A palavra grega hypsistos (Altíssimo), conforme se aplica a Jeová, é empregada mormente por Lucas em seu Evangelho (duas vezes no anúncio feito por Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus) e nos Atos. (Luc. 1:32, 35, 76; 6:35; 8:28; Atos 7:48; 16:17) As outras ocorrências acham-se em Marcos 5:7 e Hebreus 7:1.

ALTIVEZ (SOBERBA)

Orgulho desdenhoso; arrogância; sobrançaria. A altivez é o contrário da humildade. As palavras gregas e hebraicas traduzidas “altivo” e “altivez” têm o sentido básico de “alto”, “exaltado”, “inchado”. Alguém que é altivo é superior, em sua própria avaliação, estando acima do próximo. Em resultado disso, tal pessoa usualmente exige honra e atenção além do que lhe é devido, e trata os outros com desrespeito e insolência.

CONDIÇÃO DO CORAÇÃO

A altivez é uma qualidade ou característica ruim, mais profunda do que uma simples conclusão mental. Jesus Cristo a citou, junto com o assassínio, o roubo, a blasfêmia e outros erros, e disse que tais coisas saem “de dentro, dos corações dos homens”. (Mar. 7:21, 22) Maria, mãe terrestre de Jesus, disse sobre Jeová: “Ele . . . tem espalhado os que são soberbos na intenção dos seus corações.” (Luc. 1:51) Davi apelou para Jeová, dizendo: “Meu coração não se tem ensoberbecido.” — Sal. 131:1; Isa. 9:9; Dan. 5:20.

Mesmo uma pessoa cujo coração se tem mantido humilde no serviço de Deus pode tornar-se soberba por ter adquirido riquezas ou poder, ou por causa de sua beleza, de seu êxito, de sua sabedoria, ou da aclamação de outros. Uma pessoa assim foi o Rei Uzias, de Judá. Ele regia bem, e usufruía a bênção de Jeová por muitos anos. (2 Crô. 26:3-5) Mas Uzias se enalteceu a ponto de realizar deveres sacerdotais, privilégio este que Deus havia expressamente retido dos reis de Israel, separando a realeza do sacerdócio. — 2 Crô. 26:16.

Certa vez, o bom Rei Ezequias permitiu, por breve período, que seu coração se ensoberbeces- se, e sua soberba evidentemente infetou o povo sobre o qual regia. — 2 Crô. 32:25, 26; compare com Isaias 3:16-24; Ezequiel 28:2, 5, 17.

DEUS SE OPÕE À ALTIVEZ

Os altivos não são desagradáveis apenas para os homens honestos, porém, o que é mais grave, granjeiam a oposição de Jeová Deus. (Tia. 4:6; 1 Ped. 5:5) A altivez é tolice e um pecado (Pro. 14:3; 21:4), e Jeová se coloca contra os altivos, para rebaixá-los. (2 Sam. 22:28; Jó 10:16; 40:11; Sal. 18:27; 31:18, 23; Isa. 2:11, 17) A altivez certamente traz destruição, se não for abandonada. A antiga nação de Moabe, que se enalteceu contra Deus e seu povo, foi reduzida a nada. (Isa. 16:6; 25:10, 11; Jer. 48:29) Nem mesmo o reino de dez tribos de Israel foi poupado quando se tornou altivo e insolente em seu coração. — Isa. 9:8-12.

EVITE A ALTIVEZ (SOBERBA)

Por conseguinte, a pessoa deve manter-se cuidadosamente vigilante para impedir que a altivez atinja seu coração. Deve ficar especialmente vigilante quando tem êxito em qualquer empreendimento, ou lhe é dada uma posição mais elevada ou mais responsável. Poderá lembrar-se de que “o orgulho vem antes da derrocada e o espírito soberbo antes do tropeço”. (Pro. 16:18) Ademais, pode-se permitir que a altivez aumente. Poderá vir a controlá-lo, ao ponto que Jeová o classifique entre aqueles a quem Ele entrega a uma condição mental desaprovada, e que merecem a morte. (Rom. 1:28, 30, 32) Tal precaução é especialmente apropriada nos “últimos dias”, quando, como avisou o apóstolo, a soberba seria uma das características que marcariam esses tempos críticos. — 2 Tim. 3:1, 2.

ALTOS

Embora a palavra hebraica bamóhth, geralmente traduzida “altos”, seja usualmente ligada à adoração, pode também referir-se simplesmente a elevações, colinas e montanhas (2 Sam. 1:19, 25 [compare com 1 Samuel 31:8]; Amós 4:13; Miq. 1:3), às “ondas altas do mar” (literalmente, “altos do mar”) (Jó 9:8), e às alturas ou “altos das nuvens”. (Isa. 14:14) Evidentemente, as expressões “cavalgar sobre os altos da terra” e ‘pisar sobre os altos’ devem ser entendidas como significando o domínio vitorioso duma terra, pois quem controla todos os altos, isto é, as colinas e as montanhas dum país, é, efetivamente o senhor dessa terra. — Deut. 32:13; 33:29.

CENTROS DA ADORAÇÃO FALSA

Os altos, ou os locais ou santuários em que se perpetrava a idolatria, podiam ser encontrados não só nas colinas e nas montanhas, mas também nos vales, nos leitos de riachos e nas cidades, e sob as árvores. (Deut. 12:2; 1 Reis 14:23; 2 Reis 17:29; Eze. 6:3) Eram equipados de altares para sacrifício, de colunas de incenso, de postes sagrados, de colunas sagradas e de imagens esculpidas. (Lev. 26:30; Núm. 33:52; Deut. 12:2, 3; Eze. 6:6) Em muitos altos, varões e mulheres se prostituíam. (1 Reis 14:23, 24; Osé. 4:13, 14) Com freqüência, os altos eram cenários de ritos licenciosos, inclusive de prostituição cerimonial e de sacrifício dos filhos. — Isa. 57:5; Jer. 7:31; 19:5.

Havia também casas ou santuários dos altos em que oficiavam sacerdotes, e em que se guardavam imagens das deidades. (1 Reis 12:31; 13:32; 2 Reis 17:29, 32; 23:19, 20; Isa. 16:12) Assim, o designativo ‘alto’ pode, às vezes, referir-se a um santuário assim, ao invés de a um local elevado para adoração, tal como uma colina, um monte ou um monte artificial resultante dum aterro. Isto é sugerido pela referência de Ezequiel a altos de várias cores, usando-se roupas para fazê-los. (Eze. 16:16) É possível que tais altos fossem santuários em forma de tendas.

Os israelitas, antes de entrarem na Terra