Ordens para a pesca mundial
1. Mais tarde, onde foi que o ressuscitado Jesus apareceu de novo a seus apóstolos, e, segundo Mateus, o que lhes disse?
EVIDENTEMENTE, foi algum tempo logo depois do relatado acima que o Jesus ressuscitado reapareceu a seus discípulos na Galiléia, desta vez a todos os onze fiéis, e, desta vez, não junto ao mar, mas num monte. O apóstolo Mateus estava ali e escreve o seguinte a respeito: “Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara, e quando o viram, prestaram-lhe homenagem, mas alguns duvidaram. E Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: ‘Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.”
2. (a) Deveria a obra de fazer discípulos se limitar aos onze apóstolos fiéis, e que evidência é oferecida em resposta? (b) Em que locais de pesca deveria continuar a ser feita a obra?
2 Provavelmente, havia muito mais pessoas no monte além dos onze apóstolos fiéis. (Mat. 28:16-20) É possível que esta seja a ocasião a que se refere o apóstolo posterior, Paulo, quando afirma: “Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais permanece até o presente, mas alguns já adormeceram na morte.” (1 Cor. 15:6) Inquestionavelmente, a obra de fazer discípulos não se devia limitar aos onze apóstolos fiéis, e os posteriores relatos bíblicos mostram que não se limitava aos apóstolos. A pesca de homens deveria ser feita por todos os discípulos, inclusive os discípulos recentemente feitos, e a parábola da rede, feita por Jesus, prova isso. Os locais de pesca não se deveriam limitar ao pequeno tanque dos judeus naturais, mas deveria abranger o inteiro mar da humanidade, “pessoas de todas as nações”. Isto deveria continuar até à “terminação do sistema de coisas”, em que vivemos agora.
3. (a) Por suas operações de pesca na terra, quantos “peixes” pegara diretamente Jesus até Pentecostes de 33 E. C.? (b) Que tipo de pesca houve naquele dia, e quem tomou parte na operação?
3 As operações diretas de pesca de Jesus na terra, com a ajuda dos seus apóstolos e evangelistas, havia pegado apenas cerca de cento e vinte discípulos. Pelo menos esse número estava reunido na sala de sobrado na manhã de Pentecostes do ano 33 E. C. Onde estavam os outros dentre os quinhentos que certa vez tinham testemunhado seu aparecimento no monte da Galiléia? (Atos 1:15 a 2:4) Antes desse notável dia de Pentecostes, Jesus Cristo não havia ajuntado seus seguidores e os estabelecido como congregações cristãs separadas da sinagoga judaica. Mas agora, neste sexto dia do mês lunar de sivã de 33 E. C., começaram as operações de pesca por parte dos treinados pescadores de homens, de Jesus. Todos os cento e vinte na sala de sobrado de Jerusalém, ungidos com espírito santo de Deus mediante Cristo, participaram na operação, como que com uma rede comum. Como se deu nas duas ocasiões de esforços especiais de pesca no Mar da Galiléia, houve miraculosa pesca de peixes simbólicos. Apenas nesse dia, cerca de três mil pessoas foram pescadas com a rede, pois todas elas foram batizadas em água no nome do Senhor Jesus Cristo. Apegaram-se aos pescadores apostolicos e realizaram reuniões. — Atos 2:5-47.
4. Quando foi que começou a pesca em águas Internacionais, e o que foi primeiro apanhado com a rede?
4 Cerca de três anos, quatro meses e dez dias depois, ou no outono setentrional do ano 36 E. C., a rede de pesca cristã foi lançada em águas internacionais sob a direção do Pescador celeste, o glorificado Jesus Cristo. Isto se deu quando o pescador Pedro, acompanhado de seis fiéis judeus cristãos, foi enviado à cidade portuária de Cesaréia para pregar a mensagem do Reino ao centurião italiano, Cornélio, e a outros gentios a quem ajuntara em sua casa. Deus abençoou as operações de pesca de Pedro e, por meio do glorificado Jesus Cristo, Deus derramou espírito santo sobre os crentes gentios. Assim, os primeiros “peixes” gentios foram apanhados com rede para o reino dos céus. — Atos 10:1 a 11:12.
NA “TERMINAÇÃO DO SISTEMA DE COISAS”
5. Segundo a parábola da rede, dada por Jesus, do que nos aproximamos agora, e o que dizer das operações de pesca?
5 Desde a pesca do não-judeu Cornélio de Cesaréia pela rede cristã, as atividades dos pescadores cristãos de homens em todas as águas têm prosseguido até esta “terminação do sistema de coisas”. (Mat. 28:20) A simbólica “fornalha ardente” em que os santos anjos de Cristo lançarão os peixes simbólicos imprestáveis está bem próxima. (Mat. 13:47-50) O tempo se torna mais crítico ao se passarem os dias. Mas, as operações de pesca espiritual têm de prosseguir!
6. (a) Que qualidade se exigiu para que as redes fossem lançadas em 1919? (b) Como foi que houve uma ressurreição da organização em 1919, e será que teve propósito ou não?
6 Como no caso dos apóstolos de Jesus em duas ocasiões no Mar da Galiléia, era preciso grande fé para que os verdadeiros pescadores de homens obedecessem à ordem de Cristo e lançassem suas redes no ano de 1919. Esse foi o primeiro ano do após-guerra, depois da primeira guerra mundial. Na primavera setentrional daquele ano, os três diretoresa e cinco outros membros proeminentes da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, EUA, foram soltos da penitenciária federal de Atlanta, Geórgia, EUA, e foi restaurada a livre administração da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. A organização destes cristãos dedicados, batizados, que havia sido terrivelmente mutilada em todo o mundo durante a Primeira Guerra Mundial pela perseguição religiosa e pelos elementos governantes militarizados, foi reconstruída. Foi como se, iguais ao profeta Jonas, tivessem sido vomitados do ventre dum grande peixe, para continuar a profetizar. Por que houve uma ressurreição espiritual destes cristãos dedicados? Para que continuassem a pescar! Muito embora os Tempos dos Gentios tivessem findado em princípios do outono setentrional de 1914, a pesca mundial de homens não havia terminado ainda. As redes tinham de ser lançadas de novo!
7. Como, efetivamente, foi dada a ordem de lançar as redes, e como é que foram lançadas?
7 Para esse fim, foram publicados nos números de 1 e 15 de agosto de 1919 da revista Torre de Vigia (A Sentinela) artigos sobre “Benditos os Destemidos”; foi realizada em Cedar Point, Ohio, EUA, no começo de setembro, a primeira assembléia geral, milhares de pessoas comparecendo a ela, e começou a ser publicada em 1.° de outubro de 1919 a nova revista A Idade de Ouro (Despertai!). Com efeito, foi dada uma ordem a estes dedicados estudantes cristãos da Bíblia: “Abaixai as vossas redes para uma pesca.” Obedientemente, e de forma destemida, lançaram suas redes em águas que tinham sido bem improfícuas durante os anos da Primeira Guerra Mundial, por meio de intensificada ‘pregação das boas novas do reino’ a todo o “mar” da humanidade. (Mat. 24:14) Será que houve pesca?
8. Que relatório a respeito da “pesca” apresentou A Torre de Vigia no verão setentrional de 1925?
8 As estatísticas para aqueles anos do após-guerra e a expansão das atividades respondem Sim! Por exemplo, com a data de 1.° de setembro de 1925, A Torre de Vigia, na página 263, disse a respeito da assistência na celebração mundial da ceia do Senhor: “Ficamos contentes de que o número dos que participam na Comemoração da morte de Cristo seja tão grande, porque manifesta tamanho interesse pela verdade em toda parte, e isto se dá como deveria. O total geral relatado até a data é de 90.434 pessoas, que é de 25.329 pessoas mais do que o relatado há um ano atrás.”
9. De início, a pesca renovada foi feita para apanhar quem, e que nome abraçaram os pescadores?
9 Por mais de doze anos desde 1919 em diante, as atividades pesqueiras destes pescadores cristãos de homens foram dirigidas principalmente à pesca com rede dos peixes simbólicos para o reino dos céus, para serem co-herdeiros junto com Jesus Cristo do reino celeste. Em 1931, o restante destes herdeiros do Reino assumiram o nome bíblico de “testemunhas de Jeová”, começando na tarde de domingo, 26 de julho de 1931, quando cerca de 10.000 pessoas, numa assembléia internacional em Columbus, Ohio, EUA, elegremente adotaram uma resolução em favor de assumirem este nome, baseado em Isaías 43:10-12. As congregações destes herdeiros do Reino em volta do globo acompanharam esta ação.
10, 11. (a) Quando, aparentemente, haviam sido apanhados com a rede todos os “peixes” apropriados para o Reino? (b) O que deveriam fazer, então, aqueles pescadores, ainda na “terminação do sistema de coisas”?
10 Os “peixes” do Reino ajuntados pelos anjos por operações de rede, durante os dezenove séculos desde Pentecostes do ano 33 E. C. deveriam por fim somar 144.000. (Rev. 7:4-8; 14:1-5) Assim, então, durante esta “terminação do sistema de coisas” desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914, os últimos destes “peixes” do Reino deveriam ser apanhados na rede, em cumprimento da parábola de Jesus em Mateus 13:47-50. Todos os deste restante final que foram apanhados pelas operações angélicas eram, eles próprios, “pescadores de homens”, assim como os apóstolos a quem Jesus convocou da pesca profissional no Mar da Galiléia se haviam tornado tais.b (Mat. 4:18, 19; Luc. 5:10) Aparentemente, por volta dos anos de 1931-1935, todos os peixes simbólicos apropriados para o reino dos céus haviam sido apanhados a fim de completarem o número predeterminado de 144.000 co-herdeiros de Cristo. (Mat. 22:10, 11) Bem, então, será que os do restante ungido deveriam cessar suas atividades de pesca? Será que deveriam pôr de lado suas redes de pesca e simplesmente esperar ser levados para o céu? Como poderiam fazer isso biblicamente? Ainda nos achamos na “terminação do sistema de coisas”. Não ousamos esquecer o que Jesus disse a seus seguidores:
11 “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.”
12. (a) Em Mateus 28:19, 20, será que Jesus estabeleceu uma data para a cessação da obra de fazer discípulos dele? (b) Durante o ano de 1938, relatou-se que quantas pessoas pescavam, e a quem Este número sem dúvida incluía?
12 Por essas palavras em Mateus 28:19, 20, Jesus não estabeleceu nenhuma data, na terminação do sistema de coisas, para que a classe de pescadores a quem se dirigia terminasse sua obra de fazer discípulos. Assim, as pessoas que não são pescadas com a rede para terem parte no reino dos céus podem tornar-se discípulos de Jesus Cristo, muito embora não lhes seja dada a esperança celeste, mas, regozijam-se na esperança de vida interminável num paraíso terrestre governado pelo reino celeste de Deus. Por isso, é fato publicado que, desde o ano de 1935, os “pescadores de homens” cristãos começaram a concentrar sua atenção naqueles a quem Deus fará herdeiros do paraíso terrestre. A estes se apresentou a possibilidade de serem protegidos durante a vindoura guerra final do Armagedom e de sobreviverem para a justa nova ordem na terra, sob o reino celeste de Deus.c Durante o ano de 1938, havia em média 47.143 pessoas que foram relatadas como pescando em 52 terras ao redor do globo. Sem dúvida, incluíam muitos cristãos dedicados que entretinham a esperança de um paraíso terrestre.
13. Como influiu o irrompimento da Segunda Guerra Mundial na pesca, mas, por que a pesca continuou no mar da humanidade?
13 O irrompimento da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939 obstruiu grandemente a obra de pesca de discípulos de Jesus Cristo. Naquele tempo, tratava-se de pescar em águas agitadas; mas, apesar da guerra e da cruel perseguição, os “pescadores de homens” continuaram labutando, por assim dizer, durante a noite inteira. Em vários países, sua obra de pesca espiritual foi proscrita pelos governos do tempo de guerra. Mas, os “pescadores de homens” de Jeová não obtiveram sua licença para pescar nem seus direitos de pesca dos governantes deste mundo. O Salmo 95:3-5 lhes diz: “Jeová é grande Deus . . . a quem pertence o mar, que ele mesmo fez.” Semelhantemente, o mar da humanidade pertence a ele, e tem dado a suas testemunhas dedicadas e batizadas os direitos de pesca em todas as águas, sem considerar as restrições que os simples homens tentem estabelecer sobre certas áreas. Assim, a obra de pesca do Reino prosseguiu com regularidade, em segredo onde necessário. Em 1941, a mensagem do Reino que atraía os peixes simbólicos estava sendo proclamada em oitenta e oito idiomas, na página impressa e pela palavra oral.
14. Como foi realizada a mudança da presidência da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) pouco depois de os EUA entrarem na Segunda Guerra Mundial?
14 Em 7 de dezembro de 1941, a Segunda Guerra Mundial tragou os Estados Unidos da América, país em que estava localizada a sede básica da pesca espiritual. Trinta e dois dias depois, morreu o idoso presidente da organização-sede de Brooklyn, Nova Iorque, EUA. Assim, no meio de uma guerra de proporções mundiais, tornou-se necessária a mudança de presidência, e a responsabilidade deste cargo foi confiada aos ombros de um homem dedicado com a metade da idade do anterior, em 13 de janeiro de 1942.
15. Que convocação lançada em princípios de 1942 mostrou se houve perda de coragem ou confiança da parte da organização de Jeová, e qual foi a reação a ela?
15 Embora os homens começassem a desfalecer por causa dos horrores da maior guerra de todos os tempos até então, a organização de “pescadores de homens” de Jeová não perdeu a coragem nem a confiança. De sua sede terrestre partiu a convocação aos “pescadores de homens” em todas as águas: “Abaixai as vossas redes para uma pesca.” Isto veio em especial em forma de um artigo principal no número de 1.° de fevereiro de 1942 de A Sentinela em inglês [1.° de março em português] que usou como tema o texto de Jeremias 16:16 (Al), que reza: “Eis que mandarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os pescarão; e depois enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão sobre todo o monte, e sobre todo o outeiro, e até nas fendas das rochas.”d O parágrafo 28 (página 42) deste artigo estimulante se referiu à convocação aos “pescadores de homens”, conforme delineada em Mateus 4:18-22 e Lucas 5:1-11. Quer as águas agitadas do mar da humanidade dilacerado pela guerra estivessem desprovidas quer não de peixes simbólicos, foram lançadas as redes às águas, em plena fé, com confiança no Pescador Principal, Jesus Cristo.
16. (a) Será que houve “pesca” naquele ano de guerra de 1942? (b) O que foi que houve que demonstrava a determinação de continuar e ampliar a pesca?
16 Milagre ou não, houve pesca. Embora o relatório combinado de todos os pescadores ativos durante o sombrio ano de guerra de 1942 não fosse recebido na inteireza, pôde-se relatar que mais de 100.000 pessoas estavam empenhadas ativamente na pesca espiritual, e, destas, 7.624 eram publicadores-pioneiros que devotavam seu tempo integral como “pescadores de homens”. (Anuário das Testemunhas de Jeová de 1943, página 221) A obra dos representantes viajantes que visitavam as congregações de “pescadores de homens” em zonas de território foi iniciada de novo. De 18 a 20 de setembro de 1942, foi realizada a Assembléia Teocrática do Novo Mundo, cinqüenta e uma cidades estando ligadas à principal cidade de assembléia em Cleveland, Ohio, EUA, e vinte e seis cidades estrangeiras sendo beneficiadas com o mesmo programa. No discurso público: “Paz — Pode Durar?” foi predita a paz que deveria seguir a Segunda Guerra Mundial em 1945, também o reavivamento da organização internacional de paz e segurança mundiais, agora as Nações Unidas. Em 1942, foram feitos planos para se construir nova gráfica em Brooklyn, e também de se iniciar a Escola Bíblica, de Gileade para os pescadores missionários.
17. O que indicou que houve pesca apesar da Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945?
17 Todas estas coisas que foram projetadas foram realizadas. O lançamento das redes de pesca resultou numa pesca, contrário ao que poderia esperar. No ano de 1939, havia 61.589 “pescadores de homens” que lançavam as redes em todo o mundo; mas, em 1945, no setembro em que terminou a Segunda Guerra Mundial, havia 127.478 que pescavam regularmente todo mês, e, destes, 6.719 eram pescadores pioneiros de tempo integral. Verificou-se isto pelos relatórios obrigatoriamente incompletos. A ampla maioria deste aumento de peixes simbólicos apanhados com rede durante tais anos era constituída de pessoas que se tornaram discípulos de Cristo com uma esperança dum paraíso terrestre.
18. Por volta do ano de 1947, o que indicava que a maioria daqueles que agora eram apanhados pela rede eram aqueles que tinham esperança terrestre?
18 Em conformidade com isso, o número dos que tinham o testemunho do espírito de Deus de que tinham a esperança do Reino celeste começou a decrescer. Também, quando o número dos “pescadores de homens” na terra excedeu o número dos 144.000 herdeiros do Reino, isso por si só evidenciava que tais peixes simbólicos que eram então apanhados na rede eram discípulos que tinham esperança de viver na terra para sempre sob o reino celeste de Deus. Este fato tornou-se claro em 1947, há vinte e um anos atrás, quando o número dos pescadores que relatavam regularmente era de 181.071 em 86 terras.
19. (a) Será que o lançarmos nossas redes desde 1945 tem sido em vão? (b) Por que brevemente terminará esta estação de pesca?
19 Nossa obediência em lançar nossas redes em conformidade com a ordem do Pescador Principal, Jesus Cristo, não tem sido vã. Nestes anos do após-guerra, desde 1945, centenas de milhares de peixes simbólicos têm sido apanhados com a rede. Atualmente, cerca de um milhão deles têm-se tornado discípulos dedicados e batizados de Cristo e têm-se tornado ordenados “pescadores de homens”. Dentro em breve, estará terminada esta grande estação de pesca. Seu fim será marcado pela “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” no Armagedom, onde qualquer peixe “imprestável” que estiver às mãos será destruído como que numa “fornalha ardente”. (Rev. 16:14-16) Tem de haver fim da “terminação do sistema de coisas”, durante a qual o Principal Pescador de Jeová, Jesus Cristo, junto com seus santos anjos, orienta onde é que as redes de pesca devem ser lançadas. Esse terrível fim está cada vez mais próximo, se havemos de julgar pelas evidências bíblicas e mundanas. Isso não é motivo para que nós, “pescadores de homens”, nos dirijamos à praia, penduremos nossas redes ociosas e abandonemos nossa obra designada de pesca.
20. (a) Embora alguns locais de pesca pareçam trabalhados demais ou desprovidos de peixe, o que realiza nosso lançamento confiante das rodes? (b) Para onde podem ir os pescadores de tais áreas a fim de conseguirem uma pesca?
20 Alguns locais de pesca talvez pareçam agora ter sido trabalhados demais e quase desprovidos de “peixes” disponíveis. Na verdade, é possível que em tais lugares se apanhem menos peixes, todavia, o lançamento com confiança das redes por meio da pregação, do ensino e do treinamento do Reino sempre resulta em se apanhar alguns que se tornam discípulos dedicados e batizados de Jesus Cristo, o Pescador Principal. Isto parece ser o caso até mesmo em alguns locais nacionais de pesca, em que o número de pescadores na organização não aumenta, ou até mesmo diminui. Se possível, que aqueles que possam fazê-lo conduzam seus “barcos” a locais de pesca não tocados ainda ou onde mais “pescadores de homens” possam ser usados para cuidar da grande pesca que é aparentemente possível.
21. Quem ainda dirige as operações de pesca, e, por que devemos continuar a lançar nossas redes para conseguirmos uma pesca?
21 Aquele que nos chamou para esta ocupação, Jesus Cristo, está na direção. Sabe para onde nos dirige. Pode abençoar nossos esforços aparentemente infrutíferos com uma pesca de surpresa. Podemos estar seguros de que apanhará todos os seus “peixes”, que se tornam seus discípulos dedicados e batizados, antes que todas as criaturas imprestáveis do mar da humanidade sejam lançadas na “fornalha ardente” no Armagedom, e os fiéis e perseverantes “pescadores de homens” sejam recompensados com privilégios vitalizadores na nova ordem de Deus, sob seu reino celeste de paz e felicidade. Até aquele tempo de execução do julgamento divino, “abaixai as vossas redes para uma pesca”.
[Nota(s) de rodapé]
a O Presidente J. F. Rutherford, o Secretário-Tesoureiro W. E. Van Amburgh e A. H. Macmillan. Veja-se A Torre de Vigia (Sentinela) de 15 de abril de 1919, página 123.
b Com similar entendimento, foi publicado nas páginas 308, 309 do exemplar de 15 outubro de 1914 de A Torre de Vigia o artigo “Apanhando Peixes com a Rede do Evangelho”.
c Veja-se o livro intitulado Podeis Sobreviver ao Armagedom Para o Novo Mundo de Deus, publicado em 1955 pela Sociedade Torre de Vigia.
d Segundo a Cyclopaedia Bíblica de M’Clintock e Strong, Jeremias 16:16 pode ser aplicado em sentido favorável. O Volume 3, em seu artigo sobre “Pesca”, página 579, parágrafo 1, afirma:
“O copioso suprimento de peixes nas águas da Palestina incentivava a arte ou ocupação da pesca, a que são feitas alusões freqüentes na Bíblia: no Velho Testamento, estas alusões têm caráter metafórico, sendo descritivas quer da conversão (Jeremias 16:16; Ezequiel 47:10) ou da destruição (Ezequiel 29:3 e seqüência; Eclesiastes 9:12; Amós 4:2; Habacuque 1:14) dos inimigos de Deus. No Novo Testamento, as alusões são de caráter histórico em sua maior parte. . . , embora a aplicação metafórica ainda seja mantida em Mateus 13:47 e seqüência.”
The Holy Bible Commentary de F. C. Cook, publicado por Charles Scribner’s Sons, Nova Iorque, EUA, em 1886, diz, no Volume 5, página 414, sobre Jeremias 16:16: “ . . . Espiritualmente, os pais o expuseram como os apóstolos sendo os ‘pescadores de homens’. Assim, Orígenes: ‘Os Apóstolos são os Pescadores, que pelas Escrituras divinas tecem as redes por meio das quais atraem homens do salmourento mar da vida mundana, para que Deus lhes conceda uma vida melhor, até mesmo sobre as montanhas, com os profetas e seu Senhor, que foi transfigurado num monte, e num monte ensinou ao povo Suas bem-aventuranças: e ali os caçadores são os anos, que vêm para receber suas almas à medida que partem de seus corpos’ (Origenes em Gr. Ghislerii’, II, 430).”
No lado desfavorável, a Cyclopaedia Bíblica de M’Cllntock e Strong, Volume 3, diz, sob “Pescador”, página 580, coluna 1:
“Um termo usado, além de seu significado literal . . . na frase ‘pescadores de homens’ . . . conforme aplicado por nosso Salvador aos apóstolos . . . ao convocá-los para seu cargo; e de modo igualmente típico, mas em sentido desfavorável, a palavra ocorre em Jeremias 16:16. A aplicação da figura é óbvia.”
Alguns comentaristas consideram os versículos 14 e 15 de Jeremias 16 como sendo interrupção da profecia, tais versículos sendo repetidos, embora com pequenas mudanças, no capítulo 23, versículos 7 e 8. Em conformidade com isso, An American Tranalation (Smith-Goodspeed) coloca, os versículos 14 e 15 entre colchetes, ao passo que a tradução da Bíblia feita pelo Dr. James Moffatt omite completamente os versículos 14 e 15. Quando lido assim logo depois do versículo 13, o versículo 16 assume um significado desfavorável para com o antigo povo pactuado de Deus, Israel.