Capítulo 8
“Entrou neles espírito de vida da parte de Deus”
1. De acordo com as palavras de Jesus em Mateus 28:18-20, que operação especial do espírito santo terminará em breve?
JÁ POR dezenove séculos está em andamento uma operação especializada do espírito santo de Deus, e ela está prestes a parar. Quando parar, terminará a operação de fazer discípulos do Messias Jesus. O ressuscitado Filho de Deus referiu-se a isso quando disse aos seus apóstolos, num monte da província romana da Galiléia: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” — Mateus 28:18-20.
2. Além do glorificado Jesus Cristo, que mais havia de estar com os seus discípulos até a “terminação do sistema de coisas”?
2 Aqueles apóstolos estavam bem familiarizados com esse espírito santo, em cujo nome foram comissionados a batizar todos aqueles que se tornassem discípulos de Cristo, dentre todas as nações. Durante os seus anos de associação íntima com seu Amo Jesus, haviam observado a operação poderosa do espírito por meio dele na pregação do Reino, no ensino e na operação de milagres. (Atos 10:38) Na última noite de Páscoa que passaram com ele, em 14 de nisã de 33 E. C., ele lhes disse para seu consolo: “Eu solicitarei ao Pai e ele vos dará outro ajudador para estar convosco para sempre, o espírito da verdade, que o mundo não pode receber.” (João 14:16, 17) Portanto, não só o ressuscitado e glorificado Jesus Cristo estaria com seus discípulos até a “terminação do sistema de coisas”, mas também o ajudador ativo deles, o espírito santo, estaria com eles até então, pois, estaria com eles “para sempre”.
3, 4. (a) Por que se faz a pergunta sobre se Jesus Cristo esteve com a cristandade todos os dias, até agora? (b) O que disse Jesus sobre qual era o fator para se saber se um professo cristão tinha espírito santo?
3 Isso interessa a nós, hoje! Estamos agora no período chamado “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3) Desde o irrompimento da Primeira Guerra Mundial, em 1914, os acontecimentos no mundo, bem como entre os discípulos de Cristo, cumprem o que Jesus predisse na sua profecia apresentada em Mateus 24:3 até 25:46. (Também em Marcos 13:3-37; Lucas 21:7-36) Jesus Cristo, com “toda a autoridade” no céu e na terra, tem estado com seus discípulos “todos os dias”, até agora. O prometido “ajudador”, o espírito santo, também tem estado com eles. Hoje em dia, porém, muitos afirmam ser discípulos de Cristo, ou cristãos. Segundo os mais recentes algarismos publicados, a cristandade tem mais de novecentos milhões de membros nas igrejas. Devemos, portanto, olhar para a cristandade para obter a evidência de que Cristo está presente nela? Opera nela espírito santo?
4 Pois bem, neste caso, deve-se responder à questão apenas à base do número dos que professam ser cristãos? Não, pois Jesus disse que o fator decisivo são as obras piedosas:
“Pelos seus frutos os reconhecereis. . . . Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada no fogo. Realmente, pois, pelos seus frutos reconhecereis estes homens.
“Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus.” — Mateus 7:16-21.
5. Tem hoje a cristandade abundância de “frutos do espírito” ou de “obras da carne”?
5 Desde o tempo em que a cristandade foi estabelecida, no quarto século E. C., pelo imperador romano, não batizado, Constantino, o Grande, os frutos dela não foram excelentes. Depois de dezesseis séculos de oportunidade para cultivar os “frutos do espírito”, sua organização religiosa não tem abundância de “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”. Antes, a cristandade está marcada pelas “obras da carne”. — Gálatas 5:19-23.
6, 7. Em que sentido é a cristandade igual à congregação de Laodicéia, e arrependeu-se ela, aceitando o conselho de Jesus àquela congregação?
6 A cristandade, pelos relatos, cheia de membros de igrejas, é hoje comparável à “congregação em Laodicéia”. Em Revelação 3:14-18, o glorificado Jesus Cristo disse àquela congregação:
“Conheço as tuas ações, que não és nem frio nem quente. Quisera eu que fosses frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és num quente nem frio, vou vomitar-te da minha boca. Porque dizes: ‘Sou rico e adquiri riquezas, e não preciso de coisa alguma’, mas não sabes que és miserável, e coitado, e pobre, e cego, e nu, aconselho-te que compres de mim ouro refinado pelo fogo, para que fiques rico, e roupas exteriores brancas, para que fiques trajado e não se torne manifesta a vergonha da tua nudez, e ungüento para os olhos, para passar nos teus olhos, para que vejas.”
7 Arrependeu-se a cristandade e acatou ela o conselho de Cristo? Sua participação ativa em duas guerras mundiais, sua perseguição de minorias religiosas, seu materialismo, sua dissolução moral, sua intromissão na política, a fim de controlar e perpetuar a atual velha ordem de coisas, tudo isso e muitas outras coisas respondem Não!
8. Por que se vê o glorificado Jesus como que obrigado a vomitar a cristandade de sua boca e a não usá-la na obra atual?
8 Durante esta “terminação do sistema de coisas”, Jesus Cristo não teve outro jeito senão ‘vomitá-la’ da boca. Em sentido espiritual, ela não é nem revigorantemente fria, nem estimulantemente quente para ele. Não pode engoli-la para tirar proveito dela. Ela é ‘morna’, transigindo na afirmação de ser cristã, quando ao mesmo tempo se faz amiga e instrumento deste mundo. O empossado Rei Jesus Cristo não pode tolerar isso. Reconhece-a como sendo inimiga de seu Pai, Deus. (Tiago 4:4) Ele não mantém associação com os inimigos de seu Pai. Para ele, ela não constitui nenhum paraíso espiritual. Por isso, não a pode usar no trabalho que predisse para os seus verdadeiros discípulos no tempo atual. — Mateus 24:14.
9. Visto que a cristandade realiza suas operações em nome da religião, torna-se ela alvo de ódio internacional, ou contra quem dirigiu ela tal ódio?
9 A cristandade tem realizado suas obras e operações no nome da religião. Será que estas atividades a tornaram ‘odiada por todas as nações por causa do nome de Cristo’? (Mateus 24:9) Ao contrário, ela tem tomado a dianteira em fazer com que outros sejam odiados. Quem? A história moderna mostra quem. Durante a Primeira Guerra Mundial, houve um grupo internacional de estudantes da Bíblia, que mostraram à base das Escrituras inspiradas que “os tempos dos gentios” acabaram no ano em que irrompeu a Primeira Guerra Mundial — 1914. (Lucas 21:24, Almeida) Portanto, todas as nações, as que professam o cristianismo e as que não o fazem, seriam destruídas pela sua oposição ao reino estabelecido de Jesus Cristo, o Rei que agora reina no céu, à mão direita de Deus. Todos os que desejam escapar de ser destruídos junto com a cristandade, precisam sair do cristianismo nominal, das igrejas da cristandade. Esse ensino destemido por parte de tais estudantes conscienciosos da Bíblia provocou o ódio mundial contra eles.
10. Durante a Primeira Guerra Mundial, a cristandade pretendeu exterminar que minoria religiosa, e de que modo?
10 Esta minoria religiosa, odiada, compunha-se de cristãos conhecidos como Estudantes Internacionais da Bíblia. Estes usaram no seu estudo bíblico e na sua obra de publicidade as publicações da Watch Tower Bible and Tract Society (Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, dos E. U. A.), cuja sede está em Brooklyn, Nova Iorque. Durante a Primeira Guerra Mundial, a cristandade concentrou seu fogo nestes estudantes da Bíblia. Pretendia exterminá-los. Os clérigos dela acusaram-nos falsamente e induziram elementos políticos e judiciais deste mundo a adotar medidas repressivas contra eles.
11. Por causa de que ficou implicada nisso a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.)?
11 Seguiu-se a proscrição de publicações da Sociedade Torre de Vigia. Impuseram-se em vários países proscrições aos Estudantes da Bíblia. Em certos lugares, cidadãos patrióticos foram incitados a furiosos tumultos contra esta minoria pacífica, difamada. Na primavera setentrional de 1918, homens de destaque associados com a sede de Brooklyn da Sociedade foram prontamente encarcerados numa penitenciária federal, sob acusações falsas!
12. O que mostra Revelação 11:7-12 sobre se a cristandade havia matado permanentemente a obra de testemunho?
12 Então, já que o presidente e o secretário-tesoureiro da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.), com mais seis outros destacados colaboradores, estavam fora do caminho, numa prisão, como se fossem criminosos, a cristandade achou que exterminara a organização das testemunhas fiéis do reino estabelecido de Deus, nas mãos de Jesus Cristo. Mas, deu mesmo o golpe mortal? Por algum tempo, os corpos das testemunhas do Reino pareciam mesmo mortos. Mas, ficaram permanentemente fora de ação? A linguagem simbólica de Revelação 11:7-12 responde:
“E quando tiverem terminado seu testemunho, a fera que ascende do abismo far-lhes-á guerra, e as vencerá, e as matará. E os seus cadáveres jazerão na rua larga da grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi pendurado numa estaca. E os dos povos, e tribos, e línguas, e nações olharão para os seus cadáveres por três dias e meio, e não deixam que os seus cadáveres sejam colocados num túmulo. E os que moram na terra alegram-se por causa deles e regalam-se, e enviarão dádivas uns aos outros, porque estes dois profetas atormentavam os que moram na terra.
“E depois dos três dias e meio entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os observavam. E ouviram uma voz alta dizer-lhes desde o céu: ‘Subi para cá.’ E subiram para o céu, numa nuvem, e seus inimigos os observavam.”
13. Do ponto de vista da cristandade, qual era o futuro da organização de testemunho, mas com que força não contava ela?
13 Por pouco tempo, tal como três dias e meio, a organização destes proclamadores de profecias bíblicas e testemunhas do reino estabelecido de Deus sofreu vitupério público. Aqueles que se sentiram atormentados pela pregação das verdades bíblicas alegraram-se com a supressão das testemunhas do Reino. Do ponto de vista da cristandade, a organização das testemunhas estava ‘morta’. No entanto, matara-se ou fizera-se morrer o espírito de Deus? Ele não estava morto quando o cadáver de Jesus Cristo, que havia sido pendurado numa estaca, jazia morto no túmulo por parte de três dias. Assim, dezenove séculos depois, tampouco estava ‘morto’ depois de a organização das testemunhas do Reino jazer morta “por três dias e meio”, falando-se em sentido relativo.
14. O que era necessário para que se cumprisse Mateus 24:14, e o que ocorreu na primavera setentrional de 1919?
14 O tempo havia então avançado para o quinto ano da “terminação do sistema de coisas”. A predição de Jesus, em Mateus 24:14, ainda precisava ser cumprida: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:14) A cristandade, com as manchas de sangue da guerra mundial, não estava disposta, nem bastante limpa, para cumprir essa profecia. O que se devia fazer, então? Era preciso que o espírito do Deus Todo-poderoso entrasse em ação. Fez isso, não a favor da cristandade manchada de sangue, mas a favor das testemunhas do Reino que aparentemente estavam ‘mortas’. Fiel ao quadro apresentado em Revelação 11:11, “entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé”. A primavera setentrional do ano de após-guerra de 1919 era o tempo para serem vivificadas.
15. Quem se pôs a trabalhar, ao ser solto, e que atenção foi novamente dada a Mateus 24:14?
15 Surpreendentemente, em fins de março de 1919, os diretores da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) e seus companheiros foram libertos, sob fiança, e passaram a trabalhar. A profecia de Jesus em Mateus 24:14 recebeu renovada atenção. Um surpreendente comentário sobre isso foi feito no número inglês de 1.º de julho de 1920, da Torre de Vigia (agora A Sentinela, em português), nas páginas 199 e 200. Esclareceu-se ali que a predita pregação mundial não era a pregação feita nos últimos dezenove séculos da “Era Evangélica”, a respeito dum reino vindouro. Era a pregação dum reino já estabelecido. De modo que a pregação era uma obra mundial de publicidade a ser realizada a partir de 1914 E. C.
16. Como influiu esta revelação nas testemunhas, e com que evento culminou o ano de 1919?
16 Esta revelação feita pelo “espírito da verdade” deu nova vida à pregação do Reino feita pelas testemunhas. Como grandioso clímax de 1919, ano da revivificação, realizou-se em Cedar Point, Ohio, E. U. A., durante oito dias, o primeiro congresso geral das testemunhas do Reino no após-guerra. Milhares dos Estados Unidos e do Canadá vieram assistir a ele. O presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, que então já havia sido exonerado das acusações falsas do tempo de guerra, anunciou a nova obra do Reino à frente. Proferiu um discurso público perante uma assistência de 7.000 pessoas.
17. Que motivo havia para os inimigos temerem a elevação das testemunhas de sua condição morta?
17 Em vista da surpreendente revivificação das testemunhas do reino estabelecido de Deus, sobreveio grande temor aos inimigos do Reino, especialmente à cristandade. Se os inimigos já tinham motivos de temer então, embora as testemunhas do Reino fossem um restante pequeno, tinham mais motivos para temer em época posterior. Essas testemunhas haviam de receber destaque mundial de modo tal como não se dera aos discípulos de Cristo em qualquer outro tempo anterior. Foram convidadas a tão grande destaque como que por uma alta voz procedente do céu, que lhes dizia: “Subi para cá.”
18. Em 1922, como mostraram as testemunhas que não se esquivavam do trabalho que havia de trazer destaque mundial?
18 Não se esquivaram de empreender a proclamação do Reino, que lhes havia de dar destaque público alto como o céu. Incentivados pela força ativadora de Deus, passaram a empenhar-se destemidamente na obra. O entusiasmo aumentou no segundo congresso geral de Cedar Point, Ohio, em 1922, quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.) atingiu o clímax de seu discurso básico e clamou a convocação: “Anunciem, anunciem, anunciem o Rei e seu reino”! Os milhares de congressistas bateram ruidosamente palmas em resposta a esta convocação dinâmica à pregação do Reino até o fim!
O TEMPO DEVIDO PARA O TESTEMUNHO MUNDIAL DO REINO
19. Por que era apropriado que João fornecesse a narrativa de Revelação 11:15-18 depois de seu relato sobre a revivificarão das testemunhas?
19 Foi para essa pregação mundial do Reino que “espírito de vida da parte de Deus” entrara nas testemunhas suprimidas, em 1919 E. C. Era bastante apropriado, pois, que o apóstolo João continuasse a sua narrativa sobre as duas testemunhas enaltecidas logo a seguir com o seguinte relato:
“E o sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no céu, dizendo: ‘O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.’
“E [os] vinte e quatro [anciãos], sentados nos seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: ‘Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas as nações ficaram furiosas e veio teu próprio furor e o tempo designado para os mortos serem julgados, e para dar a recompensa aos teus escravos, os profetas, e aos santos e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e para arruinar os que arruínam a terra.’” — Revelação 11:15-18.
20. (a) Destinava-se aquela proclamação em voz alta apenas para o céu? (b) Em vista da predição de Jesus, de quem havia necessidade?
20 Esse anúncio, proclamado em voz alta: “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”, merece ser agora repetido na terra pelas testemunhas ungidas de Jeová. Ele assumiu seu reinado do mundo no fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Trata-se duma notícia que interessa a mais do que apenas o céu. Envolve o mundo da humanidade. Este merece ouvi-la. Como a ouviria sem pregadores, sem proclamadores? Jesus profetizou que seria pregada em toda a terra, antes de vir o fim deste sistema de coisas. O restante de seus discípulos ungidos era quem foi designado para empreender a pregação a partir do tempo de sua revivificação espiritual em 1919. — Mateus 24:14; Marcos 13:10; Romanos 10:14, 15; veja Isaías 32:15.
21. Por que não são presunçosos os discípulos ungidos de Cristo, por fazerem a pregação do Reino, conforme talvez afirme a cristandade, e por que se precisa aplicar a eles Zacarias 4:6?
21 O restante dos discípulos ungidos de Jesus Cristo é quem foi delegado e enviado a pregar. (Isaías 61:1-3) Se a cristandade os acusa de que eles são presunçosos em fazer esta pregação do Reino, então por que não faz a própria cristandade tal pregação? Mas ela não a faz. Ela toma parte na política do mundo e dá sua bênção às Nações Unidas, que não são cristãs. Visto que o restante é tão pequeno em comparação com as centenas de milhões de membros das igrejas da cristandade, tem-se cumprido com o restante ungido o que Jeová disse em Zacarias 4:6: “Não por força militar, nem por poder, mas por meu espírito.”
22. A julgar pela pregação do Reino que se faz, em quem se cumpre Joel 2:28, 29?
22 O espírito santo, sobre o qual Jeová profetizou que o derramaria nos últimos dias, não deixou de operar, pois o restante ainda está batizando discípulos de Cristo no nome desse espírito. (Mateus 28:19, 20; Joel 2:28, 29; Atos 2:14-21) O propósito anunciado deste derramamento de seu espírito por Deus, sobre toda sorte de carne, é que aqueles que o recebessem pudessem profetizar. Os fatos confirmam que os do restante dos discípulos ungidos de Cristo têm profetizado a todas as nações, em testemunho a favor do reino de Deus. Portanto, é lógico que eles devem ser aqueles sobre quem realmente foi derramado o espírito de Deus. Este espírito está por detrás de sua pregação mundial. Por que disputar isso?
23. Durante os doze anos seguintes, de tal profetizar, de quem se deu testemunho e por que era isso necessário?
23 Depois de terem profetizado assim sobre o reino de Deus por cerca de doze anos, os do restante ungido ficaram melhor informados sobre Jeová Deus, a Fonte celestial do espírito derramado. Haviam aumentado seu testemunho sobre ele e haviam divulgado, em toda a parte, seu nome como sendo o maior Nome existente. Realmente, haviam passado a empenhar-se como Suas testemunhas e viver à altura de ser um “povo para o seu nome”. (Isaías 43:10-12; Atos 15:14) Não diminuamos a importância e o tempo oportuno deste testemunho a respeito de Jeová e também de seu Messias, Jesus. Em harmonia com a profecia de Joel 2:28-32, isso tinha de preceder ao “grande e atemorizante dia de Jeová”. A menos que as pessoas fossem informadas, não poderiam invocar a pessoa certa em busca de salvação durante este “dia”. Joel 2:32 avisa-nos de que “todo aquele que invocar o nome de Jeová salvar-se-á”. Era preciso dar testemunho a respeito de Jeová!
24. Em 1931, que nova designação adotaram para si mesmos os do restante ungido, e por que não se tratava de mero gesto?
24 De modo que não foi mera coincidência que no domingo, 26 de julho de 1931, no congresso internacional da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Columbus, Ohio, E. U. A., os muitos milhares de congressistas adotassem de coração uma resolução no sentido de serem chamados por um nome bíblico e significativo. O nome adotado pelos congressistas, por meio da Resolução, foi “Testemunhas de Jeová”. Depois daquela ação tomada no congresso internacional em Columbus, as congregações da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em todo o globo, adotaram uma resolução similar. Declararam assim que eram Testemunhas de Jeová. Não se tratava dum mero gesto por parte do restante ungido dos israelitas espirituais. Por cumprirem com as responsabilidades que este nome traz consigo, eles têm vivido à altura desta nova designação sua.
25. Como foram as testemunhas revivificadas do Reino elevadas a uma posição notável, relacionada com o nome divino, aceitando a obrigação de Isaías 43:10-12?
25 Era incontestável que o “espírito de vida da parte de Deus” havia entrado naqueles do restante ungido e os havia chamado para uma posição destacada perante todos os seus inimigos. Sem temer aqueles inimigos, eles haviam aceito o convite de Deus: “Subi para cá.” (Revelação 11:11, 12) Não se envergonharam de levar o nome divino, o nome mais sagrado. Pregarem e profetizarem de casa em casa e de cidade em cidade à base deste nome tem resultado no enaltecimento deste nome em toda a terra. Por fim havia paladinos hodiernos do maior nome do universo! Lamentavelmente, a antiga nação do Israel natural fracassou quanto a ser aquilo que a profecia de Isaías 43:10-12 disse em primeiro lugar à eles: “‘Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi, . . . entre vós não havia nenhum deus estranho. Portanto, vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘e eu sou Deus’.” Portanto, o restante hodierno dos israelitas espirituais aceita de bom grado a obrigação de ser Testemunhas de Jeová.
26. Em que condição espiritual, ilustrada pela congregação de Sardes, na Ásia Menor, não querem recair os do restante revivificado?
26 Agora que os do restante dos israelitas espirituais foram revivificados pelo “espírito de vida da parte de Deus”, não querem recair na condição ilustrada pela congregação da antiga Sardes, na Ásia Menor. Jesus Cristo disse a ela:
“Estas coisas diz aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas: ‘Conheço as tuas ações de que tens a fama de estar vivo, mas estás morto. Fica vigilante e fortalece as coisas remanescentes que estavam prestes a morrer, porque não achei as tuas ações plenamente realizadas diante do meu Deus. Portanto, continua a lembrar-te de como recebeste e como ouviste, e prossegue guardando isso, e arrepende-te. Certamente, a menos que despertes virei como ladrão, e não saberás absolutamente a que hora virei sobre ti’.” — Revelação 3:1-3.
27. A fim de se proteger contra a perda de que privilégio acata o restante ungido dos israelitas espirituais as palavras de Jesus em Revelação 2:5?
27 Neste mundo obscurecido em sentido religioso, os do restante ungido dos israelitas espirituais querem brilhar como iluminadores, lançando luz sobre o nome de Deus e sobre seus propósitos para a salvação da humanidade. Previnem-se contra a perda do privilégio de coletivamente ser um candelabro espiritual. Acatam as palavras do glorificado Jesus Cristo dirigidas à congregação da antiga Éfeso:
“Arrepende-te e pratica as ações anteriores. Se não, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, a menos que te arrependas.” — Revelação 2:5.
UMA “GRANDE MULTIDÃO” INVOCA O NOME
28. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando a fera que ascendeu do abismo travou novamente guerra contra o restante ungido, por que não se repetiram os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial relativos a eles?
28 Em 1939-1945 E.C., uma segunda guerra mundial assolou a humanidade. Mas, repetiu-se o que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial no que se refere ao restante reanimado dos israelitas espirituais, que são conhecidos como Testemunhas de Jeová, desde 1931? Apesar da pior perseguição religiosa durante a Segunda Guerra Mundial, quando a “fera que ascende do abismo” travou novamente guerra contra o restante, a história responde Não! A perseguição violenta não conseguiu matar o testemunho do Reino dado pelos do restante ungido. Estes continuaram a ficar “cheios de espírito” da parte de seu Dador celestial de vida. (Efésios 5:18) Apegaram-se à vida espiritual pela atividade no testemunho do Reino, até mesmo às ocultas, quando era necessário. Quando foram proibidos por governos políticos e militarizados de pregar as boas novas do reino estabelecido de Jeová, oraram a ele, pedindo coragem para continuar fielmente a desincumbir-se da comissão de pregar.
29. Como foi o resultado do que se acaba de mencionar, para o restante, semelhante ao caso relatado em Atos 4:31?
29 O resultado, para eles, foi igual ao do caso da congregação de Jerusalém, depois de as autoridades religiosas terem mandado aos apóstolos parar de pregar Cristo. “E todos juntos ficaram cheios de espírito santo e falaram a palavra de Deus com denodo.” (Atos 4:31) De modo similar, até hoje, o restante dá vazão ao espírito santo de que está cheio e prossegue vigorosamente a ‘falar a palavra de Deus com denodo’. Por conseguinte, o “candelabro” do restante não foi tirado do seu lugar.
30. (a) O que faz o restante ungido a respeito do nome de Deus? (b) Em vista de Revelação 6:14-17, por que há motivo de que as pessoas perguntem se o restante e o único que ‘escapará’ no dia de Jeová?
30 Os próprios membros do restante ungido ‘invocam o nome de Jeová’ e o proclamam em todo o mundo. Contudo, são os únicos que hoje esperam ‘escapar’ no iminente “grande e atemorizante dia de Jeová”? (Joel 2:31, 32) Esta é uma pergunta a que muitos daqueles que não são do restante gostariam de ter uma resposta, porque Revelação 6:14-17 diz a respeito daquele “atemorizante dia”:
“E o céu [os altos governos políticos sobre os homens] afastou-se como um rolo que está sendo enrolado, e cada monte e cada ilha foram removidos dos seus lugares. E os reis da terra, e os dignitários, e os comandantes militares, e os ricos, e os fortes, e todo escravo e toda pessoa livre esconderam-se em cavernas e nas rochas dos montes. E estão dizendo aos montes e às rochas: ‘Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está sentado no trono e do furor do Cordeiro, porque veio o grande dia do seu furor, e quem é que pode ficar de pé?’”
31. (a) Qual é a resposta a pergunta das pessoas aqui descritas, a respeito de escapar no dia de Jeová? (b) Quem não se junta aos reis da terra e seus partidários em clamar por proteção terrena?
31 A resposta à pergunta de todos aqueles aqui descritos, que deixaram de invocar o nome de Jeová em busca de salvação, é a seguinte: Nenhum deles ficará em pé, aprovado, nem será poupado com vida, no “grande dia” Dele. O simbólico vendaval que há de destruí-los é mencionado no próximo capítulo do livro, em Revelação 7:1-3. Depois daquela referência, somos informados sobre os 144.000 escravos de Deus, que foram selados na testa com o “selo do Deus vivente”. São classificados como israelitas, não israelitas carnais, naturais, tais como aqueles que aprovaram a matança do Cordeiro de Deus, mas israelitas espirituais, que seguem o Cordeiro Jesus, como o Messias. (Revelação 7:4-8; 14:1-5) o que se revela a nossa visão, logo depois de os observarmos? Um número indeterminado de pessoas, que não se juntam aos reis da terra e seus partidários em clamar para os montes e as rochas governamentais, para os esconderem do furor de Deus e de seu Cordeiro. Elas não temem o furor divino.
32. A quem atribui esta “grande multidão” a sua salvação e com que benefício para si mesma?
32 Ao passo que lemos Revelação 7:9-17, notemos que esta “multidão” sem número é mencionada como “os que saem da grande tribulação”:
“Eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’
“. . . ‘Quem são estes que trajam compridas vestes brancas e donde vieram?’ . . . ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono de Deus, e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo e o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda. Não terão mais fome, nem terão mais sede, nem se abaterá sobre eles o sol, nem calor abrasador, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles.’”
33. Quais são algumas das coisas que diferenciam esta “grande multidão” dos já mencionados 144.000 israelitas espirituais, e por que é apta para servir a Deus no seu templo espiritual?
33 Esta “grande multidão” sem número não faz parte dos contados 144.000 israelitas espirituais. Os membros dela não foram selados na testa com o “selo do Deus vivente”. Não são vistos como estando em pé, no Monte Sião celestial, junto com O Cordeiro de Deus. Não se fala deles como tendo sido “comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro”. Quanto à nacionalidade, em comparação com os 144.000 israelitas espirituais, são gentios, pessoas de todas as nações. Contudo, vieram a conhecer a Jeová Deus e a reconhecê-lo como aquele que está sentado no trono do universo, como Soberano Universal. Conhecem e confessam aquele que é o Cordeiro de Deus, que foi morto, pois têm fé no poder purificador do sangue dele, a fim de obter uma aparência limpa perante Deus, que está no seu trono. Purificados assim, prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, nos pátios terrenos do Seu templo espiritual.
34. A “grande multidão” é classificada como composta de que “ovelhas”, e que esperança tem quanto a vida futura?
34 Que dizer da esperança que todos estes têm em comum? Não é uma esperança celestial. Revelação 7:17 compara-os a ovelhas, cujo Pastor é o Cordeiro. As “fontes de águas da vida” às quais ele os guia são “fontes” que manam provisões divinas para a vida humana perfeita no prometido paraíso terrestre. Eles são parte das “ovelhas” figurativas pelas quais o Pastor Excelente entregou sua alma humana. Depois de mencionar o “aprisco” para o qual João Batista, como “porteiro”, abriu a porta em 29 E. C., Jesus prosseguiu: “E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” (João 10:3, 16) Por conseguinte, a “grande multidão” de Revelação 7:9-17 compõe-se de “outras ovelhas” que vivem hoje e que se comprometem a seguir a Jesus Cristo, o Pastor Excelente.
35. Com quem se torna a “grande multidão” “um só rebanho” sob “um só pastor”?
35 Com quem, então, torna-se esta “grande multidão” “um só rebanho” debaixo de “um só pastor”? É com as “ovelhas” do outro aprisco, a saber, o restante do “pequeno rebanho” dos israelitas espirituais. (Lucas 12:32; 1 Pedro 2:25) Embora os da “grande multidão” não estejam no novo pacto mediado por Jesus Cristo para o Israel espiritual, ele os une com o restante ungido como sendo “um só rebanho” em um só redil. A partir de quando fez isso o Pastor Excelente?
36, 37. (a) Que acontecimento assinalou o começo do ajuntamento das “outras ovelhas”? (b) Que perspectiva se lhes apresentou, para a sua grande alegria?
36 A partir de 1935. No fim de maio, daquele ano, realizou-se um congresso de cinco dias das testemunhas cristãs de Jeová, em Washington, Distrito de Colúmbia, E. U. A. A este congresso foram convidados especialmente aqueles que se associavam com o restante ungido e que ainda assim estavam interessados em sobreviver à “grande tribulação” e entrar, sem morrer, na nova ordem de Deus, com seu paraíso terrestre. Não aspiravam ir para o céu. A vida eterna numa terra paradísica satisfaria plenamente o desejo de seu coração.
37 Grande foi então a sua alegria, naquele congresso de Washington, quando o presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) falou sobre o tema da “grande multidão”, mencionada em Revelação 7:9-17. Ele esclareceu que esta “multidão” não era uma classe espiritual ou gerada pelo espírito; não obteria a natureza angélica no céu, com o fim de ajudar os 144.000 co-herdeiros de Cristo. Tratava-se nitidamente duma classe terrestre, com a esperança de ter vida humana, perfeita, sem fim, no paraíso terrestre, sob o reino de Cristo. Então, por meio do Pastor Excelente, Jesus Cristo, Jeová Deus começou a ajuntar esta “multidão” para o serviço ativo com o restante ungido.
38. Como reagiu o “espírito” daqueles da “grande multidão” em vista da esperança que se lhes apresentava, e que esperança se mantém desde então em destaque perante todos os que buscam a Deus?
38 O coração daqueles que estavam presentes às centenas ao congresso em Washington nunca se havia animado com a perspectiva de ser co-herdeiros de Cristo. Mas, então, com o esclarecimento da esperança terrestre, contida em Revelação 7:9-17, seu “espírito”, a força reativa no seu íntimo, manifestou-se em receptividade de coração. Aclamaram tal esperança com aplausos vigorosos. Mais tarde, quando milhares de outros leram nas colunas da revista A Sentinela a reprodução do discurso sobre a “grande multidão”, seu “espírito” também foi receptivo. Desde então, a esperança da “grande multidão” é apresentada com destaque a todos os que buscam a Deus, em toda a terra. Centenas de milhares foram batizados no nome do Filho de Deus e se tornaram candidatos ao cumprimento desta bela esperança.
39. Em vista de que diferenças entre eles e os do restante ungido surge a pergunta sobre se as “outras ovelhas”, dedicadas e batizadas, têm espírito santo?
39 Naturalmente, essas “outras ovelhas” dedicadas e batizadas da “grande multidão” não foram geradas para ser filhos espirituais de Deus, com uma herança celestial. Não são israelitas espirituais. Não foram incluídas no novo pacto, com a oportunidade de se tornarem para Deus um “reino de sacerdotes e uma nação santa”. (Êxodo 19:5, 6) Nunca foram seladas com o espírito de Deus, como penhor antecipado de sua herança celestial. Não foram ungidas com o espírito de Deus, como prospectivos co-herdeiros de Cristo no seu reino celestial. (Isaías 61:1-3; 1 João 2:20, 27; 2 Coríntios 1:21, 22) Mas, será que apesar disso têm espírito santo?
40. Que prova bíblica há para mostrar se alguém, na terra, que está devotado a Deus, precisa ser gerado pelo espírito de Deus, para que espírito santo opere nele?
40 Os fatos esmagadores respondem que sim! Especialmente desde 1935 E.C., os que são da “grande multidão” têm trabalhado com o restante ungido, gerado pelo espírito. Forneceram evidência convincente de que o espírito santo de Deus opera neles. Não é preciso que alguém, na terra, seja gerado pelo espírito de Deus para ter a Sua força ativa operando nele. Veja o profeta Moisés, o Juiz Otniel, o Juiz Gideão, o Juiz Sansão, o Rei Davi e João Batista. Sim, veja todos os profetas pré-cristãos, sobre os quais veio o espírito de Jeová para inspirá-los a escrever os livros bíblicos de Gênesis a Malaquias. É verdade que não se apresentou a tais pessoas da antiguidade nenhuma esperança celestial, mas Jeová Deus pôs sobre elas seu espírito, porque estavam devotadas a ele e se ofereciam amorosamente ao Seu serviço. Deus envolveu-as com sua força ativa. Encheu-as com seu espírito santo. Este operava nelas.
41. Em vista do pequeno número daqueles que constituem hoje o restante, como cuidou Deus de que a pregação do Reino e a obra de fazer discípulos fosse executada em escala mundial?
41 Qual é o número atual do restante dos israelitas espirituais, ungidos? Segundo o número dos que tomam dos emblemas de pão e vinho na celebração anual da Ceia do Senhor, atualmente somam cerca de 10.000. Mas aqueles cristãos batizados, cujo espírito com apreço é receptivo à esperança da vida eterna num paraíso, aqui na terra, ascende a mais de dois milhões. Então, quem faz a maior parte da pregação do Reino e de fazer discípulos em todo o mundo? (Mateus 24:14; 28:19, 20) O restante ungido, que está envelhecendo e que é de tão poucos em número, não poderia executar a maior parte do trabalho. Portanto, o espírito de Deus, operando poderosamente sobre os da “grande multidão” de “outras ovelhas”, habilita a estes, junto com o restante ungido, a fazer uma obra mundial de testemunho, sem igual na história cristã.
42, 43. (a) A quem dão os participantes da proclamação mundial do reino messiânico o crédito pela sua realização? (b) Em vista de que textos crêem que têm orientação angélica?
42 A proclamação do Evangelho do Reino é feita agora em todo o globo, em 210 terras e ilhas do mar. Mais de 38.000 congregações de proclamadores ativos do Reino florescem agora num paraíso espiritual, em toda a terra.a
43 Esta ampla proclamação do reino de Deus para a sua nova ordem, mesmo às partes mais distantes da terra, exige muito trabalho árduo por parte daqueles que se empenham na proclamação, e tudo é feito sem cobrar o custo. (Mateus 10:8) Estes proclamadores do Reino, as testemunhas cristãs de Jeová, porém, não reivindicam para si o mérito por esta realização magnífica. Confessam que são apenas instrumentos nas mãos de Deus. A coragem e a força para fazer esta obra predeterminada são atribuídas por elas ao espírito de Deus. Discernem que têm também apoio e orientação angélicos, enquanto se empenham na obra aprovada por Deus. Crêem no que diz em Hebreus 1:14 sobre os anjos, como sendo “espíritos para serviço público, enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação”. Jesus disse também a respeito de nosso próprio tempo, a “terminação do sistema de coisas”: “Enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e eles ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à outra extremidade deles.” — Mateus 24:3, 30, 31.
44. (a) Por que não é estranho tal uso de anjos celestiais? (b) A ajuda invisível de quem foi predita para a separação dos cristãos de imitação daqueles que são verdadeiros, e para o ajuntamento da “grande multidão” de outras ovelhas?
44 Há algo de estranho nisso? Não! Ora, nos tempos antigos, pré-cristãos, anjos celestiais vieram em auxílio e para a orientação dos adoradores fiéis de Jeová Deus. (Gênesis 32:1, 2, 24-30; Êxodo 14:19, 20; 2 Reis 6:15-17; Isaías 37:36; Salmo 34:7) O atual é o tempo para o ajuntamento dos verdadeiros herdeiros do reino de Deus e para a sua separação daqueles que são cristãos de imitação, da cristandade, e, por isso, para este tempo crítico, o restante ungido havia de ter auxílio angélico, segundo Mateus 13:39-43, 49, 50, e Revelação 14:6. Por conseguinte, os anjos que estão sob Cristo, o Rei, desempenham um papel invisível de direção no ajuntamento do restante dos discípulos ungidos dele, de “seus escolhidos”. Ele usa também os anjos sob o seu comando para ajuntar uma multidão muito maior do que o restante ungido, a saber, a “grande multidão” de suas “outras ovelhas” — Mateus 25:31-46; João 10:16.
RESSURREIÇÃO FIGURATIVA
45, 46. (a) Por que não há motivo para se desprezar o dia das coisas pequenas, em vista do milagre maravilhoso de Deus prefigurado em Ezequiel 37:1-14? (b) Para que os israelitas exilados fossem restabelecidos no seu próprio solo, o que poria Jeová dentro deles?
45 Portanto, sobra ainda algum motivo para alguém ‘desprezar o dia das coisas pequenas’? (Zacarias 4:10) Que cadeia espantosa de realizações começou a ser forjada, lá em 1919 E. C., quando “entrou neles espírito de vida da parte de Deus”, isto é, no restante ungido, aparentemente morto! (Revelação 11:11) Foi um milagre moderno de ressurreição feito pelo Deus Todo-poderoso. Encontra seu equivalente no que o profeta Ezequiel observou, quando teve a visão do vale plano, cheio de ossos secos e desconjuntados de israelitas mortos. Os corpos daqueles israelitas foram restabelecidos, mas continuaram a jazer mortos. Daí, em obediência à ordem de Deus, Ezequiel profetizou sobre eles. O que aconteceu então? “Passou a entrar fôlego neles, e começaram a viver e a pôr-se de pé, uma força militar muitíssimo grande.” — Ezequiel 37:1-10.
46 Cumprir-se-ia a profecia de Ezequiel no povo escolhido de Deus, que então definhava em Babilônia? A fim de assegurar-lhes que esta visão de restauração se cumpriria, Jeová inspirou Ezequiel a dizer: “Vou por em vós o meu espírito e tereis de reviver, e vou estabelecer-vos sobre o vosso solo; e tereis de saber que eu, Jeová, é que falei e fiz isso.” — Ezequiel 37:11-14; compare isso com Isaías 32:15-18.
47. (a) Quando restabeleceu seu restante ungido, para que fim pôs seu espírito sobre eles? (b) Como se harmoniza o efeito reanimador disso com Romanos 8:11?
47 Em nosso século vinte, após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, os do restante ungido foram espiritualmente revivificados e marcharam para fora do cativeiro em Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa, a fim de recomeçar seu serviço do Reino. Para este fim, Jeová os restabeleceu no domínio legítimo deles na terra, numa relação aprovada consigo mesmo. Pôs sobre eles o seu espírito, a fim de que agissem com liberdade e franqueza no falar no serviço do Reino. “Onde estiver o espírito de Jeová, ali há liberdade.” (2 Coríntios 3:17) Desde então, quanta animação demonstraram os do restante liberto no Seu serviço real, bem como os da “grande multidão” de seus colaboradores semelhantes a ovelhas, mais tarde! A santa força ativa de Jeová foi responsável por isso, assim como nos faz lembrar Romanos 8:11, que diz: “Então, se morar em vós o espírito daquele que levantou a Jesus dentre os mortos, aquele que levantou a Cristo Jesus dentre os mortos também vivificará os vossos corpos mortais por intermédio do seu espírito que reside em vós.”
48. Que força acompanha o restante e a “grande multidão” que estão unidos?
48 Avante, pois, unidos, ó restante e “grande multidão”! Têm o apoio da força invencível que está por detrás da vindoura nova ordem de Deus. (Zacarias 4:6) Sua pregação continuada destas “boas novas do reino” produzirá sofrimentos e vitupérios adicionais. Mas, sofrerem isso pela causa de Jeová Deus e de seu Cristo é a maior honra que pode haver. Lembrem-se: “Se fordes vituperados pelo nome de Cristo, felizes sois, porque o espírito de glória, sim, o espírito de Deus, está repousando sobre vós.” (1 Pedro 4:14) Serem vituperados pelos adversários do reino de Deus não é sinal da desaprovação Dele. Sua perseverança em face disso é prova de que têm o espírito de Deus. Terem sobre si repousando o espírito Dele os glorifica, não os envergonha. Dá-lhes dignidade e torna-os semelhantes a Cristo. Indica que são dignos de serviço glorioso na vindoura nova ordem de Deus. Portanto, considerem-se felizes e muito favorecidos!
[Nota(s) de rodapé]
a Veja o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, páginas