Esmiuçadas todas as nações em nossos dias pelo Reino de Deus
“Nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. . . . Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.” — Dan. 2:44.
1. A respeito de que avisou Deus ao Rei Nabucodonosor, e por que meio?
JEOVÁ avisou Nabucodonosor no segundo ano de seu reinado como regente mundial, ou em 606-605 A. E. C., que ele encabeçaria a marcha das potências mundiais, que prosseguiria por 2.520 anos, a partir do outono de 607 A. E. C. Deus revelou também a Nabucodonosor que ele, por fim, esmiuçaria todas as nações da terra por meio de Seu reino. Fez isso por dar ao rei de Babilônia um sonho de que este não se pôde lembrar ao acordar, mas o terror do sonho esquecido ainda persistia. Ele convocou os magos e outros sábios para lhe interpretarem o sonho. Quando não lhe puderam dizer qual era o sonho, muito menos ainda a interpretação dele, o rei enfurecido emitiu um decreto no sentido de que todos os sábios de Babilônia fossem destruídos — e isto incluía Daniel e seus três companheiros. — Dan. 2:1-13.
2. (a) Quando confrontados com a ameaça de execução, que fizeram Daniel e seus companheiros? (b) Depois de Daniel receber a interpretação de Deus, que disse e que fez ele?
2 Quando Daniel soube desta ordem dura, perguntou a Arioque, chefe da guarda pessoal do rei, qual era a razão dela. Daniel se dirigiu, então, ao rei e pediu o adiamento da execução, para que pudesse inteirar-se do sonho e dar ao rei a sua interpretação. Daniel e seus três companheiros buscaram em oração a ajuda de Jeová. Jeová revelou a Daniel o segredo, numa visão noturna, fazendo que Daniel bendissesse o nome de Deus e dissesse: “Ele muda os tempos e as épocas, removendo reis e estabelecendo reis, dando sabedoria aos sábios e conhecimento aos que têm discernimento.” (Dan. 2:14-23) Daniel foi então falar com Arioque, o executor designado, e pediu ser levado à presença do rei, que respondeu e disse a Daniel: “És tu suficientemente competente para me fazer saber o sonho que vi e a sua interpretação?” — Dan. 2:25, 26.
3, 4. (a) Como mostrou Daniel que a interpretação do sonho é de vital importância para hoje? (b) Descreva o drama profético.
3 O que Daniel respondeu é da mais alta importância para a atualidade, pois disse: ‘‘Há nos céus um Deus que é Revelador de segredos, e ele fez saber ao Rei Nabucodonosor o que há de acontecer na parte final dos dias”, nos nossos dias. (Dan. 2:28) Daniel negou que se tratasse de qualquer sabedoria da sua parte, ao passo que então fez lembrar à mente do rei o sonho esquecido:
4 “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis uma enorme estátua. Esta estátua, que era grande e cujo esplendor era extraordinário, erguia-se na tua frente, e sua aparência era atemorizante. Quanto à estátua, sua cabeça era de ouro bom, seu peito e seus braços eram de prata, seu ventre e suas coxas eram de cobre, suas pernas eram de ferro, seus pés eram parcialmente de ferro e parcialmente de argila modelada. Estavas olhando até que se cortou uma pedra, sem mãos, e ela golpeou a estátua nos seus pés de ferro e de argila modelada, e os esmiuçou. Nesta ocasião, o ferro, a argila modelada, o cobre, a prata e o ouro foram juntos esmiuçados e tornaram-se como a pragana da eira do verão, e o vento os levou embora, de modo que não se achou nenhum traço deles. E no que se refere à pedra que golpeou a estátua, tornou-se um grande monte e encheu a terra inteira.” — Dan. 2:29-35.
5. Como interpretou Daniel o sonho?
5 O rei de Babilônia, espantado, deve ter reconhecido a descrição, mas o que significava tudo isso? Daniel explicou: “Este é o sonho, e nós diremos a sua interpretação perante o rei. Tu, ó rei, rei de reis, tu, a quem o Deus do céu deu o reino, a potência, e o poderio, e a dignidade, . . . tu mesmo és a cabeça de ouro. E depois de ti surgirá outro reino, inferior a ti; e outro reino, um terceiro, de cobre, que dominará sobre a terra inteira. E no que se refere ao quarto reino, mostrar-se-á forte como o ferro.” — Dan. 2:36-40.
A ESTÁTUA DO SONHO RELACIONA-SE COM OS NOSSOS DIAS
6. De que modo concordam a história e a profecia bíblica com respeito à estátua do sonho e à sua interpretação?
6 Com quanta precisão as palavras proféticas de Daniel se têm cumprido! A cabeça de ouro representava a Potência Mundial Babilônica, começando com Nabucodonosor. Depois surgiu o Império Medo-Persa, representado pelo peito e pelos braços de prata. A seguir veio a Potência Mundial Grega, predita por meio do ventre e das coxas de cobre. Mas o que foi representado pelas pernas de ferro? Um quarto sistema imperial, começando com a Roma imperial e depois se fundindo no Império Mundial Anglo-Americano. A historia mostra que a Grã-Bretanha realmente teve seu início como ramificação do Império Romano, e, portanto, a última potência mundial está incluída no ferro da estátua do sonho de Nabucodonosor. Isto se mostra também nos capítulos 7 e 8 de Daniel, onde a dupla Potência Mundial Anglo-Americana é representada por um chifre pequeno, descrito como se desenvolvendo da Potência Mundial Romana.
7, 8. (a) O que disse Daniel quanto aos pés da estátua simbólica? (b) Qual é o significado dos dez dedos dos pés, e como continuou a desenvolver-se a estátua após o aparecimento da última potência mundial?
7 Mas, havia uma parte final ou terminante na estátua simbólica — seus pés feitos em parte de ferro e em parte de argila. Sobre ela, Daniel fez o seguinte comentário inspirado ao rei: “E quanto aos pés e aos dedos dos pés, que viste serem parcialmente de argila modelada de oleiro e parcialmente de ferro, o próprio reino se mostrará dividido, porém, mostrar-se-á haver nele algo da dureza do ferro . . . E quanto aos dedos dos pés serem parcialmente de ferro e parcialmente de argila modelada, o reino mostrar-se-á parcialmente forte e mostrar-se-á parcialmente frágil. . . . não mostrarão estar apegados um ao outro, do mesmo modo como o ferro não se mistura com argila modelada.” — Dan. 2:41-43.
8 Qual seria o possível significado dos dez dedos dos pés? Eles representam todos os poderes e governos coexistentes na terra hoje em dia, visto que o número dez é um número bíblico simbolizando inteireza terrena. Portanto, a estátua do sonho se relaciona realmente com os nossos dias! Devemos ter em mente que esta estátua não se torna estática com o aparecimento da última potência mundial. A estátua tinha de continuar a desenvolver-se, a fim de incluir a influência enfraquecedora dos elementos socialistas, democráticos, contrários às potências imperiais, ditatoriais, deste mundo. Desde 1914, a influência enfraquecedora da democracia e do socialismo tem avançado especialmente contra a parte dos pés de ferro, da estátua, representada pelo “rei do norte”. Os dez dedos dos pés da estátua representam todas as nações, não apenas as que até agora conseguiram ser admitidas na ONU. Neste ponto, vem o clímax dramático do sonho de Nabucodonosor. O profeta Daniel prossegue com a sua interpretação; suas palavras têm um significado vital para os nossos dias:
9. Que interpretação fidedigna dá Daniel quanto ao destino da estátua simbólica?
9 “E nos dias daqueles reis o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será arruinado. E o próprio reino não passará a qualquer outro povo. Esmiuçará e porá termo a todos estes reinos, e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido; pois viste que se cortou do monte uma pedra, sem mãos, e que ela esmiuçou o ferro, o cobre, a argila modelada, a prata e o ouro. O próprio grandioso Deus tem dado a conhecer ao rei o que há de acontecer depois disso. E o sonho é certo e a sua interpretação é fidedigna.” — Dan. 2:44, 45.
ESMIUÇADA A ESTÁTUA SIMBÓLICA PELA PEDRA DO REINO
10, 11. O que é representado (a) pela pedra cortada dum monte, sem mãos? (b) Pelo monte? (c) Pelo destroçamento da estátua pela pedra?
10 Na interpretação feita por Daniel, ele viu uma pedra cortada dum monte, sem mãos. Com isso se representa o estabelecimento do reino de Deus nos céus, em 1914 E. C., cujo estabelecimento não se deu por mãos humanas. O monte representa a soberania universal de Jeová Deus. O reino é expressão da soberania universal de Deus. — Dan. 2:34.
11 Este nascimento do reino de Deus ocorreu “nos dias daqueles reis”. Não se trata apenas dos reis representados pelos dez dedos dos pés, mas também pelos representados pelas partes de ferro, cobre, prata e ouro da estátua, visto que os restos básicos daquelas potências mundiais anteriores ainda existiam em 1914 E. C. Portanto, a estátua simbólica vista no sonho estava completa em 1914. Naturalmente, desde então têm vindo à existência muitas nações novas, mas naquela data estas faziam parte da então existente divisão das nações do mundo. Os dez dedos dos pés representam todas as nações. E, portanto, o fato de que a pedra atingiu e despedaçou a estátua representa nada menos do que a destruição de todos os reinos do mundo, hoje em dia, pelo reino de Deus!
12. Em que missão avança velozmente a Pedra do Reino, e o que é simbolizado pelo fato de a pedra se tornar um grande monte, enchendo a terra?
12 Este reino despedaçará e destruirá todos os reinos representados na estátua metálica e acabará com eles eternamente no Armagedom! Este reino está avançando velozmente na sua missão. No Armagedom, a Pedra do Reino atingirá a estátua simbólica com impacto esmagador, destruindo toda nação, quer seja do tipo socialista, comunista ou democrático, incluindo-se também as nações chamadas neutras. Todas elas serão aniquiladas! As nações da terra serão pulverizadas, e o vento da tempestade de Deus levará o pó embora como a pragana da eira, para nunca mais ser juntado na terra. O reino de Deus, igual à pedra que despedaçou a estátua e que aumentou ao tamanho dum monte, para encher toda a nossa terra, tornar-se-á um monte governamental que encherá a terra inteira e dominará todos os seus negócios. Deveras, as profecias de Daniel são para os nossos dias!
A ATUAL LUTA INTERNACIONAL PELO PODER
13. Que luta de longa duração descreve Daniel profeticamente, e quem é identificado como sendo os ‘reis’ opositores hoje em dia?
13 Ao examinarmos de perto o livro de Daniel, para sabermos de outras coisas que se profetizam como ocorrendo em nossos dias, encontramos a descrição de Daniel, que lhe foi dada pelo anjo de Deus, de uma guerra de longa duração entre dois governos oponentes, chamados de “rei do norte” e “rei do sul”, que se desenrola desde os dias da antiga Grécia até os nossos dias. Mas, quem são estes reis em nossos dias? Os fatos da historia, em cumprimento desta profecia fidedigna mostram que os fatores regentes do totalitarismo, especialmente o comunismo mundial, são o derradeiro “rei do norte”, e que os fatores regentes da democracia, especialmente a coligação anglo-americana, são o último “rei do sul”. — Dan. 11:1-35.
14. Que disse Daniel sobre o que “o rei do norte” faria, e de que modo mostra a história que se deu assim?
14 Depois de considerar matéria que agora já é historia, a profecia chama atenção para a nossa geração e se fixa no “rei do norte” totalitário. O que diz Daniel que este rei fará? “E o rei fará realmente segundo o seu bel-prazer, e ele se enaltecerá e magnificará acima de todo deus.” (Dan. 11:36, 37) Não enalteceu ele o estado político, ateu, a uma posição mais elevada do que qualquer deus anteriormente adorado por seu povo? Ele se magnificou acima de todo “deus” terreno, feito pelos homens, indo ao ponto de negar a existência do Criador, Jeová Deus. Em 6 de agosto de 1961, quando o astronauta russo não viu “nem Deus nem anjos” durante as suas dezessete órbitas, num satélite de fabricação humana, no espaço em volta de nossa terra, ele achou que tinha prova absoluta de que Deus não existia.
15, 16. (a) A que daria o “rei do norte” glória em nossos dias, segundo predisse Daniel? (b) Portanto, qual se mostrou ser o deus do “rei do norte”?
15 A profecia inspirada predissera com anos de antecedência que o “rei do norte” rejeitaria os deuses religiosos antes adorados pelos povos no seu domínio e adoraria outro deus. Note quão exatamente Daniel predisse isso: “Mas dará glória ao deus dos baluartes, na sua posição; e dará glória a um deus que seus pais não conheceram, por meio de ouro, e por meio de prata, e por meio de pedras preciosas, e por meio de coisas desejáveis.” — Dan. 11:38.
16 Quem é o “deus dos baluartes” em nossos dias? O militarismo científico, moderno! A ciência técnica tem-se tornado deus para o “rei do norte”. Quando conquistou a Alemanha Oriental, ele se apoderou de tantos peritos alemães em foguetes e mísseis quantos pôde e os pôs a trabalhar no desenvolvimento da ciência dos foguetes e dos mísseis na Rússia. Suas instituições educacionais se especializam na ciência e na produção de engenheiros, visando o domínio militar de toda a terra. Atualmente, para manter um grande exército e promover a tecnologia espacial, o “rei do norte” comunista teve de privar seu povo de muitos bens de consumo e confortos materiais. Estas coisas desejáveis são sacrificadas no altar do deus do militarismo científico.
17, 18. (a) Como descreve Daniel o bom êxito do “rei do norte”? (b) Que fatos da história indicam o bom êxito do “rei do norte”?
17 Em que resultaria tudo isso? Daniel explica: “Certamente se mostrará bem sucedido . . . Agirá com eficiência contra os baluartes mais fortificados, junto com um deus estrangeiro. Aquele que lhe der reconhecimento ele fará abundar com glória . . . Ele há de entrar nas terras, e inundar, e passar. . . . Continuará a estender a sua mão contra as terras; . . . Ele dominará realmente sobre os tesouros ocultos de ouro e de prata.” — Dan. 11:36, 39-43.
18 Ao considerarmos os eventos mundiais nos últimos poucos anos, podemos ver o notável cumprimento destas palavras perante os nossos próprios olhos! “O rei do norte” se apoderou da Polônia, depois da Alemanha Oriental e da Hungria; e muitos outros países da Europa oriental vieram a ficar sob domínio comunista, como também a China continental, a Coréia do Norte e o Vietname do Norte. E agora “o rei do norte” procura estender o controle sobre o Vietname do Sul. Em muitos países latino-americanos, o comunismo internacional está instigando distúrbios políticos e a guerra de guerrilhas. A África e o Oriente Médio estão cheios de subversão patrocinada pelos comunistas, ao passo que “o rei do norte” procura estender seu controle sobre os tesouros de muitas terras. Sim, nós presenciamos a queda de um país após outro diante dele. Mas conseguirá por fim obter o controle sobre “o rei do sul”? Diz-nos Daniel o resultado desta luta internacional pelo poder?
19. (a) É o “rei do norte” bem sucedido no seu derradeiro objetivo, de destruir o “rei do sul”? Por quê? (b) Mencione um dos métodos que Jeová Deus usará para aniquilar os dois ‘reis’ no Armagedom.
19 Sim, Daniel nos apresenta o resultado final. As palavras finais desta profecia dizem: “Terá de chegar até o seu fim, e não haverá quem o ajude.” (Dan. 11:44, 45) A profecia de Daniel revela assim que “o rei do norte” não será bem sucedido nos seus objetivos ambiciosos de dominar a terra inteira e causar especialmente a destruição do “rei do sul”. Todavia, a destruição do “rei do norte” não será causada pelo “rei do sul”. Ao contrário, ambos terão o seu fim no tempo designado de Jeová — na batalha do Armagedom. As palavras de Daniel (11:40-45) descrevem a chegada do “rei do norte” ao Armagedom e sua posição ali no Armagedom, que é de oposição ao povo ungido de Deus e à “grande multidão” de co-testemunhas. No Armagedom, Jeová Deus confundirá o “rei do norte” e o “rei do sul” e os fará lutar um contra o outro, e fará que todos os seus partidários e apoiadores lutem uns contra os outros suicidamente, para a sua própria ruína. É isto o que mostra Ezequiel 38:21-23, bem como outros textos.
MIGUEL SE PÕE DE PÉ NO MEIO DOS SEUS INIMIGOS
20, 21. (a) Quando tem o último capítulo do livro de Daniel o seu cumprimento, e o que prediz o versículo um? (b) Quem é identificado como sendo Miguel, e por quê? (c) De que modo se põe Miguel de pé, e quando?
20 No período logo antes da batalha do grande dia de Deus, o Todo-poderoso, ocorre o cumprimento do capítulo final do livro de Daniel. Note bem as palavras que o anjo falou a Daniel: “E durante esse tempo pôr-se-á de pé Miguel, o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos de teu povo. E certamente virá a haver um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo.” — Dan. 12:1.
21 Isto significa que Miguel se torna rei no céu. Miguel se põe de pé durante o conflito entre “o rei do norte” e “o rei do sul”. Portanto, ele se põe de pé no meio de seus próprios inimigos. Quem é Miguel? A primeira ocorrência do nome em Daniel está no décimo capítulo, onde Miguel é descrito como “um dos mais destacados príncipes”, que veio em auxílio de um anjo menor, a quem se opunha “o príncipe do domínio real da Pérsia”. (Dan. 10:13, 21) Há evidência bíblica para se concluir que Miguel era o nome de Jesus Cristo antes de ele deixar o céu e depois de voltar para lá. Miguel é o único que é chamado “arcanjo”, significando anjo mais eminente ou anjo principal; o fato de que o termo ocorre na Bíblia apenas no singular parece dar a entender que há apenas um principal ou cabeça da hoste angélica. No único outro texto, além de Judas 9, onde se faz referência a um arcanjo se fala definitivamente do ressuscitado Senhor Jesus Cristo. (1 Tes. 4:16) Portanto, após um período de espera, Miguel, ou o Senhor Jesus Cristo, se põe de pé, sendo que Daniel explica que esta expressão ‘pôr-se de pé’ significa que ele assume o poder e começa a reinar como rei. (Dan. 8:22, 23; 11:2, 3, 7, 20, 21; compare isso com Hebreus 1:13; 10:12, 13.) Em 1914, Jesus Cristo foi glorificado no céu à destra de Deus, e, como o “Filho do homem”, ele foi levado perante o trono do Antigo de Dias e foi-lhe dado domínio, glória e um reino.
22. Por que significa o fato de Miguel se pôr de pé um tempo de tribulação sem precedentes?
22 Levantar-se Miguel para reinar no meio dos seus inimigos e subjugar no meio deles exige guerra, tal como nunca houve antes, um tempo de tribulação mais aflitivo do que qualquer outro anterior. Deve ser assim, não só porque a guerra que irrompeu em 1914 foi global, mas porque esta tribulação na terra ultrapassará até mesmo o dilúvio dos dias de Noé. — Mat. 24:21-39.
23. O que sobreveio ao povo de Jeová em 1918, e que grandiosa promessa se deu quanto ao futuro?
23 Este tem sido também um tempo de aflição para o povo santo de Jeová, especialmente em 1918, quando ficaram esgotados devido à perseguição e sua obra de pregação foi praticamente silenciada pelas nações enlouquecidas pela guerra. Mesmo esta situação, porém, ofereceu a promessa de um grandioso futuro para o povo de Jeová. Observe cuidadosamente as palavras do companheiro angélico de Miguel, ao jurar ele com ambos os braços erguidos para o céu: “Assim que se tiver posto fim ao espatifamento do poder do povo santo, acabarão todas estas coisas.” — Dan. 12:7.
24. O que mostra a historia em cumprimento de Daniel 12:7?
24 A história mostra que desde maio e junho de 1918, quando houve um espatifamento do poder do povo de Jeová, o povo de Deus não foi novamente esmagado. Atravessou a Segunda Guerra Mundial e sobreviveu. Imagine só! Atravessa agora o período comunista no seu apogeu, e ainda assim o povo de Jeová não é esmagado, nem será esmagado pelo iminente ataque de Gogue de Magogue, porque lá atrás, em 1918, o esmagamento do povo de Jeová atingiu o seu clímax, para nunca ser repetido com êxito. Quanto Daniel se teria regozijado de compreender estas palavras proféticas!
25. Que pedido fez Daniel, e como lhe respondeu o anjo de Deus?
25 Mas Daniel não sabia o significado de tudo isso, e ele nunca o descobriu, embora estivesse intensamente interessado nele: “Ora, quanto a mim, ouvi, mas não pude entender; de modo que eu disse: ‘Ó meu senhor, qual será a parte final destas coisas!’” A estas palavras, o companheiro angélico de Miguel passou a dizer: “Vai, Daniel, porque as palavras são guardadas em segredo e seladas até o tempo do fim. E quanto a ti mesmo, vai para o fim; e descansarás, porém, no fim dos dias erguer-te-ás para receber a tua sorte.” — Dan. 12:8, 9, 13.
26. (a) O que significa Daniel ‘erguer-se para receber a sua sorte’? (b) O que será de grande interesse para Daniel, quando ele voltar na ressurreição?
26 Portanto, Daniel havia de ir e descansar então no Seol, a sepultura comum da humanidade, e depois ‘erguer-se para a sua sorte no fim dos dias’. Daniel já havia usufruído maravilhosos privilégios e experiências. Agora tinha outra coisa para aguardar. Embora Daniel não pudesse viver para ver o cumprimento completo de suas visões e os eventos que acabava de predizer, nós fomos privilegiados de vê-los. Aquele profeta fiel aguardam muitas coisas. Sua “sorte” aqui, não necessariamente significa a posição principesca que obterá sob o reino messiânico, embora possa estar incluída nela. Sua “sorte” significa seu quinhão na terra, na Nova Ordem de coisas, após o Armagedom. Daniel, certamente, encontrará as coisas mudadas quando voltar na ressurreição. E ele vai querer ter informações sobre como o grande Príncipe, Miguel, se pôs de pé. Portanto, o povo de Jeová espera vê-lo na ressurreição e desejará obter dele muitos pormenores. Alguns dos servos de Jeová talvez palestrarão com ele sobre o conteúdo do livro ‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’, que contém uma consideração pormenorizada de muitas das profecias de Daniel. Ele estará bem interessado em saber como se cumpriram as suas maravilhosas profecias, para a glória de Deus. Nós estaremos interessados nas suas reações e nos alegraremos com ele na sua sorte. Entrementes, as testemunhas de Jeová têm trabalho a fazer!
27. Que obra predisse o anjo de Deus para os verdadeiros seguidores do messiânico Príncipe Miguel? Portanto, o que temos de fazer?
27 Sim, o companheiro angélico de Miguel indicou uma grande obra para os verdadeiros seguidores do messiânico Príncipe Miguel, neste “tempo do fim”. Aqui está a profecia: “Os perspicazes raiarão como o resplendor da expansão; e os que levam muitos à justica, como as estrelas por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Dan. 12:3) Aqui se prediz, pois, o nosso trabalho para hoje. Os espiritualmente inteligentes precisam brilhar com a luz celestial. As testemunhas de Jeová têm raiado como o sol com as boas novas do recém-nascido reino de Deus, sol que não deixa nada ocultar-se do seu calor em volta do globo. Na escuridão de meia-noite deste mundo, temos de brilhar como estrelas de luz, para ajudar a muitos mais das “outras ovelhas” a se voltarem para a justiça, que é a adoração e o ministério do grandioso Deus, Jeová. Sendo que vivemos neste “tempo do fim”, desde que Miguel, o Grande Príncipe se pôs de pé, vivemos num tempo mais favorecido do que o de Daniel. Abriu-se o livro de Daniel. Benditos os que agem em harmonia com as palavras de Daniel para os nossos dias!
[Foto na página 688]
Ser a estátua atingida e despedaçada pela pedra simbólica significa a destruição de todos os reinos do mundo atual pelo reino de Deus.