Libertação e sobrevivência à queda da cristandade
1, 2. (a) Quando, e durante a carreira profética de quem, devia ter ocorrido o último jubileu dos Judeus? (b) O que ordenava aos judeus a lei de Jeová, por meio de Moisés, com respeito ao Jubileu?
NOS dias de Jeremias, o ano sabático devia ter sido o tempo da libertação dos escravos judaicos. O último de tais anos sabáticos terminou em 609 A.E.C., em 9 de tisri, no dia antes do dia da Expiação judaico. Requeria-se do povo de Jeremias celebrar os anos sabáticos desde que entraram na terra de Canaã, em 1473 A.E.C. Cada 50.º ano a partir de então devia ter sido observado como ano jubileu, sendo que cada jubileu começava no dia da Expiação. O 17.º jubileu mostraria ser o último. Terminou em 623 A. E. C., durante a atividade profética de Jeremias. Jeremias, como sacerdote no templo, deve ter ouvido o toque de trombeta anunciando o início daquele jubileu, um ano especial de libertação. A lei de Jeová dada por intermédio do profeta Moisés, ordenava:
2 “Tendes de santificar o qüinquagésimo ano e proclamar liberdade no país, a todos os seus habitantes. Tornar-se-á para vós um jubileu, e tendes de retornar cada um à sua propriedade e deveis retornar cada um à sua família. Um jubileu é que se tornará para vós este qüinquagésimo ano.” — Lev. 25:10, 11.
3. Qual era a lei de Deus referente a cada sétimo ano entre um jubileu e outro, e por quanto tempo podiam os compradores hebreus reter os escravos hebreus?
3 Igual ao sábado semanal, cada sétimo ano, entre um jubileu e outro, devia ser um ano sabático. (Lev. 25:1-9) Num arranjo similar, a lei de Jeová dizia: “Caso compres um escravo hebreu, será escravo por seis anos, mas no sétimo sairá como alguém liberto sem custo.” (Êxo. 21:2) “Caso te seja vendido teu irmão, um hebreu ou uma hebréia, e ele te tenha servido por seis anos, então no sétimo ano deves mandá-lo embora como alguém liberto.” — Deu. 15:12.
4. Portanto, no ano sabático de 610-609 A. E. C., o que deviam apropriadamente fazer os donos de escravos hebreus, mas como forneceram a Deus motivo adicional para puni-los?
4 Portanto, nos dias de Jeremias, naquele ano sabático lunar de 610-609 A. E. C., pareceu bem aos olhos de Jeová que os judeus donos de escravos celebrassem perante ele um pacto, no templo de Jerusalém, de libertarem os seus escravos hebreus. Apesar da situação internacional tão ameaçadora para Jerusalém, este era o proceder obediente a ser adotado pelo povo de Jeremias. Todavia, antes de acabar aquele ano de libertação, esses ex-donos de escravos violaram seu pacto solene e obrigaram seus ex-servos e suas ex-servas a estarem novamente em escravidão. Isto desagradou a Jeová, que cumpre os pactos, e acrescentou mais um motivo para puni-los. — Jer. 34:8-16.
5. (a) Que forasteiros então presentes em Jerusalém não estavam envolvidos nisso e ainda assim estavam em perigo? (b) De que modo se encontra o equivalente moderno de Jerusalém num perigo igual, de que fonte?
5 Felizmente, este desrespeito pelo pacto feito solenemente perante Deus não foi compartilhado por certas pessoas que havia então em Jerusalém, conhecidas como recabitas, descendentes de Jonadabe, filho de Recabe. (Jer. 35:6-11) Ainda assim, ficavam em perigo por causa da punição que sobreviria merecidamente aos habitantes judaicos de Jerusalém. Mas, eles estavam em condições de ser protegidos contra aquilo que Jeová Deus passou a predizer adicionalmente, em vista da infidelidade egoísta dos judeus. Assim como no caso da Jerusalém dos dias de Jeremias, as palavras adicionais de Jeová deveriam ser de enorme interesse para a cristandade hodierna. Igual à Jerusalém daquele tempo, a cristandade encontra-se nos últimos dias de sua longa existência. Temos agora conosco a última potência mundial predita na profecia bíblica, a oitava potência mundial. Ela está na forma das Nações Unidas. Tem um papel mortífero a desempenhar para com a cristandade, o equivalente moderno de Jerusalém. A ONU e sua predecessora, a Liga das Nações, já têm agora uma vida conjunta de 60 anos. (Rev. 17:7-11) Antes de perecer, vai agir!
6. Como foi que a cristandade, embora afirmando defender a liberdade, levou os membros de suas igrejas à escravidão?
6 A cristandade, por afirmar ser cristã, devia defender o livramento da servidão a este mundo escravizado pelo pecado. Na realidade, porém, ela levou os membros de suas igrejas à escravidão deste mundo, em interesse próprio dela. Isto se dá porque se fez amiga deste mundo, porém, inimiga de Deus. — Tia. 4:4.
7. (a) Os freqüentadores das igrejas da cristandade foram levados à escravidão a que, e em oposição a quem? (b) O que é ela obrigada a ouvir, a seguir, na profecia de Jeremias?
7 Os escravos espirituais da cristandade não trabalham como escravos para o reino de Deus por Cristo, mas para o mundo condenado, e para o governante e deus deste, Satanás, o Diabo. (1 João 2:15-17; Efé. 2:2) A cristandade leva os freqüentadores de igrejas a se oporem às testemunhas cristãs de Jeová, que foram prefiguradas por Jeremias. Portanto, que ouça o que ele disse a seguir:
“‘Portanto, assim disse Jeová: “Vós mesmos não me obedecestes, para continuardes a proclamar liberdade, cada um a seu irmão e cada um ao seu companheiro. Eis que vos proclamo uma liberdade”, é a pronunciação de Jeová, “para a espada, para a pestilência e para a fome, e certamente vos darei para tremor a todos os reinos da terra. E eu vou entregar os homens que infringem meu pacto, visto que não cumpriram as palavras do pacto que concluíram perante mim com o bezerro que cortaram em dois para passarem entre os seus pedaços; a saber, os príncipes de Judá e os príncipes de Jerusalém, os oficiais da corte, e os sacerdotes, e todo o povo da terra, que passaram entre os pedaços do bezerro — sim, vou entregá-los na mão dos seus inimigos e na mão dos que procuram a sua alma; e seus cadáveres terão de tornar-se alimento para as criaturas voadoras dos céus e para os animais da terra. E Zedequias, Rei de Judá, e seus príncipes entregarei na mão dos seus inimigos, e na mão dos que procuram a sua alma, e na mão das forças militares do Rei de Babilônia, que se estão retirando de ir contra vós.”
“‘“Eis que ordeno”, é a pronunciação de Jeová, “e certamente os trarei de volta a esta cidade, e terão de lutar contra ela, e capturá-la, e queimá-la com fogo; e das cidades de Judá farei um baldio desolado sem habitante”.’” — Jer. 34:17-22; veja Gênesis 15:10-18.
8. À luz desta profecia de Jeremias, o que se prefigura para a cristandade atual?
8 Pressagia esta profecia a queda da cristandade diante das forças mundiais a que Jeová permite que a sitiem? Que mais poderia prefigurar à luz do que sobreveio a Jerusalém? A captura do Rei Zedequias e sua deportação para Babilônia, morrendo ali, fora-lhe obedientemente predita por Jeremias. (Jer. 34:1-7) Portanto, no cumprimento maior deste evento profético dos tempos bíblicos, certamente não se reserva nada de bom para os governantes da cristandade!
9. Quando, depois do ano sabático, começou o sítio de Jerusalém, quanto tempo durou e como se tornou a cidade objeto de tremor, por medo de sofrer um fim igual?
9 Em 609 A. E. C., o ano sabático terminou no dia 9 do 7.º mês lunar (tisri), o dia antes do dia da Expiação. Depois, no dia 10 do 10.º mês lunar (tebete) daquele mesmo ano, o Imperador Nabucodonosor e suas forças militares babilônicas iniciaram o sítio de Jerusalém. (2 Reis 25:1, 2) Decorreram dezoito meses antes de Jerusalém cair, a saber, no dia 9 do 4.º mês lunar (tamuz) de 607 A. E. C. O Rei Zedequias, na sua tentativa de fugir e assim frustrar a profecia de Jeová, chegou apenas até a cidade de Jericó sendo então capturado pelos seus perseguidores babilônicos. Estes o trouxeram então de volta para um encontro face a face com Nabucodonosor e para o exílio irremediável na idólatra Babilônia (Jer. 34:2, 3) No mês lunar seguinte, em 7 de abe de 607 A. E. C, Jerusalém foi saqueada e incendiada. Seu dessagrado templo de Jeová não a salvou. (2 Reis 25:3-17) Deveras, a horrível destruição de Jerusalém foi algo para estremecer outras nações, no temor de receberem um tratamento similar das mãos de Babilônia.
10. Treme a cristandade diante daquele espetáculo antigo, e com que começará a sua própria destruição?
10 No entanto, séculos depois, o poder horrorizante do espetáculo de Jerusalém em ruínas não fez efeito sobre a cristandade. Ela não treme. Não vê naquele espetáculo antigo nenhuma ilustração profética como aviso sobre a sua própria destruição em escala mundial, que se aproxima rapidamente. Esta iniciará a destruição de toda a religião falsa, na maior tribulação que já sobreveio a este mundo contrário a Jeová. Será assim como foi predito em Mateus 24:15-22.
11. Quando foi a terra de Jerusalém deixada desolada sem homem ou animal doméstico, e foram Jeremias e Baruque os únicos a sobreviverem sob o favor de Jeová?
11 Pois bem, como é possível que algum homem sobreviva a tal tribulação? De maneira similar a como Jeremias e seu secretário Baruque sobreviveram à provação de Jerusalém, de espada, fome, pestilência e incêndio! Mais tarde, no sétimo mês lunar daquele ano desastroso, Jeremias foi levado ao Egito pelos homens apavorados que se haviam rebelado contra o domínio de Babilônia. Assim, toda a terra do reino de Judá ficou desolada, sem homem ou animal doméstico. (2 Reis 25:22-26) O país veio assim a usufruir um ininterrupto sábado de 70 anos (2 Crô. 36:20, 21) Mas, além de Jeremias e seu secretário Baraque, também outros que tinham o favor de Jeová sobreviveram à destruição de Jerusalém e à desolação da terra de Judá. Isto lhes fora garantido por meio de Jeremias. Devemos hoje estar interessados no caso daqueles sobreviventes, se quisermos sobreviver à vindoura tribulação.
PREFIGURAÇÃO DOS SOBREVIVENTES À QUEDA DA CRISTANDADE
12. Os sobreviventes da vindoura tribulação foram prefigurados por que povo forasteiro, nômade, e como aconteceu que Jeremias os encontrou em Jerusalém?
12 Em quem fixará os olhos o Grande Preservador da vida humana durante a iminente tribulação, na qual perecerá o atual sistema condenado de coisas? Nos cristãos dedicados e batizados, que ele prefigurou pelo uso de um certo grupo de refugiados estrangeiros em Jerusalém. Estes amigos dos judeus sentiram-se obrigados a abandonar sua vida nômade e a morar temporariamente em Jerusalém, porque não quiseram juntar-se ao acampamento do inimigo, que avançava sob o Rei de Babilônia, Nabucodonosor, para sitiar Jerusalém. O antepassado deles fora Jonadabe, ou Jeonadabe, filho de Recabe. Todavia, não eram chamados jonadabes, porque o Rei Davi tinha um sobrinho chamado Jonadabe. Mas, eram chamados recabitas, nome que os marca como não sendo israelitas. Jeremias conhecia-os muito bem.
13. Como se comparava o cumprimento do pacto pelos israelitas com o cumprimento do voto dos recabitas, e o que se mandou que Jeremias fizesse com os recabitas?
13 Durante mais de 250 anos, eles haviam sido fiéis ao voto que lhes fora imposto pelo seu bem-conhecido antepassado Jonadabe. Os israelitas não se podiam comparar a tais antecedentes de fidelidade com respeito ao pacto da Lei, em que seus antepassados entraram com Jeová Deus, tendo a Moisés por mediador, lá em 1513 A.E.C. De modo que o Deus, cujo pacto haviam violado, tencionava então mostrar a diferença entre esses israelitas e os recabitas que cumpriam o voto. Portanto, os recabitas seriam então postos à prova, num lugar santo para Jeová, seu templo em Jerusalém. Ele disse assim a Jeremias: “Vai à casa dos recabitas, e tens de falar com eles e trazê-los à casa de Jeová, a um dos refeitórios; e tens de dar-lhes vinho a beber.” (Jer. 35:1, 2) Devia fazer isso, embora fosse bem conhecido que os recabitas eram “abstêmios”.
14. Como explicavam os recabitas sua recusa de beber vinho da mão de Jeremias e também sua estada na cidade?
14 Jeremias fez conforme se lhe ordenara. (Jer. 35:3-5) Contudo, os recabitas recusaram-se a beber, mesmo da mão do profeta. Explicaram:
“Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso antepassado, foi quem nos deu a ordem, dizendo: ‘Não deveis beber vinho, nem vós nem os vossos filhos, por tempo indefinido. E não deveis construir casa e não deveis semear semente; e não deveis plantar vinhedo, nem deve tornar-se vosso. Mas em tendas é que deveis morar todos os vossos dias, para que continueis vivendo por muitos dias na superfície do solo onde residis como forasteiros.’
“De modo que continuamos a obedecer à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso antepassado, em tudo o que nos ordenou, não bebendo absolutamente nenhum vinho, todos os nossos dias, nós, nossas esposas, nossos filhos e nossas filhas, e não construindo casas para morarmos nelas, para que nenhum vinhedo, nem campo, nem semente se tornem nossos. E continuamos a morar em tendas e a obedecer e a fazer segundo tudo o que Jonadabe, nosso antepassado, nos ordenou. Mas, aconteceu que, quando Nabucodorosor, Rei de Babilônia, subiu contra o país, começamos a dizer: ‘Vinde e entremos em Jerusalém, por causa da força militar dos caldeus e por causa da força militar dos sírios, e moremos em Jerusalém.’” — Jer. 35:6-11.
15. Em que sentido era protetor o voto imposto aos recabitas, e que provisão se fazia para eles no pacto da Lei mosaica?
15 O voto imposto aos recabitas servia de proteção. Mantinha-os levando uma vida simples como forasteiros no país e separados da corrução das cidades. Visto que não eram israelitas sob o pacto da Lei mosaica, eram como estrangeiros dentro dos portões dos israelitas e não causavam dificuldades aos seus anfitriões israelitas. Não estorvavam os israelitas no cumprimento de seu pacto com Jeová, mas, antes, acatavam o pacto da Lei no que se aplicava a eles. Contudo, no que se referia a tomar bebidas alcoólicas, eram como os nazireus israelitas. Por se manterem sóbrios, mantinham os seus sentidos. A invasão da terra de Judá pelos exércitos do Rei Nabucodonosor estava para afetar sua vida nômade, simples. Naturalmente, diante do avanço dos caldeus invasores, os recabitas fugiram para Jerusalém.
16. Como proveram os recabitas cumpridores do voto um exemplo para Jeová usar contra os israelitas violadores do pacto, e o que achou necessário trazer sobre estes?
16 Seu ferrenho apego ao seu voto de não beber vinho, mesmo quando convidados pelo profeta-sacerdote Jeremias, proveu a Jeová um exemplo para usar contra os israelitas violadores do pacto. Os recabitas cumpriram seu voto, embora lhes fosse imposto por um mero homem, seu antepassado. Os israelitas violaram seu pacto da Lei, embora fosse feito, não com um mero homem, mas com o Deus Altíssimo. Jeová disse então a Jeremias, de modo oportuno:
“Vai, e tens de dizer aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém: ‘Não recebestes continuamente exortação para obedecerdes às minhas palavras?’ é a pronunciação de Jeová. ‘Houve cumprimento das palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ele ordenou aos seus filhos, para não beberem vinho, e eles não beberam nenhum até o dia de hoje, porque obedeceram ao mandamento de seu antepassado. E no que se refere a mim, falei-vos, levantando-me cedo e falando, mas não me obedecestes. E eu continuei a enviar-vos todos os meus servos, os profetas, levantando-me cedo e enviando-os, dizendo: “Recuai, por favor, cada um do seu mau caminho, e tornai boas as vossas ações, e não andeis atrás de outros deuses para servi-los. E continuai morando no solo que dei a vós e aos vossos antepassados.” Mas vós não inclinastes o vosso ouvido nem me escutastes. Mas os filhos de Jonadabe, filho de Recabe, cumpriram o mandamento de seu antepassado, que este lhes ordenou; quanto a este povo, porém, não me escutaram.’”
“Portanto, assim disse Jeová, Deus dos exércitos, Deus de Israel: ‘Eis que trago sobre Judá e sobre todos os habitantes de Jerusalém toda a calamidade que proferi contra eles, pela razão de que lhes falei mas não escutaram, e continuei a chamá-los, mas não responderam.’” — Jer. 35:13-17.
17. Por que precisa ser classificada como deliberada a apostasia dos israelitas, e, por isso, de que não podem escapar?
17 Esta comparação dos recabitas com os israelitas torna claro que os altamente favorecidos israelitas, com a ajuda dos profetas de Deus, eram capazes de cumprir seu pacto com Jeová, seu Deus. Ele havia providenciado seu templo e o sacerdócio deste para a oferta de sacrifícios, a fim de anular os pecados involuntários que haviam cometido por causa das fraquezas de sua carne. Apesar disso, escolheram deuses adicionais, em especial Baal, e incorporaram na sua adoração toda espécie de iniqüidades proibidas pela lei de Jeová dada por meio de Moisés. De modo que era deliberada sua apostasia do pacto da Lei de Deus, que exigia uma adoração pura. Tampouco isso mostrava respeito para com o único Deus vivente e verdadeiro, nem para com os votos solenes que lhe fizeram. Isto pressagiava nada senão calamidade para tais apóstatas. Por motivos similares, é iminente uma calamidade inescapável sobre toda a cristandade!
ESCAPE DA DESTRUIÇÃO QUE SOBREVÉM A TODA A RELIGIÃO FALSA
18. Que palavras de Jeremias aos recabitas fornecem à “grande multidão” uma garantia de sobreviverem a destruição da cristandade e do amigo dela, o mundo?
18 Hoje, quem quer escapar de ser destruído junto com a cristandade e seu amigo íntimo, este sistema de coisas que desonra a Deus? “Nós!” dizem os da “grande multidão” predita em Revelação 7:9-17. Eles derivam uma forte garantia da promessa de Jeová, feita aos recabitas que cumpriram o voto, conforme apresentado em Jeremias 35:18, 19, onde lemos: “E aos da casa dos recabitas Jeremias disse: ‘Assim disse Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: “Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso antepassado, e continuais a guardar todos os seus mandamentos e a fazer segundo tudo o que vos ordenou, portanto, assim disse Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: ‘De Jonadabe, filho de Recabe, não se decepará homem, impedindo-o de ficar de pé diante de mim para sempre.’”’”
19. (a) Qual era a atitude de Jonadabe para com a adoração de Baal? (b) A quem tomam em conta os nomes Jonadabe (Jeonadabe) e Jaazanias, e que atitude adotavam para com o vinho?
19 De modo que Jonadabe, filho de Recabe, embora não fosse israelita, não deixaria de ter descendente que ficasse aprovado na presença de Jeová, aqui na terra, para sempre. Lembremo-nos de que este Jonadabe havia estado de coração e alma com o Rei Jeú na extirpação da adoração de Baal, do apóstata Reino de Israel. (2 Reis 10:15-28) O nome deste filho de Recabe, isto é, Jonadabe ou Jeonadabe, toma em conta o único Deus vivente e verdadeiro, porque significa que “Jeová É Liberal”. O recabita a quem Jeremias declarou a promessa divina era Jaazanias, e o nome dele significa “Já [quer dizer: Jeová] Ouve”. (Jer. 35:3-5) Fiéis ao seu voto, Jaazanias e seus irmãos haviam recusado tomar vinho da mão de Jeremias, no templo de Jeová. Demonstraram ali, na presença de Jeová, a integridade para com o seu voto.
20. Embora não tenhamos disso nenhuma evidência bíblica direta, que certeza podemos ter sobre os recabitas quando Jerusalém foi destruída, e posteriormente?
20 Jeová respeitou a fidelidade desses recabitas e prometeu que eles não seriam exterminados durante a então iminente destruição de Jerusalém, em 607 A.E.C. Podemos ter a certeza de que os recabitas não foram então decepados da presença de Jeová, porque ele respeitou a sua palavra de promessa tanto quanto esses recabitas respeitaram seu voto referente ao vinho. Talvez haja evidência histórica de sua sobrevivência na pessoa de certo Malquijá, filho de Recabe, que consertou um portão de Jerusalém nos dias do Governador Neemias. (Nee. 3:14) Não se registra na Palavra de Jeová se alguns recabitas sobreviveram até os dias de Jesus Cristo e se tornaram seus discípulos. Mas isso teria sido bem apropriado!
21. A que calamidade nacional sobreviveram os recabitas, e, portanto, a que devem apropriadamente sobreviver os seus equivalentes modernos?
21 Recabitas naturais não são hoje identificáveis, mas há equivalentes modernos deles. São os companheiros íntimos dos israelitas espirituais retratados por Jeremias. Os recabitas da antiguidade sobreviveram à destruição da apóstata Jerusalém. Visto que tipificavam os da “grande multidão” de “outras ovelhas” de Cristo, é apropriado que estes equivalentes dos recabitas sobrevivam à “grande tribulação” do mundo, cuja primeira fase será a destruição da cristandade, o equivalente de Jerusalém.
22. (a) Quando se apresentou pela primeira vez que Jonadabe retratava uma classe de pessoas semelhantes a ovelhas, que sobreviveram à “grande tribulação”? (b) A que os convidava especialmente A Sentinela, em inglês, de 15 de abril de 1935?
22 O Volume III do livro Vindicação, lançado em inglês na segunda-feira, 18 de julho de 1932, em Brooklyn, Nova Iorque, foi o primeiro a apresentar (nas páginas 77-83) que o Jonadabe da antiguidade retratava uma classe de pessoas tementes a Deus que, sob a proteção de Deus, passariam com vida através da “grande tribulação” para a Nova Ordem sob o reino de Cristo. (Pp. 230-233 da Sentinela, em inglês, de 1.º de agosto de 1932.) Achava-se que se aplicava a estes o tema interessante de “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”. De maneira lógica, pois, a Sentinela, em inglês, de 15 de abril de 1935 fez o seguinte anúncio:
Novamente, A Sentinela lembra aos seus leitores que se realizará um congresso das Testemunhas de Jeová e de jonadabes em Washington, D. C., começando em 30 de maio e terminando em 3 de junho de 1935. Espera-se que muitos do restante e dos jonadabes achem conveniente assistir a este congresso. Até agora, não muitos jonadabes tiveram o privilégio de assistir a um congresso, e o congresso de Washington ser-lhes-á de verdadeiro consolo e os beneficiará. — P. 114.
23. O que se revelou a esses Jonadabes naquele congresso de Washington (D. C.), de modo que o batismo em água, no dia seguinte, incluía a muitos de quem?
23 E assim veio a ser, porque ali, na sexta-feira, 31 de maio, revelou-se-lhes que a classe de jonadabe era a mesma que a “grande multidão” prevista em Revelação 7:9-17. É provável que a maioria dos 840 congressistas batizados em água, no dia seguinte, fossem dos jonadabes ou dos recabitas antitípicos.
24. Na sobrevivência à destruição de Jerusalém em 607 A. E. C., a quem prefiguravam também hoje os descendentes de Jonadabe?
24 O Jonadabe original viveu no 10.º século A. E. C. e não presenciou a destruição de Jerusalém em 607 A. E. C. Mas os seus descendentes, os recabitas, que Jeremias pôs à prova quanto ao cumprimento dum voto, passaram pela queda de Jerusalém e sobreviveram a ela indefinidamente. Por descenderem de Jonadabe, também prefiguravam a “grande multidão” destinada a sobreviver à queda da cristandade. — Veja Podeis Sobreviver ao Armagedon Para o Novo Mundo de Deus, páginas 69-72.
25. Em vista dos aspectos notáveis a respeito de Jonadabe e dos recabitas, que exortação é dada hoje aos seus equivalentes?
25 Portanto, vocês, os que são cristãos dedicados e batizados que foram prefigurados por aqueles antigos recabitas, vocês, iguais a eles, têm de evitar a imoderação, a adoração falsa e a confraternização com este mundo como seu amigo. (Tia. 4:4; 1 João 2:15-17) Continuem a imitar Jonadabe, filho de Recabe, na demonstração de zelo por Jeová e de oposição à hodierna adoração de Baal, a fim de que possam ver como Jeová, por meio de seu Jeú Maior, Jesus Cristo, destrói a cristandade e todas as outras religiões falsas. Com fidelidade igual à dos recabitas, cumpram sua dedicação ao Soberano Senhor Jeová e tomem parte na promoção dos interesses de seu glorioso reino por Cristo. Isto os ajudará a se apegarem à libertação que obtiveram deste mundo condenado, até que ele não exista mais. Usando a sua bendita liberdade segundo a vontade de Deus, não serão ‘decepados’ quando ele expressar sua vingança contra este mundo iníquo e todos os amigos que este tem, mas estarão aprovados perante ele e recompensados com a vida na terra paradísica, sob o reino de seu Filho. Grande será a alegria com que o restante da classe de Jeremias rejubilará por sua causa!
(Uma consideração adicional da profecia de Jeremias prosseguirá num número futuro de A Sentinela.)
[Foto na página 25]
Sobrevivência à Queda da Cristandade.