Portadores do nome que inspira temor
“Todos os povos da terra verão que o nome de Jeová tem sido invocado sobre ti, e eles realmente terão medo de ti.” — Deu. 28:10.
1, 2. (a) Que perguntas surgem quanto a se tem fundamento o temor por um nome? (b) Quanto tem fundamento o temor por um nome invocado sobre certo povo, e a que conduz este temor?
Temer um nome porque é invocado sobre um povo ou porque está associado com ele! Tem fundamento este temor? Isto depende da fama ou da notoriedade do nome. Também, tornam o nome famoso os portadores dele ou lhe dão impressão favorável, fazendo que o nome atraia atenção respeitosa? Dão-lhe valor ou depreciam-no os portadores do nome? Que valor tem o nome em si mesmo?
2 Pode haver muito preconceito contra o nome, mas honra-o este povo que o leva bem como dá-lhe honra? Trata o dono do nome a este povo de um modo que aumenta o respeito e gera um sentimento reverente para com o nome? Se o povo, sobre o que ele é invocado, sustenta a dignidade do nome. E se o dono dele usa a este povo para engrandecer o seu nome e para mantê-lo livre de vitupério, então, de fato, o temor dele por parte das nações que observa o povo nomeado tem fundamento. Esse temor da parte das nações produz certos resultados.
3, 4. (a) Até a dezenove séculos atrás, quem era o povo portador do nome que inspira temor? (b) Naquela época, a que pacto trouxe Moisés este povo, e o que disse ele que aconteceria se andassem no caminho de Deus?
3 Qual é este povo chamado pelo nome que as nações do mundo são compelidas a temer? É o povo sobre o qual é invocado o nome do Criador dos céus e da terra, isto é, o nome de Deus. Existe este povo atualmente? Sabemos que desde o tempo antiqüíssimo até a dezenove séculos atrás houve um povo assim sobre a terra. Quarenta anos depois de se tornar uma nação ele se achava acampado na planície de Moab, hoje chamada de Jordânia. Naquele tempo, um legislador, que ainda é muito respeitado em todo o mundo, era o líder visível dele. Era o profeta Moisés, mediante quem Deus deu os famosos Dez Mandamentos ao povo do profeta. Este povo estava para deslocar-se em direção ao ocidente, atravessar o Rio Jordão para dentro da Terra Prometida e ocupá-la com a ajuda do seu Deus. Para que os deste povo prosperassem, deviam continuar obedecendo aos Dez Mandamentos e todas as outras leis divinas baseadas neles. Moisés, que estava no fim da vida, proferiu alguns discursos de despedida, relembrando-os da obrigação de fazer isto. Deste modo Moisés os introduziu em um pacto em que o povo que levava o nome de Deus prometia fidelidade a Ele em sua nova pátria.
4 No decorrer do discurso que introduzia este pacto ou contrato solene com Deus, o profeta Moisés disse:
“Mantém-te em silêncio, ó Israel. Neste dia tu tens tornado o povo de Jeová teu Deus. E acontecerá que, se ouvires sem falta a voz de Jeová teu Deus, por seres cuidadoso em cumprir todos os seus mandamentos que eu te estou ordenando hoje, Jeová teu Deus também certamente te colocará bem acima de todas as nações da terra. . . . Jeová estabelecerá como um povo santo para si, assim como te jurou, porque continuas a guardar os mandamentos de Jeová teu Deus e tens andando nos seus caminhos. E todos os povos da terra verão que o nome de Jeová tem sido invocado sobre ti, e eles realmente terão medo de ti.” — Deu. 27:9; 28:1-10.
5. (a) Sobre o que preveniu Moisés a Israel, e o que tornam claro concernente a Israel os últimos dezenove séculos da história? (b) Quando tiveram a maior oportunidade como nação, e por quê?
5 Isto foi grande oportunidade e privilégio colocados perante o povo de Israel há trinta e quatro séculos atrás; mas não há dúvida de que não viveram de acordo com isto. No mesmo discurso de despedida Moisés falou-lhes das maldições divinas que viriam sobre eles, se não dessem ouvidos à voz de Jeová e não obedecessem aos seus mandamentos. (Deu. 28:16-68) A história dos componentes do povo de Israel durante os dezenove séculos de nossa Era Comum torna claro que eles têm estado sob a maldição de Jeová Deus por causa de desobediência. Não lhe têm honrado. Não têm exaltado o seu nome, e já não são o povo com o nome dele. No início de nossa Era Comum tiveram a sua maior oportunidade como nação, mas apenas um pequeno restante de israelitas aproveitou-se dela. Isto se deu quando um grande Instrutor, um grande Profeta e Obreiro de Milagres, maior que Moisés, veio a eles em nome de Jeová. Veio com a unção do espírito santo de Deus sobre ele. Por isso foi chamado de Cristo, mas o seu nome pessoal era Jesus, que significa “Jeová É Salvação”.
6. Na ocasião da páscoa, o que fizeram os líderes religiosos e o povo com Jesus, e o que aconteceu à nação desde 66 E. C. em diante?
6 Alguns dias antes da páscoa judaica de 33 E. C., enquanto ele entrava em Jerusalém montado num jumento, uma multidão o saudava como rei, como herdeiro real do famoso Rei Davi que reinou em Jerusalém. Mas, no próprio dia da páscoa os líderes religiosos judaicos entregaram-no ao governador romano da Judéia, recusaram tê-lo como Rei prometido de Deus e clamaram ao governador romano: “Caia o seu sangue sobre nós e sobre nossos filhos.” (Mat. 27:24, 25) “Não temos rei senão César.” (João 19:15) No mesmo dia pascoal Jesus Cristo foi pendurado numa estaca pelos soldados romanos, fora de Jerusalém. Ali morreu ele ignominiosamente e foi enterrado num túmulo próximo. Trinta e três anos depois os judeus se rebelaram contra César, o rei que tinham escolhido. Por isso, no ano 70, a sua cidade capital, Jerusalém, junto com o seu tempo de adoração, foram destruídos e os judeus espalhados aos confins da terra. É evidente que desde então têm sofrida as maldições preditas pelo profeta Moisés.
7. Que experiências tiveram os discípulos de Jesus por ocasião da prisão dele e durante os quarenta e dois dias que seguiram?
7 Os discípulos de Jesus Cristo foram espalhados quando ele foi traído e preso. Porém, três dias após a sua morte e sepultamento, eles foram reunidos e se uniram outra vez à volta do seu Mestre, Jesus Cristo. Pois naquele dia o Deus Todo-poderoso, Jeová, ressuscitou a seu Filho celestial de entre os mortos. Jesus Cristo, então ressuscitado, saiu diversas vezes de sua invisibilidade e apareceu aos seus discípulos, visto que ele fora ressuscitado para a vida como espírito. De modo que durante os quarenta dias seguintes o ressuscitado Jesus se reuniu diversas vezes em particular com as testemunhas de sua ressurreição. Por fim, eles viram-no partir para o céu e desaparecer deles, mas isto para que pudesse apresentar-se à presença de seu Pai celestial.
8, 9. (a) Durante os dez dias seguintes, o que fizeram os discípulos, e, então, o que aconteceu? (b) O que disse Pedro que se estava cumprindo?
8 Permaneceram juntos em Jerusalém durante dez dias, esperando a promessa do espírito santo de Deus ser cumprida neles, segundo as palavras que Jesus proferiu, antes de ascender ao céu. Então, chegou aquilo que os judeus chamam de Shabúoth, a Festa das Semanas ou Pentecostes. O espírito santo desceu realmente sobre a pequena congregação de 120 discípulos de Jesus. Começaram a falar miraculosamente em línguas estrangeiras que não sabiam e profetizavam ou falavam abertamente nas coisas magníficas de Deus. Nenhum dos outros judeus no templo em Jerusalém ou através do país recebeu este derramamento do espírito santo procedendo de Jeová Deus por intermédio do Senhor Jesus Cristo. Milhares de judeus se reuniram para presenciar este espetáculo miraculoso e ouvir o que diziam os discípulos de Jesus Cristo nestas línguas estrangeiras. O que aconteceu? Simão Pedro, um dos discípulos, primeiro se levantou para explicar-lhes. A profecia de Joel 2:28-32 tinha começado a se cumprir. Portanto, Pedro disse-lhes:
9 “‘Isto é o que foi dito pelo profeta Joel: ‘“E nos últimos dias”, diz Deus, “derramarei algo do meu espírito sobre toda espécie de carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, e vossos mancebos terão visões, e vossos velhos sonharão sonhos; e até sobre meus escravos e sobre minhas escravas derramarei algo do meu espírito, naqueles dias, e eles profetizarão. . . . E então todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo”.’”
10. (a) Que explicação deu Pedro concernente ao derramamento do espírito sobre os discípulos de Jesus? (b) O que exortou ele que fizessem?
10 Então Pedro explicou que Jesus Cristo, que tinha sido pendurado na estaca e sepultado no dia da páscoa há apenas cinqüenta e dois dias, tinha também sido ressuscitado dos mortos e exaltado à direita de Deus, nos céus, em cumprimento das profecias do Rei Davi. Este Senhor Jesus Cristo, como meio de comunicação de Deus, tinha derramado o espírito santo sobre os seus fiéis seguidores na terra. Milhares de ouvintes, cuja consciência foi atingida, perguntaram o que deviam fazer. Por isso Pedro disse: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão de vossos pecados, e recebereis o dom gratuito do espírito santo. Pois a promessa é para vós e para vossos filhos e para todos os de longe, tantos quantos Jeová nosso Deus chame.” Numa exortação posterior sobre o que fazer, Pedro lhes disse: “Salvai-vos desta geração perversa.” — Atos 2:16-40.
11, 12. (a) O que indica a expressão de Pedro: “geração perversa” quanto à salvação e quanto à nação? (b) Em comprovação da nova nação, o que Pedro escreveu mais tarde aos crentes?
11 Sob inspiração do espírito de Deus transmitido por Cristo, o apóstolo Pedro chamou a geração de judeus que rejeitara a Jesus Cristo, de “geração perversa”. Para se salvar da destruição com os judeus culpados tinha-se que ‘salvar’ da geração perversa, sair do meio dela. Ela não era mais o povo escolhido de Deus, o povo para o seu nome, o povo sobre o qual o seu nome era invocado. Os que então eram o seu povo aprovado, seus escravos e escravas, é que foram marcados pelo derramamento do espírito, a saber, os seguidores dedicados e batizados do Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Tornaram-se então uma nova nação, uma nação espiritual. Como? Por participarem todos do único espírito santo de Deus. Estes crentes judeus tinham sido membros do ex-povo para o nome de Deus. Pela fé em Jesus como o Cristo, eles continuaram a ser o povo para o nome, agora, porém, como membros de sua nova nação espiritual, “o Israel de Deus”. (Gál. 6:16) Como prova disto, Pedro lhes escreveu mais tarde e disse:
12 “Vós sois ‘uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo para possessão especial, para que declareis em toda a parte as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Pois vós antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” — 1 Ped. 2:9, 10; 1:1, 2.
13. Que evidência temos nas Escrituras de que o derramamento do espírito continuou e foi derramado sobre os não-judeus?
13 O cumprimento da profecia de Jeová, por intermédio de Joel, referente ao derramamento do espírito santo, não parou no dia de Pentecostes. Continuou. Cerca de três anos e meio mais tarde, orientado pelo anjo de Deus, Pedro entrou no primeiro lar gentio (não-judeu), em Cesaréia, cerca de oitenta quilômetros ao noroeste de Jerusalém, e pregou ao incircunciso centurião italiano, Cornélio, junto com a sua família e amigos. Estes aceitaram a mensagem referente ao Filho de Deus, Jesus Cristo. Então, o espírito santo foi derramado sobre eles e também profetizavam em línguas estrangeiras. Portanto, foram batizados em nome de Jesus Cristo. (Atos 10:1-48) Daí em diante, muitos não-judeus ou gentios incircuncisos receberam a mensagem de salvação.
14, 15. (a) O que se tornaram estes crentes batizados não-judeus, e como o que foram reconhecidos pelos apóstolos e homens mais idosos em Jerusalém? (b) Em prova profética da exatidão disto, o que disse Tiago?
14 Quando criam e eram batizados em símbolo da crença, eles também recebiam o espírito santo, embora não fossem circuncidados como os judeus naturais. Tornaram-se judeus espirituais e não precisavam disto, pois a circuncisão deles era no coração, mediante o poder purificador da fé. Eles também se tornaram parte da raça escolhida de Deus, a Sua nação santa, o povo para sua possessão especial, o “povo para o seu nome”. Não há contestação neste ponto; é a pura verdade. Em cerca de 49 E. C., numa conferência especial de Pedro e outros apóstolos, junto com homens mais idosos cristãos, em Jerusalém, foram reconhecidos estes crentes batizados incircuncisos não-judeus como membros do povo para o nome de Deus. Ouça o que Tiago disse ali:
15 “Irmãos, ouvi-me. Simeão [Pedro] relatou em minúcia como Deus, pela primeira vez, dirigiu sua atenção às nações [incircuncisas], para tirar delas [o quê?] um povo para o seu nome. E com isto as palavras dos Profetas concordam, assim como está escrito: ‘Após estas coisas voltarei e reedificarei o palácio real de Davi que caiu, e reedificarei as suas ruínas e o erigirei de novo [para quê?], a fim de que os que restam dos homens [do restante crente judeu] busquem fervorosamente a Jeová, junto [com quem] com pessoas de todas as nações, pessoas que são chamadas por meu nome, diz Jeová, que faz estas coisas.’” — Atos 15:13-17.
16. (a) Pelo nome de quem foram chamados os crentes não-judeus? (b) Portanto, o que constituem eles e os crentes judeus?
16 Estas pessoas crentes “de todas as nações” junto com os crentes judeus se tornaram o povo para o nome de quem? Não para o nome de Jesus, mas para o nome de Deus, o nome de Jeová. A profecia de Amós 9:11, 12 citada pelo discípulo Tiago diz: “‘Todas as nações que são chamadas por meu nome’, é o proferimento de Jeová, que está fazendo isto.” Portanto, esta nação espiritual de crentes judeus e não-judeus, batizados em nome de Cristo, são o povo que é chamado pelo nome de Jeová. Os descrentes judeus naturais ou israelitas não são o povo para o nome de Jeová e não o têm sido durante os dezenove séculos passados. Jeová não tem dois povos, duas nações. Ele só tem um povo, uma nação espiritual, a saber, os crentes ungidos espiritualmente, batizados e seguidores do Senhor Jesus Cristo. (Efé. 2:11-22) Eles sim são o povo de Jeová, as suas testemunhas ungidas, assim como Jesus Cristo, quando estava na terra.
O NOME ESCRITO NA TESTA
17. (a) Por quanto tempo prosseguiu cumprindo Joel 2:28, 29? (b) Se é que Jeová tem um “povo para o seu nome” hoje na terra, quem são eles?
17 Entretanto, o cumprimento da profecia de Joel concernente ao derramamento do espírito santo e a profecia de Amós concernente à invocação de Jeová pelas pessoas de todas as nações, tem continuado até o século vinte, até à nossa própria geração. A inteira congregação de dedicados e batizados cristãos seguidores de Jesus Cristo, desde o primeiro deles, nos dias dos apóstolos, até o último, em nossos dias, todos têm recebido o derramamento ou a unção do espírito. Enquanto houver um membro trazido ao Israel espiritual de Deus, a profecia de Joel, sobre o derramamento do espírito, estará sendo cumprida. Os efeitos disto também serão vistos e ouvidos. Portanto, Jeová Deus tem hoje na terra um povo chamado pelo seu nome, um “povo para o seu nome”, ungido pelo seu espírito. São apenas um restante de sua “nação santa” ungida, que tem estado em formação durante os últimos dezenove séculos.
18. Como indica Jesus, em Apocalipse 14:1, quanto a se a congregação cristã devia ter o nome de Deus invocado sobre ela?
18 O próprio Jesus indicou que a congregação cristã teria o nome de Deus invocado sobre ela. No último livro da Bíblia, ele chama repetidas vezes a atenção para este fato. Em Apocalipse 14:1, Jesus descreveu a si mesmo e a sua congregação de 144.000 seguidores ungidos, como estando em pé sobre o Monte Sião celestial. O apóstolo João descreve a visão para nós, dizendo: “E eu vi, e eis o Cordeiro de pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo seu nome e o nome de seu Pai escrito nas suas testas.” O nome do Pai de Jesus é Jeová. Este nome aparece escrito, por assim dizer, na testa dos seguidores remidos de Jesus para mostrar a quem pertencem, de quem são povo, de quem são servos, de quem são possessão especial, a saber, de Jeová. Jesus Cristo disse que seu Pai lhe tinha dado estes 144.000, e, portanto, eles levam adicionalmente o nome de Cristo na testa, no lugar simbólico da marca de identificação. — João 17:9-12.
19. Segundo Apocalipse 3:12, que nome deviam ter escrito sobre eles?
19 Em Apocalipse 3:12 (ALA) o glorificado Jesus diz: “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.” Concordemente, os seguidores fiéis e vencedores se tornam parte do templo espiritual de Deus, do qual Jesus Cristo é a pedra fundamental angular. Eles têm o nome do Deus de Jesus, que é Jeová, escrito neles. Por nome também mostram que pertencem à Nova Jerusalém, que é celeste, e a Jesus Cristo, na sua nova relação com seu Deus e Pai. — Efé 2:20-22.
20. O que está escrito sobre êles em Apocalipse 22:3-5, e, portanto, de que modo se identificam como pertencendo eternamente a Deus?
20 Até no último capítulo da Bíblia, em Apocalipse 22:1-5, o apóstolo descreve o rio de águas da vida e as árvores frutíferas nas suas margens, e depois diz: “E não haverá mais nenhuma maldição. Mas nela [na cidade] estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus escravos lhe prestarão serviço sagrado, e eles verão a sua face, e seu nome estará sobre as suas testas. Tampouco haverá mais noite, nem precisarão de luz de candeia, nem terão mais luz do sol, porque Jeová Deus lançará luz sobre eles, e eles dominarão como reis para todo o sempre.” Não pesa nenhuma maldição divina sobre estes herdeiros fiéis do reino de Deus tal como pesa sobre os infiéis ou cristãos de mentira. Como escravos dedicados de Jeová Deus, rendem-lhe constante serviço sagrado e permanecem como “povo para o seu nome”. Por isso são aprovados por ele, e o seu santo nome aparece em suas testas para identificá-los como pertencendo a ele eternamente.
21. Que fato, então, temos que admitir referente aos verdadeiros cristãos, sem considerar como são chamados?
21 Se formos sinceros admitiremos este fato: É correto e apropriado que os verdadeiros cristãos, os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, sejam chamados pelo nome de Jeová. São um povo tirado, não para o nome de Cristo, mas para o de seu Deus e Pai, Jeová. Quaisquer professos cristãos, em toda a cristandade, que recusarem ter o nome de Jeová invocado sobre eles e que recusarem ser um “povo para o seu nome”, não são cristãos de fato.
22. (a) Como era o próprio Jesus parte do “povo para o nome” de Deus? (b) Neste sentido, como se provam falsos os cristãos de mentira?
22 Até mesmo Jesus Cristo, o Líder do verdadeiro cristianismo, era um do “povo para o seu nome”, por ter nascido judeu e ser circuncidado. Ele tinha o nome de Deus conjugado no seu próprio nome pessoal; visto que “Jesus” é um nome abreviado, significando “Jeová é Salvação”. Portanto, os centenas de milhões de professos cristãos na cristandade, que recusam ter o nome de Jeová como se fosse escrito nas suas testas, provam que são falsos, que são pseudo-cristãos. Nunca foram tirados das nações deste mundo e não estiveram separados deste mundo para ser o que o discípulo Tiago disse: “Um povo para o seu nome.”
DECLARAR O NOME
23. (a) Antes de adotar o nome de “testemunhas de Jeová”, o que teve de fazer o restante? (b) O que viram que era tempo de Deus fazer, e, assim, o que confessaram?
23 Foi em 1931 que um fiel restante de cristãos dedicados e batizados, que não pertenciam às seitas da cristandade, abraçaram o nome de “testemunhas de Jeová” para sua identificação. Ao fazer isto, os deste restante não estavam fora das Escrituras nem da verdade cristã. Mas, antes de ser dignos de tomar esta nomeação honrosa, tiveram de provar que de fato eram testemunhas públicas de Jeová, imitadoras de Jesus Cristo. Provaram eles? Sim, em cooperação com a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, especialmente desde 1926. Naquele ano, a revista oficial desta Sociedade, a saber, A Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo, na sua edição de 1.° de janeiro de 1926, publicou um importante artigo desafiador intitulado “Quem Honrará a Jeová?” Compreenderam então que era tempo de Jeová fazer um nome para si mesmo, assim como ele tinha feito nos dias dos antigos profetas. Assim, determinaram honrar o nome de Jeová como nunca antes e torná-lo conhecido. Declararam abertamente como se tivessem o nome escrito nas suas testas, que pertenciam a Jeová pela dedicação completa, mediante Jesus Cristo, e que eram, portanto, suas testemunhas.
24. A que texto bíblico específico lhes chamou Deus à atenção?
24 Sob estas circunstâncias, e pelo seu santo espírito, Deus chamou a atenção deles para a sua profecia em Isaías 43:10-12, na qual se lê: “‘Vós sois as minhas testemunhas’ é o proferimento de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi, a fim de que me conheçais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o mesmo Único. Antes de mim não se formou Deus, e depois de mim continua a não ter nenhum: ‘Eu — eu sou Jeová, e além de mim não há salvador.’ ‘Eu mesmo tenho proclamado e tenho salvo, e tenho feito ouvir, quando não houve entre vós deus estranho. Portanto, vós sois as minhas testemunhas’, é o proferimento de Jeová, ‘e eu sou Deus’.”
25. Quando adotaram o nome? O que reconheceram deste modo quanto a Deus?
25 Em conformidade com isto, em 1931, depois de anos de serviço nesta posição, o restante dedicado e batizado de cristãos ungidos expôs a sua responsabilidade perante o mundo inteiro por adotar o nome bíblico, isto é, testemunhas de Jeová: Reconheceram que Deus lhes falava mediante a profecia acima citada: “Vós sois as minhas testemunhas”, o “meu servo”.
26, 27. (a) Foram sempre chamados cristãos os crentes? Quantas vezes aparece este nome na Bíblia? (b) Como os distinguiu certa vez a nomeação, mas o que aconteceu ao nome desde então?
26 Deste modo se distinguiram de todas as religiões sectárias da cristandade, que se chamam de cristãs. Convém notarmos que o nome “cristão” não é um termo distintivo hoje como era há dezenove séculos atrás. Naquele temo, segundo Atos 11:26: “Foi pela primeira vez em Antioquia [na Síria] que os discípulos, pela divina providência, foram chamados de cristãos.” Isto aconteceu cerca do ano 50. De modo que, desde o ano 33 até 50 E. C., ou por dezessete anos, os discípulos não foram chamados de cristãos ou messianistas. Além disto, o termo “cristão” ocorre apenas três vezes na Bíblia inteira. — Atos 11:26; 26:28; 1 Ped. 4:16.
27 Por que eram chamados de cristãos (grego) ou messianistas (hebraico)? Foi para distingui-los dos judeus ou israelitas naturais que tinham rejeitado o Senhor Jesus como Messias ou Cristo. Mesmo assim, Roma confundia os cristãos com os judeus, porque os cristãos também usavam a Bíblia judaica e o seu Líder, Jesus Cristo, era judeu israelita ou hebreu de nascimento. Deste modo, naquele tempo, o nome cristo servia mais ou menos para distinguir os verdadeiros seguidores de Cristo. Mas hoje, dezenove séculos mais tarde, há centenas de milhares de pessoas religiosas que assumem o nome de cristãs. Porém, estas fizeram o nome ter má fama entre os gentios ou pagãos, inclusive entre os ateus que se encontram nos domínios da cristandade.
28. Como a que disse Pedro que os cristãos não deviam sofrer, mas o que dizer a respeito das pessoas da cristandade hoje em dia?
28 Há dezenove séculos atrás, quando o cristianismo estava no seu estágio puro, o apóstolo Pedro podia escrever aos seguidores de Cristo: “Que nenhum de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou mal-feitor, ou como quem se intromete nos negócios de outras pessoas. Mas se sofre como cristão, não se envergonhe, antes por esse nome prossiga glorificando a Deus.” (1 Ped. 4:15, 16) Hoje, porém, as prisões da cristandade estão cheias de cristãos professos culpados destas mesmas coisas que Pedro disse que não deviam ser, a saber, de homicidas, de ladrões, de malfeitores e de pessoas que se intrometem nos negócios dos outros.
29. Que espécie de registro tem leito a cristandade na história, e com que efeito sobre o nome de cristão?
29 O registro que a cristandade fez no curso da história desde os dias do imperador romano, Constantino, o Grande, é uma vergonha tanto para os protestantes como para os católicos. Por isso, o mero nome de cristão tem associações maldosas entre os pagãos informados. Os cristãos são conhecidos como os que lançaram as duas bombas atômicas sobre as cidades não-cristãs de Hiroxima e Nagasaque, no Japão, por razões diplomáticas e políticas, matando então 156.000 japoneses civis em questão de segundos.
30. Que pergunta surge sobre as nações se chamarem de cristãs, e o que disse recentemente um colunista sob o título: “O Que Envolve um Nome?”
30 A cristandade é constituída de nações supostamente cristãs. Mas, segundo a Bíblia Sagrada, tem alguma nação política deste mundo o direito bíblico de se chamar cristã? No Times de Vitória; Canadá, em 11 de janeiro de 1960, o colunista B. A. Tobin, sob o título “O Que Envolve um Nome?”, disse:
. . . nossas religiões, nossos motivos para estar na terra, em geral — os rótulos que sempre têm sido colocados convenientemente nestas coisas, estão sendo vistas como um tanto criticáveis, para ver se descrevem com exatidão o conteúdo. Como resultado, têm-se formado alguns pensamentos incompatíveis.
Pessoas perguntam, por exemplo, se havemos de chamar um país de “país cristão”, se apenas uma pequena parte de seus habitantes são realmente crentes nas doutrinas desta religião.
H. L. Mencken [um autor americano, critico e editor da revista American Mercury] escreveu certa vez que “a cristandade é a parte do mundo onde, se alguém erguer-se e dizer que é cristão, todos os ouvintes rirão”.
Isto foi há trinta anos atrás. Hoje nem têm interesse suficiente para rir.
31. Que fatores se uniram para induzir o restante a adotar o nome, e até onde se acha escrito atualmente o nome?
31 Perante o trono de julgamento de Jeová Deus, a cristandade pode ser condenada por trazer o maior dos vitupérios sobre o nome do seu Filho, Jesus Cristo. Este fato em si mesmo é suficiente para fazer que os verdadeiros cristãos dedicados queiram diferenciar-se dos cristãos nominais. Como? Pelo nome do Pai de Cristo. Por isso confessam perante a cristandade e perante o ‘mundo inteiro que o nome, Jeová, é invocado sobre eles e que, assim como o próprio Jesus, são testemunhas de Jeová. Antes de adotarem este nome bíblico em 1931, as modernas testemunhas de Jeová eram chamadas por toda sorte de nomes vituperativos e desdenhosos, por seus inimigos religiosos na cristandade, tanto protestantes como católicos. Isto foi um forte fator que os induziu a assumir a nomeação bíblica da qual não precisavam envergonhar-se e pela qual podiam ser distinguidos de todos os cristãos de mentira. Assim o nome se encontra atualmente em dicionários e enciclopédias!