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CarmeloAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Carmelo, a orla marítima abre um corte agudo para formar a baia de Aco (Acre), onde a moderna Haifa se constitui agora um dos principais portos marítimos.
O Carmelo formava um bloqueio natural para as caravanas e os exércitos que passavam por Canaã, a caminho de ida ou de volta, quer da Mesopotâmia quer do Egito. Não só as encostas orientais (que dão para a planície de Aser e para o vale de Jezreel) ascendem de forma muito íngreme, mas, desde os tempos antigos, a cadeia do Carmelo estava coberta de densa vegetação, composta de árvores e arbustos, que tornava difícil sua ultrapassagem. Existe estreita faixa de terra entre o sopé do promontório do Carmelo e o mar, mas seguir essa rota significava considerável desvio, e também colocava os exércitos em ofensiva numa posição vulnerável. Havia desfiladeiros que partiam do vale de Jezreel e atravessavam a cordilheira junto às cidades-fortalezas de Jocneão e Taanaque, mas o desfiladeiro em Megido, entre esses dois, era muito mais fácil de atravessar e, assim, era mais vital. Outra rota principal, contudo, ia para o S, da cidade de Megido (que era uma encruzilhada), passava ao largo do restante da cadeia do Carmelo, e então virava para o O, para a costa, via a planície de Dotã.
O Carmelo merecia plenamente seu nome graças à sua frutividade nos tempos antigos, e, por isso, é com frequência ligado a outras notáveis regiões férteis, tais como o Líbano, Sarom e Basã. (Isa. 35:2; Jer. 50:19) O Rei Uzias, “amante da agricultura“, tinha lavradores e vinhateiros no Carmelo (2 Crô. 26:10), e os remanescentes de numerosos lagares de vinho e de azeitonas, de pedra lavrada, são ali encontrados. Os profetas usaram o secamento da abundante vegetação do Carmelo qual símbolo dos efeitos desastrosos do julgamento adverso de Jeová contra Israel. (Isa. 33:9; Amós 1:2; Naum 1:4) Suas encostas, varridas pelos ventos marítimos, ainda contêm pomares de frutas, olivais e vinhedos, e, na primavera setentrional, ficam atapetados de magnífica exibição de flores. No Cântico de Salomão (7:5), a cabeça da jovem sulamita é assemelhada ao Carmelo, a semelhança se referindo quer aos seus cabelos luxuriantes, quer à forma como sua cabeça bem modelada se erguia majestosamente sobre o pescoço. A aparência majestosa do Carmelo, em especial o promontório que sobe dramaticamente da costa para o alto, assim como o monte Tabor ascende impressionantemente no vale de Jezreel, também foi usada para representar a imponente figura de Nabucodonosor, ao avançar para a conquista do Egito. — Jer. 46:18.
O Carmelo era, evidentemente, um dos principais locais para onde fugia o povo de Samaria, ao procurar refúgio. Embora não fosse de jeito algum a cadeia de maior altitude, sua população esparsa, sua densa cobertura florestal, e também suas numerosas cavernas existentes na macia rocha calcária de suas encostas rochosas, serviam para ocultar os refugiados. Outrossim, o profeta Amós mostrou que tal refúgio resultaria fútil para aqueles que fugiam do julgamento justo de Jeová. — Amós 9:3.
O Carmelo formava um dos marcos divisórios do território da tribo de Aser. (Jos. 19:24-26) Historicamente, figura mormente nas atividades dos profetas Elias e Eliseu. Foi no monte Carmelo que Elias fez que o Rei Acabe reunisse o povo para testemunhar a prova entre Baal, representado pelos 450 profetas de Baal, e Jeová, o verdadeiro Deus, representado por Elias. (1 Reis 18:19-39) Depois dessa prova, Elias mandou levar os falsos profetas para o vale da torrente do Quisom, que corre ao longo do sopé oriental do Carmelo, antes de terminar na baía de Aco (Acre), e ali os abateu. (V. 40) Do cume do Carmelo, Elias orou pedindo o fim da seca de três anos e meio, e dali seu ajudante viu a pequena nuvem que prenunciava a forte tempestade que se seguiu. (Vv. 42-45; Tia. 5:17) Dali Elias correu talvez mais de 32 km até Jezreel, ultrapassando, com a ajuda de Jeová, o carro de Acabe, em todo o caminho. — 1 Reis 18:46.
Eliseu, sucessor de Elias, depois de se separarem no rio Jordão, foi até o Carmelo, partindo de Jericó, via Betel. (2 Reis 2:15, 23, 25) Eliseu estava de novo no monte Carmelo quando a mulher de Suném (a curta distância ao N de Jezreel) veio procurar sua ajuda para o filho dela que morrera. — 2 Reis 4:8, 20, 25.
2. Uma cidade na região montanhosa de Judá (Jos. 15:1, 48, 55), identificada pela maioria dos geógrafos como el-Kirmil, cerca de 12 km a S-SE de Hébron.
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CarneAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CARNE
A substância macia dum corpo físico, quer de homem, animal, ave, quer de peixe; mais especificamente, as partes compostas principalmente de músculo e gordura. A Bíblia indica que a carne das várias espécies de coisas vivas é diferente. (1 Cor. 15:39) Os pesquisadores comprovaram isto, variando grandemente a composição química e a estrutura celular da carne da humanidade, dos animais, das aves e dos peixes.
Jeová Deus, o Criador, é responsável pela existência de toda a carne, e por sua vida. A Bíblia se refere a ele como “Jeová, o Deus dos espíritos [força de vida] de toda sorte de carne”. (Núm. 27:16; compare com Gênesis 6:17.) Ele declara que a alma (vida) da criatura carnal está no sangue. (Lev. 17:11-14) Originalmente, a vegetação e as frutas, e não a carne, foram dadas ao homem como sua dieta. Mas, após o Dilúvio, Deus adicionou a carne animal à dieta, ordenando, contudo, que “a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer”. — Gên. 9:3, 4; veja Sangue.
O canibalismo, comer carne humana, que é naturalmente repulsivo à mente humana, era
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