Capítulo 13
Quando não houver mais cristandade, nem judaísmo!
1. (a) No primeiro século E. C., concordavam os aderentes ao judaísmo e os edomitas na sua atitude para com o cristianismo? (b) Por que nos interessam hoje as profecias bíblicas a respeito de Edom?
A ANTIGA nação de Edom (Iduméia) era contra os adoradores fiéis de Jeová Deus. Mesmo nos dias dos apóstolos de Jesus Cristo, no primeiro século E. C., os firmes aderentes do judaísmo estavam unidos com os edomitas (idumeus) em combater o recém-iniciado cristianismo. (Atos 4:25-28; 12:1-6) Com o decorrer do tempo, a nação de Edom desapareceu das páginas da história, mas, no cumprimento maior e completo da profecia bíblica, esta nação notória tem seu equivalente moderno. É a cristandade. De modo que as profecias bíblicas a respeito de Edom precisam hoje ser entendidas do ponto de vista do que sobrevem a este equivalente hodierno dele.
2, 3. (a) Contra quem se dirige o “dia de vingança” de Jeová, conforme predito em Isaías 34:8, agora já próximo? (b) Que “retribuições” se predizem nos versículos seguintes de Isaías, capítulo 34?
2 Na notável profecia contra Edom, contida em Isaías, capítulo trinta e quatro, lemos esta declaração ominosa: “Porque Jeová tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa jurídica relativa a Sião.” (Isaías 34:8) O “dia de vingança” de Jeová, seu “ano de retribuições”, é iminente com respeito ao equivalente hodierno do antigo Edom. Portanto, ao considerarmos a parte adicional desta profecia de Isaías, podemos pensar na cristandade atual. Predizendo as “retribuições” que haveria por causa da odiosa conduta má de Edom contra a antiga Sião ou Jerusalém, o profeta Isaías passa a dizer:
3 “E as torrentes dela terão de transformar-se em piche e seu pó em enxofre; e sua terra terá de tornar-se como piche ardente. Não se apagará nem de noite bem de dia; sua fumaça continuará a ascender por tempo indefinido. De geração em geração será abrasada; nunca jamais passará alguém por ela. E o pelicano e o porco-espinho terão de tomar posse dela, e os próprios mochos orelhudos e os corvos residirão nela; e ele terá de estender sobre ela o cordel de medir do vácuo e as pedras [prumos] do vazio. Seus nobres — não há ali nenhuns chamados ao próprio reinado, e os próprios príncipes dela tornar-se-ão todos em nada. Espinhos terão de subir nas suas torres de habitação, urtigas e plantas espinhosas, nas suas praças fortes; e ela terá de tornar-se lugar de permanência de chacais, pátio para avestruzes E os freqüentadores de regiões áridas terão de encontrar-se com animais uivantes, e até mesmo o demônio caprino chamará o seu companheiro. Sim, ali o curiango certamente ficará em repouso e achará para si um lugar de descanso. Ali a cobra-cuspideira fez o seu ninho e bota ovos, e ela terá de chocá-los e ajuntá-los sob a sua sombra. Sim, ali se terão de reunir as fêmeas dos miotos, cada uma tom [seu companheiro].” — Isaías 34:9-15, veja Versão Brasileira; também outras traduções indicam a relação macho fêmea.
4. (a) Em suma, que condição se descreve ali? (b) Por quanto tempo continuaria essa condição?
4 Isso é tudo, menos uma descrição dum “jardim do Éden” ou “paraíso de delícias”. Antes, não é nada menos do que um quadro de completa desolação e ruína, duma região imprópria para a vida humana, mas bem adequada como lugar freqüentado por animais selváticos e aves. Retrata-se assim a terra de Edom como tornando-se tão árida, que se parece a vales de torrente que fluem com piche e sua poeira é enxofre, e que depois, estas substancias combustíveis pegam fogo. Tal estado árido da terra de Edom havia de continuar para todo o sempre, e não haveria restabelecimento de seus anteriores habitantes ou os descendentes deles. A “fumaça” que ascende da simbólica queima da terra de Edom é similar à “fumaça” da destruição ardente de Babilônia, a Grande, sobre a qual se escreve: “A fumaça dela está ascendendo para todo o sempre.” — Revelação 19:3; 18:18.
5. Como indica Obadias 18 o que o restante israelita espiritual da atualidade deve fazer com esta mensagem ardente contra o Edom hodierno?
5 Na aplicação desta profecia à vindoura destruição da cristandade, os do restante restabelecido dos israelitas espirituais têm de Deus a comissão de proclamar esta “vingança” divina sobre a cristandade, conforme indicado na profecia correspondente de Obadias, que reza: “E a casa de Jacó [Israel] terá de tornar-se um fogo, e a casa de José, uma chama, e a casa de Esaú, como restolho; e terão de pô-los em chamas e consumi-los. E não se mostrará haver nenhum sobrevivente da casa de Esaú; porque o próprio Jeová o falou.” (Obadias 18) Por declarar tal mensagem ardente contra o hodierno Edom, a cristandade, os do restante do Israel espiritual, da atualidade, incorrem tanto mais no ódio dela.
6. Que garantia inclui a linguagem usada em Isaías 34:16, 17?
6 Depois de retratar um quadro profético de como a “terra de Edom” havia de tornar-se um ermo bravio, apenas com animais selváticos, aves e cobras, o profeta Isaías assegura-nos que não haverá falha da parte de Jeová, em fazer cumprir esta profecia. Ele diz aos estudantes das profecias bíblicas: “Buscai vós mesmos no livro de Jeová e lê em voz alta: nenhuma delas tem faltado; realmente, não deixam de ter cada uma delas [seu companheiro, Brasileira], pois foi a boca de Jeová que deu a ordem e foi o seu espírito que as reuniu. E foi Ele quem lançou para elas a sorte, e sua própria mão lhes repartiu o lugar com o cordel de medir. Tomarão posse dele por tempo indefinido; residirão nele de geração em geração.” — Isaías 34:16, 17.
7. Em pormenores qual é o significado da linguagem de Isaías 34:16, 17?
7 Assim, em vez de homens e mulheres edomitas se formarem novamente em pares na sua terra anterior e produzirem uma geração após outra de edomitas, seriam os animais selváticos e as aves que fariam isso. As fêmeas não deixariam de ter seus companheiros. É Jeová Deus quem torna a antiga terra populosa de Edom num lugar ideal para tais criaturas selváticas. É sua mão de poder ativo que lhes indica tal lugar e os ajunta ali. É como se ele fosse arquiteto e tivesse estendido o cordel de medir e lançado o prumo para delimitar e manter direita a construção da situação na “terra de Edom”. Segundo a sua medição e orientação, havia de ser uma terra de “vácuo”, no que se referia a homens, e uma região de “vazio”, no que se referia a novas construções humanas de qualquer altura. Não haveria renascimento daquela terra, como pátria dos edomitas, “povo que em justiça devotei à destruição”. — Isaías 34:5, 11.
8. (a) O que pressagia isso para a cristandade? (b) Quanta certeza há de que isso acontecerá à cristandade?
8 Que fim espantoso esta profecia pressagia para a hodierna “terra de Edom”, a saber, a cristandade! Talvez horrorize os religiosos pensarem que a cristandade, com sua enorme população religiosa, sua riqueza e seus edifícios e instituições religiosas venha a ter tal fim, sem esperança de reconstrução. Mas, tão certamente como a profecia teve seu cumprimento em miniatura no agora extinto povo de Edom, com a mesma certeza terá a profecia um cumprimento maior, final e completo na cristandade edomita. Pois, assim como se disse com respeito à destruição de Babilônia, a Grande, “Jeová Deus, quem a julga, é forte”. — Revelação 18:8.
9, 10. No fim da profecia, que perspectiva prediz Obadias para o restante restabelecido do Israel espiritual?
9 Quão diferente, em perspectiva, é a situação do restante restabelecido dos israelitas espirituais! A profecia de Obadias a respeito da “região montanhosa de Esaú” segue o modelo da profecia de Isaías, em contrastar o resultado para os edomitas e para os israelitas, que os edomitas se alegraram de ver deportados para Babilônia. Deixando de lado sua descrição da punição divina a sobrevir aos edomitas maldosos, não fraternais, o profeta Obadias passa para o fim de sua profecia, dizendo:
10 “E é no monte Sião que mostrarão estar os que escaparem, e ele terá de tornar-se algo sagrado; e a casa de Jacó [Israel] terá de tomar posse das coisas a serem possuídas por eles. . . . E certamente subirão salvadores ao monte Sião para julgar a região montanhosa de Esaú; e o reinado terá de tornar-se de Jeová.” — Obadias 17-21.
11. (a) Qual é o “Monte Sião” ao qual “certamente subirão salvadores”? (b) Como enfatiza o contraste das condições espirituais a beleza do paraíso espiritual?
11 É no Monte Sião celestial que Jeová, em cumprimento do Salmo 2:5, 6, empossa seu Rei messiânico, da casa real de Davi, a saber, Jesus Cristo. É no Monte Sião celestial que o Salvador, o Cordeiro de Deus, ajunta a si os 144.000 israelitas espirituais, para reinarem com ele por mil anos. (Revelação 14:1-3; 7:4-8) São os do restante ungido dos 144.000 israelitas espirituais, ainda na terra, que agora proclamam a mensagem de julgamento de Jeová contra a hodierna “região montanhosa de Esaú”, a “terra de Edom”, a saber, a cristandade. Como tais proclamadores dos julgamentos de Jeová que predizem a Sua vingança e retribuições a serem executadas nos edomitas antitípicos, apreciam tanto mais plenamente o belo paraíso espiritual no qual Ele os introduziu desde 1919 E. C. — Isaías 35:1-10.
O FIM DA CRISTANDADE E DO JUDAÍSMO
12. Onde descreve a Bíblia como se dará o fim da cristandade e do judaísmo?
12 É compreensível que, quando a cristandade, que hoje se gaba de ter quase um bilhão de membros nas igrejas, for reduzida ao estado desolado antes predito para a terra de Edom, isso causará grande admiração. Como poderia acontecer tal coisa quase que incrível? E isso especialmente dentro desta geração, que presenciou o fim dos Tempos dos Gentios há mais de sessenta anos atrás — em 1914 E. C. Também, como ocorrerá o fim da cristandade e de seu íntimo associado religioso, o judaísmo? Jeová Deus, que inspirou as profecias de Isaías e de Obadias contra Edom, inspirou também a profecia que nos diz como acontecerá. Essa profecia foi especificamente registrada para nós no último livro da Bíblia Sagrada, Revelação ou Apocalipse, capítulo dezessete.
13. Por que não foi a cristandade mencionada por nome, em Revelação, capítulo 17, mas o que se menciona ali, significativamente?
13 Objetando a tal idéia, algum defensor da cristandade talvez argumente que ela nem é mencionada em Revelação, capítulo dezessete. Isto é verdade porque a cristandade nem existia no tempo em que o apóstolo João escreveu o livro chamado Revelação. Em vez de tentar criar uma religião amalgamada, por meio dum compromisso entre a religião pagã de Roma e o cristianismo, provendo assim uma adequada religião estatal, o Império Romano, no tempo do apóstolo João, estava tentando eliminar o cristianismo por meio de perseguição cruel. Era por isso que o apóstolo João estava em exílio na ilha penal de Patmos. (Revelação 1:9) De modo que a cristandade só foi estabelecida mais de dois séculos depois, pelo Imperador Constantino, o Grande. Entretanto, algo já existente é tornado figura principal em Revelação, capítulo dezessete, a saber, Babilônia, a Grande.
14. No livro de Revelação, que duas mulheres simbólicas são contrastadas entre si, e o que representam?
14 No livro de Revelação, ou Apocalipse, contrastam-se duas mulheres simbólicas. Uma é esta Babilônia, a Grande, e a outra é a “esposa” do Cordeiro de Deus. (Revelação 19:1-8) Uma, que é Babilônia, a Grande, é chamada de “meretriz”. A outra, “a noiva, a esposa do Cordeiro”, é virgem. (Revelação 17:1-5; 21:9) Ambas são organizações religiosas, uma impura e a outra pura. A “noiva, a esposa do Cordeiro”, é a congregação de 144.000 seguidores fiéis, virginais, do Cordeiro Jesus Cristo, todos eles israelitas espirituais. (Revelação 7:4-8; 14:1-5) Babilônia, a Grande, compõe-se dos que praticam religiões opostas ao verdadeiro cristianismo, praticado pelos 144.000 israelitas espirituais. Foi por isso que o apóstolo João viu “que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. (Revelação 17:6) A religião dos membros de Babilônia, a Grande, portanto, não é cristã, mas babilônica e por isso falsa. — Isaías 47:1, 12-15.
15. Quem são os “reis da terra” sobre os quais Babilônia, a Grande exerce um reino?
15 A respeito de Babilônia, a Grande, foi explicado ao apóstolo João: “A mulher que viste significa a grande cidade que tem um reino sobre os reis da terra.” (Revelação 17:18) Visto que ela assim está sentada qual “rainha” sobre os reis da terra, Babilônia, a Grande, representa o império mundial da religião falsa. (Revelação 18:7) Ela tem exercido tal reinado imperial não só sobre os reis da terra durante qualquer determinado período ou século, mas também sobre a série de potências mundiais (“reis” simbólicos) durante os milênios de tempo. Até o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. houve uma sucessão de sete de tais potências mundiais, a saber, (1) o antigo Império Egípcio, (2) o Império Assírio, (3) o Império Neo-babilônico, (4) o Império Medo-Persa, (5) o Império Grego, (6) o Império Romano e (7) a Potência Mundial Dupla Anglo-Americana. Isto é retratado por ter a fera montada pela “meretriz”, sete “cabeças”.
16. A que se referia o anjo quando disse “um é”, a respeito das cabeças da “fera cor de escarlate”, montada pela “meretriz”?
16 Revelando o significado das diversas partes desta “fera cor de escarlate”, o anjo disse a João: “As sete cabeças significam sete montes, onde a mulher está sentada no cume. E há sete reis: cinco já caíram, um é, o outro ainda não chegou, mas quando chegar, tem de permanecer por pouco tempo.” (Revelação 17:9, 10) Pela expressão “um é”, o anjo se referiu à sexta potência mundial, o Império Romano, que mantinha o apóstolo cristão João, preso na ilha de Patmos.
17, 18. De que modo era a cristandade parte de Babilônia, a Grande, desde o seu começo?
17 No quarto século de nossa Era Comum, esta sexta potência mundial, por meio do Imperador Constantino, o Grande, qual seu Sumo Pontífice, produziu a fusão entre a religião pagã, romana, e a religião cristã, apóstata, de algumas centenas de “bispos” de congregações religiosas. Por decreto imperial, Constantino tornou a religião amalgamada a religião estatal. Deste modo, o cristianismo nominal, que era cristão apenas de nome, tornou-se a religião estabelecida do Império Romano. Assim se deu à luz a cristandade. Tornando-se a organização religiosa predominante da Potência Mundial Romana, potência mundial sobre a qual Babilônia, a Grande, exercia seu reinado, a cristandade tornou-se parte de Babilônia, a Grande. Assim, na realidade, a cristandade era a organização filial de Babilônia, a Grande, a respeito da qual se diz:
18 “Na sua testa havia escrito um nome, um mistério: ‘Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra.’” — Revelação 17:5.
19. (a) De que fonte procedem as principais doutrinas e práticas da cristandade? (b) Imitando sua mãe religiosa, como mostrou a cristandade que ela é “meretriz”?
19 Não é de se admirar, pois, que as doutrinas notáveis das seitas religiosas da cristandade e também suas práticas sejam pagãs, babilônicas, derivadas da antiga Babilônia no rio Eufrates, da Mesopotâmia. Nem é de se admirar que a cristandade imite sua mãe religiosa, da qual se diz: “Com a qual os reis da terra cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da fornicação dela.” (Revelação 17:1, 2) Em sentido espiritual, a cristandade é ”meretriz”, pois tem amizade íntima com este mundo iníquo, amizade impura sobre a qual Tiago 4:4 diz: “Adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” As igrejas estatais da cristandade, sua união entre Igreja e Estado, não lhe dão mérito. Tacham-na de fornicadora espiritual, intrometida na política do mundo.
20. (a) Portanto, por que se subentende que a cristandade, embora não mencionada por nome, esta incluída em Revelação, capítulo 17? (b) O que lhe reserva o futuro?
20 Pode haver qualquer dúvida de que a cristandade seja parte de Babilônia, a Grande, com um rol de membros nas igrejas, que faz dela a parte predominante desse império mundial da religião falsa? Nenhuma! Assim, embora a cristandade não seja mencionada por nome em Revelação, capítulo dezessete, ela está incluída e subentendida neste capítulo. Por conseguinte, o que se retrata ali como acontecendo à “grande meretriz” Babilônia, a Grande, tem de acontecer também à cristandade. Revelação, capítulo dezessete, mostra, pois, como a cristandade será destruída. Deve ser assim, porque nenhuma parte de Babilônia, a Grande, escapará da destruição. As “meretrizes” religiosas das quais ela é mãe também têm de perecer com ela. Portanto, ao considerarmos agora o divino “julgamento da grande meretriz que está sentada sobre muitas águas”, temos de pensar na cristandade como inseparavelmente envolvida e incluída. — Revelação 17:1, 5.
O PAPEL DA OITAVA POTÊNCIA MUNDIAL
21. O que disse o anjo de Deus ao apóstolo João a respeito dum “oitavo rei”?
21 O anjo de Deus disse ao admirado apóstolo João: “Eu te direi o mistério da mulher e da fera que a carrega, que tem as sete cabeças e os dez chifres: A fera que viste era, mas não é, contudo, está para ascender do abismo, e há de ir para a destruição. E quando virem que a fera era, mas não é, contudo estará presente, os que moram na terra se admirarão grandemente, mas os nomes deles não foram inscritos no rolo da vida desde a fundação do mundo. . . . E a fera que era, mas não é, é ela mesma também um oitavo rei, mas procede dos sete, e vai para a destruição.” — Revelação 17:7-11.
22. O que é este “oitavo rei”, e como “procede dos sete”?
22 A fera simbólica, de sete cabeças e dez chifres, representa “um oitavo rei”, quer dizer, uma oitava potência mundial. Esta potência mundial veio à existência depois do fim dos Tempos dos Gentios em 1914 E. C. e depois da Primeira Guerra Mundial. A história moderna identifica esta Oitava Potência Mundial como sendo a organização internacional de paz e segurança mundiais. Ela foi formada em 1919 e entrou em funcionamento no começo de 1920. A Sétima Potência Mundial, a saber, a Potência Mundial Anglo-Americana, foi na maior parte responsável pela formação de tal organização de paz e segurança mundiais. (Revelação 13:11-15) Começou sob o nome de “Liga das Nações”. Ela se derivou das sete potências mundiais precedentes no sentido de que continha a Sétima Potência Mundial e todas as relíquias das seis potências mundiais precedentes.
23. (a) Quando foi que a “fera” ‘ascendeu do abismo’, e sob que nome? (b) Que papel desempenham a cristandade e o judaísmo nas Nações Unidas?
23 Em 1939 E. C., a Liga das Nações foi para o abismo de impotência semelhante à morte, por causa do irrompimento da Segunda Guerra Mundial. No fim da Segunda Guerra Mundial, em meados de 1945, esta Oitava Potência Mundial designada para salvaguardar a paz e a segurança mundiais, subiu do abismo do tempo de guerra, especialmente com a ajuda da sétima potência mundial, a potência mundial dupla da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Assumiu um novo nome: Nações Unidas. Começando com cinqüenta e um estados-membros, tem hoje cento e quarenta e quatro estados-membros. A cristandade tem grande representação nas Nações Unidas, por meio de suas muitas nações que são membros daquela organização mundial. O judaísmo, com seu rol de membros de 14.443.925 judeus ortodoxos e da Reforma, tem sua representação nas Nações Unidas por meio do Estado de Israel, desde o ano de 1949. De modo que Babilônia, a Grande, domina o judaísmo.
24. Como foi que Babilônia, a Grande, montou na “fera cor de escarlate”, e como considera ela sua posição ali?
24 Quando a fera cor de escarlate, de sete cabeças e dez chifres, ascendeu do abismo na forma das Nações Unidas, Babilônia, a Grande, imediatamente montou nela novamente qual “rainha” com “um reino sobre os reis da terra”. Tomou tal ação por depositar sua fé naquela organização criada pelo homem para paz e segurança mundiais, em vez de no reino messiânico de Deus, que estava sendo proclamado mundialmente pelas testemunhas cristãs de Jeová. Fez-se dependente desta organização anticristã para a sua preservação contra o aniquilamento no período do após-guerra. Confiantemente, montada naquela fera simbólica, Babilônia, a Grande, “está dizendo . . .: ‘Estou sentada como rainha, e não sou viúva, e nunca verei pranto’”. (Revelação 18:7) Mas ela calculou errado!
25. Conforme o anjo de Deus disse ao apóstolo João, por que meios chegaria ao seu fim o império mundial, meretrício, da religião falsa?
25 Os “dez chifres” daquela simbólica fera cor de escarlate estão destinados a se voltar contra o meretrício império mundial da religião falsa. O anjo de Deus disse ao apóstolo João, enquanto este observava a visão profética: “E os dez chifres que viste significam dez reis, os quais ainda [nos dias de João] não receberam um reino, mas eles recebem autoridade como reis por uma hora, junto com a fera [por ingressarem na hodierna organização mundial de paz e segurança]. Estes têm um só pensamento, e assim, dão o seu poder e autoridade à fera [agora as Nações Unidas]. . . . As águas que viste, onde a meretriz está sentada, significam povos, e multidões, e nações, e línguas. E os dez chifres que viste, e a fera, estes odiarão a meretriz e a farão devastada e nua, e comerão as suas carnes e a queimarão completamente no fogo. . . . E a mulher que viste significa a grande cidade [Babilônia, a Grande,] que tem um reino sobre os reis da terra.” — Revelação 17:12-18.
26, 27. (a) Que mudança na atitude dos governantes políticos levará por fim a esta ação violenta? (b) Por que é apropriado que ‘a queimem com fogo’?
26 Os “dez chifres” simbólicos [os estados-membros da organização mundial de paz e segurança] perderão sua paixão pelo meretrício império mundial da religião falsa e a escornearão até a morte. De fato, toda a fera simbólica (agora as Nações Unidas) deixará de ter satisfação com sua relação lasciva com a “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, e as bocas das “sete cabeças” da “fera” cor de escarlate lhe “comerão as suas carnes”. Para toda a organização da “fera”, os “dez chifres” e tudo o mais, ela se tornará uma velha meretriz esgotada, não mais desejável para fins gananciosos e egoístas. De modo realístico, sob a tensão da crise global, os governantes políticos, cujas nações são membros das Nações Unidas, ficarão endurecidos à luz da piora das condições mundiais. Desconsiderando todo o sentimentalismo, ver-se-ão forçados a adotar medidas drásticas e impiedosas para a preservação de suas instituições políticas e de sua estrutura social e econômica. Verão que o império mundial da religião falsa é um aborrecimento internacional e um empecilho para suas operações de emergência, por causa de crenças, práticas e costumes religiosos, babilônicos.
27 Os muitos deuses e deusas que Babilônia, a Grande, tem adorado não virão em auxílio do império mundial da religião falsa, para salvá-la da ação de seus antigos amantes apaixonados. Seus ex-amantes, os elementos políticos e militares, aperceber-se-ão de que essas deidades de Babilônia, a Grande, são impotentes e não têm poder salvador para eles, quando sacerdotes, capelães, clérigos e potentados religiosos do império mundial da religião falsa oram para eles. Esses elementos políticos e militares sentir-se-ão enganados, ludibriados, defraudados, e perderão o respeito pela religião mundana. Não precisarão tornar-se comunistas para ‘odiar a meretriz’, mas simplesmente se tornarão radicais e assim poderão cooperar com o “comunismo ateu” em eliminar a organização religiosa, hipócrita. Dar-lhe-ão o tratamento que na antiguidade se dava a algumas meretrizes, a saber, “a queimarão completamente no fogo”. — Gênesis 38:24.
28. Quando toda a Babilônia, a Grande, for desolada, por que não ficará a cristandade isenta disso?
28 Podemos imaginar o que isto significará para o Vaticano e sua Basílica de São Pedro, para as religiosas catedrais, igrejas, mesquitas, templos, sinagogas, santuários e outros prédios religiosos! Podemos imaginar O que aguarda os que oficiam em vestimentas impressionantes naqueles edifícios religiosos. Não imagine a cristandade que ela escapará por se apresentar ao mundo em nome de Cristo. Ela também fez o papel de “meretriz” religiosa, igual à sua mãe, Babilônia, a Grande. A amizade que cultivou e manteve com os elementos políticos e militares deste mundo lhe falhará. Ficará chocada de descobrir que a amizade adúltera com este mundo a tornou ‘inimiga de Deus’ e do Cristo Dele. (Tiago 4:4) Nem mesmo a celebração do Ano Santo de 1975 modificou sua situação perante Jeová Deus Ela precisa ser reduzida ao estado vazio e ermo semelhante ao predito para o antigo Edom. — Isaías 34:11-13; veja Revelação 18:2, 8.
29. (a) Como se identificou o judaísmo com Babilônia a Grande? (b) Sai alguém do judaísmo, a fim de evitar a sorte dele?
29 Com respeito ao judaísmo, tem tomado sua posição ao lado de Babilônia, a Grande. O Estado de Israel, como um dos 144 membros judaicos, árabes, muçulmanos, hindus, budistas, pretensos “cristãos” e comunistas das Nações Unidas, tem estado sob a cavaleira daquela Oitava Potência Mundial, a saber, Babilônia, a Grande. (Revelação 17:3-6) No primeiro século de nossa Era Comum, o fariseu judeu chamado Saulo de Tarso saiu do judaísmo e tornou-se o apóstolo cristão chamado Paulo. (Gálatas 1:1, 13-17; Filipenses 3:3-6) Dessemelhante deste Saulo de Tarso, a vasta maioria dos judeus naturais e circuncisos têm-se apegado ao judaísmo tradicional.
30. O que aguarda tanto a cristandade como o judaísmo, e como é isso indicado pelos acontecimentos do primeiro século?
30 No ano 70 E. C., seu baluarte do judaísmo, Jerusalém, foi destruído pelos romanos pagãos, assim como Jesus Cristo predissera. (Mateus 24:1-3, 15-22; Lucas 21:20-24) Esta destruição de Jerusalém e de seu templo, e a desolação da terra de Judá pelos romanos, tornou-se tipo profético da destruição e desolação da cristandade, agora iminentes, na “grande tribulação” à frente. Visto que o judaísmo se apega à atitude que adotou no primeiro século E. C. e que lhe trouxe o desastre em 70 E. C., sofrerá a mesma sorte de seu antítipo, a cristandade.
31. Que povo se destaca como separado e distinto da cristandade e do judaísmo, e que condições usufrui mesmo já agora?
31 Portanto, está chegando o tempo em que Babilônia, a Grande, não mais existirá! Isto significa que virá o tempo em que nem a cristandade nem o judaísmo existirão! Mas, que dizer dos proclamadores do reino messiânico estabelecido de Deus, a saber, as testemunhas cristãs de Jeová? Que dizer do paraíso espiritual que agora habitam? As Escrituras proféticas, inspiradas, revelam-lhes o que podem esperar. — Amós 3:7; Revelação 1:1-3.