Capítulo 13
Os associados da cristandade voltam-se contra ela!
1. Até que ponto se repete a história?
MUITAS vezes diz-se que a história costuma repetir-se. Ou que o futuro é apenas o passado numa nova fase. No que se refere aos aspectos gerais, é verdade que os acontecimentos mundiais que constituem a base da História costumam repetir-se. Causas similares produzem tal repetição de acontecimentos.
2, 3. Como podemos aprender da história a evitar acontecimentos calamitosos tais como os que já aconteceram a outros, e em 1 Coríntios 10:6-12, como salienta Paulo os benefícios de se estudar a história bíblica?
2 Quando estudamos os acontecimentos calamitosos da história humana, podemos toma-los como exemplos de aviso e podemos saber as causas que os originam. Assim podemos saber o que devemos evitar para que nós não soframos uma repetição destes acontecimentos calamitosos. Este é um dos benefícios que podemos tirar do estudo da história bíblica, assim como sugeriu o apóstolo cristão Paulo. Ao escrever sobre os acontecimentos calamitosos que sobrevieram à nação de Israel na sua jornada de quarenta anos do Egito para a Terra da Promessa, ele expressou isso do seguinte modo:
3 “Ora, estas coisas tornaram-se exemplos para nós, para que não fossemos pessoas desejosas de coisas prejudiciais, assim como eles [os israelitas] as desejaram. . .. Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas. Conseqüentemente, quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” — 1 Coríntios 10:6-12.
4. O que disse Jeová que aconteceria a Jerusalém por não atentar para o exemplo de aviso da história na sua própria relação familiar, e, por isso, o que sofrerá a cristandade por estar igualmente desatenta?
4 A antiga cidade de Jerusalém é que não se acautelou e por isso não tirou proveito do exemplo de aviso da história, nem mesmo na sua própria relação familiar. Não era de se admirar, então, que seu Deus, ao lhe falar sobre a calamidade que ela sofreria por sua infidelidade a Ele, passasse a dizer: “E certamente serás profanada em ti mesma perante os olhos das nações, e terás de saber que eu sou Jeová.” (Ezequiel 22:16) A cristandade secular é igualmente desatenta aos exemplos de aviso da história bíblica. Só se pode esperar um resultado disso. Tão certamente como a antiga Jerusalém teve de chegar a conhecer, de modo desastroso, o Deus com quem tratava, do mesmo modo se repetirá na cristandade o transe terrível pelo qual passou Jerusalém, e isto muito em breve.
5. Onde começaram a sua prostituição as simbólicas Oolá e Oolibá, mas a quem vieram a pertencer e o que produziram para este dono delas?
5 Lembrando-nos de que a cristandade é o antítipo moderno, consideremos agora a punição merecida que Deus predisse com anos de antecedência como sobrevindo à antiga Jerusalém. O profeta Ezequiel, no exílio em Babilônia, disse no registro escrito desta profecia divina: “E passou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘Filho do homem, veio a haver duas mulheres, filhas de uma só mãe. E elas começaram a prostituir-se no Egito. Cometeram prostituição na sua mocidade. Apertaram-lhes ali os peitos e ali lhes premeram os seios da sua virgindade. E seus nomes eram Oolá, a mais velha, e Oolibá, sua irmã, e elas vieram a ser minhas e começaram a dar à luz filhos e filhas. E, no que se refere aos seus nomes, Oolá é Samaria e Oolibá é Jerusalém.’” — Ezequiel 23:1-4.
6. Como cidades, o que eram respectivamente Samaria e Jerusalém, quem era sua “mãe” e como haviam praticado prostituição espiritual no Egito?
6 Até o tempo de sua destruição pelos assírios, no ano 740 A. E. C., Samaria era a capital do reino setentrional de Israel, composto de dez das doze tribos seculares de Israel. Por outro lado, Jerusalém era a capital do reino meridional de Judá, composto das tribos remanescentes do povo judaico. De modo que se usam as suas duas capitais para representar ou retratar os seus respectivos reinos. Ambos procederam de uma só organização progenitora, ou “mãe”, a saber, da organização nacional que procedia de Abraão, Isaque e Jacó, e dos doze filhos de Jacó. Falava-se deles simbolicamente como sendo “filhas” daquela organização-mãe. Jacó, bem como seus filhos e as famílias deles mudaram-se da Palestina para o Egito, no ano 1728 A. E. C., nos dias em que seu filho José era primeiro-ministro e administrador de gêneros alimentícios do Egito, sob Faraó. Ali, as tribos descendentes dos doze filhos de Jacó, e que compunham as duas organizações-filiais, foram influenciados a ponto de praticarem prostituição espiritual. De que modo?
7. Como praticaram as simbólicas Oolá e Oolibá prostituição espiritual no Egito, e como se podia dizer corretamente que a Oolá simbólica era a mais velha das duas irmãs?
7 Por se profanarem com a idolatria que prevalecia então no Egito. Mantiveram assim relações imorais e impuras com os deuses falsos e os ídolos do Egito pagão. Na profecia de Ezequiel 20:4-8, Jeová fez lembrar certos anciãos exilados de Israel tal prostituição espiritual da parte de seus antepassados no Egito. Naturalmente, lá naquele tempo, o reino setentrional de Israel, com sua capital Samaria, não existia ainda. (1 Reis 16:23-28) Mas existiam as dez tribos que finalmente se rebelaram para formar aquele reino, e assim se formou a mulher simbólica Oolá. Ela se compunha da maioria das tribos de Israel, e estas incluíam as tribos descendentes dos dois filhos mais velhos de Jacó, a saber, Rubem e Simeão, e também as tribos de Manassés e Efraim, descendentes de José, primogênito de Jacó por sua amada esposa Raquel. Podia-se assim falar da Oolá simbólica corretamente como sendo a “mais velha” das duas filhas simbólicas da mesma mãe. — Gênesis 29:32-35; 30:22-24.
8. O que significa o nome Oolá e como era apropriado para ela?
8 O nome que lhe foi dado, Oolá, significa “Sua Tenda”, quer dizer, uma tenda para se realizar adoração religiosa. Quando se estabeleceu o reino setentrional de Israel, em 997 A. E. C., este passou para a adoração do bezerro de ouro e mais tarde acrescentou a esta idolatria a adoração do deus falso Baal. A Oolá simbólica esqueceu-se assim de Jeová e lançou-o para trás, estabelecendo para si a sua própria tenda para idolatria. Não se achava nela a tenda de Jeová.
9. Por que era o nome Oolibá próprio para a irmã mais jovem mesmo nos dias em que Ezequiel profetizou sobre ela?
9 Sua irmã simbólica chamava-se Oolibá. Entende-se que este nome significa “Minha Tenda Está Nela”. Sendo nome dado por Deus, significa que a tenda de adoração de Jeová encontrava-se na Oolibá simbólica, o reino meridional de Judá. Este reino governava as duas tribos de Judá e de Benjamim, e tinha também o apoio da tribo religiosa de Levi. Levi era o terceiro filho do patriarca Jacó, Judá era o quarto e Benjamim o décimo segundo e último filho, de modo que a Oolibá simbólica foi bem representada pela mais jovem das duas irmãs da “uma só mãe”. A tenda que continha a arca do pacto de Jeová era servida por homens qualificados da tribo de Levi e veio a estar em Jerusalém, depois de o Rei Davi ter capturado aquela cidade em 1070 A. E. C., tornando-a sua capital. Foi também naquela cidade que o filho de Davi, Salomão, construiu um suntuoso templo para a adoração de Jeová, e este ainda existia no dia em que Ezequiel profetizou a respeito das simbólicas Oolá e Oolibá. De modo que o nome Oolibá se ajustava ao reino meridional de Judá, pois encontrava-se nele a tenda ou o templo da adoração de Jeová. — 2 Samuel 5:1-9; 6:11 a 7:13.
10. Quando vieram as duas mulheres simbólicas a pertencer a Jeová como lhe deram filhos e filhas e por que seria adultério a infidelidade delas para com ele?
10 “E elas vieram a ser minhas”, disse Jeová a respeito destas duas mulheres simbólicas. (Ezequiel 23:4) Quando se deu isso? Deu-se no ano 1513 A. E. C., quando Jeová libertou a organização-“mãe”, as doze tribos de Israel, da escravidão no Egito, na noite da primeira celebração da Páscoa, e mais especificamente quando Jeová fez formalmente um pacto com as doze tribos através do mediador Moisés, no monte Sinai, na Arábia. (Êxodo 12:50 a 13:21; 19:3 a 24:8) Produziram-se depois filhos e filhas na relação pactuada com Jeová, seu Deus. Como? Em razão da ação de seus pais ao celebrarem este pacto nacional com Jeová, o Libertador de Seu povo. Todos eram súditos Dele, por serem filhos da nação que estava casada com Ele assim como uma esposa com o marido ou seu dono marital. (Jeremias 3:14; 31:32) A infidelidade a Ele era adultério.
11. Em que ano tomaram forma definida as duas “mulheres” simbólicas, e de que modo?
11 As simbólicas “duas mulheres, filhas de uma só mãe”, tomaram forma definida no ano 997 A. E. C., ou 516 anos depois do resgate da nação de Israel do Egito escravizador. Naquele ano, dez das tribos de Israel repudiaram a lealdade à casa real de Davi e estabeleceram seu próprio reino, cuja capital final veio a ser Samaria, uns cinqüenta e seis quilômetros ao norte de Jerusalém. Este reino setentrional, com sua capital Samaria, foi simbolizado por Oolá. O reino meridional, com a capital Jerusalém, foi simbolizada por Oolibá. — Ezequiel 23:4.
“OOLÁ” DÁ UM MAU EXEMPLO HISTÓRICO
12. Dissolveu a divisão de Israel o pacto de Jeová para com as duas nações resultantes, e de que modo recusou a Oolá simbólica estar sujeita como esposa ao seu Dono marital?
12 Esta divisão da nação de doze tribos de Israel não dissolveu seu pacto com Jeová, celebrado por intermédio do mediador Moisés, no monte Sinai. Ambos estes novos reinos ainda estavam neste pacto da Lei mosaica e por isso ainda estavam sujeitos a Jeová, como a um Marido espiritual. (1 Reis 11:29-39) Mas o reino setentrional, a Oolá simbólica, negou-se a prestar sujeição marital a Jeová e tornou-se idólatra. Perdeu a confiança Nele como seu Protetor e começou a fazer política com as nações pagãs em volta, especialmente com a Assíria imperial, ao nordeste. (2 Reis 15:17-22; Oséias 5:13; 12:1) Resultou em bem para o reino de dez tribos de Israel estabelecer amizade com a potência mundial política e militarizada da Assíria? Mostrou-se a Assíria amiga firme e fiel desta Oolá simbólica? Note o que Jeová passou a dizer, em Ezequiel 23:5-10:
13. O que mostram as palavras de Jeová em Ezequiel 23:5-10 quanto a se a Assíria se mostrou amiga firme e fiel da Oolá simbólica?
13 “E Oolá começou a prostituir-se enquanto estava sujeita a mim, e ela continuou a apaixonar-se dos que a amavam apaixonadamente, dos assírios, que estavam perto, governadores vestidos de pano azul e seus delegados governantes — todos eles jovens desejáveis, cavaleiros montados em cavalos. E ela continuou a conceder-lhes as suas prostituições, todos eles sendo os filhos mais seletos da Assíria; e com todos os de quem se apaixonava — com os seus ídolos sórdidos — ela se aviltava. E ela não abandonou as suas prostituições trazidas do Egito, porque foi com ela que se deitaram na mocidade dela, e foram eles os que premeram os seios da sua virgindade e continuaram a derramar sobre ela as suas relações imorais. Por isso a entreguei na mão dos que a amavam apaixonadamente, na mão dos filhos da Assíria, dos quais ela se apaixonara. Foram eles que lhe descobriram a sua nudez. Tomaram os filhos e as filhas dela, e a ela mataram com a própria espada. E ela veio a ser uma infâmia para as mulheres e executaram-se nela atos de julgamento.”
14. Portanto, o que fez Jeová a “Oolá” por ela confiar na Assíria?
14 Perder ela a fé no invisível Jeová e depositar sua confiança no poderio militar impressionante da Assíria idólatra não salvou nem preservou a espiritualmente adúltera Oolá, o reino das dez tribos de Israel. Ao abandonar Aquele que a havia liberto do Egito, ela foi abandonada por Ele e entregue aos assírios brutais, que a haviam amado apaixonadamente para impor-lhe uma aliança mundana.
15. Como executores de quem agiram os assírios para com a Oolá simbólica e como lhe expuseram a nudez?
15 Jeová deixou “Oolá” cair nas mãos violentas daqueles com quem preferiu estar em pacto, os assírios. Estes agiram como executores do julgamento divino contra ela, dando-lhe o tratamento merecido por uma esposa adúltera. Mataram-na punitivamente com a espada da guerra, como nação política, destruindo sua capital nacional, Samaria. Mas primeiro levaram cativos os filhos e as filhas dela, levando-os como escravos para outras terras. Não lhe permitiram ser reavivada e restabelecida como povo e como reino. Eles “lhe descobriram a sua nudez” por despojarem a terra de seus filhos israelitas, deportando-os para longe; e então, para ocupar seu lugar no país, a Assíria importou povos pagãos de diversas partes do Império Assírio. — 2 Reis 18:8-12; 17:1-24.
16. Como veio “Oolá” a tornar-se “uma Infâmia para as mulheres”?
16 Este era um bom motivo para esta criminalmente executada “Oolá” tornar-se “uma infâmia para as mulheres”, quer dizer, para os reinos pagãos daquele tempo. Estes a desprezavam como nação que havia ficado vergonhosamente infame, e eles estremeciam diante da sorte dela. O reino dela deixou de existir permanentemente em 740 A. E. C., com a destruição de Samaria e a deportação de seus filhos e de suas filhas sobreviventes.
PREVISÃO HISTÓRICA PARA OS NOSSOS DIAS
17. Em vista do exemplo de aviso de “Oolá”, que perguntas surgem quanto à Oolibá simbólica?
17 Tornou-se a Oolá simbólica “infâmia” para sua irmã Oolibá, o reino meridional de Judá? Reconheceu Oolibá este exemplo de aviso da história e tirou proveito dele? Evitou, por isso, o proceder espiritualmente adúltero de sua irmã, para que a história não se repetisse nela e para que não tivesse de beber o cálice de julgamento que sua irmã teve de beber? O que indicou Oolibá quanto a que sua equivalente hodierna, a cristandade, faria em nossos tempos? Jeová indicou o proceder seguido pelo reino irmanando de Oolá, dizendo em Ezequiel 23:11-17:
18. Com que palavras, em Ezequiel 23:11-17, indicou Jeová o proceder que a Oolibá simbólica seguia então?
18 “Quando a sua irmã Oolibá chegou a ver isso, então fez uso da sua paixão de modo ainda mais ruinoso do que ela e fez maior a sua prostituição do que a fornicação de sua irmã. Apaixonou-se dos filhos da Assíria, dos governadores e dos delegados governantes que estavam perto, vestidos com esmero, cavaleiros montados em cavalos — todos eles jovens desejáveis. E cheguei a ver que, por ela se ter aviltado, ambas tinham um só caminho. E ela continuou a incrementar os seus atos de prostituição quando chegou a ver os homens em gravuras na parede, imagens de caldeus gravados em vermelhão, cingidos de cintos nos seus quadris, com turbantes pendentes nas suas cabeças, tendo a aparência de guerreiros, todos eles, a semelhança dos filhos de Babilônia, caldeus no que se referia à sua terra natal. E ela começou a apaixonar-se por eles à vista dos seus olhos e passou a enviar-lhes mensageiros à Caldéia. E os filhos de Babilônia chegavam a ela, ao leito das expressões de amor, e a aviltavam com as suas relações imorais; e ela continuou a ser aviltada por eles, e sua alma começou a apartar-se deles em desgosto.”
19. Como desafiou a Oolibá simbólica o exemplo de aviso dado por sua irmã Oolá e que resultado para a Assíria constituiu um problema para Oolibá?
19 Oolibá desafiou o exemplo de aviso da história de seu reino irmanando, Oolá. Jeová chegou a ver que tanto Oolibá como Oolá “tinham um só caminho”, só que Oolibá seguiu este caminho de maneira mais extrema. Esquecendo-se de Jeová e de seu pacto semelhante a um casamento com Ele, ela passou a fazer politicagem com aquela poderosa potência mundial, militar, a Assíria. Foi notoriamente assim nos dias do Rei Acaz, de Jerusalém. Apesar do conselho de Jeová, por meio do profeta Isaías, o Rei Acaz pediu o auxílio do conquistador assírio Tiglate-Pileser contra os reinos aliados da Síria e de Israel. (Isaías 7:1-20; 2 Reis 16:5-10, 17, 18) O Rei Ezequias, sucessor de Acaz, viu quão desastrosamente acabou granjear Oolá o favor político da Assíria, em 740 A. E. C., quando houve a destruição de Samaria e de seu reino. Embora o Rei Ezequias fosse liberto do rei assírio Senaqueribe, ele acolheu as entabulações amistosas dos babilônios. Por causa disso, ele foi repreendido por Jeová. (Isaías 37:36 a 39:7; 2 Reis 19:35 a 20:18) Quando os babilônios derrubaram a Potência Mundial Assíria por destruírem sua capital Nínive, por volta de 632 A. E. C., isto constituiu um sério problema para Jerusalém.
20. Como desfez o rei de Babilônia a ação política do rei do Egito para com Jerusalém, como procurou a Oolibá simbólica o favor político de Babilônia e como mostrou que se cansava disso?
20 Quatro anos depois, em 628 A. E. C., o conquistador rei do Egito colocou o Rei Jeoiaquim no trono de Jerusalém, em lugar de seu irmão Jeoacaz. Mas, no ano 620 A. E. C., o rei de Babilônia subjugou Jeoiaquim como rei tributário de Babilônia. No ano 617 A. E. C., o rei de Babilônia empossou o irmão de Jeoiaquim, Zedequias, como rei no trono de Jerusalém. (2 Reis 23:31 a 24:18) Durante os reinados destes dois reis, a simbólica Oolibá “fez uso da sua paixão de modo ainda mais ruinoso” do que fizera sua irmã Oolá, por granjear o favor político da Potência Mundial Babilônica. Estas relações internacionais foram mantidas em ambos os casos até que Jerusalém, por fim, se cansou do domínio de Babilônia. De modo que “sua alma começou a apartar-se . . . em desgosto” dos babilônios por meio duma rebelião contra o rei de Babilônia. — 2 Reis 24:1, 18-20.
21. O que disse Jeová em Ezequiel 23:1-21 sobre o que pensava do proceder adúltero da Oolibá simbólica?
21 Mas o que achou Jeová deste proceder espiritualmente adúltero da parte da Oolibá simbólica? Isto é algo que seu equivalente hodierno, a cristandade, devia ter tomado em consideração já há muito tempo. Em Ezequiel 23:18-21, Jeová diz o que ele pensava: “E ela prosseguiu expondo os seus atos de prostituição e a descobrir a sua nudez, de modo que a minha alma apartou-se em desgosto de sua companhia, assim como a minha alma se apartara em desgosto da companhia de sua irmã [Oolá]. E ela continuou a multiplicar os seus atos de prostituição ao ponto de relembrar os dias de sua mocidade, quando se prostituía na terra do Egito. E ela continuou a apaixonar-se à moda das concubinas pertencentes àqueles cujo membro carnal é como o membro carnal dos jumentos, e cujo órgão genital é como o órgão genital dos cavalos. E continuaste a chamar atenção para a conduta desenfreada da tua mocidade por se premerem teus seios, desde o Egito em diante, por causa dos peitos da tua mocidade.”
22. Como harmonizou Jeová seu proceder para com Oolibá com o para com Oolá?
22 Visto que Jeová se apartara em desgosto da companhia de sua irmã adúltera Oolá, por que não se devia apartar em desgosto da companhia de Oolibá, por causa de conduta desenfreada similar com os babilônios idólatras? Jeová é coerente, e por isso harmonizou suas ações contra ambas as irmãs, Oolá e Oolibá.
23. Como relembrou Oolibá os dias de sua mocidade, quando ela se prostituta no Egito e sua paixão era igual a das concubinas que pertenciam a quem?
23 Como é que Oolibá passou a “relembrar os dias de sua mocidade, quando se prostituía na terra do Egito”? Fez isso por olhar para o sul, recorrendo ao Egito em busca de ajuda militar quando “sua alma começou a apartar-se . . . em desgosto” dos babilônios, por se rebelar contra o rei de Babilônia. (Ezequiel 17:7-10, 15-17) Quanto desprezo expressa Jeová ali, na linguagem que usa, pela sua paixão animalesca, imprópria duma esposa, mas bastante comum no caso duma concubina prontamente disponível. Ele diz: “E ela continuou a apaixonar-se à moda das concubinas pertencentes àqueles cujo membro carnal é como o membro carnal dos jumentos, e cujo órgão genital é como o órgão genital dos cavalos.” Ou, conforme o expressa a versão do Pontifício Instituto Bíblico de Roma: “Ardeu de lascívia por esses luxuriosos, cujas carnes são como as carnes dos jumentos e cujo fluxo é como o dos garanhões.” — Ezequiel 23:20, NM; PIB.
OS AMANTES POLÍTICOS MENOSPREZADOS REAGEM
24, 25. Em harmonia com o que aconteceu com a Oolá simbólica por causa de seu adultério espiritual, o que disse Jeová em Ezequiel 23:22-25a sobre o que faria à irmã dela, Oolibá?
24 À luz do que aconteceu à Oolá simbólica por causa de seu proceder espiritualmente imoral, o que receberia sua irmã Oolibá coerentemente das mãos de Jeová, no seu desgosto? Ainda levava algum tempo, possivelmente dois anos, antes do começo do sítio final de Jerusalém pelos babilônios, quando Jeová respondeu à pergunta por dizer àquela cidade infiel, na qual Sua tenda ainda estava armada:
25 “Portanto, ó Oolibá, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eis que suscito contra ti os que te amam apaixonadamente, aqueles de quem a tua alma se apartou em desgosto, e vou trazê-los contra ti por todos os lados, os filhos de Babilônia e todos os caldeus, Pecode e Soa, e Coa, todos os filhos da Assíria com eles, jovens desejáveis, governadores e delegados governantes todos eles, guerreiros e convocados, montados em cavalos, todos eles. E terão de chegar contra ti com estrondo de carros de guerra e de rodas, e com uma congregação de povos, com escudo grande e com broquel e capacete. Eles se porão contra ti em todo o redor e eu vou entregar-lhes o julgamento, e terão de julgar-te com os seus julgamentos. E vou expressar meu fervor contra ti, e eles terão de tomar ação contra ti em furor.
26. Segundo as palavras de Jeová em Ezequiel 23:25b-27, o que fariam os babilônios e seus aliados à Oolibá simbólica?
26 “‘Removerão teu nariz e tuas orelhas, e o que restar de ti cairá mesmo à espada. Eles mesmos tomarão teus filhos e tuas filhas, e o que restar de ti será devorado pelo fogo. E hão de despir-te de tuas vestes e tirar-te os teus objetos de beleza. E eu vou realmente fazer cessar em ti a tua conduta desenfreada e a tua prostituição trazida desde a terra do Egito; e não levantarás mais os teus olhos para eles e não te lembrarás mais do Egito.”‘ — Ezequiel 23:22-27.
27. Quem suscita os menos esperados contra “Oolibá” e como se impede a ela o escape? E executam-se nela apenas as decisões judiciais feitas por homens?
27 Que choque horrível deve ser quando amantes apaixonados de repente se viram contra a pessoa! Como pode haver tão depressa tal mudança de sentimentos? É Jeová quem causa isso contra a organização semelhante a uma esposa que se mostra infiel a ele. É ele quem suscita e traz sobre ela aqueles em quem dificilmente pensaríamos que usasse como seu instrumento para executar o julgamento nela, os associados ou aliados dela que antes a amavam apaixonadamente como reino vassalo. Estes não são apenas a ralé ordinária, mas são governadores, delegados governantes, guerreiros profissionais, e os convocados para conselho, homens de cavalaria. Não haverá escapatória para ela, visto que virão contra ela de todos os lados. Os carros de guerra, cujo estrondo de rodas ela ouve, podem avançar velozmente e alcançá-la. A congregação de povos militares bem protegidos pode encurralá-la. Devem eles executar sentenças judiciais proferidas por homens? Não; pois são apenas instrumentos de execução!
28. As decisões judiciais de quem são executadas, como são aplicadas e com que emoções são executadas?
28 As decisões judiciais são de Jeová, e ele entrega a execução delas aos seus agentes humanos escolhidos.’ Mas permite-se que executem estas decisões judiciais ao seu próprio modo cruel de executar sentenças. Jeová tem ardor ciumento contra a simbólica Oolibá, e suas forças executoras na terra têm furor; e quando o ardor divino e o furor assírio-babilônico se combinam em ação unida, então realmente significa ai para Oolibá.
29. Em penalidade por que crime moral se cortavam o nariz e as orelhas, e como sofreu a Oolibá simbólica tal punição?
29 É horrendo cortar o nariz e as orelhas duma mulher, desfigurando-a horrivelmente? Sim, mas era assim que aqueles antigos imperialistas mundiais puniam as adúlteras. Oolibá havia-se desviado em adultério de seu dono marital, Jeová. Semelhante a um marido ciumento, ultrajado, ele deixou seu sinal na face de seu cônjuge infiel. Sua bela aparência nacional ficou estragada. Seu rei ungido e outras autoridades destacadas, que eram como “o próprio fôlego das nossas narinas”, foram levados embora. (Lamentações 4:20) Seus sacerdotes, juízes e literatos, que eram como orelhas para escutar e prover equilíbrio para a chefia da nação, foram também removidos com violência. Com tal aparência nacional mutilada como é que podia ter “mantido as aparências” perante às outras nações? Não podia!
30. O que se devia fazer com o que restava dela, humano e inanimado, e irremovível, deixando-a com que aparência?
30 Depois de ela ter sido mutilada assim, o que remanescesse da adúltera Oolibá devia cair pela espada executora dos babilônios vitoriosos, seus anteriores amantes apaixonados. Então, ai de seus filhos e de suas filhas! Os sobreviventes deles seriam levados cativos e escravizados. O que restasse dela, em matéria de propriedades materiais imóveis, seria “devorado pelo fogo”. Ela seria exposta nua, despojada de suas vestes e dos objetos belos com que praticara seus engodos como nação. Tal adultério espiritual dela tinha de cessar para sempre na terra!
31. O que indica se Oolibá cansar-se dos babilônios significava seu arrependimento para uma reconciliação com Jeová, ou não?
31 Cansar-se Oolibá de alguns, tais como os babilônios, com os quais havia cometido prostituição espiritual, não significava que havia voltado em arrependimento sincero a Jeová, para se reconciliar com ele. Ainda se entregava à imoralidade espiritual com deuses idólatras. Ainda estava inclinada a violar seu pacto com Jeová e a celebrar alianças adúlteras com uma nação pagã, se achasse que isto a salvaria como nação. Plenamente apercebido disso, Jeová passou a dizer à simbólica Oolibá:
32. Nas mãos de quem entregaria Jeová a Oolibá, segundo ele lhe disse em Ezequiel 23:28-31, e o que aconteceria então a ela? Por quê?
32 “Pois assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Eis que te entrego na mão dos que odiaste, na mão daqueles de quem a tua alma se apartou em desgosto. E terão de tomar ação contra ti em ódio e tirar-te todo o fruto da tua labuta, e deixar-te nua e despida; e terá de expor-se a nudez dos teus atos de fornicação, e a tua conduta desenfreada, e teus atos de prostituição. Far-se-ão estas coisas a ti por teres ido como prostituta atrás das nações, pelo fato de que te aviltaste com os seus ídolos sórdidos. Andaste no caminho de tua irmã [Oolá]; e terei e entregar-te seu copo na mão.’” — Ezequiel 23:28-31.
33. Podia Oolibá escapar destas conseqüências por tomar ação unilateral, e por quais compromissos dela até então estava Jeová disposto a deixá-la pagar?
33 Oolibá, representando a Jerusalém infiel, não devia pensar que. por ter passado a odiar os babilônios e se ter desviado deles em desgosto de alma, pudesse escapar das conseqüências de suas anteriores relações espiritualmente imorais com eles. Não era tão fácil assim. Os babilônios odiados não estavam dispostos a esquecer-se de seus compromissos com eles. E que dizer do compromisso superior dela com Jeová, seu dono marital? Seu arrependimento da conduta desenfreada com os babilônios não era arrependimento para com Jeová. Por isso, Ele estava disposto a deixar Oolibá pagar pela violação tanto de suas obrigações para com os babilônios como de suas obrigações com Ele, por entregá-la nas mãos de seus amantes afastados, os babilônios.
34. A nudez de Oolibá induziu as nações a pensar o que sobre a causa disso?
34 Sua nudez devia ser exposta perante todas as nações por se expor sua história como desavergonhada “mulher da rua”, prostituta à procura de otários, em escala nacional. Seu Deus, cuja “tenda” religiosa estava no meio dela’ precisava puni-la! Se a infidelidade dela e seus crimes contra ele não tivessem sido tão enormes, a punição dela não teria sido tão grande! Isto se deu no caso de sua irmã Oolá. Portanto, por que também não no caso dela’
35. A que raciocínios falsos não se devia entregar Oolibá, quanto a haver uma exceção à regra a respeito das conseqüências?
35 Oolibá não devia pensar que fosse exceção à regra. Sua irmã Oolá havia sofrido irreversivelmente por certos motivos. Portanto, que base histórica havia para ela pensar que a história não se repetiria nela pelos mesmos motivos, sim. por motivos ainda mais sérios: Crimes iguais resultam em punição igual! Jeová mostrou com antecedência que não faria nenhuma exceção com Oolibá, embora ela representasse Jerusalém, dizendo-lhe:
36. Visto que Jeová não faria nenhuma exceção, o que disse Jeová sobre o copo que Oolibá beberia, e até que ponto o faria ela?
36 “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Beberás o copo de tua irmã, o que é fundo e largo. Tornar-te-ás alvo de riso e de caçoada, o copo contendo muito. Ficarás cheia de embriaguez e de pesar, com o copo de assombro e de desolação, o copo de tua irmã Samaria. E terás de bebe-lo e de esvaziá-lo, e roerás os seus cacos e arrancarás os teus peitos. “Pois eu é que falei”, é a pronunciação do [Soberano] Jeová.’” — Ezequiel 23:32-34.
37. A descrição dada por Jeová a respeito do “copo” indica o que sobre a quantidade da bebida que Oolibá tinha de beber, e por que ficaria ela espantada, embriagada e pesarosa com o que, tinha de beber?
37 Evidentemente por noventa e três anos, desde o tempo da destruição de Samaria em 740 A. E. C. até o começo do “tempo do erro do fim’’ de Jerusalém, em 647 A. E. C., a Oolibá idólatra teve tempo para tirar proveito do exemplo histórico de aviso de sua irmã Oolá. Infelizmente, ela não o fez. (Ezequiel 4:6, 7; 21:25) Ela teria de beber a mesma espécie de bebida das mãos do seu dono marital abandonado, Jeová, que sua irmã Oolá (Samaria) bebeu em 740 A. E. C. Só que o copo dela seria maior em quantidade, o “copo contendo muito”, por ser “fundo e largo”. Ela tomaria a bebida para tornar-se “alvo de riso e de caçoada” perante todas as nações maliciosas em volta dela. Ficaria espantada com a vergonha e a desolação que lhe sobreviria. Imaginar que Jeová permitiria que isto lhe acontecesse! O copo da destruição nacional, da deportação de sua pátria dada por Deus e da desgraça internacional bastaria para fazê-la sentir-se embriagada. Ela ficaria cheia de pesar diante de sua própria condição arruinada, não diante do vitupério que ela lançou sobre o nome de seu dono marital, Jeová. Não importa quão grande fosse a bebida, não seria mais do que ela merece.
38. Como descreveu Jeová figuradamente a maneira em que a Oolibá simbólica pagaria plenamente pela sua infidelidade para com Ele?
38 Ela não deveria deixar de beber nem uma única gota da bebida. Até mesmo a umidade retida no material poroso e absorvente do copo teria de ser bebida por ela, por roer e triturar os “cacos” do copo. Ela teria de pagar plenamente a penalidade divina pelo seu proceder infiel e adúltero para com o Deus de seu pacto. Teria de sofrer o que Jeová disse a seu respeito. O exemplo de aviso do caso de sua irmã não era algo a ser desprezado!
COMO ISTO SE APLICA À CRISTANDADE
39. Em vista da experiência das simbólicas Oolibá e Oolá, que perguntas surgem quanto ao futuro da cristandade, e o que nos da a certeza quanto as respostas a estas perguntas?
39 Visto que isto aconteceu tão infalivelmente no caso das simbólicas Oolá e Oolibá, o que se deve esperar então com respeito à cristandade, o equivalente hodierno destas duas irmãs simbólicas, Samaria e Jerusalém? Deixará de repetir-se a história bíblica no que se refere à cristandade? Ao passo que Oolibá (Jerusalém) bebeu o mesmo copo que sua irmã Oolá (Samaria), por ter imitado a conduta de Oolá para com Jeová, deixará a cristandade de beber o mesmo copo, embora tenha imitado a conduta tanto de Oolá como de Oolibá? Se os clérigos e as pessoas religiosas da cristandade pensarem assim, estarão terrivelmente enganados, pois o verdadeiro Deus, Jeová, é coerente em todo o seu proceder. O que torna ainda mais certo que a cristandade sentirá a repetição da história e beberá o mesmo copo que seus antigos protótipos é que Jeová falou isso na sua Palavra escrita, nas profecias registradas no último livro da Bíblia.
40. O que sofreria a Oolibá simbólica em 607 A. E. C. às mãos de seus amantes afastados, e a que precisamos recorrer para saber sobre alguma repetição da história?
40 O que devia acontecer a Oolibá, igual à sua irmã Oolá, em 607 A. E. C.? Em primeiro lugar, seus amantes apaixonados se voltariam contra ela. A ação deles resultaria em ela ser despida; ela ficaria sem filhos, sendo os filhos dela levados cativos ou abatidos pela espada da guerra punitiva, ela seria queimada com fogo; sua dignidade régia seria infamada, ao passo que se desintegrasse sua situação régia entre as nações. Repetir-se-á algo semelhante na história moderna? Ouça agora o que Jeová falou por intermédio de Jesus Cristo, ao ressoar isso mais alto do que nunca da trilha sonora de sua Palavra escrita:
41, 42. O que dizem Revelação 17:15-18 e 18:4-8 sobre calamidades similares sobrevindo a alguém imoral?
41 “As águas que viste, onde a meretriz está sentada, significam povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste, e a fera [que leva os seus chifres em suas sete cabeças], estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo. Porque Deus pôs nos seus corações executarem o pensamento dele, sim, executarem um só pensamento deles por darem o seu reino à fera, até que se tenham efetuado as palavras de Deus. E a mulher que viste significa a grande cidade que tem um reino sobre os reis da terra.”
42 “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas. Pois os pecados dela acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos atos injustos dela. Fazei-lhe assim como ela mesma fez, e fazei-lhe duas vezes tanto, sim, duas vezes o número de coisas que ela fez; no copo em que ela pôs a mistura, ponde duas vezes tanto da mistura para ela. Ao ponto que ela se glorificou e viveu em impudente luxúria, a tal ponto dai-lhe tormento e pranto. Porque ela está dizendo no seu coração: ‘Estou sentada como rainha, e não sou viúva, e nunca verei pranto.’ É por isso que as pragas dela virão num só dia, morte, e pranto, e fome, e ela será completamente queimada em fogo, porque Jeová Deus, quem a julga, é forte.”
43. Com quem identifica Jeová a meretriz por meio de seu anjo, em vista da descrição dela em Revelação 17:1-6?
43 A quem se aplicam estas palavras de Revelação 17:15-18 e 18:4-8? Quem é a “meretriz” neste caso? Jeová responde, por meio do seu anjo, no último livro da Bíblia: “Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas, com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.” “E ele me levou no poder do espírito para um ermo. E avistei uma mulher sentada numa fera cor de escarlate, que estava cheia de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e estava adornada de ouro, e de pedra preciosa, e de pérolas, e tinha na sua mão um copo de ouro cheio de coisas repugnantes e das coisas impuras da sua fornicação. E na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’ E eu vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus.” — Revelação 17:1-6.
44. De acordo com isso, mudou o estilo de punição das mulheres pelo adultério e pela fornicação com o passar dos anos? Portanto, Babilônia, a Grande, sofreria a punição semelhante a quem?
44 Aqui se predisse mesmo uma repetição da história, reproduzindo aspectos históricos que sobrevieram à antiga prostituta Oolibá. O biblicamente descrito tratamento de adúlteras e meretrizes não se observa ser diferente do que foi em 607 A. E. C., quando Oolibá (Jerusalém) foi destruída pelos babilônios, no que se prescreveu no ano 96 E. C. para adúlteras e meretrizes, quando o apóstolo cristão João escreveu o último livro da Bíblia, Revelação ou Apocalipse. Passaram-se mais de setecentos anos, e ainda não havia mudanças! E não se prevê nem se prediz nenhuma mudança depois da passagem de mais de dezoito séculos desde então e até agora, no nosso século vinte; pois, Revelação, capítulos dezessete e dezoito, prediz os acontecimentos no nosso século atual. Não importa o que a meretriz simbólica, Babilônia, a Grande, diga no coração, ela terá de sofrer a punição das mulheres de conduta desenfreada, assim como a antiga Oolá, e assim como Oolibá, às mãos de Jeová Deus, quem a julga. Seu método de punição não mudou!
45. Por que é mera ilusão da parte da cristandade dizer ela no seu intimo que não sofrerá a sorte de Babilônia, a Grande, da atualidade?
45 É mera ilusão dizer a cristandade no coração que ela não sofrerá a sorte da atual Babilônia, a Grande. Ela tem sido avisada já por anos que Babilônia, a Grande, representa o império mundial da religião falsa, babilônica, e a cristandade é a parte mais populosa e mais poderosa desta organização religiosa, mundial. Como tal, ela é uma das “meretrizes” religiosas das quais Babilônia, a Grande, é a organização-mãe. — Revelação 17:5.
46. Por conseguinte, que sorte terá a cristandade às mãos de Jeová, e visto que ela participa nos pecados de Babilônia, a Grande, também terá de receber parte de quê?
46 Por conseguinte, a sorte que Babilônia, a Grande, sofrerá às mãos de Jeová Deus é também a sorte da cristandade. E visto que a cristandade foi especificamente tipificada ou prefigurada pela adúltera Oolibá (Jerusalém), é certo que ela participará no final desastroso de Babilônia, a Grande, final bem paralelo ao da prostituta Oolibá. Tem a cristandade compartilhado nos pecados de Babilônia, a Grande, que se acumulam até o céu? Visto que ela tem compartilhado neles, terá de receber parte das pragas de Babilônia, a Grande, divinamente decretadas para vir “num só dia”, a saber, morte, pranto, fome, “e ela será completamente queimada em fogo”, e isto às mãos de seus anteriores companheiros. — Revelação 18:4-8; 17:16.
47, 48. Com as palavras de Ezequiel 23:35, o que mandou Jeová que a Oolibá simbólica fizesse, e, por Isso, o que terá de fazer a cristandade?
47 Poderemos pensar na cristandade, ao passo que Jeová prossegue relatando ao seu profeta Ezequiel a conduta ímpia de Oolibá (Jerusalém) para com Ele, dizendo: ‘Portanto, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Visto que te esqueceste de mim e passaste a lançar-me atrás das tuas costas, então, tu mesma também terás de levar a tua conduta desenfreada e os teus atos de prostituição.”’
48 A antiga Oolibá fez o que foi mandado fazer, nestas palavras de Ezequiel 23:35, isto é, teve de levar as conseqüências amargas de sua conduta desenfreada e de seus atos de prostituição espiritual. A cristandade terá de fazer o mesmo, sem falta.
49. Segundo o registro histórico, como mostrou a cristandade desde 1919 que ela se esqueceu de Jeová e que o lançou atrás das suas costas quanto a paz e segurança mundiais, e, por isso, o que não obterá quando seus companheiros se voltarem contra ela?
49 Não precisamos investigar muito a fundo os antecedentes históricos da cristandade para observar que ela abandonou a Jeová e o lançou atrás das suas costas. Não é com Ele que ela se alia ou coliga na esperança de ter proteção e preservação. Tem-se empenhado em imoralidade espiritual com os políticos de todas as nações. Junto com eles, tem promovido e endossado aquela “imagem” idólatra da fera simbólica, a saber, as Nações Unidas, como organização necessária para a paz e a segurança mundiais. Esta “imagem” política é a fera cor de escarlate, com sete cabeças e dez chifres, que Babilônia, a Grande, tem montado desde que veio à existência, originalmente como Liga das Nações, em 1919. Visto que ela não olha para Jeová, não obterá proteção nem livramento da parte Dele, quando seus companheiros políticos e seculares se voltarem contra ela em furor, a fim de a destruírem. — Revelação 13:14, 15; 14:9-11; 17:3-7.
50-52. Quando sofrerá a cristandade tal punição drástica, e, antes disso, o que terá de fazer a classe ungida de Ezequiel, conforme indicado em Ezequiel 23:36-42?
50 Esta punição drástica sobrevirá à cristandade dentro em breve, na vindoura “grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo”. (Mateus 24:15, 21, 22) Mas, antes disso, a classe ungida de Ezequiel, usada por Jeová hoje, precisa proclamar Suas decisões judiciais contra a cristandade, como se fosse proferir sentença divina sobre ela. Isto é indicado no que o antigo profeta Ezequiel nos diz a seguir, na sua narrativa em Ezequiel 23:36-42:
51 “E Jeová prosseguiu, dizendo-me: ‘Filho do homem, julgarás tu a Oolá e a Oolibá e lhes contarás as suas coisas detestáveis? Pois cometeram adultério e há sangue nas suas mãos, e cometeram adultério com os seus ídolos sórdidos. Além disso, seus filhos, que deram à luz para mim, elas fizeram passar pelo fogo como alimento para eles. Ainda mais, isto é o que me fizeram a mim: Aviltaram o meu santuário naquele dia e profanaram os meus sábados. E quando tinham matado seus filhos aos seus ídolos sórdidos, passaram até mesmo a entrar no meu santuário, naquele dia, para o profanarem, e eis que foi isto o que fizeram no meio da minha casa. E em adição a isso, quando começaram a mandar buscar os homens vindos de longe, aos quais se enviou mensageiros, então, eis que vieram, aqueles para os quais te lavaste, pintaste teus olhos e te ataviaste com enfeites. E tu te assentaste num glorioso leito, tendo a mesa posta diante dele, e puseste sobre ela meu incenso e meu óleo.
52 “‘E havia nela o ruído de uma massa de gente tranqüila, e aos homens dentre a massa de humanidade introduziram-se beberrões procedentes do ermo, e passaram a por pulseiras nas mãos das mulheres e belas coroas sobre as suas cabeças.”’
ACUSAÇÃO FORMAL LEVANTADA CONTRA A CRISTANDADE
53, 54. Estas palavras de julgamento contra Oolá e Oolibá são também uma indicação contra quem hoje em dia, e como tem sido esta última culpada daquilo que se denuncia em Tiago 4:4?
53 Que indicação da cristandade, refletida do antigo protótipo dela! Esta indicação tem sido apresentada pelos da classe de Ezequiel na atualidade, as testemunhas cristãs ungidas do Deus de Ezequiel, Jeová. A cristandade, igual às antigas Oolá e Oolibá, tem cometido adultério espiritual contra o Deus que professa adorar, o Deus da Bíblia. Por isso, deve tomar em consideração a pergunta bíblica feita em Tiago 4:4, onde lemos: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
54 A amizade perpétua da cristandade com os políticos, com as forças militares e com os “tubarões” do alto comércio deste mundo é um escândalo público. A cristandade, como membro dominante da “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, tem sido uma organização religiosa “com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela”. A cristandade domina a simbólica “cidade que tem um reino sobre os reis da terra”. — Revelação 17:1, 2, 18.
55. Que caso notável, moderno, há quanto a adultério espiritual com ídolos por parte das seitas da cristandade?
55 As seitas religiosas da cristandade cometeram também adultério espiritual “com os seus ídolos sórdidos”. Uma das últimas e maiores coisas a ser idolatrada por ela é a “imagem” da fera simbólica da política mundial, a saber, as Nações Unidas, às quais pertence a maioria das nações que professam ser cristãs. — Ezequiel 23:37; Revelação 13:14, 15; 14:9-11; 16:2.
56. De que modo há sangue nas mãos, das seitas da cristandade, de modo sacrificial?
56 E pode-se dizer das seitas religiosas da cristandade que “há sangue nas suas mãos”? Assim como as antigas Oolá e Oolibá fizeram seus filhos passar pelo fogo sacrificial para o ídolo sórdido do falso deus Moloque, assim as seitas da cristandade fizeram seus filhos derramar seu sangue em sacrifício perante o sanguinário deus Marte, o deus romano da guerra. Tudo isso foi feito em nome do que chamam de cristianismo! As mãos ensangüentadas da cristandade atestam este sacrifício de seus filhos religiosos nas cruzadas fanaticamente selvagens contra os muçulmanos do Oriente Médio, sim, nas guerras dentro de suas próprias fileiras, entre católicos e protestantes, nas inquisições religiosas com horrendas torturas daqueles que eram considerados como hereges, nas guerras entre as nações da cristandade, em que católico é contra católico e protestante contra protestante, e nas duas guerras mundiais, que ambas começaram dentro da própria cristandade!
57. Como deturparam aquilo que é representado pelo santuário de Deus pelo seu procedimento; apesar de estarem manchadas de sangue?
57 Pior ainda, com total desrespeito pelo Deus da Bíblia, no dia em que cometeram tais atrocidades eles vieram com mãos ensangüentadas ao que chamam de santuário de Deus, mesmo no que chamam de seu dia sabático. Desta maneira, realmente, aviltaram e profanariam o santuário de Deus, deturpando seriamente o que é representado pela verdadeira casa de Deus. Quão grande é o ajuste de contas pelo sangue derramado que Ele terá de fazer com a cristandade, em desaprovação de tudo isso!
58. Como retrata Oolibá a cristandade quanto a tentar engodar fregueses imorais, e quem não está excluído da massa da humanidade que aflui a ela?
58 Assim como retratada por Oolibá (Jerusalém), podemos imaginar a cristandade agir como meretriz profissional. Ela tem procurado fregueses, mandando-os vir para entrar em aliança com ela, para fins de relações anticristãs. Veja-a lavar-se para remover qualquer cheiro ofensivo! Veja-a pintar os olhos para parecerem maiores e mais brilhantes! Veja-a ornar-se com enfeites, para fazer-se parecer irresistível! Veja-a recostar-se num suntuoso leito, diante do qual há uma mesa! O incenso que queima sobre esta e o óleo perfumado para fricções foram retirados daquilo que realmente pertence a Deus Em resposta ao mensageiro que ela enviou, seus fregueses engodados deviam vir de todas as partes seculares deste mundo, que estão em inimizade com Jeová Deus. Seu prostíbulo torna-se o lugar do qual, apesar de portas e janelas fechadas, procede o ruído duma multidão tranqüila, que se entrega a prazeres sensuais. Uma multidão de gente tem afluído a ela como que para obter satisfação sexual. Acrescentaram-se beberrões como bem-vindos nesta massa de gente indiscriminada? Sim, embora procedessem duma classe baixa tal como é encontrada no ermo.
59. Visto que a cristandade tornou a religião algo fácil, que elementos da sociedade humana foram arrebanhados nela, e em que sentido colocaram pulseiras nos pulsos dela e coroas na sua cabeça?
59 Visto que as seitas da cristandade tornaram a religião fácil para tais mundanos e visto que podiam ingressar nela como membros da igreja, ao mesmo tempo continuando a fazer parte deste mundo egoísta, idólatra e manchado de sangue, todos estes elementos da sociedade humana deixam-se arrebanhar na cristandade, que é semelhante a uma meretriz. Em pagamento de quaisquer favores religiosos que lhes dá prazer sensual, eles a glorificam. Como que para embelezar-lhe as mãos vermelhas de sangue, colocam-lhe pulseiras nos pulsos e belas coroas sobre as cabeças de suas seitas, concedendo assim aos clérigos certa chefia religiosa sobre a sua vida. Este já é agora um costume antigo.
60. Quais são os indícios quanto à cristandade parar com a sua imoralidade espiritual, e para que fim terão de ser usados “homens justos”, que executarão o julgamento aplicado a que espécie de mulheres?
60 Mas, deve continuar isso para sempre, ou passará além desta nossa geração? Não segundo o que Jeová disse então a Ezequiel, nas seguintes palavras: “Então eu disse referente àquele que se esgotara com o adultério: ‘Agora ela continuará a cometer as suas prostituições, sim, ela mesma.’ E eles continuaram a chegar a ela, assim como se chega a uma mulher que é prostituta; desta maneira se chegaram a Oolá e a Oolibá, como a mulheres de conduta desenfreada. Mas, no que se refere a homens justos, eles é que serão os que a julgarão com o julgamento de adúlteras e com o julgamento de derramadoras de sangue; pois, adúlteras é que elas são, e há sangue nas suas mãos.” (Ezequiel 23:43-45) Por conseguinte, visto que a cristandade não deixará de “cometer as suas prostituições, sim, ela mesma”, então se terá de por paradeiro à sua prostituição espiritual por se fazer que outros executem nela o julgamento de adúlteras e o julgamento de mulheres culpadas de derramar deliberadamente sangue.
OS “HOMENS JUSTOS” PARA JULGAR A CRISTANDADE
61. Então, quem são os “homens justos” que executam o julgamento na Oolibá simbólica?
61 Quem, porém, são estes “homens justos”, que executarão o julgamento nela? Não Ezequiel, nem seus co-exilados Daniel, Hananias, Misael e Azarias, nem o profeta Jeremias em Jerusalém, nem seu secretário Baruque e seus amigos Ebede-Meleque, o etíope, e a casa dos recabitas. (Ezequiel 14:14, 20; Daniel 1:1-7; Jeremias 35:1-19; 36:4-32; 45:1-5) Estes homens aprovados não tiveram participação alguma na execução do julgamento de Jeová sobre Oolibá (Jerusalém), nos anos 609-607 A. E. C. Antes, foram os assírios que destruíram Oolá (Samaria) em 740 A. E. C., e foram os babilônios que destruíram Oolibá (Jerusalém) em 607 A. E. C.
62. Visto que os executores usados por Jeová naquele tempo eram pagãos, como podiam ser chamados “homens justos”, e, do mesmo modo, quem são os “homens justos” usados como executores nos nossos dias?
62 Por conseguinte, os “homens justos”, aqui, referem-se aos anteriores amantes apaixonados de Oolibá (Jerusalém) dos quais a alma desta finalmente se apartou em desgosto e que, por isso, se voltam contra ela e causam a sua ruína. Mas como podem tais executores babilônicos do julgamento ser chamados “homens justos”, visto que eram pagãos. Isto se dá em sentido comparativo. A iniqüidade de Oolibá (Jerusalém) era tão grande aos olhos de Jeová, que os babilônios, usados por Ele como seus executores, eram comparativamente “justos” aos Seus olhos. Em vista de sua flagrante violação do seu pacto sagrado com Jeová, como sendo seu Deus, Oolibá (Jerusalém) era muito mais repreensível do que os babilônios pagãos. Além disso, executaram o julgamento ‘justo’ de Jeová em Oolibá (Jerusalém), julgamento merecido pelas adúlteras e pelas derramadoras de sangue. (Ezequiel 23:22-27) Assim também em nossos dias, os “homens justos” não são as testemunhas cristãs de Jeová, mas são os anteriores companheiros mundanos da cristandade, que passam a odiá-la e que se voltam contra ela para executar nela a sentença de Deus.
63. Como se confirma a identidade destes “homens justos” nas palavras finais de Jeová a respeito de Oolibá?
63 Que este é o entendimento correto de quem são tais “homens justos” é confirmado pelas palavras finais de Jeová a respeito de Oolibá: “Pois assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Far-se-á subir contra elas uma congregação e far-se-á delas um objeto de tremor e algo a ser saqueado. E a congregação terá de atirar pedras nelas a far-se-á o corte delas com as suas espadas. Matarão seus filhos e suas filhas, e queimarão suas casas com fogo. E eu certamente farei cessar a conduta desenfreada na terra, e todas as mulheres terão de deixar-se corrigir, para que não façam segundo a vossa conduta desenfreada. E terão de trazer sobre vós a vossa conduta desenfreada e levareis os pecados de vossos ídolos sórdidos; e tereis de saber que eu sou o [Soberano] Senhor Jeová.”’ — Ezequiel 23:46-49.
64. Como trouxe Jeová contra Oolibá uma “congregação” de saqueadores, espadachins, apedrejadores, desoladores e incendiários, e purificadores da conduta imoral e para quem tornou-se ela um exemplo de aviso horrível e de correção?
64 A congregação de soldados babilônicos que Jeová trouxe contra Oolibá (Jerusalém) fez dela um objeto de tremor, em 607 A. E. C., abrindo brechas nas suas fortes muralhas, invadindo-a, saqueando-a, levando embora o despojo e incendiando-a. (2 Reis 25:1-17; 2 Crônicas 36:17-19; Jeremias 52:6-23) Sem dúvida, as pedras que os babilônios lançaram dentro da cidade durante o longo sítio eram de tamanho considerável, causando muitos danos e muitas mortes. Além disso, muitos dos filhos e das filhas de Jerusalém foram mortos por espadas babilônicas na invasão da cidade e depois. O incêndio de todas as casas combustíveis que ainda restavam completou a desolação. Assim se fizeram cessar a conduta desenfreada, espiritual, e a idolatria na terra de Judá, pela destruição de Oolibá (Jerusalém). As conseqüências que lhe sobrevieram por cometer tais coisas detestáveis aos olhos de Jeová foram terríveis. O que lhe sobreveio devia ter sido uma advertência para outras “mulheres”, isto é, para nações, a fim de que não seguissem o exemplo dela.
65. Em vista do exemplo de aviso de Oolibá, que pergunta surge quanto a cristandade, e a quem trará Jeová contra ela, em vista de seu proceder?
65 Deixou-se a cristandade corrigir pelo exemplo de aviso dado por Oolibá (Jerusalém), para não imitar sua conduta desenfreada, espiritual, e a adoração de ídolos sórdidos? Em resposta, é preciso dizer-se que Oolibá não acatou o exemplo de aviso de sua irmã Oolá (Samaria), nem acatará a cristandade o exemplo de aviso da negligente Oolibá (Jerusalém). Ela está condenada a ser saqueada e ser transformada num medonho montão de ruínas. Não continuará mais por muito tempo a sua atual amizade e compartilhar ela seu leito de amor imoral com os elementos mundanos deste sistema de coisas. Seus amantes políticos, militares e outros seculares encontrarão motivos para odiar esta velha meretriz esgotada e se voltarão contra ela em fúria. Jeová os trará contra ela como exército de executores de Seu julgamento justo, e o cristianismo falso e hipócrita será exterminado da terra por fogo. Terrível será a ruína desta mulher simbólica, a cristandade, que não se deixou ser corrigida pelos exemplos de aviso registrados na Palavra de Jeová. Ninguém pode desprezar estes exemplos de aviso e safar-se com isso!
66. Qual é o objetivo atrás de tudo isso, e o que sofrerá a cristandade segundo os exemplos de aviso da parte de Jeová, e quem deve notar isso hoje em dia?
66 Há um objetivo atrás de todos estes acontecimentos. Qual é? E o propósito divino: “E tereis de saber que eu sou o [Soberano] Senhor Jeová.” (Ezequiel 23:49) Devemos tomar a peito estas palavras. O que estava envolvido nos acontecimentos terríveis do julgamento divino no ano 607 A. E. C. era o nome do Soberano Senhor Jeová. Jeová predisse em seu próprio nome estes acontecimentos por meio de seus profetas. Em vindicação de seu próprio nome, Ele, como Soberano Senhor, fez com que acontecessem irresistivelmente em execução de Suas decisões judiciais. Que todos os desprezadores de Jeová tomem nota disso, hoje em dia. Quer gostem disso, quer não, a iminente destruição da cristandade será segundo os exemplos de aviso Dele, segundo Suas profecias e Seus decretos irreversíveis. As pessoas terão de saber assim que Ele, o Cumpridor de sua Palavra imutável, é Jeová.
67. Que efeito terá isso então sobre nós os que já temos conhecimento do Soberano Senhor Deus?
67 Todos nós os que já chegamos pacificamente a conhecer este Soberano Senhor teremos assim fortemente confirmado para nós este propósito divino. Saberemos, mais convencidos do que nunca antes, de modo espantoso, que Ele é deveras Jeová, e assim o reverenciaremos mais plenamente do que nunca antes.