-
FaceAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
de Jó o tornara arrogante, de modo que, efetivamente, Jó ‘cobria sua face com a sua gordura’. (Jó 15:27) Como se deu com Hamã, cobrir outrem a face da pessoa podia representar uma situação vergonhosa, e, possivelmente, a condenação. — Ester 7:8; compare com Salmo 44:15; Jeremias 51:51.
‘Afastar a face’ pode revelar indiferença insultante ou desprezo. (2 Crô. 29:6; Jer. 2:27; 32:33) Deus demonstra seu desdém para com aqueles que rejeitam Seu conselho por lhes dar “as costas, e não a face” no dia do desastre deles. — Jer. 18:17.
‘Cuspir na face’ de outrem era um gesto especialmente representativo de vitupério ou de humilhação. — Núm. 12:14; Deut. 25:9; Isa. 50:6; Mat. 26:67.
OUTROS EMPREGOS E VOCÁBULOS
O vocábulo grego para “face” às vezes denota a aparência da pessoa, seja por motivo de riqueza seja de pobreza, de posição social elevada ou de uma categoria baixa, e coisas semelhantes. — Mat. 22:16; 2 Cor. 5:12; Gál. 2:6.
O termo hebraico ’aph, literalmente “nariz”, “narinas” (dual), quando traduzido “face”, geralmente se refere à face literal, física, e ocorre com freqüência nos casos em que uma pessoa se curva, porquanto o costume antigo era curvar-se até que o nariz tocasse no solo. — Gên. 19:1; 1 Sam. 20:41; 1 Reis 1:23.
O termo hebraico ‘áyin, “olho”, é usado no sentido de “aspecto” ou aquilo que é visto pelo olho, tal como a “face” ou superfície da terra (Êxo. 10:5, 15; Núm. 22:5, 11), ou ao se falar de Jeová aparecer figuradamente a seu povo, “face a face”. — Núm. 14:14.
-
-
FalcãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
FALCÃO
[Heb., nets].
Alguns sugerem que o nome hebraico desta ave se deriva duma raiz que significa “brilhar ou reluzir”, e que, nesse caso, representa a velocidade relampagueante da ave; outros crêem que o nome descreve uma “ave que voa alto ou faz um vôo ascendente”. Os lexicógrafos modernos crêem que o termo se aplique aos falcões, embora alguns considerem que abranja também os gaviões, muito similares aos falcões, embora classificados pelos ornitólogos como pertencendo a uma outra “família”. (A Septuaginta, a Vulgata latina, a Pesito siríaca e os Targuns traduzem todos nets como “gavião”.) Como predador, comedor de cobras, lagartos e pequenos mamíferos e outras aves, “o falcão segundo a sua espécie” (“as diferentes espécies de gaviões”, BJ) figurava entre as aves decretadas “impuras” na Lei mosaica. — Lev. 11:16; Deut. 14:15.
Considera-se em geral que o falcão é inigualável quanto à simetria, ao poder e ao vôo veloz e firme. Algumas espécies se rivalizam com o andorinhão quanto a serem os voadores mais rápidos dentre a família das aves, os observadores creditando a certo falcão uma velocidade de mergulho de 290 km horários. Dentre os falcões mais comuns existentes na Palestina, especialmente na sua área central, acha-se o falcão-peregrino (ou falcão-real), famoso por seus mergulhos. Como no caso de outros falcões (e também dos gaviões), a fêmea do falcão-peregrino é maior do que o macho, medindo c. 46 cm, e com uma envergadura das asas de c. 1 m. Sendo uma ave de coloração um tanto pálida, o dorso e as asas do falcão-peregrino têm um tom cinza-escuro, as partes de baixo são branco-ruças, tendo estrias castanho-escuras, e marcas em forma de “pontas de flechas” que cruzam o peito e as partes laterais. A cauda é um tanto arredondada. O bico adunco tem um dente na borda de corte da mandíbula superior, e as pernas curtas e fortes terminam em pés incomumente grandes, dotados de poderosas unhas curvas. Também são encontrados na Palestina os falcões-lanários um tanto maiores, abundantes nos penhascos e nas gargantas rochosas que vão desde o monte Hermom, pelo vale do Jordão, até a área do mar Morto, e os falcões-sacres, que povoam as elevadas regiões florestais a E do Jordão.
Jó 39:26 descreve o ‘vôo ascendente e o estender de suas asas ao vento sulino’, e alguns entendem que isto se refere a uma migração para o S (“estende suas asas em direção ao Sul”, BJ), o que seria verídico em relação ao francelho (ou peneireiro), de tamanho menor, da família dos falconídeos, e, até certo ponto, ao falcão-peregrino e ao açor (ou rapino). Outros, contudo, crêem que o texto descreve a ave como virando-se contra o vento, e, pelo vigor de suas asas, voando nele, ascendendo cada vez mais alto. Diz-se que os falcões “ascendem a grande altura, sempre esforçando-se de subir mais do que qualquer outra ave que
-