu corpo como “sacrifício vivo, santo”, não significa que ele se suicida ou faz com que o sacerdote religioso o mate e o ofereça num altar. Este não seria um “serviço sagrado com a vossa faculdade de raciocínio”, Antes, significa que o cristão leva uma vida abnegada no serviço de Deus, não se tornando deliberadamente mártir com o fim de ostentação.
20. Por viver assim de modo “aceitável a Deus”, que sacrifícios pode o cristão ainda vivo oferecer a Deus?
20 O verdadeiro cristão, por continuar a viver dum modo “aceitável a Deus”, pode oferecer a Deus os sacrifícios mencionados em Hebreus 13:15, 16: “Por intermédio dele [Cristo, o Sumo Sacerdote de Deus], ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome. Além disso, não vos esqueceis de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros, porque Deus se agrada bem de tais sacrifícios.”
21. Para o seu povo escolhido, o que colocou Jeová à frente de eles oferecerem vítimas animais, e, assim, o que dizer de sacrifícios humanos?
21 Os sacrifícios assim descritos não admitem que misturemos a adoração de Jeová com a oferta de vítimas humanas ou animais aos deuses falsos deste mundo. (Isa. 42:8) O que Deus quer primariamente de seu povo é a obediência, obedecermos a “boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus”. Quando Jeová salvou seu povo escolhido da opressão mortífera do antigo Egito, ele não destacou, como sendo de importância primária, que se lhe fizessem ofertas de sacrifícios animais: “Mas esta é a palavra que lhes dei como ordem, dizendo: ‘Obedecei à minha voz, e eu vou tornar-me vosso Deus, e vós mesmos vos tornareis meu povo; e tereis de andar em todo o caminho que eu vos ordenar, para que vos vá bem.’” (Jer. 7:22, 23; 1 Sam 15:22) Portanto, se Jeová não exigiu sacrifícios animais de seu povo escolhido, muito menos demandaria dele sacrifícios humanos. A idéia de sacrifícios humanos, tais como os oferecidos a Baal ou a Moloque, nem mesmo lhe “havia subido ao coração”. — Jer. 7:31.
22, 23. (a) Com toda a sua história de derramamento de sangue humano, como falhou a cristandade quanto a oferecer sacrifícios aceitáveis a Deus? (b) O que devia acontecer ao seu protótipo antigo, para mostrar que ela não ficaria sem punição?
22 A cristandade, apesar de toda a sua história sangrenta de derramamento de sangue humano, não tem oferecido a Deus os sacrifícios que lhe agradam. Da parte dela, tem faltado a obediência ao Deus da Bíblia. (Mat. 6:6-8) Até hoje, ela não se arrependeu de seu proceder desobediente, a fim de oferecer a Deus o sacrifício apropriado: “Os sacrifícios a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e esmagado não desprezarás, ó Deus.” (Sal. 51:17) Merece ela ficar sem punição? Ficará sem punição? Seu protótipo antigo, Jerusalém, sofreu a devida punição, assim como Jeová dissera:
23 “‘Portanto, eis que vêm dias’, e a pronunciação de Jeová, ‘em que não mais se dirá que é Tofete e o vale do filho de Hinom, mas o vale da matança; e terá de se fazer o sepultamento em Tofete sem haver bastante lugar. E os cadáveres deste povo terão de tornar-se comida para as criaturas voadoras dos céus e para os animais da terra, sem que alguém os faça tremer. E eu vou fazer cessar nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém a voz de exultação e a voz de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva; porque a terra se tornará nada mais que um lugar devastado’.” — Jer. 7:32-34; 19:6-9.
24. Quando ocorreu o cumprimento típico desta solene profecia?
24 O cumprimento desta solene profecia não ocorreu durante o reinado do Rei Josias, que fez uma obra iconoclástica e que profanou os lugares que haviam sido devotados à adoração de Moloque e de outros deuses demoníacos. (2 Reis 23:3-20) A transformação de Tofete e do vale de Hinom num vale de matança, cheio de cadáveres de judeus, sem haver sepulturas para impedir que fossem devorados por aves e animais necrófagos, ocorreu em 607 A.E.C., quando Jerusalém, após longo sítio, caiu diante dos babilônios, e os desditosos sobreviventes foram deportados, ficando a cidade como lugar devastado. Jerusalém e Judá ficaram desoladas por 70 anos. — 2 Crô. 36:17-21.
25. Em vista do precedente, do cumprimento de que profecia de Jeremias não escapará a cristandade?
25 A sanguinolenta cristandade da atualidade, com seus costumes pagãos, suas tradições inventadas por homens e sua mistura de filosofias pagãs com ensinos bíblicos, não se sairá melhor do que seu antigo protótipo. Ela não escapará de sofrer o cumprimento da profecia de Jeová: “Suscitar-se-á até mesmo uma grande tormenta desde as partes mais remotas da terra. E os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra. Não serão lamentados, nem serão recolhidos ou enterrados. Tornar-se-ão como estrume sobre a superfície do solo.” (Jer. 25:32, 33) Não! A cristandade não sobreviverá à iminente “grande tribulação”. (Mat. 24:1, 2, 21, 22) Além disso, todo o restante do império mundial da religião falsa a seguirá de perto na destruição!