Capítulo 11
O desapontamento aguarda os demasiado confiantes
1. A quem passou Ezequiel a ver então no portão oriental do templo, e o que diziam?
O QUE viu Ezequiel acontecer na sua próxima visão? Escute: “E um espírito passou a levantar-me e a levar-me ao portão oriental da casa de Jeová, que dava para o leste, e eis que havia na entrada do portão vinte e cinco homens e cheguei a ver no meio deles Jaazanias, filho de Azur, e Pelatias, filho de Benaia, príncipes do povo. E ele [Jeová] me disse então: ‘Filho do homem, estes são os homens que maquinam o que é prejudicial e que dão mau conselho contra esta cidade; que dizem: “Não está próxima a construção de casas? Ela é a panela de boca larga e nós somos a carne.”’” — Ezequiel 11:1-3.
2. O que observamos a respeito da identidade destes vinte e cinco homens, e que movimento político tramavam?
2 Evidentemente, estes não eram os vinte e cinco homens que Ezequiel viu antes no pátio interno do templo adorar o sol no leste, antes de se ordenar a matança dos habitantes não marcados de Jerusalém. (Ezequiel 8:16) Nem é este Jaazanias, filho de Azur, o mesmo que o Jaazanias, filho de Safã, a quem Ezequiel viu empenhado em adoração idólatra dentro do prédio do templo. (Ezequiel 8:11) Diz-se que estes últimos vinte e cinco homens são “príncipes do povo”, portanto, príncipes governamentais e não príncipes religiosos do templo. Evidentemente, naquele ano de 612 A. E. C., mais de três anos antes de começar o sítio de Jerusalém pelos babilônios, o Rei Zedequias de Jerusalém ainda não se havia rebelado contra o rei de Babilônia, ao qual jurou submissão. (2 Crônicas 36:11-13; 2 Reis 24:18 a 25:1) Mas estes vinte e cinco “príncipes do povo” provavelmente tramavam tal rebelião, porque davam “mau conselho contra esta cidade”. Mas estavam confiantes de que isso não seria prejudicial.
3. Com que compararam aqueles vinte e cinco homens as muralhas de Jerusalém e portanto, a si mesmos? Como raciocinavam e de que precisavam então?
3 Aqueles maquinadores e maus conselheiros do rei de Jerusalém compararam a cidade a uma panela de boca larga ou a um caldeirão, feito de ferro. As muralhas da cidade eram como que os lados desta panela metálica, invioláveis. Dentro destas muralhas, assim como a carne a cozinhar, aqueles vinte e cinco príncipes estariam a salvo. A salvo lá dentro, nunca seriam desapossados, e, por isso, não era, tempo de se construírem casas a serem ocupadas permanentemente? Eles iriam garantir sua residência permanente por apelarem para o Egito contra o rei de Babilônia. Não acreditavam nas predições do profeta-sacerdote Jeremias a respeito da vindoura destruição de Jerusalém. Precisavam receber um aviso duplo disso, da parte de Jeová. “Portanto”, disse Jeová a Ezequiel, “profetiza contra eles. Profetiza, ó filho do homem”. — Ezequiel 11:4.
4. O que aconteceu a seguir a Ezequiel provou a veracidade de que ação do espírito, conforme mencionado em 2 Pedro 1:21?
4 O que aconteceu então a Ezequiel prova quão verazes eram as palavras posteriores do apóstolo cristão Pedro: “A profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” (2 Pedro 1:21) Note o que Ezequiel nos conta:
5. Naquilo que Jeová mandou Ezequiel dizer então, como usou ele a comparação feita pelos vinte e cinco homens para mostrar um resultado inverso para eles?
5 Então caiu sobre mim o espírito de Jeová, e ele prosseguiu, dizendo-me: ‘Dize: “Assim disse Jeová: ‘Vós dissestes a coisa certa, ó casa de Israel; e no que se refere às coisas que vos subiram no espírito, eu mesmo o conhecia. Fizestes muitos os vossos mortos nesta cidade e enchestes as suas ruas de mortos.”” ‘Portanto, assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Quanto aos vossos mortos que pusestes no meio dela, eles é que são a carne, e ela é a panela de boca larga; e vós mesmos é que sereis tirados do meio dela.”’” — Ezequiel 11:5-7.
6. Por que foram tantos os mortos pelos príncipes, e quem devia permanecer dentro da panela simbólica, os mortos ou os príncipes?
6 A fim de se garantirem a sua permanência em Jerusalém, aqueles príncipes pró-egípcios haviam matado os que eram a favor da sujeição continuada a Babilônia. Se Jerusalém devia ser comparada a uma panela de cozinha, então estes mortos eram os que ficariam nela, no lugar da cidade, não sendo retirados dela pelos babilônios. Eles seriam como a carne no caldeirão. Mas as muralhas de Jerusalém não seriam nenhuma panela metálica de cozinha para os príncipes homicidas, pró-egípcios. Eles seriam os retirados dela pelos babilônios. Teriam de deixar vazias as casas que construíram.
7. O que havia de acontecer às casas recém-construídas daqueles príncipes, e o que tinham motivos de temer quanto à capacidade do Egito contra Babilônia?
7 A destruição ardente simbolizada pelas “brasas de fogo” que o homem vestido de linho atirou sobre a cidade atingiria certamente as suas casas recém-construídas e toda a cidade de Jerusalém. (Ezequiel 10:2-7) Se realizassem sua trama de induzir o Rei Zedequias para quebrar seu juramento e se rebelar contra Babilônia, teriam bons motivos de temer que o rei de Babilônia voltasse contra Jerusalém com a espada da punição. Nem mesmo o militarizado Egito seria bastante forte para impedir o rei de Babilônia. Por isso, Ezequiel tinha de continuar a dizer àqueles príncipes maquinadores:
8. Que instrumento, disse Jeová, traria contra eles, e em que região os julgaria?
8 “‘Temestes a espada, e é a espada que trarei sobre vós’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová. ‘E eu certamente vos farei sair do meio dela e vos entregarei na mão de estranhos, e executarei em vós atos de julgamento. Caireis à espada. No território [termo] de Israel vos julgarei; e tereis de saber que eu sou Jeová. Ela mesma não virá a ser para vós uma panela de boca larga e vós mesmos não vireis a ser carne no meio dela. No território [termo] de Israel vos julgarei, e tereis de saber que eu sou Jeová, pois não andastes nos meus regulamentos e não executastes os meus julgamentos, mas fizestes segundo os julgamentos das nações ao vosso redor.’” — Ezequiel 11:8-12; NM ed. ingl. 1971.
9. Na execução de sua decisão judicial, o que usaria Jeová, e o uso disso na execução ocorreria em que parte do país?
9 Aqueles maquinadores demasiado confiantes haviam de ficar desapontados quanto às suas elevadas esperanças. A decisão judicial a ser executada neles era a de Jeová, mas ele usaria a “espada” nas mãos daqueles “estranhos” alienígenas para executá-la. Muitos cairiam mortos por meio desta “espada” de guerra punitiva. Os sobreviventes não ficariam a salvo dentro das muralhas de Jerusalém. As muralhas dela não se mostrariam iguais aos lados impenetráveis de uma panela de ferro, protegendo a “carne” nela. Aqueles sobreviventes maquinadores, rebeldes, seriam trazidos para fora como cativos de detrás das muralhas arrombadas de Jerusalém, para sofrerem atos de julgamento. Estes sobreviventes lastimáveis seriam arrastados para fora do território do Reino de Judá, porque Jeová dissera que os julgaria no “termo de Israel”. Na extremidade setentrional do território conquistado pelo Rei Davi, a saber em Ribla, dos lados de Hamate, Jeová faria com que fossem executados pelo rei babilônico que brandiria a “espada”. Sobre isso nos informa Jeremias 52:24-27:
10. O que diz Jeremias 52:24-27 a respeito desta execução?
10 “Além disso, o chefe da guarda pessoal tomou Seraías, o sacerdote principal, e Sofonias, o segundo sacerdote, e os três guardas das portas, e da cidade ele tomou um oficial da corte, que viera a ser o comissário sobre os homens de guerra, e sete homens dos que tinham acesso ao rei, que se achavam na cidade, e o secretário do chefe do exército, e aquele que recrutava o povo da terra, e sessenta homens do povo da terra, que se achavam no meio da cidade. De modo que Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal, tomou a estes e os levou ao rei de Babilônia em Ribla. E a estes o rei de Babilônia passou a golpear e a entregar à morte em Ribla, na terra de Hamate. Assim foi Judá ao exílio de cima do seu solo.”
11. Qual era o objetivo de Jeová em deixar que os babilônios tratassem seu povo de maneira tão dura, e que relação tinha este objetivo com o pacto da lei mosaica?
11 Qual era o objetivo de Jeová ao deixar que “estranhos” babilônicos tratassem seu povo escolhido de tal maneira dura e impiedosa? “E tereis de saber que eu sou Jeová”, é a resposta Dele. Duas vezes, uma seguindo de perto a outra, ele faz esta declaração do seu objetivo. Seu povo escolhido tentava desconsiderá-lo, e ele tinha de mostrar-lhes à força que não os havia exonerado de seu pacto sagrado com ele, feito há muito tempo atrás mediante o profeta Moisés. De fato, aquele pacto mosaico havia de continuar a vigorar por quase mais 639 anos depois da destruição de Jerusalém em 607 A. E. C., ou até a primavera de 33 E. C. Ele tinha de obrigá-los a saber que ainda os mantinha responsáveis por violarem seu lado deste pacto bilateral. Embora lhes fosse invisível por ser espírito, não podia ser tratado como alguém que não existisse. Era Jeová, o mesmíssimo Deus a quem seus antepassados disseram repetidas vezes junto ao monte Sinai, na Arábia: “Tudo o que Jeová falou estamos dispostos a fazer.” (Êxodo 19:1-8; 24:1-7) Jeová demonstraria assim perante toda a criação no céu e na terra que ele cumpre fielmente seu lado de qualquer contrato ou pacto solene.
12. O que fez Jeová para ajudá-los a saber que era ele quem agia e por que tinha de fazer isso?
12 Visto que Jeová advertira de antemão os israelitas, por meio de seus profetas, a respeito das conseqüências de violarem seu pacto com ele, saberiam que era a ação do próprio Jeová quando estas coisas preditas realmente lhes sobreviessem. Ele falou claro quando lhes indicou exatamente por que tinha de executar tais atos de julgamento neles, dizendo: “No termo de Israel vos julgarei, e tereis de saber que eu sou Jeová.” Por quê? “Pois não andastes nos meus regulamentos e não executastes os meus julgamentos, mas fizestes segundo os julgamentos das nações ao vosso redor.” — Ezequiel 11:11, 12, NM ed. ingl. 1971.
POR QUE A CRISTANDADE TAMPOUCO DEIXARÁ DE SABER
13. Em que sentido afirma a cristandade ser igual ao antigo Israel, e, portanto, apesar de sua hipocrisia, que tratamento deve esperar?
13 A cristandade hodierna despercebeu este exemplo de aviso da história. Não importa o que ela acha dele hoje, tem afirmado ser igual ao antigo Israel, estando num contrato ou pacto solene com o Deus da Bíblia Sagrada. Os exemplares da Bíblia que ela imprimiu e distribuiu às centenas de milhões, em mais de mil idiomas, estabelecem que seu nome divino é Jeová ou Javé. Só ela afirma que seu mediador entre este Deus e os homens é Jesus Cristo, o Filho de Deus, e que seu pacto com Deus é o novo pacto. (Jeremias 31:31-34; Lucas 22:20; 1 Timóteo 2:5, 6) Em tudo isso, a cristandade é hipócrita. Não obstante, Jeová Deus a trata segundo as suas afirmações e pretensões, e precisa lidar com ela concordemente. Não vai permitir que o represente mal de modo vergonhoso, perante todo o mundo, sem ser finalmente exposta como hipócrita e ser devidamente punida por isso.
14. O que não fará o pretenso Mediador da cristandade a favor dela durante o julgamento, e o que terá de saber toda a humanidade por sua causa?
14 O Mediador que a cristandade alega ter, Jesus Cristo não pleiteará perante Deus misericórdia para ela. Ela terá de saber dolorosamente que este é Jeová. De fato, toda a humanidade terá de saber que Ele não é o Deus assim como a cristandade o representou como sendo.
15. De que maneira desconsiderou a cristandade Isaías 31:1 quanto a alianças, e o que sofrerá com respeito à panela simbólica de ferro?
15 De modo similar ao antigo Israel, a cristandade preferiu fazer as suas próprias alianças seletas com este mundo. Não confiou no Deus do novo pacto. Com falta de fé, ela não prestou atenção à advertência divina, em Isaías 31:1: “Ai dos que descem ao Egito por auxílio, os que confiam em meros cavalos e os que põem a sua confiança em carros de guerra, por serem numerosos, e em corcéis, por serem muito fortes, mas que não atentaram para o Santo de Israel e que não buscaram o próprio Jeová.” Os líderes religiosos da cristandade talvez achem que são a “carne” no meio da panela de boca larga, seguros atrás de suas muralhas de proteção e defesa. Mas, poderão os elementos seculares do Egito hodierno, deste sistema mundano de coisas, salvá-la da execução das decisões judiciais de Jeová contra ela? Não! Suas muralhas simbólicas de defesa falharão sob o ataque das forças executoras de Jeová. Seus líderes demasiado confiantes, que confiam na segurança criada pelo homem dentro de sua “panela” como de ferro, seguramente serão retirados dela e destruídos pela “espada” executora de Jeová.
16. Por ser perigoso ter relações com a cristandade, o que é urgente que cada membro de igreja ou apoiador moral dela se pergunte agora?
16 Portanto, não é perigoso perante Deus que pessoas de inclinações religiosas continuem a ser membros da cristandade ou a estar em íntima associação com ela numa espécie de base “ecumênica”? Cada membro duma igreja ou apoiador moral da cristandade está agora sob a crescente urgência de se perguntar: ‘Quando Deus, em breve, executar seu objetivo declarado: “Tereis de saber que eu sou Jeová”, causará a execução de sua decisão judicial a minha própria destruição junto com a cristandade?’ Esta não é uma pergunta acadêmica ou teórica; é prática, realística e agora muito oportuna!
17. Que motivo pode Jeová apresentar para destruir a cristandade do mesmo modo como se deu no caso da destruição da Jerusalém antiga?
17 Compare cada pessoa sincera o que a Bíblia diz sobre o verdadeiro cristianismo e o que a cristandade adotou como seus regulamentos religiosos. Assim verá que Jeová pode usar o mesmo motivo para destruir a cristandade que usou para destruir Jerusalém, no ano 607 A. E. C. Que motivo? “Pois”, disse Jeová, “não andastes nos meus regulamentos e não executastes os meus julgamentos, mas fizestes segundo os julgamentos das nações ao vosso redor”. (Ezequiel 11:12) Se participarmos neste proceder com a cristandade, poderemos evitar a destruição junto com ela?
18. Que a destruição vinha de Jeová foi ilustrado com a morte repentina de que príncipe, e Ezequiel tomou isso como sendo sinal de que, segundo o seu clamor?
18 Que a destruição provém de Jeová, entronizado na sua organização celestial, semelhante a um carro, foi ilustrado na experiência que o profeta Ezequiel teve com respeito aos vinte e cinco homens que maquinavam o que era desastroso para Jerusalém: “E sucedeu que, assim que profetizei, morreu o próprio Pelatias, filho de Benaia, e eu passei a lançar-me com a minha face por terra e a clamar com alta voz e a dizer: ‘Ai [Soberano] Senhor Jeová! Estás executando a exterminação dos remanescentes de Israel?’” (Ezequiel 11:13) Nesta visão, o que fez com que o príncipe Pelatias caísse morto depois de Ezequiel profetizar e avisar os vinte e cinco “príncipes do povo”? Segundo o que o profeta Ezequiel clamou de medo, ele o considerou ser uma execução direta de julgamento da parte de Jeová. Tomou-o como sendo um sinal não só da morte iminente dos outros vinte e quatro príncipes, mas também da vindoura exterminação de todos os “remanescentes de Israel”. Todavia, ele não desafiou o direito de Deus de exterminar a todos eles.
19. Que temor de pessoas com inclinações religiosas, atualmente, compara-se com o clamor de Ezequiel, e em vista da atitude dos comunistas, que pergunta surge quanto ao futuro da religião?
19 Assim como Ezequiel temia a destruição de todos os do povo pactuado de Jeová, durante a iminente destruição de Jerusalém, assim pode surgir medo no coração de todas as pessoas religiosas, que não apreciam a distinção entre a cristandade e o verdadeiro cristianismo. Sua pergunta amedrontada talvez seja: ‘Se Jeová, na vindoura “grande tribulação” sobre todo o sistema de coisas, exterminar toda a cristandade e seus aliados mundanos, significará isso a destruição do verdadeiro cristianismo?’ Os comunistas e outros elementos radicais deste sistema de coisas, que odeiam o cristianismo da Bíblia Sagrada, gostariam de que fosse assim e gostariam de ter parte em realizar isso. Gostariam de eliminar não só o cristianismo hipócrita da cristandade, mas também a “religião pura”, a verdadeira adoração cristã do Soberano Senhor Jeová. (Tiago 1:27, Al; NM) Terão estes radicais irreligiosos a satisfação de ver tal coisa acontecer, como concretização dos temores de algumas pessoas religiosas?
DESTRUIÇÃO DA CRISTANDADE, NÃO DO CRISTIANISMO
20, 21. Quem somente podia responder à pergunta temerosa de Ezequiel e o que prometeu ele tornar-se para os irmãos exilados de Ezequiel, que tinham o direito de ser resgatados?
20 A pergunta amedrontada de Ezequiel só podia ser respondida por Jeová, cujo pacto havia sido violado pela casa de Israel. Sua resposta a Ezequiel exemplifica o que aconteceria com respeito ao verdadeiro cristianismo, neste moderno “tempo do fim”. Ezequiel nos fornece a resposta divina, ao escrever:
21 “E continuou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo: ‘Filho do homem, no que se refere aos teus irmãos, teus irmãos, os homens relacionados com o teu direito de resgate, bem como toda a casa de Israel, toda ela, são os a quem os habitantes de Jerusalém disseram: “Afastai-vos para longe de Jeová. Ela nos pertence; a terra que nos foi dada como possessão”; portanto, dize: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘Embora eu os tenha afastado para longe entre as nações e embora eu os tenha espalhado entre as terras, contudo me tornarei para eles um santuário, por um pouco de tempo [ou: de modo pequeno], entre as terras às quais foram.’”’” — Ezequiel 11:14-16, e versão marginal da edição inglesa de 1971 da NM.
22. Com respeito aos exilados, a quem podia incluir a expressão “toda a casa de Israel, toda ela”, e como entrou no caso destes exilados a questão do resgate?
22 Esta promessa divina referia-se ao próprio Ezequiel e aos seus companheiros de exílio em Babilônia, centenas de quilômetros distantes de Jerusalém. Eram os irmãos israelitas de Ezequiel. Eram os que no ano 617 A. E. C. haviam sido afastados para longe entre as nações e espalhados entre as terras, por causa da decisão judicial de Jeová. Foram assim obrigados a deixar suas propriedades hereditárias na terra de Israel. Além destes, a expressão de Jeová, “toda a casa de Israel, toda ela”, podia incluir os israelitas que haviam sido levados ao exílio pelos assírios, lá em 740 A. E. C. (2 Reis 17:6-18; 18:9-12) Segundo a lei de Deus, especificada em Levítico 25:13-38, terreno hereditário em Israel, vendido a um residente forasteiro, podia ser comprado de volta para o israelita sem terra por um parente chegado, israelita, antes de chegar o Ano do Jubileu, e o proprietário original podia assim ser reempossado de sua propriedade dada por Deus. Mas tinham os habitantes de Jerusalém, nos dias de Ezequiel, este espírito amoroso de redentor ou resgatador para com seus irmãos exilados, espalhados no Império Babilônico?
23. Tinham os habitantes de Jerusalém o espírito amoroso de resgatador para com seus irmãos exilados, e que evidência há disso em vista da maneira de os seus habitantes falarem e planejarem?
23 Não segundo o modo em que Jeová descreveu aqueles judeus que ainda ocupavam Jerusalém e a terra de Judá. Não queriam que seus irmãos desafortunados fossem libertos do exílio em Babilônia e reocupassem as propriedades na terra de Israel. Agradavam-se de que seus irmãos se afastassem involuntariamente o mais possível de Jeová, a fim de que pudessem ter todos os terrenos para si mesmos na terra de Israel, onde se entendia que Jeová estava presente. Achavam que pelo Seu ato de providência toda a terra lhes fora então dada a possuir. Iguais a Pelatias, filho de Benaia, achavam que estavam seguros no país e que era tempo de construir casas nele, para serem ocupadas permanentemente. Sentiam-se cômodos e seguros, como carne numa panela de boca larga. (Ezequiel 11:1-3, 13) Numa falta de afeição fraternal, não estavam dispostos a partilhar novamente a terra dada por Deus com quaisquer exilados restabelecidos.
24. Em que eram diferentes os pensamentos de Jeová daqueles dos habitantes de Jerusalém, e o que prometeu ele ser para esses exilados?
24 Entretanto, Jeová pensava de modo diferente. Ele não estava disposto a favorecer aqueles habitantes ávidos de terra, de Jerusalém e Judá, por deixá-los continuar a ocupar a terra às custas de seus irmãos no exílio. Ele estava disposto a favorecer os arrependidos entre aqueles exilados. Durante o exílio deles, tornou-se para eles um “santuário, por um pouco de tempo [ou: de modo pequeno], entre as terras às quais foram”. (Ezequiel 11:16) Pelo “pouco de tempo”, pelo tempo limitado em que estariam exilados, ele seria um lugar santo no qual se poderiam refugiar, estar a salvo e ser preservados para seu futuro bom objetivo.
25. Além de ser para aqueles exilados um “santuário, por um pouco de tempo”, de que modo o seria para eles apenas “de modo pequeno”?
25 Jeová seria tal “santuário” até certo ponto, “de modo pequeno”, visto que não os podia proteger contra todas as conseqüências merecidas de sua anterior má conduta para com ele. Causara o exílio deles como retribuição devida, e não iria abreviar o tempo do exílio em Babilônia, que havia decretado e predito para eles. Ser ele santuário para eles, portanto, era limitado. Mas, ter-se-ia maior misericórdia com eles, conforme disse então que Ezequiel lhes devia explicar, nas seguintes palavras:
26. Que misericórdia maior se mostraria para com aqueles exilados, conforme Jeová mandou então que Ezequiel lhes dissesse?
26 “Portanto, dize: ‘Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: “Vou também reunir-vos dentre os povos e ajuntar-vos das terras entre as quais fostes espalhados, e vou dar-vos o solo de Israel. E eles certamente chegarão lá e removerão dele todas as suas coisas repugnantes e todas as suas coisas detestáveis. E vou dar-lhes um só coração e porei no seu íntimo um espírito novo; e certamente removerei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus próprios estatutos e guardem as minhas próprias decisões judiciais e realmente as executem; e eles poderão realmente tornar-se meu povo e eu mesmo poderei tornar-me seu Deus.””’ — Ezequiel 11:17-20.
27. No entanto, o que disse Jeová a respeito daqueles habitantes de Jerusalém, que não queriam ter os exilados de volta na terra de Israel?
27 Que dizer, porém, daqueles habitantes de Jerusalém e de Judá, que não desejavam que os exilados voltassem à terra de Israel? A respeito destes príncipes e pessoas egoístas, Jeová passou a dizer por Ezequiel: “‘Mas quanto àqueles cujo coração está andando nas suas coisas repugnantes e nas suas coisas detestáveis, hei de trazer seu próprio procedimento sobre a sua cabeça’, é a pronunciação do [Soberano] Senhor Jeová.” — Ezequiel 11:21.
28. Como fez Jeová recair sobre os gananciosos desamorosos os frutos de seu proceder detestável e como mostrou ter misericórdia com os exilados arrependidos?
28 No ano 607 A. E. C. e por meio da destruição de Jerusalém e de seu templo, e da desolação da terra de Judá, Jeová fez recair sobre aqueles judeus idólatras, violadores do pacto, os frutos do seu procedimento repugnante e detestável. Abateu-os com a sua espada de execução judicial por meio dos “estranhos” babilônicos. Perderam assim o “solo de Israel” ao qual se apegaram tão avidamente. Mas que dizer dos exilados longínquos em Babilônia? Em 537 A. E. C., depois do pleno tempo designado de setenta anos de desolação da terra de Judá, os do restante arrependido daqueles israelitas exilados foram reunidos e restabelecidos no “solo de Israel”. Jeová fez ali para eles assim como prometera por meio de seu profeta Ezequiel. Assim provou que eram seu povo e que ele era Deus deles. Jerusalém foi reconstruída e construiu-se outro templo no lugar antigo.
SERÁ RESTABELECIDA A CRISTANDADE?
29. Prefigura isso o restabelecimento da cristandade após o Har-Magedon? Que mal-entendido quanto a que é a cristandade aqui precisa ser corrigido?
29 O que prefigurou isso para os nossos dias? Significaria realmente que a cristandade, que há de ser destruída na vindoura “grande tribulação”, será restabelecida na terra algum tempo depois da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon? (Mateus 24:21, 22; Revelação 16:14-16) Não, não pode significar isso! Precisamos corrigir aqui qualquer entendimento errado do que é a cristandade. Os membros de suas igrejas podem entender que a cristandade signifique o reino de Cristo e que seja o mesmo que o reino de Cristo. Mas não é assim, e por isso não pode haver verdadeira cristandade e cristandade falsificada.
30, 31. De que organização religiosa maior foi a cristandade sempre uma parte, e o que diz Revelação 18:21 a 19:3 sobre esta organização maior?
30 Há apenas uma só cristandade, e esta é uma organização religiosa hipócrita e falsa. Nunca nos esqueçamos de que a cristandade é e sempre foi parte do que a Bíblia chama de Babilônia, a Grande, que é o império mundial da religião babilônica, falsa. Ela é a parte mais populosa e poderosa de Babilônia, a Grande. A cristandade não será restabelecida na terra, assim como tampouco será todo o resto de Babilônia, a Grande. A respeito de Babilônia, a Grande, toda ela, inclusive a cristandade, lemos em Revelação 18:21 a 19:3 as seguintes palavras:
31 “E um anjo forte levantou uma pedra semelhante a uma grande mó e lançou-a no mar, dizendo: ‘Assim, com um lance rápido, Babilônia, a grande cidade, será lançada para baixo, e ela nunca mais será achada.’ . . . ‘Louvai a Já! E a fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.’” — Compare isso com Jeremias 51:58-64.
32. Fará a destruição da cristandade com que Jeová fique sem religião pura na terra, e que influência tem sobre isso aquilo que tem florescido na terra, em sentido religioso desde 1919?
32 A destruição total da cristandade, junto com todo o resto de Babilônia, a Grande, não tirará nem uma só partícula da verdadeira religião cristã de Deus na terra; não O deixará sem religião pura e imaculada na terra. De fato, a aniquilação da cristandade deixará um cristianismo verdadeiro, florescente e vivo em destaque, em gloriosa pureza sob a proteção de Deus. Este cristianismo tem florescido na terra cada vez mais desde o ano de 1919 E. C. Entre quem, se não foi na cristandade? Entre os do restante dedicado, batizado e ungido dos adoradores de Jeová. Estes são os prefigurados pelo próprio profeta exilado, Ezequiel.
33. Neste século vinte, em quem tem Jeová cumprido sua profecia mediante Ezequiel a respeito do ajuntamento de seu povo e do restabelecimento deles no “solo de Israel”, como e por meio de que seqüência de acontecimentos?
33 De fato, Jeová cumpre nestes sua profecia dada por meio de Ezequiel a respeito de reunir e ajuntar os do seu povo de sua condição espalhada e dar-lhes o “solo de Israel”, neste “tempo do fim”. (Ezequiel 11:17-20) Estes adoradores dedicados, ungidos com o espírito de Jeová, foram levados a um cativeiro e exílio babilônico durante a guerra mundial de 1914-1918 e sofreram então uma severa disciplina. Sua condição espiritual e suas perspectivas de serem reativados no serviço de Deus foram representadas e preditas na visão dada a Ezequiel por volta de 606 A. E. C., depois da destruição de Jerusalém, visão na qual ele viu um vale plano cheio de ossos secos e o que aconteceu para fazê-los viver novamente. (Ezequiel 37:1-28; 33:21, 22; 32:1) Na primavera do ano 1919 E. C., os do fiel restante ungido dos adoradores cristãos de Jeová foram libertos deste cativeiro babilônico e sacudiram de si os grilhões de Babilônia, sendo assim restabelecidos no “solo” simbólico do Israel espiritual. Este repovoamento do “solo” desolado do Israel espiritual foi também predito depois da destruição de Jerusalém, no capítulo trinta e seis da profecia de Ezequiel.
34. Como purificou Jeová ainda mais os ungidos israelitas espirituais desde 1919 E. C.?
34 Jeová purificou ainda mais estes israelitas espirituais, ungidos, desde o seu livramento da escravidão babilônica em 1919 E. C. Sob a orientação de seu espírito santo, estes restabelecidos fizeram exatamente como ele predisse: “Eles certamente chegarão lá e removerão dele todas as suas coisas repugnantes e todas as suas coisas detestáveis.”
35. Segundo que promessa tem dado Jeová aos restabelecidos uma melhor condição espiritual do coração, e a obra de quem têm eles realizado, conforme observado na visão de Ezequiel?
35 Para este fim, Jeová deu-lhes uma condição espiritual melhor de coração, assim como predisse: “E vou dar-lhes um só coração e porei no seu íntimo um espírito novo; e certamente removerei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus próprios estatutos e guardem as minhas próprias decisões judiciais e realmente as executem; e eles poderão realmente tornar-se meu povo e eu mesmo poderei tornar-me seu Deus.” (Ezequiel 11:18-20) Estes adoradores ungidos, purificados, de Jeová Deus são os que, como classe, cumprem O quadro profético do homem “vestido de linho, com um tinteiro de secretário sobre os quadris”. Ao servirem assim, marcam a testa dos que serão preservados vivos quando vier sobre a cristandade a destruição ardente da parte de Jeová, entronizado no seu carro celeste.
36. Quem goza agora favor de Jeová junto com os do restante restabelecido?
36 Os marcados na testa para serem preservados durante a vindoura “grande tribulação” sobre a cristandade usufruem agora o favor de Jeová junto com os do restante ungido, restabelecido, dos israelitas espirituais, no “solo” simbólico do Israel espiritual.
37. Por que e como exigiu isso uma mudança de coração da parte dos da “grande multidão” reunidos desde 1935 E. C., e em que obra salvadora de vidas têm ajudado aos do restante espiritual?
37 A continuamente crescente “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas tem sido ajuntada à associação com o restante ungido das testemunhas cristãs de Jeová especialmente desde o ano de 1935 E. C.a Também tiveram de deixar atrás as coisas detestáveis e repugnantes da cristandade e de todo o resto de Babilônia, a Grande, a fim de assumir a adoração pura e imaculada do único Deus vivente e verdadeiro. Isto exigiu uma mudança de coração da sua parte. Ficou cada vez mais claramente marcado na sua vida que eles também são adoradores dedicados de Jeová, como seu Deus. Até agora, estão ajudando grandemente os do restante espiritual, ungido, na obra de marcar simbolicamente as testas de todos os que procuram a religião pura.
O CARRO SE LOCOMOVE PARA UM POSTO DE OBSERVAÇÃO
38. Neste tempo, contra quem usa a força executora de Jeová suas armas, e como que de onde pode ele observar a obra salvadora de vidas que se realiza?
38 Não é contra estes marcados, mas contra todos os remanescentes em associação ativa e simpatizante com a cristandade e todo o resto de Babilônia, a Grande, que as forças executoras, angélicas, de Jeová começaram a usar suas armas de destruição, no Seu tempo designado. Ele observa e dirige a obra salvadora de vidas desde um bom posto de observação. (2 Pedro 3:9-14) É como se a sua organização celeste, semelhante a um carro, se locomovesse para o cume do Monte das Oliveiras, ao leste de Jerusalém, elevando-se acima dela.
39. Para que lugar final viu Ezequiel locomover-se o carro celeste de Jeová, e deste mesmo lugar, quando e por quem foi predita a destruição duma Jerusalém posterior?
39 Este foi o lugar significativo onde o profeta Ezequiel viu por fim o carro de rodas altas, de Jeová, segundo o que nos conta no fim desta série de visões, dizendo: “E os querubins levantaram então suas asas, e as rodas estavam perto deles, e a glória do Deus de Israel estava sobre eles, de cima. E a glória de Jeová subia de sobre o meio da cidade e começou a ficar parada sobre o monte que está ao oriente da cidade.” (Ezequiel 11:22, 23) Foi no mesmo Monte das Oliveiras que Jesus Cristo, o Filho de Deus, 644 anos depois, predisse a destruição ardente que havia de sobrevir à Jerusalém daqueles dias, no ano 70 E. C., destruição que em si mesma era profética da destruição que sobrevirá à cristandade, como antitípica Jerusalém infiel dos tempos modernos. — Mateus 24:1-22; Marcos 13:1-20; Lucas 21:5-24.
40. Depois de o carro celeste de Jeová se locomover para o cume do monte, para fazer o que foi Ezequiel colocado em condições? Quando viu novamente o carro e por quanto tempo profetizou?
40 Depois de o carro celeste de Jeová ter tomado posição sobre o Monte das Oliveiras, o próprio Ezequiel foi colocado em condições para declarar as visões proféticas a respeito da Jerusalém dos seus dias. Só dezoito anos e meio depois, que era treze anos e meio depois da destruição de Jerusalém, viu Ezequiel novamente o “carro” simbólico de Jeová. (Ezequiel 40:1-6; 43:1-17) Nesta última ocasião, ele recebeu uma mensagem profética de outra espécie do Ocupante Divino do carro celeste. Ezequiel continuou a ser profeta de Jeová até o começo do vigésimo sétimo ano de seu exílio em Babilônia. (Ezequiel 29:17-21) Portanto, serviu por vinte e um anos e nove meses como testemunha profética de Jeová. — Ezequiel 1:1-3.
CONTAR A OUTROS A SÉRIE DE VISÕES
41. Para que estava sendo preparado Ezequiel por se lhe dar esta série de visões, e quando começou então a fazer isso, e para com quem?
41 Ter visões inspiradas é uma coisa; mas outra coisa é ser obediente à ordem de Jeová de contar a outros o que se viu e ouviu em tais visões. Não se forneceu a Ezequiel apenas distração, ao se lhe dar o privilégio de ter visões; ele estava sendo preparado para a obra de pregação e de ensino que foi comissionado a fazer. Com este objetivo, ele foi por fim liberto do poder de inspiração e trazido de volta ao domínio da realidade, onde devia fazer seu trabalho. Por isso, depois de descrever a sua visão então final do carro celeste de Jeová, ele nos conta: “E um espírito é que me levantou e me levou finalmente à Caldéia, ao povo exilado, na visão pelo espírito de Deus; e a visão que eu vira foi subindo de sobre mim. E eu comecei a falar ao povo exilado todas as coisas de Jeová, que ele me fizera ver.” — Ezequiel 11:24, 25.
42. Onde havia estado Ezequiel durante esta série de visões, mas onde havia ficado fisicamente, e quem estava sentado diante dele?
42 Durante toda esta série de visões, Ezequiel ficara “sentado na [sua] casa e os homens mais maduros de Judá estavam sentados na [sua] frente”. Ele não abandonou a companhia daqueles anciãos de Judá na sua casa, mas a mão de Jeová, com poder inspirador, veio sobre Ezequiel e o fez ver tais visões notáveis. Quanto tempo aqueles anciãos se viram obrigados a esperar até Ezequiel sair deste espírito de visualização da parte de Deus não é declarado. Na visão, ele foi transportado centenas de quilômetros distante do rio Quebar, no Caldéia (Babilônia), mas então, pelo mesmo espírito de inspiração, ele foi trazido de volta ao seu lugar real, na sua casa de exílio. Portanto, quando a parte final da visão “foi subindo de sobre” ele, ficou novamente cônscio de onde realmente estava.
43. Por intermédio de que pôde Ezequiel ter estas visões, e a quem as contou?
43 Ezequiel não tivera um sonho fantasioso. Não se tratava de algo que Ezequiel tivesse inventado na sua própria mente. Não foi por meio de quaisquer das atuais drogas alucinógenas que ele foi mentalmente viajar e ver o que viu. As visões que recebeu procediam de Jeová, o Deus de verdadeira profecia. Que as visões não eram meras imaginações é provado pelo fato de que as visões apresentadas simbolicamente se cumpriram na história humana real. Por isso, Ezequiel tomou as visões a sério; tomou a sério sua comissão de revelá-las e contá-las. Assim que saiu da influência do poder de visualização da inspiração, ele começou a contar àqueles anciãos de Judá, sentados na sua casa, o que havia visto e sido mandado a contar. Não restringiu a revelação das profecias divinas àqueles anciãos na sua casa, mas saiu para falar a ainda outros. Todos os exilados ali na Caldéia estavam envolvidos. Este era forte motivo para ele fazer conforme relata a respeito de si mesmo: “Comecei a falar ao povo exilado todas as coisas de Jeová, que ele me fizera ver.” — Ezequiel 11:25.
44. Que obrigação nos é imposta por obtermos entendimento das visões de Ezequiel e por que é urgente que agora nos desincumbamos desta obrigação?
44 Por meio do poder esclarecedor do espírito de Jeová, recebemos hoje entendimento do significado destas visões proféticas de Ezequiel. Não recebemos tal entendimento destas revelações proféticas para a nossa própria satisfação pessoal. Antes, isto nos impõe a obrigação de imitarmos Ezequiel e falarmos a todos os envolvidos sobre o que Jeová, por meio de sua organização celestial, semelhante a um carro, tem dado a saber ao nosso entendimento. Por nossa própria causa e pela de outros é agora mais urgente do que nunca antes que façamos isso. Nunca esteve mais próxima a destruição ardente da cristandade por parte de Jeová, entronizado no seu carro celeste!
[Nota(s) de rodapé]
a Veja The Watchtower, de 1.º e 15 de agosto de 1935, com as Partes Um e Dois do artigo intitulado “A Grande Multidão”.