Unidos Contra as Nações no Vale da Decisão
“Multidões, multidões estão no vale de decisão, pois o dia de Jeová está perto, no vale de decisão.” — Joel 3:14.
1. Por que se precisa tomar uma decisão, e por quem?
PRECISA-SE tomar uma decisão algum dia. Uma decisão precisa ser tomada por um juiz competente e precisa ser executada. As coisas não podem continuar indefinidamente como estão. Não é tempo para indecisão. Não se pode permitir à situação terrestre fugir ao controle, senão resultará num pior desastre para toda a humanidade sob o domínio das nações agora tão desesperadamente divididas. Simplesmente tem-se que tomar uma decisão e executá-la com energia e autoridade. O simples senso comum do homem pode ver isto.
2. Por que muitas pessoas desorientadas estão sem esperança, por que não se pode olhar esperançosamente para a cristandade?
2 Estamos vivendo no tempo de “angústia de nações, não conhecendo a saída”. Não se pode negar que a situação está provando-se demasiadamente difícil para as nações e seus conselheiros políticos, econômicos, militares e religiosos. Inúmeras pessoas estão perturbadas sèriamente; estão desesperadas. Isto se dá porque vêem as coisas humanamente, e a humanidade não tem nada a oferecer em si mesma. A humanidade tem demonstrado repetidas vêzes que ela não se pode elevar, puxando o atilho de suas próprias botas. Ela já não tem motivos para olhar esperançosamente para a cristandade. A humanidade tem olhado para a cristandade em vão. A própria cristandade ameaça agora tôda a humanidade de obliteração total. — Luc. 21:25.
3. Por que já não deviam estar sem esperança os que amam sinceramente a humanidade, e por que não será difícil regulamentar esta terra?
3 Entretanto, há boa razão para os sinceros que amam a humanidade não ficarem mais desesperados. Agora é a hora, a decisão determinadora já foi tomada! A situação do mundo não fugiu ao contrôle do grande Regulamentador do universo. A menos que êle tivesse permitido, a situação não chegaria ao presente estado de coisas. Êle não tencionou que as coisas continuassem como estão, até que finalmente os homens fizessem o pior. Êle decidiu pôr um fim a tôdas as coisas que afligem a humanidade. Seu tempo de executar a decisão está próximo. Figurativamente falando, as nações estão no vale do julgamento, onde será executada a sua decisão, e isto muito em breve. Ao executar a sua decisão justa, não lhe será difícil regulamentar esta pequena parte do seu universo, a terra, pois êle é o Deus Altíssimo, o Criador, a Quem só pertence o nome de Jeová. — Joel 1:15; Isa. 40:28.
4. Por que Jeová não usará a cristandade para endireitar as questões do mundo?
4 Não! Êle não usará a cristandade para endireitar as questões do mundo. A cristandade pretende ter conexão com êle, mas é real a sua pretensão? Ela tem a Bíblia impressa em mais de 1.150 idiomas e dialetos. Muitas destas versões da Bíblia contêm mais ou menos freqüênte o nome pessoal do Criador, Jeová; e a cristandade tem feito circular centenas de milhões de exemplares destas traduções da Bíblia, contendo o santo nome. Mas a cristandade não tem vivido de acôrdo com a Bíblia, por um lado ela oferece a Bíblia Sagrada para a humanidade e por outro, as bombas nucleares montadas nos mísseis balísticos.
5. Como é a cristandade semelhante à tribo de Efraim, e como a tratará Jeová Deus?
5 A cristandade é como a tribo de Efraim mencionada na Bíblia. Assim como esta tribo fêz a nação de Israel se misturar com pessoas mundanas, assim também a cristandade se mistura com pessoas não-cristãs. Ela se tornou parte das nações dêste mundo. (Osé. 7:8-11) Ela é á fundadora e principal apoiadora das Nações Unidas, na qual já figura uma centena de tôda espécie de nações. Ela não é melhor do que o resto das nações. De fato, segundo a Bíblia que ela espalha através do mundo, a cristandade provou-se pior do que estas nações. Não é de se admirar de que Jeová Deus não a tenha usado e nem a usará para endireitar as coisas no mundo! A Sua decisão é tratá-la pior que as outras nações segundo a responsabilidade dela perante êle.
6. (a) Onde é que a própria cristandade poderia ler por si mesma o que Deus lhe fará, e deixou Deus sòmente esta fonte de informações? (b) O que, portanto, é uma praga para a cristandade?
6 O próprio livro de Deus, a Bíblia que a cristandade continua distribuindo, fala o que êle fará com ela. De fato, ela própria podia ler o que Deus lhe fará, quando executar sua decisão “no vale da decisão”. Mas êle não deixou só para a Bíblia dizer o que fará a ela e às outras nações do mundo. Êle enviou os verdadeiros cristãos bíblicos, as suas testemunhas, para relatar a Sua decisão à cristandade e às outras nações. Dêste modo, Jeová Deus tem notificado a cristandade, avisando-a. Assim, ela está duplamente indesculpável por ignorar. A circulação da Bíblia feita pelos seus distribuidores dentro e fora da cristandade não é em si mesmo uma praga para ela. Mas enviar Jeová as suas testemunhas ungidas com o anúncio de sua decisão — isto tem sido uma praga devastadora, insuportável para a cristandade. A Bíblia predisse esta praga sôbre ela.
PRAGA DE GAFANHOTOS SIMBÓLICOS
7. Na terra, quem sòmente possuía a lei e os mandamentos de Jeová, e de que praga sôbre sua terra foram informados por causa de desobediência?
7 Nenhuma praga vem de Deus sem motivo. Até há dezenove séculos atrás, os judeus, com a sua capital em Jerusalém ou Sião, eram o povo escolhido de Deus. Somente êles possuíam a lei de Deus conforme expressa nos Dez Mandamentos e nos outros mandamentos transmitidos mediante Moisés e outros profetas judeus, todos escritos nos livros inspirados da Bíblia, desde Gênesis até Malaquias. No quinto livro de Moisés, chamado Deuteronômio, Jeová Deus disse ao antigo Israel o que traria sôbre a nação se não guardassem os seus mandamentos. Entre outras coisas estaria esta praga: “Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. Plantarás e cultivarás muitas vinhas, porém do seu vinho não beberás, nem colherás as uvas; porque o verme as devorará. Todo o teu arvoredo e o fruto da tua terra o gafanhoto os consumirá.” — Deu. 28:38, 39, 42, ALA.
8. Qual foi a pior praga dessa espécie predita, e qual era a causa disto?
8 A pior praga de gafanhoto e de vermes que já se profetizou foi aquela que Joel, o profeta de Jeová, avisou. Tal praga não foi ameaçada por Jeová sem causa justa provocada pelo seu povo. É por isso que, na profecia de Joel, Jeová se apresenta como que guerreando contra o seu povo. Nesta altura, que a cristandade, o pretenso povo de Deus, tome nota sèriamente!
9. Quem foi Joel, e que brado guerreiro alarmante deu êle?
9 Mas quem era o profeta Joel? Uma testemunha de Jeová. De fato, o seu nome Joel significa “Jeová é Deus”. Joel correspondia com seu nome pessoal, pois êle testemunhava o fato de Jeová ser Deus. Foi Joel que Deus usou para descrever a praga ameaçada sôbre o seu povo e indicar como fazer Deus desviá-la. Falando como porta-voz de Jeová, Joel (2:1, 2) diz: “Soai a trombeta em Sião, ó homens, e bradai um grito de guerra no meu santo monte. Agitem-se todos os habitantes da terra; pois o dia de Jeová vem, pois está próximo? É um dia de escuridão e trevas, um dia de nuvens e de densas trevas, como a luz da aurora se espalha por sôbre os montes.” Que grito de alarme de guerra!
10. Nos seus dias, com o que veio Jeová contra o seu próprio povo, e qual é o efeito disto?
10 Neste “dia de Jeová”, êle vem com seu exército de devastação contra o seu próprio povo: “E o próprio Jeová certamente emitirá a sua voz diante de sua fôrça militar, pois o seu acampamento é mui numeroso. Pois aquêle que executa a sua palavra é poderoso; pois grande é o dia de Jeová e inspira muito temor; e quem o poderá suportar?” (Joel 2:11) Neste caso, porém, o exército de Jeová, a sua “fôrça militar”, é de uma natureza muito incomum. Êle próprio explica a seguir o que é ela, dizendo: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros.” (Joel 2:25, ALA) Com êste exército de insetos não se fêz nenhuma matança direta de criaturas humanas. Mas o efeito foi o mesmo que o de uma grande hoste militar que passa pela terra; apodera-se de todo vívere disponível, despela a terra e estraga a sua paisagem, pica as árvores, deixando à sua passagem a fome e miséria da qual morrerão inúmeras pessoas.
11. Por quanto tempo esperaram os judeus pelo cumprimento da profecia de Joel, quem a declarou cumprida e quando?
11 Não temos registro bíblico de que tal praga de insetos vorazes tenha afligido a terra de Israel por anos e invadido Sião e Jerusalém. A Bíblia indica, porém, como a profecia de Joel sôbre gafanhotos, insetos e lagartas se cumpriria. Os judeus esperaram por centenas de anos para que a profecia de Joel se cumprisse. Então, na primavera do ano 33, no dia de Shabúoth ou Pentecostes, o judeu-cristão, Pedro, se levantou em Jerusalém sob nova inspiração do espírito de Deus e explicou a profecia. Pedro citou a profecia de Joel, o mesmo capítulo dois, onde se predisse a praga de insetos. Pedro citou Joel 2:28-32 que fala de Jeová derramar seu espírito sôbre tôda espécie de carne “depois disto”, para que todos os que recebessem o espírito, jovem ou velho, macho ou fêmea, escravo ou livre, profetizassem em nome de Jeová. No dia de Pentecostes, quando o espírito de Deus foi derramado sôbre os 120 discípulos fiéis de Jesus Cristo, reunidos em Jerusalém, e quando falaram miraculosamente em línguas estranhas, Pedro declarou que a profecia de Joel se estava cumprindo. — Atos 2:1-21, 33.
12. Que conversão ocorreu em Jerusalém por causa do cumprimento dessa parte da profecia de Joel?
12 Por causa de os 120 discípulos cristãos, que foram ungidos pelo espírito de Deus, falarem em línguas estranhas “acêrca das coisas magníficas de Deus”, cêrca de 3.000 judeus e prosélitos foram batizados em água como convertidos ao cristianismo. Mais tarde, o número de conversos, ali mesmo em Jerusalém ou Sião, subiu a até cêrca de 5.000. (Atos 2:11, 41, 47; 4:4) Mas, e a parte da profecia referente à praga de gafanhotos?
13. Será que a alimentação de João Batista indicou algum cumprimento da profecia, mas o que aconteceu depois do evento do dia de Pentecostes?
13 Durante os quatro anos que João Batista e Jesus Cristo pregaram, nenhuma praga literal de gafanhotos deixou a terra desnuda como um deserto. É verdade que João Batista comia gafanhoto para alimentar-se no deserto da Judéia, mas eram gafanhotos solitários, não em nuvens suficientemente grandes como uma praga. (Mat. 3:1-4) Mas, o que aconteceu depois de Jesus morrer, ser ressuscitado e chamado de volta para os céus, recebendo uma porção do espírito santo e derramando-o sôbre os seus discípulos no Pentecostes em Jerusalém? Os líderes religiosos judaicos e seus seguidores foram praguejados. Não, não com gafanhotos literais, mas com os simbólicos gafanhotos cristãos. Os discípulos de Jesus Cristo, que tinham sido ungidos pelo espírito santo, fizeram em Jerusalém uma campanha de profetizar ou pregar o reino de Deus e a destruição daquela “geração má” de judeus anticristãos.
14. Onde pregaram êstes gafanhotos simbólicos, e como foram impelidos a isto?
14 Êles pregavam na casa de adoração ou templo de Jerusalém. Pregavam nos lares particulares das pessoas. Êstes milhares de crentes cristãos, cheios do espírito de Deus, faziam isto diàriamente. (Atos 2:40, 46, 47; 3:1 a 4:2) Não se podia impedi-los. Eram movidos pelo espírito de Deus e inundavam a cidade. Até mesmo o anjo de Jeová os impeliu para frente, transpondo os protestos dos sacerdotes e de outros líderes religiosos. (Atos 4:31; 5:12-20) Que praga de Jeová Deus foi isto para os judeus impenitentes!
15. O que disse Joel para os lideres religiosos fazer, mas o que aconteceu à cidade e ao templo dêles, e por quê?
15 A profecia de Joel tinha dito aos líderes religiosos o que deviam fazer em face da praga impendente: “Entre o pórtico e o altar [do templo] chorem os sacerdotes, os ministros de Jeová, e digam: ‘Compadece-te, ó Jeová, do teu povo, e não faças de tua herança um opróbrio, pois as nações dominam sôbre êle. Por que se deveria dizer entre os povos: “Onde está o seu Deus?”’” (Joel 2:17) Entretanto, os sacerdotes judeus daqueles dias recusaram invocar o nome de Jeová mediante Cristo para a salvação. Assim, a destruição veio sôbre êles em 70 E. C., quando as legiões romanas destruíram Jerusalém e seu templo, deixaram a terra da Judéia desolada e espalharam a minoria dos sobreviventes judeus, como escravos, para ouvirem a pergunta: “Onde está o seu Deus?”
16, 17. (a) Como demonstraram os li̇́deres religiosos que tinham sido duramente atingidos pela praga, e o que mostra quanto a se a praga cessou? (b) O que não os teria perturbado mais do que isto, e o que pressagiou?
16 Quanto a como se sentiram os sacerdotes e os líderes religiosos associados duramente praguejados pela campanha de pregação encabeçada por Jesus e seus apóstolos, lemos: “Assim, trouxeram-nos [presos] e postaram-nos na sala do Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os e disse: ‘Mandamo-vos positivamente que não continuásseis a ensinar na base dêste nome [Jesus], no entanto, vêde! enchestes Jerusalém com vosso ensino, e estais determinados a lançar sôbre nós o sangue dêste homem.’” Em resposta, Pedro e seus co-apóstolos provaram ser verdadeiros testemunhas de Jeová, dizendo: “Precisamos obedecer a Deus como dominador, antes que aos homens. . . . E nós somos testemunhas dêstes assuntos, e assim também o é o espírito santo que Deus deu àqueles que lhe obedecem como dominador.” (Atos 5:27-32) Os apóstolos foram espancados e mandados embora. Então, o que fizeram? Atos 5:42 responde: “Todos os dias, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas acêrca do Cristo, Jesus.”
17 Uma praga literal de gafanhotos não poderia ter perturbado aquêles religionistas judeus mais do que as testemunhas cristãs de Jeová, que encheram Jerusalém com seu ensino por dar testemunho pùblicamente e de casa em casa. Esta praga simbólica de gafanhotos pressagiou uma destruição de suas instituições religiosas mais tarde.
A PRAGA MODERNA
18, 19. (a) Por que Deus não precisa mais de templos ou cidades materiais? (b) De que pretende a cristandade ser o correspondente moderno, mas em que aspecto corresponde ela?
18 Jerusalém ou Sião, junto com o seu templo, pereceram no ano 70. Mas Jeová Deus tem o seu templo espiritual do qual Jesus Cristo é a pedra fundamental e os seus discípulos fiéis são a superestrutura de “pedras vivas”. (1 Cor. 3:16, 17; Efé. 2:20-22) Êste templo espiritual tem uma fundação secundária de apóstolos e profetas cristãos. Assim, também, a Nova Jerusalém de Deus, que é a “noiva” espiritual de Jesus Cristo, é edificada sôbre a fundação dos “doze apóstolos do Cordeiro [Jesus Cristo]”. (João 3:28-30; Apo. 21:2, 9-14) Dêste modo, Jeová não precisa mais de templo material nem de cidade sôbre a terra. No campo religioso atual a cristandade pretende ser o correspondente moderno da antiga Jerusalém ou Sião. Ela aplica a si mesma as promessas e as profecias que a Bíblia dirige a Jerusalém ou Sião. Porém, a cristandade é o correspondente moderno da Jerusalém infiel e desleal, tal qual era Jerusalém (Sião) no primeiro século. Naquele tempo ela rejeitou Jesus Cristo que veio a ela montado num jumento, e fêz que fôsse morto fora dos seus muros, perseguindo depois os discípulos dêste. — Mat. 21:1-16; 23:37-39.
19 A cristandade moderna, existindo agora no momento da “conclusão do sistema de coisas”, é a Sião ou “santo monte” que professa pertencer a Deus, mas que recusa dar ouvido ao aviso dado profèticamente em Joel, capítulo dois, versículos um a três.
20. (a) Portanto, o que deve sofrer semelhantemente a cristandade? (b) Como indica Apocalipse que isto viria sôbre a cristandade?
20 A cristandade é povo de Deus apenas de nome. Ela é, portanto, o sistema religioso atual que deve sofrer por causa da praga de gafanhotos simbólicos, assim como a Jerusalém terrestre ou Sião sofreu nos dias dos apóstolos de Cristo. Ela é a herdade religiosa sôbre a qual deve vir a praga predita na profecia de Joel. Foi predito no último livro da Bíblia que viria uma praga de gafanhotos simbólicos neste tempo da “conclusão do sistema de coisas”. Êste livro, chamado Apocalipse, foi escrito pelo apóstolo João cêrca de vinte e seis anos após a infiel Jerusalém ter sido destruída pelos romanos. Portanto, o Apocalipse mostra, em linguagem simbólica, o que viria, não sôbre a antiga Jerusalém que era infiel e que fôra destruída, mas sim sôbre a moderna Jerusalém infiel, antitípica, a cristandade, pois o Apocalipse fala de “coisas que devem acontecer brevemente. . . . pois o tempo designado está próximo”. (Apo. 1:1-3) A praga simbólica de gafanhotos é descrita no capítulo nove. Esta seria o primeiro dos três ais finais que viriam sobre a cristandade antes de irromper a guerra universal de Deus “no vale da decisão”. O Apocalipse 9:1-11 (ALA) emprega certo número de expressões da profecia de Joel, e nêle João diz:
21. O que foi que João viu cair do céu, e o que simbolizava isto?
21 “Vi uma estrêla caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Êle abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e com a fumaceira saída do poço escureceu-se o sol e o ar.” As estrêlas caídas, tais como as que a Bíblia usa como símbolo dos servos infiéis de Deus, desaparecem da vista na escuridão. Mas não esta estrêla, pois ela simboliza o Senhor Jesus Cristo na sua volta ao poder e glória do Reino para abençoar os servos fiéis de Deus e executar juízo sôbre todos os servos de Satanás, o Diabo, que é o “dominador deste mundo”. — Apo. 22:16.
22. Como se demonstrou ser isto a aplicação correta no que se concerne à “chave da cova e do abismo”?
22 Há dezenove séculos atrás, quando morreu e foi sepultado, Jesus desceu ao abismo da morte. (Rom. 10:6, 7) Quando o Deus Todo-poderoso levantou Jesus do abismo no terceiro dia, êle deu-lhe a “chave da cova e do abismo”, para abri-lo ou fechá-lo. Por isso, em Apocalipse 1:18, ARA, o ressuscitado e glorificado Jesus diz em visão a João: “Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do hades [o túmulo comum dos mortos].”
23. Por que foi necessário Jesus usar esta “chave” em 1919, e como êle fêz isto?
23 Na visão de Apocalipse, João viu o Senhor Jesus Cristo no templo espiritual de Deus. No cumprimento moderno, durante as angústias da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o Senhor celestial, Jesus Cristo, em companhia de Jeová Deus, vieram ao templo espiritual para submeter à prova os que pretendiam ser seus discípulos cristãos. No decorrer daquele ano crítico de 1918, os inimigos das testemunhas cristãs de Jeová se aproveitaram da lei marcial, do patriotismo fanático e do ódio religioso, que então prevalecia, para deixarem estas testemunhas numa condição como mortas e enterradas, sufocando e destruindo a sua obra de testemunho. Mas, não por muito tempo! Na primavera de 1919, Jesus Cristo, o Rei, “o anjo do abismo”, usou a chave e tirou o restante dos seus seguidores ungidos para fora do abismo de inatividade espiritual e reanimou-os ao serviço de Deus. Era então o tempo de se usar julgamento fogoso conforme indicado pela fumaça que saía do abismo aberto.
24. Quem são os “homens que não têm o sêlo de Deus sôbre as suas frontes”, e como sofreram dano?
24 Portanto, João diz: “Da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra, e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a árvore alguma, e tão sòmente aos homens que não têm o sêlo de Deus sobre as suas frontes.” Êstes homens não eram selados ou marcados pelo espírito de Deus e, portanto, não produziam os frutos de Seu espírito, mas eram cristãos de mentira, falsos israelitas espirituais. Nestes, as testemunhas cristãs ungidas de Jeová, que foram prefiguradas como gafanhotos saindo na fumaça do abismo, dão uma ferroada dolorosa como escorpiões. Como? Mediante a mensagem de juízo que estes “gafanhotos” proclamam.
25. O que foi que os gafanhotos simbólicos saíram para fazer a êstes homens desde 1919 em diante, e era-lhes isto fatal?
25 João diz a seguir: “Foi-lhes também dado, não que os matassem, e, sim, que os atormentassem durante cinco meses. E o tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.” A duração de um gafanhoto (schistocerca [ou cauda partida] gregaria) é cêrca de seis meses. Assim, durante êste período o gafanhoto pode causar dano. Os gafanhotos simbólicos que foram revivificados em 1919, saíram no serviço de Deus no após guerra, não para matar os seus perseguidores, os clérigos religiosos da cristandade que não tinham o sêlo de espírito de Deus. Saíram a declarar-lhes a mensagem de julgamento de Deus. Mas isto não agradou aos dominadores religiosos da cristandade. Sofreram dores agudas como se tivessem sido ferroados por escorpiões, mas tal ferroada, embora dolorosa, não é fatal. — 2 Cor. 10:3-6.
26. Por quanto tempo foram as testemunhas de Jeová autorizadas a continuar com esta mensagem atormentadora, e quando se livrarão desta mensagem os clérigos?
26 Por quanto tempo foi autorizado ao restante das testemunhas cristãs ungidas de Jeová afligir os clérigos religiosos com a mensagem atormentadora? Durante o período de sua existência antes da guerra do Armagedon, conforme simbolizado pelos cinco meses dados aos gafanhotos. Visto que o restante ungido de Jeová não está autorizado a atuar como executores dos homens que o perseguem por causa da pregação da mensagem de Deus, os clérigos religiosos permanecem vivos para sofrer dores por causa da mensagem de julgamento de Deus. Não é que os clérigos não preferissem morrer antes que continuar suportando a proclamação dêste julgamento; mas, é segundo o apóstolo João diz: “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte foge dêles.” A execução do julgamento de Deus, a sua aplicação da morte sôbre esta hipócrita clerezia cristã, foi adiada até o início da guerra universal do Armagedon.
27. Como descreve João a aparência dos gafanhotos, e, segundo isto, a que saiu o restante em 1919?
27 Com que se parecem êstes gafanhotos espirituais? João diz: “O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados pára peleja; nas suas cabeças havia como que coroas parecendo de ouro; os seus rostos eram como rostos de homens; tinham também cabelos, como cabelos de mulheres; os seus dentes, como dentes de leões; tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja; tinham ainda caudas como escorpiões, e ferrões; nas suas caudas tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses.” Por meio desta descrição, notamos que o restante ungido das testemunhas de Jeová saiu em 1919 numa guerra, uma guerra espiritual desde aquele ano até o irrompimento da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, comumente chamada de Armagedon. (Apo. 16:14-16) Por isso se assemelhavam a cavalos, que eram usados nos tempos bíblicos para guerrear. “O cavalo é algo preparado para o dia da batalha”, diz Provérbios 21:31.
28. O que indica as nuvens de gafanhotos, seus cabelos como de mulher e suas couraças de ferro?
28 Os gafanhotos simbólicos são guerreiros régios conforme indicado pelas coroas parecendo de ouro nas suas cabeças; pois, sendo ungidos com o espírito de Deus, foram constituídos “co-herdeiros de Cristo”, e receberam uma coroa e um trono no reino de mil anos de Cristo. (Rom. 8:16, 17; Luc. 22:28-30; Apo. 3:11, 21) Durante o período de sua guerra espiritual com a cristandade, êstes gafanhotos espirituais são apenas humanos dotados de inteligência conforme indicado pelos seus “rostos de homem”. Iguais aos guerreiros hebreus no fronte, que não tinham facilidades para cortar o cabelo, o deixavam crescer como mulheres, de modo que tinham uma cabeleira cumprida e se pareciam com leões por causa da ferocidade. (1 Crô. 12:8) Apropriadamente, portanto, eram “os seus dentes, como dentes de leões”, que podiam devorar alimento sólido, como a vigorosa mensagem de julgamento de Deus e de vingança contra a cristandade. (Heb. 5:12; 1 Cor. 3:1, 2) O coração dêles, o órgão do amor por Deus e pela Sua justiça, portanto, coração que não conhece mêdo, mas que é destemido, está bem protegido como se tivessem uma impenetrável couraça de ferro. Assim, jamais deixam de amar ou de perder a coragem.
29. Como fazem os gafanhotos simbólicos um barulho terrível, e por quanto tempo são autorizados a atormentar os homens que não têm o sêlo?
29 Semelhantes a um gigantesco enxame de gafanhotos alados, que são capazes de voar mil e quinhentos quilômetros ou mais, êles fazem um barulho uniforme que se parece com um esquadrão de carros de guerra de muitos cavalos galopando para a batalha. É um barulho terrível. Estes gafanhotos simbólicos gritam como se estivessem nos eirados, permitindo à mensagem do julgamento de Deus ser ouvida a grande distância no território que cobrem. O mêdo do inimigo não abaixa a mensagem dêles até tornar-se mero cochicho. A declaração de guerra de Jeová deve ser soada bem alto. É êle quem se responsabiliza pelo ferimento das sensibilidades causado pela mensagem, naqueles que são ferroados por ela. Durante o breve intervalo de “cinco, meses”, figuradamente, até o irrompimento do Armagedon; os gafanhotos simbólicos devem usar sua cauda semelhante a escorpiões, a Palavra de Deus, “a espada do espírito”, e devem golpear os homens a quem se dirige o julgamento de Deus. Não é tempo de Deus poupar sensibilidades. Os seus inimigos devem ser expostos e avisados do julgamento impendente. — Efé. 6:17.
30. Quem é o rei dos gafanhotos simbólicos, e o que significam e denotam os seus nomes em hebraico e em grego?
30 Os gafanhotos simbólicos precisam seguir o seu Rei, Jesus Cristo. João fala dêles: “E tinham sôbre êles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.” O ressuscitado Jesus Cristo nos céus é o “anjo do abismo”, pois êle tem “a chave da morte e do hades”. No fim da guerra universal do Armagedon, êle amarrará e lançará Satanás, o Diabo, e os seus espíritos demônios no abismo de inatividade semelhante à morte. (Apo. 20:1-3) Quando Jesus estava na terra, êle era hebreu, e, agora, na capacidade de Executor régio de Jeová êle é chamado pelo nome hebraico, Abadom, que quer dizer: Destruição. (Jó 26:6; 28:22; 31:12; 12:23; 14:19) Em grego, no qual se escreveram as inspiradas Escrituras Gregas Cristãs, o seu título similar é Apoliom, que quer dizer: Destruidor. Êste nome mostra claramente que êle vai ao trono, à mão direita de Deus, para primeiro dominar no meio dos seus inimigos e depois destruí-los na execução dos justos juízos de Jeová, a decisão judicial de Jeová contra êles. — Tia. 4:12.
31. (a) Como prosseguem as Testemunhas semelhantes a gafanhotos, e que qualidade indica isto? (b) O que os mantém unidos?
31 Os gafanhotos simbólicos, que têm de proclamar a mensagem de julgamento antes da execução do juízo “no vale da decisão”, têm Jesus Cristo como Rei dêles, mas êle é invisível. Não têm rei visível, assim como os gafanhotos literais: “Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem.” A razão de saírem em grupos ou enxames, é a de serem “instintivamente sábias”, embora estejam entre as “menores” coisas da terra. (Pro. 30:24, 27) Os gafanhotos simbólicos, as testemunhas ungidas de Jeová, saem unidamente, agrupadas segundo as suas congregações locais. Mas não é devido a algum instinto de gafanhoto. É devido à sabedoria celestial transmitida pelo espírito de Deus. Também, o seguirem êles ao seu Rei celestial, Jesus Cristo, como o Líder que Deus entronizou, é o que os mantém unidos no seu ataque contra os homens sem o sêlo. (Apo. 7:2-8; 9:4) Voluntária e obedientemente, êles se submetem ao seu comando; e isto é o que também pode ser prefigurado pelo fato de os gafanhotos simbólicos terem “cabelos, como cabelos de mulheres”, visto que o cabelo comprido da mulher é um sinal natural de sua sujeição, um sinal de ela estar sob jurisdição. — 1 Cor. 11:10, 15; Sal. 110:3.
ININTERRUPTOS, IRRESISTÍVEIS
32, 33. (a) Como o que Joel, capítulo dois, descreve os gafanhotos da praga, e em que sentido são poderosos? (b) Como isto se tem provado verídico no caso do restante ungido?
32 A união dos gafanhotos simbólicos é descrita mais cabalmente em Joel 2:2-11. Ali, são descritos como um povo, o que realmente são, em cumprimento da profecia de Joel: “Povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. À frente dêle vai fogo devorador, atrás, chama que abrasa: diante dele a terra é como jardim do Éden, mas atrás dêle um deserto assolado. Nada lhe escapa.” — ALA.
33 Os gafanhotos são insetos pequenos, mas imigram em nuvens e são poderosos. Portanto, são poderosos, visto estarem agrupados numerosamente, um enxame unido. São tão numerosos que o enxame deles cobre quilômetros e voam com um barulho como uma cachoeira. Escurecem literalmente os céus, projetando uma grande sombra sôbre a terra. Assim se dá desde 1919 com os gafanhotos simbólicos, o restante ungido dos co-herdeiros do reino de Cristo. Em si mesmo, cada um dêles é pequeno, insignificante; mas quando unidos em adoração e em ação são um povo poderoso, “cheio de poder, com o espírito de Jeová”. — Miq. 3:8.
34. Como foi que um fogo devorou antes da invasão dos gafanhotos simbólicos?
34 Os gafanhotos aparecem nos meses quentes de verão. Igualmente, o ardor da ira de Jeová contra o seu professo povo na cristandade é precedido da invasão da nuvem de gafanhotos simbólicos, que proclamam o “dia de vingança da parte de nosso Deus”. (Isa. 61:2) Jeová Deus tem uma razão para queimar como um “fogo consumidor”, pois, em 1919, depois de a cristandade destruir vidas humanas e propriedades na sua primeira guerra mundial, ela rejeitou o reino de Deus proclamado pelas testemunhas ungidas de Jeová e apoiou a Liga das Nações que se ostentava sob o disfarce de ser “a expressão política do reino de Deus na terra”. — Deu. 2:24; Heb. 12:29.
35, 36. (a) Em que sentido consome uma chama atrás da invasão dos gafanhotos? (b) Que aviso deram os gafanhotos simbólicos à cristandade, que afetou-lhe o futuro?
35 Primeiro, os simbólicos gafanhotos, a fôrça militar de Jeová; passaram pela cristandade com a Sua mensagem de julgamento. Depois disto, as hostes angélicas de Jeová, sob o comando do Rei, Jesus Cristo, passarão por ela e a destruirão como fogo, restando nada mais que cinzas. Antes da passagem dos gafanhotos os domínios da cristandade pareciam um jardim do Éden religioso. Ela tinha os seus Concílios de Igrejas, sua Ação Católica, seus movimentos nacionalistas para manter sob contrôle o comunismo internacional ateísta, sua relação com os estados políticos e a sua chamada, expressão política do reino de Deus na terra.
36 O futuro parecia promissor até que a nuvem de “gafanhotos” de Jeová começou sua invasão unida em volta do mundo. Mediante as profecias bíblicas êles avisaram a cristandade de que o Deus Todo-poderoso a desolaria na batalha do Armagedon, deixando-a como um deserto,, donde nada teria escapado da consumição. Não deixaram nenhuma esperança animadora para a cristandade atrás de si, especialmente na literatura bíblica que deixaram nas mãos das pessoas que visitaram de casa em casa. Êles predisseram que, depois que tivesse passado a nuvem de “gafanhotos”, e que tivesse terminado o aviso antecipado a tôdas as nações da terra habitada, então, o próprio Jeová, juntamente com suas hostes angélicas, lutaria contra ela e destruiria a sua aparência edênica, tornando-a semelhante a um deserto.
37. Em 1925, o que publicou A Sentinela com respeito ao Armagedon?
37 Em si mesma, a mensagem que chamou atenção para a batalha do Armagedon pela ação de Jeová, indicou quando começou de fato a praga moderna dos gafanhotos. A Sentinela, a revista oficialmente publicada e distribuída pelas testemunhas de Jeová, no seu número de 15 de julho de 1925, em inglês, continha o artigo principal intitulado “O Restante”. Este artigo esclareceu pela primeira vez que o Armagedon não é um período de tempo desorganizado “de tribulação tal como nunca houve desde que há nação”, nem uma batalha violenta e anárquica entre o capitalismo e o operariado organizado, mas é uma luta universal entre Jeová Deus e a inteira organização de Satanás, o Diabo, nos céus e na terra. Os parágrafos 44 e 45, debaixo do subtítulo “A Grande Batalha” disseram:
Que nós nos estamos ‘aproximando do tempo da grande e final batalha entre as fôrças das trevas e o Senhor, é testificado por muitos textos. (Apocalipse 17:14; 16:13-15; Mateus 24:21, 22) É A GRANDE BATALHA DO DEUS TODO-PODEROSO. Os profetas se referiram freqüentemente a ela como “o dia do Senhor”. O profeta Isaías se dirigiu aos israelitas fiéis, portanto, à classe restante, dizendo: “Vós sois às minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; . . . vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus.” (Isaías 43:10, 12) . . .
Visto, então, que o diabo e a sua organização sairão a fazer guerra contra o restante (Apocalipse 12:17), é bem evidente que o principal propósito de Satanás neste conflito seja destruir a “semente prometida”, atualmente na terra, e desacreditar Deus nas mentes dos povos, . . .
O parágrafo 63 disse:
. . . mesmo assim, na batalha contra as fôrças das trevas neste fim dos tempos. A batalha não é uma batalha dos fiéis seguidores de Cristo, mas é do Senhor. Os fiéis, que constituirão o restante, não terão, portanto, parte nisto que são mandados cantar. . . . que nossa fôrça está no Senhor e que a alegria do Senhor é a nossa fôrça.
38. Quantos celebraram o Memorial em 1925, e, no ano seguinte, o que disse mais o livro Libertação concernente ao Armagedon?
38 Naquele ano (1925), o número dos que participaram na celebração do Memorial da morte de Cristo como membros do restante foi 90.434. (A Sentinela, em inglês, de 1.° de setembro de 1925, página 263) No ano seguinte (1926), o restante obteve entendimento mais completo acêrca da batalha do Armagedon mediante o livro “Libertação”. No capítulo 12, intitulado “A Batalha Final”, nas suas trinta e cinco páginas, deu-se uma magnifica descrição do Armagedon. Na página 277, declara-se sensacionalmente: “A lucta é de Deus”; e na página 281 declara-se: “Os Santos não participam actualmente no combate. Esta luta é do Deus Todo Poderoso; e o combate é dirigido pelo seu Filho amado, . . . ele está luctando pelos ungidos de Deus, afim de os vindicar por terem sido fieis testemunhas do nome de Jehovah. . . . Desta maneira o imperio de Satanaz é varrido da terra e atirado para o esquecimento. O nome de Deus Jehovah é vindicado.”
39. Em que lugar foi o livro Libertação o principal lançamento, e, naquele tempo, o que fizeram pela primeira vez as testemunhas de Jeová?
39 O livro Libertação foi lançado em maio de 1926. Foi o principal lançamento feito na assembléia internacional das testemunhas de Jeová em Londres, Inglaterra, na última semana de maio. Ali, pela primeira vez, as testemunhas de Jeová saíram desta assembléia de Londres para oferecer folhetos bíblicos aos transeuntes nas ruas.
40. (a) Portanto, quando começou a praga simbólica de gafanhotos, e quem começou a ser atormentado? (b) Por quanto tempo devia continuar esta mensagem atormentadora, e como tem sido contrabalançado o número decrescente do restante ungido?
40 Naquele memorável ano de 1926 começou a praga de gafanhotos simbólicos, conforme descrita tanto por Joel como em Apocalipse. Os líderes religiosos da cristandade começaram a ser atormentados, em sentido especial, pelas picadas, semelhante a escorpiões, da mensagem de julgamento proclamada pelo restante ungido de Jeová. Essa mensagem acêrca da batalha do Armagedon e da destruição que Jeová trará sôbre a cristandade e sôbre todo o resto do mundo de Satanás, não foi anunciada em apenas cinco meses literais de 1926. Ela continua até hoje e se torna cada vez mais forte. Enquanto êstes gafanhotos simbólicos viverem e testemunharem antes do Armagedon, êles continuarão a infligir tormento, pela mensagem de vingança de Jeová, sobre os religiosos hipócritas e sôbre todos os outros inimigos Seus, na terra. Desde 1931, o número do restante ungido, que ainda permanece sôbre a terra, tem diminuído; mas desde então, êstes gafanhotos simbólicos têm sido incorporados na proclamação da mensagem de julgamento centenas de milhares de pessoas tementes a Deus, semelhantes a ovelhas, que começaram a invocar o nome de Jeová para a salvação, e que se dedicam a Deus, sendo batizadas em água assim como Jesus o foi.
41. O que impele esta nuvem de gafanhotos, e como se mostram destemidos?
41 O espírito de Jeová Deus apóia êste enxame aumentado de gafanhotos simbólicos. Êle os impele para a frente assim como o vento fêz com a praga no Egito antigo, nos dias de Moisés: “Jeová fêz que um vento oriental soprasse sôbre a terra todo aquêle dia e tôda aquela noite. Veio a manhã, e o vento oriental tinha trazido os gafanhotos.” (Êxo.10:13) Os gafanhotos simbólicos possuíam uma intrepidez tal, que não era dêles mesmos, mas do espírito de Deus, ao se empenharem êles na guerra espiritual, semelhantes a cavalos que se lançam destemidamente à batalha. Usaram todos os meios de publicidade para tornar conhecidas as boas novas do reino de Deus e para avisar a cristandade, junto com todos os seus aliados mundanos internacionais, do dia de vingança de Jeová.
42. Que simbolismo usou Joel para indicar o destemor e o efeito da publicidade dêles?
42 Joel 2:4-6 (ALA) fala dêste povo: “A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm. Estrondeando como carros, vêm, saltando pelos cumes dos montes, crepitando como chamas de fogo que devoram o restôlho, como um povo poderoso, pôsto em ordem de combate. Diante dêles tremem os povos; todos os rostos empalidecem.”
43. (a) Em que formação proclamaram os gafanhotos a mensagem, e com que efeito calamitoso? (b) Como, desde 1931, tem aumentado o fato de o restante ser um “povo poderoso”?
43 Tornaram a palavra bíblica “Armagedon” tão conhecida, mediante a mensagem da guerra universal de Deus, ao ponto de cair em uso popular. Ordeiramente, semelhantes aos numa formação para batalha, continuaram a proclamar a declaração de guerra de Jeová contra a cristandade, em tôda a extensão de seus domínios. Assim como a passagem de uma nuvem de gafanhotos é uma calamidade, assim também o assalto unido dêstes gafanhotos simbólicos era chamado de “proclamadores de calamidades”. Mas, na sua persistência, na sua intrepidez, eram um portento em si mesmos, uma prova segura de que a destruição é certa sôbre a cristandade e sôbre tôdas as nações associadas com ela. Até 1931, o restante ungido era chamado de um “povo poderoso”, mas, oh, que poderosa multidão é hoje, desde que se juntaram a êle centenas de milhares de dedicados buscadores da vida eterna num Paraíso sôbre a terra! Apocalipse 7:9 descreve êstes últimos como “grande multidão que nenhum homem podia contar, de tôdas as nações, e tribos, e povos, e línguas”, tendo vindo de 185 países até agora!
44, 45. (a) O que se tem dito quanto a imobilizar a migração do gafanhoto, e como se descreve isto em Joel 2:7, 8? (b) Que invasão não tem sido debelada nem mesmo pelo convênio das nações contra a praga de gafanhotos?
44 Certo professor de zoologia na Universidade de Michigão, EUA, disse, num artigo intitulado “A Guerra do Gafanhoto”, publicado no Times Magazine de Nova Iorque, de 12 de maio de 1960: “Não há inimigo natural conhecido que possa imobilizar a migração devastadora dêles.” (Página 96) Note quão verídico isto é referente à praga simbólica, conforme Joel 2:7, 8 (ALA) prossegue dizendo: “Correm como valentes, como homens de guerra sobem muros; e cada um vai no seu caminho, e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outros; cada um segue o seu rumo; arremetem contra lanças, e não se detêm no seu caminho.”
45 Em 1960, dezenove nações da Europa, do Oriente Médio, da África e do sudeste da Ásia, inclusive a Grã-Bretanha e a França, formaram uma aliança, através da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, para fazerem um grande convênio a fim de debelar a secular praga dos gafanhotos. Mas, a despeito do êxito que estas nações possam ter neste projeto, elas não têm sido capazes de impedir a invasão dos modernos gafanhotos simbólicos enviados pelo Todo-poderoso Deus, Jeová, por entre elas.
46. Como se tem erguido muros de proteção contra esta invasão?
46 Não importa quanto se elevem os muros jurídicos para proteção, êstes gafanhotos têm-nos transposto, mesmo que isto significasse subirem tão alto como o Supremo Tribunal do país. Têm transposto tais muros e continuam avançando. Os muros erigidos em defesa da cristandade pelo nazismo, fascismo, pela Ação Católica, e agora, também, os muros erigidos pelo comunismo russo, têm-se provado inúteis contra o exército de “gafanhotos” de Jeová.
47. Ao prosseguir com a mensagem, como seguem os gafanhotos simbólicos o padrão descrito por Joel, e como os “mísseis” têm fracassado em parar o avanço dêles?
47 Quanto aos inimigos que se opõem à proclamação desta mensagem de julgamento, as testemunhas de Jeová dizem, tanto subterrânea como abertamente: “Precisamos obedecer a Deus como dominador, antes que aos homens. . . . nós somos testemunhas dêstes assuntos, e assim também o é o espírito santo que Deus deu àqueles que lhe obedecem como dominador.” (Atos 5:29-32) Avançam em formação ordeira com a mensagem de Deus, sem alterarem seus passos de seguirem o Rei, Jesus Cristo, nem empurrarem ou estorvarem uns aos outros, mas ajudando e cooperando uns aos outros. Embora alguns caiam e morram pelos mísseis destrutivos do inimigo, sejam jogados nas prisões, nos campos de concentração, nos campos de trabalhos forçados e nos lugares isolados de exílio, os outros se aproveitam da sua liberdade e continuam ativos, não se desviando do seu rumo.
48, 49. (a) Até onde têm ido, por seguir o exemplo de quem? (b) Como isto foi descrito por Joel, e seguindo o brado de batalha de quem prossegue êste movimento?
48 Vão às cidades, aos campos, sim, até dentro da capital ou fortaleza da cristandade. Entram nos lares particulares das pessoas a despeito das barreiras para impedi-los, pois seguem o exemplo dos gafanhotos apostólicos do primeiro século, os quais pregavam e ensinavam “pùblicamente e de casa em casa”. (Atos 20:20) Prosseguindo, Joel 2:9-11 (VB) diz:
49 “Pulam sobre a cidade; correm pelos muros; sobem nas casas; entram pelas janellas como um ladrão. A terra se abala deante delles; os céos tremem; o sol e a lua escurecem [por causa da nuvem de gafanhotos, voando, encobrir os céus], e as estrellas retiram o seu resplandor. Jehovah faz ouvir a sua voz ante a face do seu exercito, porque muito grande é o seu arraial, e forte é quem executa a sua palavra. Pois o dia de Jehovah é grande e mui terrivel: e quem o poderá supportar?”
50. Que perspectivas apresenta esta mensagem para a cristandade, e por que não subsistirá ela no dia de Jeová?
50 A mensagem de julgamento de Jeová não oferece prospecto luminoso para a cristandade e seus aliados mundanos, nem de dia nem de noite. O seu futuro está completamente escuro. A cristandade não será capaz de subsistir no grande e temível dia de Jeová, dia de êle executar a sua vingança sôbre os blasfemadores, os profanadores, e os vituperadores do seu santo nome, porque êle tem poder suficiente para cumprir a sua palavra profética, conforme proclamada pelo seu exército de gafanhotos simbólicos.
A GRANDE ANIQUILAÇÃO NO VALE DA DECISÃO
51. (a) Que mandamento de Jeová ao seu povo indica que esta é uma guerra espiritual e não uma guerra carnal pelo povo de Deus? (b) O que ordena êle à cristandade e a tôdas as outras nações?
51 Tudo isto é uma guerra espiritual contra a organização visível e invisível de Satanás, o Diabo. Não é travada com material bélico carnal. O restante ungido do Israel espiritual de Jeová e a “grande multidão” de seus companheiros dedicados de tôdas as nações e povos, estão sob o mandamento de Jeová de ‘forjar as suas espadas em rêlhas de arado e as suas lanças em podadeiras’, e nação não levantar espada contra nação, ‘nem aprender mais a guerra’. (Isa. 2:2-4) Mas o mandamento de Jeová para a cristandade e para tôdas as outras nações, não é de paz. É uma instigação desafiadora para a guerra. Mediante o seu enxame de gafanhotos simbólicos, Jeová diz, em Joel 3:9-11, ALA: “Proclamai isto entre as nações, apregoai guerra santa; suscitai os valentes; cheguem, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas das vossas rêlhas de arado, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte. Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos.”
52. Contra quem lutam realmente as nações, e de quanto poder precisarão?
52 Dentro e fora da organização das Nações Unidas lutam-se pela soberania nacional, sem darem ouvido à mensagem do Reino de Deus. Estão, de fato, lutando contra Deus. Preparam-se agora para a luta decisiva. Precisam de todo o poder que possuem. O fraco e o inapto precisam ser persuadidos a batalhar.
53. Ao nos aproximarmos da guerra, qual é a nossa oração a Jeová?
53 A nossa oração, ao nos aproximarmos da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, sendo apenas observadores, é de acôrdo com a expressa em Joel 3:11: “Para aquele lugar, ó Jeová, traze os teus poderosos.” Assim, êle promete levar ali Jesus Cristo e os santos anjos.
54. (a) Para onde são as nações desafiadas a ir, e por que tem o lugar um nome apropriado? (b) Desde 1919, como tem Jeová neutralizado os efeitos das nações contra o seu povo, e por que manda êle agora que o seu povo saia?
54 A mensagem de julgamento de Jeová contra o mundo de Satanás continua em Joel 3:12, ALA: “Levantem-se as nações e sigam para o vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar tôdas as nações em redor.” Êste vale de batalha é apropriadamente chamado de “vale de Josafá”, porque o nome de Josafá significa “Jeová É Juiz”. Também, naquele vale simbólico de batalha, Jeová se senta como juiz e executa o seu julgamento ou a sua decisão judicial sôbre tôdas as nações em redor, que têm maltratado e espalhado o Seu povo dedicado, as suas fiéis testemunhas. A partir de 1919, Jeová tem libertado, primeiro o seu restante e, mais tarde, a sua “grande multidão” de “outras ovelhas”, de sua escravidão espiritual ou religiosa, e os têm unido como um rebanho sob seu único Pastor, Jesus Cristo. (João 10:16) Agora, como exército unido de gafanhotos simbólicos, êle os tem enviado contra tôdas as nações para desafiá-las a batalharem contra Jeová, que é “Deus, o Todo-poderoso”.
55. (a) Figurativamente, onde estarão as testemunhas de Jeová quando se inicia a batalha? (b) Figurativamente, o que têm produzido as nações, e como o que servirá muito bem o vale de Josafá?
55 Joel 3:13-17 nos localiza profèticamente no vale ou na planície baixa para a execução da decisão judicial de Jeová, no momento em que a batalha do universo se inicia. Em cima dos montes que flanqueiam o vale estão as testemunhas unidas de Jeová como expectadores, com o seu trabalho de notificar as nações já fielmente terminado. As nações têm sido como videira brava, que não tem produzido nada mais que uvas amargas, o pior dos frutos, “as obras da carne”. É como uma videira que entulha o terreno e precisa ser cortada para limpá-lo. Os grandes cachos de uva brava precisam ser amassados. O vale de Josafá é um lugar ideal para servir como enorme lagar. Assim, despejem-se as nações nêle! Deus brada aos seus anjos:
56, 57. (a) O que brada Jeová aos seus anjos, e por quê? (b) De onde brada Jeová, e, sob o seu comando, o que se inicia no vale?
56 “Mettei a foice, porque está madura a ceifa, vinde, pisae, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares trasbordam; pois grande é a sua malicia. Multidões, multidões no valle da decisão; porque .o dia de Jehovah está perto no valle da decisão: o sol e a lua escurecem, e as estrellas retiram o seu resplendor. Jehovah rugirá de Sião, e de Jerusalem fará ouvir a sua voz; os céos e a terra tremerão: Jehovah, porém, será um refúgio para o seu povo, e um logar forte para os filhos de Israel. Assim sabereis que eu sou Jehovah vosso Deus, que habita em Sião, meu santo monte; então Jerusalem será santa, e extrangeiros [nações hostis] não passarão mais por ella.” — Joel 3:13-17, VB.
57 Será realmente escuro, tanto o dia como a noite, no período em que Jeová, como Juiz, fizer executar a sua decisão judicial sôbre as nações, que foram reunidas para serem aniquiladas à inexistência. Desde a sua habitação, Sião, a Jerusalém celestial, êle ruge com um brado de batalha tão alto, que os céus e a terra estremecem com o choque das ondas. Comanda ao seu Rei, Jesus Cristo, a pisar os seus inimigos, que têm sido feitos como estrado dos seus pés. No vale da decisão, como em um grande lagar, o Rei sapateia, junto com o seu exército de santos anjos. ESMAGA! Começa o esmagamento das nações, inclusive a cristandade. O “vale de Josafá”, “o vale da decisão”, se torna o “grande lagar da ira de Deus”. O seu Filho real, Jesus Cristo, lidera o esmagamento. “Êle pisa também o lagar do vinho do furor da ira de Deus, o Todo-poderoso”, diz Apocalipse 19:15.
58. Quão vasta será a matança, e como indica isto Apocalipse 14:20?
58 Nunca mais, em tôda a história humana, serão mortas tantas criaturas humanas. O sangue, representando vidas humanas, correrá profuso sôbre grande distância. Apocalipse 14:20 pinta o quadro pavoroso, dizendo: “E o lagar foi pisado fora da cidade [organização de Deus], e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios [ou 320 quilômetros].” — ALA.
59. (a) Quem não terá o seu sangue espremido ali? (b) Que fatos diz Jeová que terão que saber, e como saberão?
59 A decisão judicial de Jeová será executada até o fim. As nações, junto com as suas uvas de iniqüidade, serão esmagadas até não existirem mais, para deixarem a terra como um lugar purificado para os justos ocuparem e desfrutarem. Nem tôda a carne estará nesse lagar simbólico. Não será espremido o sangue de tôda a carne. Há os que se refugiam em Jeová como sua fortaleza. Êstes serão preservados, quando Jeová, mediante o Rei, Jesus Cristo, esmagar os seus inimigos e os de Cristo no lagar ou no “vale da decisão”. Êstes preservados são o restante do Israel espiritual e a “grande multidão” de seus companheiros dedicados, que se unem ao restante, invocando o nome de Jeová para a salvação. (Joel 2:32) São aquêles de quem se fala profèticamente: “E vós tereis de saber que eu sou Jeová, vosso Deus, que resido em Sião, meu santo monte.” Das elevações de segurança, olharão para o vale, com a respiração prêsa, e testemunharão como Jeová, por intermédio de Cristo, ganha uma batalha magnífica sôbre tôdas as nações em conjunto da organização visível de Satanás.
60. Nesta vitória, o que faremos nós, mas até lá o que faremos em obediência a mandamentos?
60 Na vitória da vindicação da soberania universal de Jeová, nós, as testemunhas, cantaremos louvores exultantemente e o reconheceremos como nosso Deus por tôda a eternidade. Estamos perto do tempo de sua batalha e de sua transcendente vitória. Até aquêle tempo, o seu mandamento é de continuarmos unidos no serviço dele. Isto faremos ao declararmos o seu dia de vingança e ao pregarmos e ensinarmos as boas novas de salvação eterna mediante o reino do seu Cristo.