-
MênfisAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
Graças à sua proeminência, Mênfis figura em várias profecias que envolvem o Egito. Em Jeremias 2:16, o profeta falou de Nofe (Mênfis) e de Tafnes (cidade na região do delta) como ‘se alimentando de [Israel], no alto da cabeça’, isto é, despojando Israel e tornando-o como que careca. Isto significava uma humilhação para o povo professo de Deus, acompanhada de lamento. (Compare com 2 Reis 2:23; Isaías 22:12.) No caso tanto do reino setentrional como do meridional (Israel e Judá), o Egito, conforme aqui representado por Mênfis e Tafnes, provou ser uma fonte inútil da ajuda e do apoio esperados, ao passo que, ao mesmo tempo, mostrava-se pronto a explorar o povo pactuado de Deus para tirar vantagem egoísta. — Osé. 7:11; Isa. 30:1-3; 2 Reis 23:31-35.
Mênfis era um centro de religião e de erudição no Egito, mas, lá atrás, no século VIII AEC, Isaías predisse que falharia a alardeada sabedoria dos príncipes (talvez os príncipes sacerdotais) de Nofe (Mênfis) e que o Egito seria desencaminhado. (Isa. 19:13) Tais conselheiros evidentemente promoviam um falso senso de segurança no Egito quanto ao agressivo poderio da Assíria.
Foram encontrados em Mênfis marcos comemorativos do reinado do rei etíope, Tiraca, sobre o Egito. Embora Tiraca conseguisse sobreviver ao entrevero com o rei assírio, Senaqueribe, em Canaã (732 AEC; 2 Reis 19:9), Esar-Hadom, filho de Senaqueribe, mais tarde destroçou o exército egípcio, obrigando-o a recuar até Mênfis. O registro do próprio Esar-Hadom sobre o conflito subsequente reza: “Mênfis, a cidade real [de Tiraca], em meio dia, com galerias subterrâneas, túneis, investidas, eu cerquei, eu capturei, eu destruí, eu devastei, eu incendiei.” Pelo que parece, alguns anos depois, as forças do Egito retomaram Mênfis, massacrando a guarnição assíria. Mas Assurbanipal, filho de Esar-Hadom, marchou sobre o Egito e expulsou os governantes para fora de Mênfis e Nilo acima (em direção S).
Quando a Assíria entrou em declínio, na parte final do século VII, Mênfis voltou a ficar sob pleno controle egípcio. Depois da desolação de Judá em 607 AEC, por parte do rei babilônio, Nabucodonosor, refugiados judeus fugiram para o Egito, fixando residência em Mênfis e em outras cidades. (Jer. 44:1) Por meio de seus profetas Jeremias e Ezequiel, Jeová os condenou ao desastre, e predisse que Nabucodonosor daria um devastador golpe no Egito e em seu faraó Hofra (Apriés), Mênfis (Nofe) sentindo a plena força desse ataque. (Jer. 44:11-14, 29, 30; 46:13, 14, 19; Eze. 30:10-13) Os atacantes babilônios de Mênfis atacariam confiantemente a cidade em plena luz do dia. — Eze. 30:16.
Mênfis foi de novo submetida a grave derrota às mãos do rei persa, Cambises, em 525 AEC, depois disso se tornando sede duma satrapia persa. A cidade jamais se recuperou plenamente dos efeitos desta conquista. Com a ascensão de Alexandria, sob os Ptolomeus, Mênfis declinou continuamente e, por volta do século VII da EC, já era só ruínas.
A evidência da importância passada de Mênfis pode ser vista nos amplos locais de sepultamento próximos do antigo sítio, tais áreas contendo cerca de vinte pirâmides ou monumentais túmulos régios. A proeminência de Mênfis como local régio de sepultamento é, sem dúvida, refletida na profecia de Oséias contra o infiel Israel, no século VIII AEC, no sentido de que “o próprio Egito os reunirá; Mênfis, da sua parte, os sepultará”. (Osé. 9:6) Entre as pirâmides encontradas em Sacara, logo ao NO de Mênfis, acha-se a Pirâmide dos Degraus, construída pelo Rei Zoser (“Terceira Dinastia”), considerada como sendo a mais antiga estrutura livre, de pedra, que se conhece. Mais para o O-NO de Mênfis acham-se as bem mais impressionantes pirâmides de Giza e a Grande Esfinge. Atualmente, estes túmulos e outras estruturas similares de pedra são tudo o que resta para indicar a glória religiosa passada de Mênfis. Conforme predito, a cidade se tornou “mero assombro”. — Jer. 46:19.
-
-
Menina (Do Olho)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
MENINA (DO OLHO)
Orifício na íris colorida do olho. Parece preta porque, por trás da pupila, acha-se o interior escuro do olho. A menina do olho ou pupila muda de tamanho à medida que a íris se ajusta às existentes condições de luz. A luz entra pela córnea clara, passa pela pupila e chega ao cristalino do olho.
A palavra portuguesa “pupila” provém do latim pupa, que significa “menina” ou “boneca”, referindo-se, como é evidente, à diminuta imagem da pessoa que se pode ver refletida naquela parte do olho de outra pessoa. O hebraico possui expressões bem similares. Empregada junto com a palavra ‘áyin (“olho”), o termo ’ishóhn (Deut. 32:10; Pro. 7:2) significa literalmente “homenzinho do olho”; similarmente, bath (“filha”) é usada em Lamentações 2:18 com a idéia de “filha do olho”, ambas as expressões se referindo à pupila. As duas palavras são combinadas, para ênfase, no Salmo 17:8 (’ishóhn bath ‘áyin), literalmente, “homenzinho, filha do olho” (“menina do olho”, NM).
O olho é extremamente tenro e sensível; até mesmo pequeno cílio ou partícula de pó entre a pálpebra e o globo ocular é logo notado. A parte transparente do olho (a córnea) que cobre a pupila tem de ser bem guardada e cuidada, porque, caso esta parte seja danificada, ou se torne enuviada por motivo de doença, o resultado pode ser a visão distorcida ou a cegueira. Com vigor, e, ainda assim, com uma expressão delicada, a Bíblia emprega a “menina do olho” (“pupila”, CBC;
-