O “copo” que todas as nações terão de beber da mão de Deus
1. Em vista do futuro pressagioso, que pergunta forçosamente temos de fazer sobre a poção que se dá à humanidade para beber?
COMO ficou pressagioso o aspecto da situação mundial em nossa geração! Segundo o que dizem os informados sobre a tendência dos assuntos mundiais, o chamado “destino das nações” não é nada agradável para se ver. Certamente, será uma poção amarga que a humanidade terá de beber. Em vista do contínuo fracasso dos desesperados esforços humanos de afastar uma catástrofe mundial, sentimo-nos impelidos a perguntar: Será que uma Inteligência Superior, sim, Deus, está intervindo no assunto?
2. De que modo apresentam o cabeçalho do Salmo 75, e seus Sal. 75 versículos sete e oito, algo significativo para nós, hoje?
2 Isto traz à mente a declaração significativa duma antiga canção. Segundo o cabeçalho da canção, devia ser cantada de acordo com a melodia intitulada “Não Arruínes”. A nação de Israel, à qual pertencia o compositor da canção, não ficou permanentemente arruinada junto com as nações vizinhas, mas, pela Providência Divina, surgiu novamente. Temos assim uma canção bem apropriada para os nossos tempos, sendo de interesse para nós os versículos sete e oito, porque dizem: “Pois Deus é o juiz. A este ele rebaixa e aquele exalta. Porque na mão de Jeová há um copo e o vinho está espumando, está cheio de mistura. E seguramente se derramará dele a sua borra; todos os iníquos da terra a sorverão e a beberão.” — Sal. 75, 7, 8, e cabeçalho; veja também a versão do Pontifício Instituto Bíblico.
3. De acordo com a poção que as nações são obrigadas a beber, Jeová as julga como sendo o quê, e como podemos evitar ter de beber junto com elas?
3 O “copo” de que todas as nações beberão no futuro próximo contém a poção mais amarga que já terão tomado. Isto é indicado pelas lições que podemos tirar da história antiga e da moderna. Que todas as nações forçosamente terão de tomar tal poção nauseante torna certo que Deus, o “Rei das nações”, julga que elas são ‘iníquas’. (Sal. 75:8; Jer. 10:7) De modo que elas serão forçadas a beber da sua mão a própria borra do “copo” de vinho espumante, fortemente temperado. Mas, que dizer de nós, os que esperamos um futuro que venha a ser feliz? Como podemos esquivar-nos de beber junto com as nações a poção mortífera daquele “copo”? É lógico que temos de escutar qualquer conselho dado por Aquele que estende o “copo” às nações, no seu tempo devido, agindo então prontamente em harmonia com este conselho. Faremos isso?
4. A situação ameaçadora dos dias de Jeremias afetou que região terrestre?
4 A atual situação mundial é parecida àquela em que mais de 20 nações se encontraram durante os últimos anos de Jeremias. A parte da terra então afetada era a ligação terrestre entre a África, a Ásia e a Europa. Hoje, naquela região, encontramos as nações produtoras de petróleo do Oriente Médio. Ainda é uma área de tensão, assim como no tempo de Jeremias.
5. Como se data para nós a profecia do capítulo 35 de Jeremias?
5 Lá naquele tempo, surgiu no cenário mundial um homem a quem o mundo talvez chamasse de “homem do destino. Seu longo nome, Nabucodonosor, significa “Nebo É Protetor Contra o Infortúnio [ou: da fronteira]”. Este homem fatídico, filho de Nabopolassar, tornou-se imperador de Babilônia em 625 A. E. C. Naquele mesmo ano foi dada uma portentosa profecia sobre ele. Ela não foi dada por um astrólogo, naquela antiga pátria dos astrólogos, mas pelo Criador das estrelas, Jeová, o Deus do profeta Jeremias. A profecia é para nós datada em Jeremias 25:1, 2: “A palavra que veio a haver para Jeremias concernente a todo o povo de Judá, no quarto ano de Jeoiaquim, filho de Josias, Rei de Judá, isto é, no primeiro ano de Nabucodorosor, Rei de Babilônia; que Jeremias, o profeta, falou concernente a todo o povo de Judá e concernente a todos os habitantes de Jerusalém .” O quarto ano do reinado de Jeoiaquim caiu em 625 A. E. C.
6. Que fundo histórico apresenta a profecia de Jeremias 25:8-14 para a visão das cestas de figos?
6 Esta profecia realmente antecedia em oito anos à visão de Jeremias sobre as cestas de figos, no templo em Jerusalém. (Jer. 24:1-3) Que fundo histórico apresentava esta profecia anterior àquela visão, e o que dizia ela?
“Portanto, assim disse Jeová dos exércitos: ‘“Visto que não obedecestes às minhas palavras, eis que envio alguém e vou tomar todas as famílias do norte”, é a pronunciação de Jeová, “sim, enviando alguém a Nabucodorosor, Rei de Babilônia, meu servo, e vou trazê-las contra esta terra e contra os seus habitantes, e contra todas estas nações ao redor; e vou devotá-los à destruição e fazer deles um assombro e objeto de assobio, e lugares devastados por tempo indefinido. E eu vou destruir dentre eles o som de exultação e o som de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva, o som do moinho manual e a luz da lâmpada. E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta anos”.’
“‘E terá de acontecer que, quando tiverem cumprido setenta anos, ajustarei contas com o Rei de Babilônia e com aquela nação’, é a pronunciação de Jeová, ‘pelo seu erro, sim, com a terra dos caldeus, e vou fazer dela baldios desolados por tempo indefinido. E vou fazer chegar sobre aquela terra todas as minhas palavras que falei contra ela, sim, tudo o que está escrito neste livro que Jeremias profetizou contra todas as nações. Porque eles mesmos, muitas nações e grandes reis, exploraram-nos como servos; e vou retribuir-lhes segundo a sua atuação e segundo o trabalho das suas mãos’.” — Jer. 25:8-14.
“NABUCODOROSOR, REI DE BABILÔNIA MEU SERVO”
7. O nome de quem merece ser temido hoje igual ao de Nabucodonosor, e quando será temido pelas nações?
7 Temem hoje todas as nações o nome de algum homem assim como se temia internacionalmente o nome de Nabucodonosor lá naquele tempo, a partir do 23.º ano de Jeremias profetizar? (Jer. 25:3) Não! Nenhum homem deste século 20 ficará registrado na história moderna como sendo igual ao antigo Rei Nabucodonosor. É verdade que o apóstolo Paulo disse, em Romanos 13:1, 6, que os cristãos que acatam as leis pagam seus impostos às “autoridades superiores” porque estas são “servidores públicos [em grego: leitourgoi], servindo constantemente com este mesmo objetivo”. Mas, não há nenhum político, hoje em dia, que possa ser chamado profeticamente de “meu servo” por Jeová Deus. (Jer. 25:9; 27:6) O único que pode ser chamado de “servo” em cumprimento desta profecia por meio de Jeremias é o maior servo de Jeová em todo o universo. Este é agora o seu grandemente enaltecido Filho, Jesus Cristo, a quem ele deu um nome superior ao de qualquer outra criatura no céu e na terra. (Isa. 42:1; Fil. 2:5-11) Embora os governantes mundanos não o temam hoje assim como se temia Nabucodonosor, farão isso na vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. — Rev. 16:13-16.
8. Por que chamou Jeová a Nabucodonosor de “meu servo”, e em relação com ele, o que deve ser considerado como tipo que nos preocupa hoje
8 Por que chamou Jeová ao Rei Nabucodonosor de “meu servo”? Porque Ele o usou para punir o povo de Judá pela recusa deste de escutar os Seus profetas. A punição por meio deste Rei de Babilônia se estendeu também aos países vizinhos, que haviam maldosamente explorado o povo de Jeová por desprezo a Ele. Isto não significa, porém, que Nabucodonosor fosse típico de Jesus Cristo, o qual adorava apenas a Jeová como Deus. Antes, o que é típico é a obra executora que Nabucodonosor realizou por Jeová contra as nações culpadas. Prefigurava a obra de conquista do mundo, que Jesus Cristo, Principal Executor da parte de Jeová, realizará durante a iminente “grande tribulação”, na qual todas as nações inimigas serão reduzidas a pó, sob os pés do principal Servo de Jeová. De modo que estas nações (inclusive as da cristandade) são o equivalente moderno daquelas antigas nações que caíram diante da Potência Mundial Babilônica. É por isso que este assunto é da mais séria preocupação para nós, hoje.
9. Que outro período de tempo começou no início dos “setenta anos” da desolação total de Judá, e de que modo nunca foi interrompido este período?
9 O rolo compressor militar dos babilônios causou a desolação da terra do reino de Judá por 70 anos (Jer. 25:11, 12; 29:10; Dan. 9:1, 2; 2 Crô. 36:17-21) Esta desolação completa da terra de Judá e de Jerusalém, durante sete décadas, começou no mês outonal (setentrional) de tisri do ano 607 A. E. C. Com este acontecimento trágico relaciona-se o ano muito mais trágico de 1914 E.C. Como? Porque no outono (setentrional) daquele ano terminaram os 2.520 anos dos “sete tempos” das nações gentias, que começaram na desolação de Judá. (Luc 21:24; Dan. 4:16, 23, 25, 32) Aqueles “tempos designados das nações” gentias, ou tempos dos gentios, abrangeram o período durante o qual o Soberano Universal Jeová permitiu que as nações gentias exercessem o domínio mundial na terra, sem interferência por parte do seu reino messiânico. Depois que Nabucodonosor destruiu Jerusalém, em 607 A.E.C., o reino típico de Deus na terra nunca mais foi restabelecido na Jerusalém terrestre, nas mãos da família régia de Davi, a fim de não interromper o domínio total da terra por potências mundiais gentias.
10. Embora Ciro derrubasse a dinastia de Nabucodonosor em 539 A. E. C., de que modo serviram Judá e as outras nações ao rei de Babilônia por 70 anos?
10 O conquistador persa de Babilônia, Ciro, o Grande, não restabeleceu em Jerusalém o reino da família de Davi. É verdade que ele conquistou a Babilônia gentia em 539 A. E. C., ou uns dois anos antes de expirarem os “setentas anos” de desolação da terra de Judá. Ele se proclamou “rei de Babilônia” e no começo não alterou a política da dinastia babilônica do Rei Nabucodonosor. De modo que as nações subjugadas por Nabucodonosor continuaram a servir o “rei de Babilônia” por 70 anos. Só no 70.º ano da desolação de Judá foi que Ciro, o Grande, libertou os judeus exilados da servidão direta ao Rei de Babilônia e os deixou voltar para casa, para reconstruírem seu desolado país e sua capital nacional, Jerusalém, com o templo dela. (Esd. 1:1 a 3:2) Desta maneira, Jeová ajustou contas pelo “erro” dos babilônios, que estes haviam cometido contra o Deus de Israel. — Jer. 25:12.
ENTREGA INTERNACIONAL DO “COPO”
11. Em vista de que acontecimentos nos céus as coisas na terra nunca mais foram iguais desde 1914 E.C.?
11 Agora que os tempos dos gentios terminaram em 1914, sabemos que o dia de Jeová ajustar contas com as nações gentias pelo “seu erro” tem de estar muito próximo. Depois de 1914, o mundo nunca mais foi o mesmo. Os historiadores seculares não podem explicar a razão disso. Mas a razão simplesmente é que por volta de 4/5 de outubro de 1914 ou 2.520 anos depois da desolação de Judá e Jerusalém, após a conquista pelos babilônios, acabaram os tempos dos gentios, de ininterrupto domínio mundial. Jeová Deus não estabeleceu então na Jerusalém terrestre o “trono de Jeová” para ser ocupado por um herdeiro terrestre do Rei Davi, para assim revivificar o reino terrestre, típico, de Deus. (1 Crô. 29:23) Antes, visto que o “reino do mundo” tornara-se então o reino do Senhor Deus, Jeová causou o nascimento do seu reino de sua organização celestial e assentou no trono celestial seu Filho, Jesus Cristo, o Herdeiro de Davi, a sua mão direita. (Rev. 11:15; 12:1-5) Desde então, este descendente real do Rei Davi juntou-se a Jeová Deus no domínio do mundo, no meio de seus inimigos, antes de esmagá-los na morte.
12. Como é que os da classe de Jeremias têm entregue o “copo” as nações?
12 Por conseguinte, resta ainda às nações gentias beberem dum “copo” da mão de Deus. Especialmente a partir do ano de 1919, os da classe de Jeremias têm trazido à atenção das nações este “copo” Por darem às nações tal aviso antecipado, os da classe de Jeremias têm entregue figurativamente o copo de Jeová às nações. Isto foi retratado profeticamente no capítulo 25 de Jeremias. O profeta disse ali:
“Pois assim me disse Jeová, o Deus de Israel: ‘Toma da minha mão este copo do vinho de furor, e tens de fazer beber dele todas as nações às quais te envio. E terão de beber, e balouçar, e agir como homens endoidecidos, por causa da espada que envio entre eles.’
“E passei a tomar o copo da mão de Jeová e a fazer beber todas as nações às quais Jeová me enviara: a saber, Jerusalém e as cidades de Judá, e seus reis, seus príncipes, para fazer delas [i. e., das cidades] um lugar devastado, um assombro, objeto de assobio e uma invocação do mal, assim como no dia de hoje.” — Jer. 25:15-18.
13. Qual era a “espada” que Jeová havia de enviar entre todas as nações?
13 Qual era a “espada” que Jeová havia de enviar entre todas as nações alistadas em Jeremias 25:18-26? Era a guerra de conquista que ele permitiu que seu “servo”, Nabucodonosor, travasse contra todas essas nações.
14. O que foi golpeado primeiro pela “espada” e a que reis afetou isso? Como?
14 A “espada” simbólica atacou primeiro o reino típico de Jeová na terra de Judá (Jer. 25:29) Os “reis” de Jerusalém, que sentiram os golpes da “espada”, foram (1) Jeoiaquim, filho de Josias; (2) Joaquim (Jeconias), filho de Jeoiaquim; e (3) Zedequias, filho de Josias e tio de Joaquim. O primeiro golpe, infligido ao Rei Jeoiaquim em 620 A. E. C., quatro anos após a profecia de Jeremias sobre a “espada” e o “copo”, fez dele Rei vassalo juramentado debaixo de Nabucodonosor. O segundo golpe da espada foi dado em 617 A. E. C. e tirou o jovem Joaquim de seu reinado sobre Jerusalém, exilando-o em Babilônia. O terceiro e último golpe destruiu Jerusalém e seu templo, em 607 A. E. C., deportando o Rei Zedequias, que violara seu juramento, para Babilônia, onde morreu como prisioneiro cego e sem filhos. Nos meados do mês lunar de tisri de 607 A. E. C., Jerusalém e as cidades de Judá ficaram desoladas.
15. Quem mais devia beber do “copo” da mão de Jeová, e quem seria o último de todos estes?
15 Jerusalém não beberia sozinha a poção amarga da parte de Deus. Em Jeremias 25:19-26, o profeta menciona mais de 20 reis ou reinos aos quais ele entregou o “copo do vinho de furor” de Jeová. Ele começa com o Faraó do Egito e seus servos, e desce a lista de governantes nacionais, terminando por dizer: “E o próprio Rei de Sesaque beberá após eles.” Estudantes do assunto consideram “Sesaque” como sendo o nome críptico de Babel (Babilônia). Seu rei condenado mostrou ser o último da dinastia de Nabucodonosor, a saber, Nabonido, junto com seu filho co-regente, Belsazar. Fez-se este Belsazar tomar o “copo” de Jeová em 539 A.E.C., quando foi morto após a queda de Babilônia diante de Ciro, o Persa. Por usar o criptograma Sesaque, Jeremias evitou a menção direta de Babilônia naquele tempo.
16. De que modo alguns talvez se negassem a beber do “copo”, mas o que devia Jeremias dizer?
16 Alguns dos reinos mencionados talvez tenham resistido ao agressivo Nabucodonosor, a fim de impedir a execução do decreto de Jeová. Mas, o profeta Jeremias foi mandado dizer para a informação deles: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Sem falta bebereis. Pois, eis que é sobre a cidade [Jerusalém] sobre a qual se invoca o meu nome que eu principio a trazer calamidade, e acaso ficaríeis vós de algum modo impunes?’” Respondendo à sua própria pergunta, Jeová disse: “‘Não ficareis impunes, pois há uma espada [a conquista militar babilônica] que estou convocando contra todos os habitantes da terra’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Jer 25:28, 29.
17. Como é que as nações tem mostrado sua recusa de beber do “copo”, mas que adiantou isso?
17 Desde o ano de 1919 E. C., as nações têm-se negado a beber do “copo” simbólico da mensagem do furor divino de Jeová, da mão da classe de Jeremias. De modo que passaram a agir contra as Testemunhas de Jeová, tanto da classe de Jeremias como duma “grande multidão” de companheiros cooperadores, até mesmo proscrevendo a elas e a distribuição livre de sua mensagem bíblica, impressa. Mas, tudo em vão! Movidas pelo espírito de Jeová, suas testemunhas obedientes continuam com suas reuniões e com sua pregação do Reino às ocultas. Obedecem assim antes a Deus do que aos homens que resistem a Deus. (Atos 4:19; 5:29) No futuro não muito distante, tais opositores políticos ficarão sabendo que forçarem as Testemunhas de Jeová a agir às ocultas nunca impedirá que os governantes do mundo bebam do “copo” da própria mão de Deus na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no lugar que é simbolicamente chamado de Har-Magedon. — Rev. 16:13-16.
18. Para quem será “grande” aquele dia, e, por isso, o que se recusam a fazer os da classe de Jeremias,
18 Aquele dia será “grande” para Jeová. Será uma ocasião alegre para ele, porque lutará então pela causa de sua soberania universal. Como Comandante Supremo, ele enviará à batalha seu próprio Filho Jesus Cristo, vencedor do mundo, a fim de obter uma vitória que ultrapassará em muito qualquer vitória obtida pelo antigo Rei Nabucodonosor de Babilônia. (Rev. 19:11-21) Isto dará a Jeová motivo para clamar com mais exultação do que vinhateiros alegres que pisam o lagar em preparação do vinho que alegra tanto a Deus como os homens. (Rev. 19:11-15; Juí. 9:12, 13) Os da classe de Jeremias têm certeza da vitória de Jeová no Har-Magedon. Por isso se recusam a ficar calados sobre esta iminente vindicação da soberania de Jeová, embora os governantes das nações do mundo se desagradem desta poção amarga.
19. Quanto daquilo que Jeová lhes diz e publicado corajosamente pelos da classe de Jeremias?
19 Os da classe de Jeremias obedecem hoje corajosamente à ordem dada ao profeta lá no primeiro ano do reinado do Imperador Nabucodonosor sobre Babilônia: “E quanto a ti [Jeremias], tu lhes profetizarás todas estas palavras e terás de dizer-lhes: ‘Do alto bramirá o próprio Jeová e da sua santa habitação dará vazão à sua voz. Sem falta bramirá sobre o seu lugar de permanência. Ele entoará uma exclamação igual à dos que pisam o lagar, contra todos os habitantes da terra.’” — Jer. 25:30.
A POÇÃO QUE FARÁ AS NAÇÕES AGIR COMO “HOMENS ENDOIDECIDOS”
20. Devem os da classe de Jeremias ser chamados de ‘meros proclamadores de calamidades’ por causa daquilo que a vitória de Jeová significará para as nações?
20 O grito de vitória de Jeová ressoará pelo céu e pela terra. A classe de Jeremias e seus companheiros apontam para isso à frente, embora a vitória de Jeová signifique calamidade para todas as nações. Por causa disso, deveriam os da classe de Jeremias ser chamados de ‘meros proclamadores de calamidades’? Não! Senão, Jeová Deus, quem lhes deu a sua mensagem, também deveria ser classificado assim. Em aviso misericordioso, ele disse: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Eis que sai uma calamidade de nação em nação e suscitar-se-á até mesmo uma grande tormenta desde as partes mais remotas da terra. E os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra. Não serão lamentados, nem serão recolhidos ou enterrados. Tornar-se-ão como estrume sobre a superfície do solo.’” — Jer. 25:32, 33.
21. Por que podia Jeová corretamente assumir a responsabilidade pelos mortos por causa da expansão do império de Nabucodonosor?
21 Com tal linguagem, Jeová predisse a marcha de Nabucodonosor para a vitória sobre as nações que haviam de ser absorvidas no Império Babilônico. Ele deixaria assim que Nabucodonosor passasse de nação em nação, sufocando toda a resistência pela espada executora que Jeová colocou na sua mão. Por isso, Jeová assumiu a responsabilidade pelos mortos pelos conquistadores babilônicos. Ele mesmo classificou essas vítimas da agressão babilônica de “mortos por Jeová”. Fora Ele quem fizera as nações beber do “copo” a poção que as fazia agir “como homens endoidecido”. Quer os homens atribuam isso a Jeová, quer não, há abundância de história secular para mostrar que o Rei Nabucodonosor expandiu o Império Babilônico sobre uma região maior do que a das potências mundiais anteriores. Jeová deve ter tido algo que ver com isso, pois, logo no primeiro ano do reinado de Nabucodonosor, Ele predisse essa expansão do Império Babilônico. — Jer. 25:1, 2; 32:1, 2; 52:29; 2 Reis 25:8; Jer. 52:12; Dan. 2:37, 38; 4:20-25.
22. Por que não queremos estar entre os mortos por Jeová na Iminente “grande tribulação”?
22 Que dizer, então, dos “mortos por Jeová” na iminente “grande tribulação”, que culminará na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso”, no Har-Magedon? Queremos estar entre eles? Não! Porque ser morto por ele naquele tempo significaria nossa execução judicial por ele.
23. Como se mostrou tipicamente que setor deste sistema de coisas cana primeiro na “grande tribulação”, e por que será este o primeiro?
23 No irrompimento da “grande tribulação”, todas as nações condenadas estarão alinhadas contra o Deus da classe de Jeremias. Este alinhamento incluirá as nações da cristandade, porque elas estão entre os opositores e perseguidores das Testemunhas de Jeová. A cristandade será a primeira deste sistema de coisas a desaparecer, porque ela é o equivalente moderno do reino apóstata de Judá e Jerusalém Para tipificar isso, o reino de Judá foi tornado o primeiro a beber do “copo” que continha o “vinho do furor”. Jeová disse que começaria com “a cidade sobre a qual se invoca o [seu] nome” para trazer a calamidade internacional. (Jer. 25:29) A cristandade, que não é nada cristã, é o setor religioso mais responsável perante Deus e Cristo, de modo que a partir dela se espalharia a calamidade mundial, como numa reação em cadeia. Será uma “tormenta” simbólica que nenhuma semeadura de naves por aviões poderá dissolver.
24. A “tormenta” suscitada “desde as partes mais remotas da terra” indica o que, e quantas vítimas haverá?
24 Esta “tormenta” simbólica vem “desde as partes mais remotas da terra”, porque será criada de fora do domínio das nações condenadas (Jer 6:22) No cumprimento moderno, isto significa realmente que vem duma Fonte invisível, celestial, de modo que será deveras um “ato de Deus”. Alastrando-se pelo globo inteiro, assim como o dilúvio dos dias de Noé inundou a terra inteira, sem falta empilhará as vítimas da “tormenta” de um confim da terra até o outro. Como é que os sobreviventes da classe de Jeremias e da “grande multidão” de seus companheiros conseguirão enterrar a todas essas? Jeová terá de usar seus poderes para eliminar os cadáveres — Rev. 19:11-21.
25. Em vista de Jeremias 25:34-38, que espécie de ‘proclamador’ é melhor ser?
25 Naquele “dia de vingança da parte de nosso Deus”, será melhor estar entre aqueles que os escarnecedores chamam de “proclamadores de calamidades”, do que entre os que uivarão por causa da “grande tribulação”. (Isa. 61:2; Rev. 7:14, 15; Mat. 24:21-30) “Uivai, pastores, e clamai!” disse Jeová por meio de Jeremias. “E revolvei-vos, majestosos do rebanho, porque se cumpriram os dias para serdes abatidos e serdes espalhados, e tereis de cair como um vaso desejável! E dos pastores pereceu o lugar de refúgio, e dos majestosos do rebanho, o meio de escape. Escutai! O grito dos pastores e o uivo dos majestosos do rebanho, porque Jeová está assolando seu pasto. E os lugares pacíficos de permanência ficaram sem vida por causa da ira ardente de Jeová. Ele deixou seu abrigo como um leão novo jubado, porque a terra deles tornou-se um assombro, por causa da espada que maltrata e por causa da sua ira ardente.” — Jer. 25:34-38.
26. Nesta profecia, quem são os “pastores” e quem são os “majestosos do rebanho”?
26 Será que esta profecia nos induz a pensar nos clérigos que têm sido chamados de pastores, pastores espirituais, e nas congregações de sua igreja, chamadas de “rebanhos”? É bem provável que sim, mas Jeová não se dirigiu ali aos líderes religiosos das nações. Nas Escrituras Hebraicas, os governantes são chamados de pastores, e seus povos ou súditos são chamados de seus rebanhos. De modo que os “majestosos do rebanho” seriam os príncipes ou os regiamente favorecidos do rebanho nacional. Este deve ser o caso em Jeremias 25:34-38, pois, onde é que se mencionam sacerdotes e levitas, em todo o capítulo? Aqueles a quem se mandou que Jeremias entregasse o “copo” da mão de Jeová são descritos como “reis”, “príncipes” e “reinos”. (Jer. 25:18-26) A iminente “calamidade” e “tormenta” mundial não atingirá apenas os clérigos e outros líderes religiosos, mas também, por fim, os elementos políticos, governantes, deste sistema de coisas.
27. Que representante de Sesaque deve beber do “copo” por último?
27 De modo que é “o Rei de Sesaque” quem beberá do “copo” depois de todos os outros. A profecia apresentada em Jeremias 51:41 fala disso como se já tivesse acontecido, dizendo: “Oh! como foi capturada Sesaque, e como está sendo tomado o Louvor de toda a terra! Como Babilônia se tornou em mero assombro entre as nações!” — Jer. 25:26; 27:7.
28. Com quem estão mais preocupados os “pastores” e os “majestosos”, e como será assolado o seu pasto?
28 Estes “pastores” e “majestosos” políticos ‘uivarão’ e se revolverão no chão por meros motivos egoístas. Quando o Soberano Senhor Jeová Deus os chamar a prestar contas, durante a “grande tribulação”, eles se darão penosamente conta de que chegou o dia para serem abatidos e espalhados. Se houvesse uma via de escape ou um lugar de refúgio aonde correr, talvez não se sentissem tão dispostos a ‘uivar’. Não se importam tanto com o que acontecerá com o “rebanho” nacional, mas estão mais preocupados com eles mesmos serem executados. Seus altamente lucrativos empregos e sua posição elevada terão de desaparecer! Seu “pasto”, o sistema de coisas por meio do qual exploraram seus rebanhos nacionais, será assolado, arruinado. O que anteriormente era um lugar de permanência tão ‘pacífico’, para usufruírem a vida com lucro para si mesmos — ficará sem vida. O silêncio da morte se abaterá sobre os redis para os seus ‘rebanhos’.
29. De que modo será Jeová então semelhante a um leão novo jubado, e com que efeito será brandida a “espada”?
29 Para produzir tal “assombro” mundial, a ira de Jeová terá de arder muito. Ele nunca poderia ser então igual ao leão de vale fluvial, que tem de abandonar sua toca por causa da enchente do rio Jordão. Não, mas “Jeová dos exércitos” terá de ser então como um leão intrépido que sai de seu “abrigo” na ofensiva, apesar dos pastores nos pastos. Por meio de seu Filho-Servo, Jesus Cristo, ele brandirá a “espada” da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso”. (Jer. 25:30, 38) Os pastores e majestosos do mundo nunca se restabelecerão dos golpes fatais da Sua “espada que maltrata”!
30. O que devemos fazer agora, em vista do que ouvimos com o ouvido da fé na profecia de Jeová?
30 Escute! Com o ouvido da fé na profecia de Jeová, está ouvindo isso cada vez mais alto? Pelos corredores ecoastes deste “tempo do fim” nós o ouvimos chegar do predito futuro, o uivo de todos os “pastores” nacionais, junto com os clamores dolorosos dos “majestosos” do rebanho de humanos semelhantes a ovelhas. Então, o que devemos fazer nós, ouvintes? O seguinte: Tomemos ação enquanto a via de escape ainda está aberta e enquanto ainda há um lugar de refúgio ao qual podemos fugir! Encontremos nosso abrigo de segurança e preservação no reino de Jeová por meio de seu Pastor designado, Jesus Cristo. — Eze. 34:23, 24; Jer. 23:5, 6.
[Foto na página 24]
Por meio da moderna classe de Jeremias, Jeová avisa misericordiosamente sobre a iminente “tormenta” global.