Como Orvalho da Parte de Deus e Como um Leão Entre as Nações
1. Quem foi o governador desta nação espiritual nascida em 1919, e como foi que a revista A Sentinela chamou atenção para isto?
QUEM foi o governador da nação espiritual que nasceu na terra em 1919 para o serviço do após-guerra? Não foi o presidente da Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados, muito embora; o restante do Israel espiritual use esta sociedade e coopere com ela até hoje. O Dominador procedente de Belém, o Rei entronizado, Jesus Cristo, foi o seu Rei celestial e invisível. Como a Sentinela, em inglês, de 15 de setembro de 1919, no seu artigo “Anunciando o Reino” (página 281), disse aos seus leitores dedicados:
2. Em 1919, de que tinha o restante bastante evidência para provar concernente a Jesus Cristo, e como foi a sua libertação naquele ano prefigurada em 537 A.C. pelo restante judaico?
Sois embaixadores do Rei dos reis e Senhor dos senhores, anunciando dêste modo dignificado aos povos, a entrada da Era de Ouro, o glorioso reino de nosso Senhor e Mestre, pelo qual os verdadeiros cristãos têm esperado e orado por muitos séculos.
2 Os do restante espiritual que sobreviveu à Primeira Guerra Mundial, tinham evidência cronológica da Bíblia bem como circunstancial baseada em profecias bíblicas cumpridas de que Jesus Cristo tinha voltado assim como prometera, e de que êle estava presente invisi̇̀velmente na glória do seu cargo régio, no qual Jeová o tinha empossado em 1914. Foi Jesus que Jeová Deus usou para libertá-los do cativeiro babilônico em 1919, do mesmo modo como Jeová usara o imperador da Pérsia, Ciro, o Grande, para libertar o restante fiel judaico do cativeiro em Babilônia, em 537 A. C. — Isa. 44:26 a 45:7.
3. Como era o Senhor Jesus Cristo semelhante a Davi em velar pelo seu liberto rebanho de ovelhas?
3 O Dominador celestial, procedente de Belém, o Senhor Jesus Cristo, começou a velar amorosamente o restante liberto dos seus seguidores dedicados, assim como Davi acostumava a velar pelo seu rebanho, quando era garôto em Belém. Jesus cumpre as palavras que êle proferiu, quando ainda estava na terra: “Eu sou o pastor correto, e eu conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim.” (João 10:14) Êle pastoreia as suas ovelhas na terra com dignidade real e com poder. Indicando os futuros benefícios de seu trabalho pastoral como Dominador, Miquéias 5:4, 5 diz: “E êle certamente estará de pé e pastoreará na fôrça de Jeová, na superioridade do nome de Jeová, seu Deus. E êles, certamente, continuarão a habitar, pois êle será então grande, até os confins da terra. E êste tem de tornar-se paz.”
4. Desde 1914, como faz êle a obra pastoral de dois modos, e no poder de quem?
4 Em 1914, Jesus Cristo se levantou como Rei, e a sua segunda presença, uma presença invisível em espírito, começou com relação ao seu domínio terrestre, esta terra. Êle se empenhou na obra pastoral de dois modos: para com o pequeno rebanho de seus seguidores perseguidos na terra e para com as nações perseguidoras, que figurativamente lhe bateram com uma vara na face. (Miq. 5:1) As nações que o rejeitaram como Rei e que tentaram destruir o restante que pregava o seu reino, êle as alimentará com a destruição. Portanto, concernente ao nascimento do reino, do qual êle é o Dominador ungido de Deus, Apocalipse 12:5 diz: “E ela [a organização celestial de Deus] deu à luz um filho, um varão, que está destinado a pastorear tôdas as nações com uma vara de ferro. E seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.” No pastorear tôdas as nações com uma vara de ferro, êle as despedaçará como se fôssem vasos de barro. (Sal. 2:8, 9; Apo. 2:26, 27) Isto exige vigor. O Dominador procedente de Belém, porém, recebe o poder de Jeová: “O poder pertence a Deus.” (Sal. 62:11) Com êste mesmo poder êle pastoreia o seu pequeno rebanho, o seu fiel restante na terra.
5. Por que pastoreia êle em nome de outrem?
5 Êle sabe que as ovelhas não lhe pertencem realmente, muito embora tenha dado a sua alma por elas como um bom pastor. Elas pertencem ao seu Pai celestial. É por isto que a profecia diz que o Dominador procedente de Belém realmente “pastoreará . . . na superioridade do nome de Jeová, seu Deus.” Pastoreia em nome do verdadeiro Dono das ovelhas, Jeová, seu Deus. Em que nome mais excelente poderia servir êle? O nome de Jeová é um nome superior, o maior nome no universo. O nome de Jesus Cristo está, em segundo lugar quanto ao Deus Altíssimo, Jeová.
6. Onde continuam a habitar as suas ovelhas, e o que significa o Pastor cuidar delas?
6 O Dominador procedente de Belém está assim a serviço real do mais grandioso do céu e da terra. Que nobreza adicional para êle! Que responsabilidade! Não é nada surpreendente, portanto, que Miquéias 5:4 diga o seguinte concernente às suas ovelhas, em contraste com as nações, suas inimigas: “E êles, certamente, continuarão a habitar.” Nunca mais serão arrancados da “terra” à qual foram restaurados depois do cativeiro babilônico, a terra de sua relação familiar pacífica e harmoniosa com Jeová Deus. Nesta terra espiritual, desfrutam os serviços pastorais do Dominador procedente de Belém, Jesus Cristo. Isto significa alimento espiritual adequado, proteção para êles e liderança fiel no serviço de Deus.
7. Por que razão este Pastor Dominador “será então grande, até os confins da terra”?
7 Em qualquer parte da terra em que se encontre alguém do restante restaurado das ovelhas espirituais, êle recebe o excelente pastoreio do Dominador procedente de Belém. O por quê disto é, segundo declarado: “Pois êle será então grande, até os confins da terra.” Tem agido de acôrdo com o próprio convite de Jeová, no Salmo 2:8, e Jeová lhe tem dado os confins da terra por sua possessão. Tôdas as nações inimigas estão tentando manter a soberania nacional em desafio à soberania universal de Jeová. Em breve elas terão que se render ao Pastor Dominador procedente de Belém. Então, o seu reino, semelhante a uma grande montanha, encherá a terra tôda. Sob o seu reino, todos os habitantes da terra, semelhantes a ovelhas, habitarão em paz para sempre.
8. A que paz se refere, quando Miquéias 5:5 diz: “E êste tem de tornar-se paz”?
8 O Dominador procedente da Casa de Pão Maior faz as pazes entre Deus e homens, mediante o poder do seu sacrifício humano, há dezenove séculos atrás. (Rom. 5:1; Efé. 2:14) Entretanto, quando Miquéias 5:5 profetizou: “E êste tem de tornar-se paz”, êle se referia a uma outra espécie de paz, a de ser mantido em paz e em prosperidade, apesar do grande ataque do inimigo. Nos dias de Miquéias, no oitavo século A. C., êste inimigo era o poder mundial agressivo no norte de Israel, a saber, a Assíria, ao nordeste do vale mediterrâneo.
9, 10. Como o poder mundial assírio rugiu como um leão contra Israel e sua capital, Samaria, e contra a capital de Judá, Jerusalém, mas como foi pôsto a correr de volta para a sua toca?
9 Durante a própria existência de Miquéias, o poder mundial da Assíria destruiu ao reino das dez tribos de Israel com a sua capital em Samaria, em 740 A. C. Oito anos mais tarde, no décimo quarto ano do reinado do Rei Ezequias, que estava no trono de Davi, a cidade santa de Jerusalém foi ameaçada de captura ou de destruição, pelo arrogante imperador assírio Senaqueribe. Isto se deu em 732 A. C. Vindo tomando de assalto de sua cidade capital, Nínive, Senaqueribe rugia como um leão através do Oriente Médio. Mas o anjo de Jeová ouviu a oração do seu representante no “trono de Jeová”, o Rei Ezequias. Numa só noite o anjo feriu 185.000 tropas do assírio, Senaqueribe, e o pôs a correr de volta para a sua toca leonina, Nínive, onde, mais tarde, foi assassinado. Usando o agressor assírio procedente do norte como uma ilustração para os nossos dias, Miquéias 5:5, 6 diz:
10 “Êste [o Dominador procedente de Belém] será a nossa paz. Quando a Assíria vier à nossa terra, e quando passar sôbre os nossos palácios, levantaremos contra ela sete pastôres e oito príncipes dentre os homens. Êstes consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode dentro de suas próprias portas. Assim nos livrará da Assíria, quando esta vier à nossa terra, e pisar os nossos têrmos.” — ALA.
11. (a) Com quem assemelhou Ezequiel aquêle a quem o agressor assírio servia? (b) Quem desempenha o papel de “rei do norte” desde a Segunda Guerra Mundial, mas quem desempenhou êsse papel antes da guerra?
11 O antigo agressor assírio era servo de Satanás, o Diabo. Na profecia de Ezequiel, capítulos trinta e oito e trinta e nove, Satanás, o Diabo, é prefigurado pelo ganancioso e agressivo Gog de Magog, que também vem do norte longínquo. Satanás, o Diabo, é invisível, sendo êle o “dominador deste mundo”, “o deus deste sistema de coisas”. (João 12:31; 2 Cor. 4:4) Mas, representando notàvelmente a Satanás, o Diabo na terra hoje em dia está o agressivo loco totalitário de nações, que na profecia de Daniel, capítulo onze, é predito como o “rei do norte”. Desde a Segunda Guerra Mundial, o agressivo bloco comunista, liderado pela Rússia Vermelha, tem desempenhado o papel do profético “rei do norte”. No seu ateísmo, na sua ganância de domi̇́nio absoluto, na sua ditadura, êle ameaça não sòmente a cristandade, mas, em especial, o restante do Israel (ou Jacó) espiritual de Jeová e a todos os que estiverem associados com êle. Antes da Segunda Guerra Mundial, o papel do “rei do norte” foi desempenhado pelo bloco nazi-fascista. Como “rei do norte”, êste bloco agia mais em defesa da parte católica romana da cristandade, e para estabelecer novamente o Santo Império Católico Romano da Nação Alemã. Mas mesmo com êste pretexto nazi-fascista, o “rei do norte”, dentro dos seus domínios estava impiedosamente contra as testemunhas de Jeová e tentou destruí-las.
12. Como foi que o “rei do norte” do ante-guerra agiu semelhante ao assírio em invadir a terra do povo de Jeová?
12 Semelhante ao antigo invasor assírio, o “rei do norte” moderno invadiu o território do povo de Jeová no tempo em que Hitler assumiu o poder da Alemanha, em janeiro de 1933. Naquele tempo não havia muitos companheiros semelhantes a ovelhas associados com o restante espiritual, então conhecido como testemunhas de Jeová por menos de dois anos. Na mesma ocasião que Hitler, a Ação Católica começou a se levantar contra as testemunhas de Jeová, especialmente na América, onde a Sociedade Tôrre de Vigia tem a sua matriz. Desta vez, o restante ungido das testemunhas de Jeová não retrocedeu como na Primeira Guerra Mundial.
SETE PASTORES E OITO PRÍNCIPES
13. Em que sentido levantou o restante “sete pastôres” contra o invasor assírio?
13 Miquéias disse que o próprio restante estaria na ofensiva, tomando iniciativa contra os servos político-religiosos de Gog de Magog, Satanás, o Diabo. Desde 1919, Jeová tinha pôsto pastôres visíveis sobre o seu povo, pastores espirituais, a quem êle tinha confiado seu rebanho de ovelhas dedicadas. Assim, em vez de se render à usurpação do moderno invasor assírio, o restante do Israel espiritual levantou contra êle “sete pastôres”. Isto quis dizer o número completo dos seus pastôres espirituais, o número sete na Bíblia simboliza perfeição, inteireza, principalmente em sentido espiritual. Muitas testemunhas de Jeová caíram mortas sob o impacto das fôrças opositoras.
14. Como mostra a profecia de Miquéias se houve decréscimo no número que o restante ungido colocou na ofensiva durante o furioso desenrolar da batalha?
14 Na batalha, que continuou furiosamente contra o agressor totalitário, primeiro, do campo nazi-fascista da Ação Católica, houve algum decréscimo no número dos que se colocaram na defensiva para frustrar o agressor totalitário da adoração pura de Jeová e para fazer retroceder a batalha até a sua própria terra? Não, diz a profecia de Miquéias. O restante de Jeová suscitaria melhores ainda do que os “sete pastôres”; suscitaria “oito príncipes dentre os homens”, além do fato de que o Dominador procedente de Belém, Jesus Cristo, estar fazendo invisi̇̀velmente em nome de Jeová, seu Deus, a obra pastoral entre o restante. Assim, a profecia de Miquéias intensifica o número menor, “sete”, por usar logo a seguir o número maior, “oito”, indicando que houve um número considerável e que não houve decréscimo de pastôres ou príncipes, isto é, de homens dedicados que assumissem a liderança. — Compare com Eclesiastes 11:2.
15. Que mudança operou a Segunda Guerra Mundial quanto à Identidade do “rei do norte”, e o que se tem feito para frustrar as suas agressões à pura adoração teocrática?
15 A batalha contra o agressor assírio moderno sob a liderança invisível de Gog de Magog prosseguiu além do fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Naquela guerra, o “rei do norte”, disfarçado em nazismo e fascismo, foi derrotado. Mas a Ação Católica continuou e ainda é companheira do “rei do norte”. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a Ação Católica tem do seu lado e contra o restante espiritual de Jeová o “rei do norte” sob um nôvo pretexto, o dos imperialistas, dos comunistas e dos totalitários do mundo. Contra êstes, o restante ergue e põe em ação os corajosos pastôres espirituais, os príncipes do rebanho de Deus, para frustrar o avanço contra a adoração pura e teocrática de Jeová e contra a proclamação da mensagem do Reino.
16. Como têm pastoreado a Assíria simbólica, a terra de Ninrode, com espadas e nas suas próprias portas?
16 Têm êles pastoreado na moderna “terra da Assíria” com espada, ou na simbólica “terra de Ninrode”, conforme é também chamada a Assíria nas “suas próprias portas”? Sim, com “a espada do espírito, isto é, a palavra de Deus”, a Bíblia. (Efé. 6:17) O totalitário “rei do norte” comunista, não os intimida assim como não os intimidaram o nazismo, o fascismo e a Ação Católica juntos. Desde a Segunda Guerra Mundial as testemunhas de Jeová fizeram a sua atividade progredir de sessenta e nove países para cento e oitenta e cinco atualmente. A sua atividade e organização continuam a progredir até mesmo atrás da Cortina de Ferro e sob governos ditatoriais, sendo brandida a Palavra de Deus semelhante à espada em mais de cento e cinqüenta idiomas.
17. Por que a luta ainda precisa continuar, e com que pensamento?
17 O ataque final da Assíria moderna ainda não foi executado. A luta precisa continuar, sem se pensar em derrota, mas com a certeza de vitória. A Palavra de Deus, semelhante à espada, precisa continuar a ser publicada. Ainda não ocorreu o ataque final pelo satânico Gog de Magog, no qual êle usará o moderno agressor assírio num supremo esfôrço contra os que tomam firmemente o lado do Dominador procedente de Belém como o justo Dominador de tôda a terra e que, portanto, pregam sem temor as boas novas do reino estabelecido de Deus.
18. Quando realizará o Dominador procedente de Belém o completo livramento?
18 O Dominador procedente de Belém já tem realizado notáveis livramentos dos adoradores de seu Deus, Jeová. A maior libertação, o livramento completo, ainda está por vir. Isto ocorrerá quando o assírio moderno se unir a Gog de Magog no seu ataque final e total, com tudo o que êle tem, visível e invisível, contra a organização dos adoradores de Jeová. Então, êste assírio não se provará melhor do que o arrogante Senaqueribe da antiguidade.
19. Naquele tempo, com quem mais lutará o Dominador procedente de Belém, além do agressor assírio, e com que ação?
19 De sua posição de batalha celestial, o Dominador procedente de Belém ataca o assírio agressor e tôdas as suas hostes na batalha do Armagedon, a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. Não só isto, mas êle também prenderá as fôrças invisíveis por trás do agressor assírio, a Satanás, o Diabo, e a todos os seus demônios. Êle os lançará no abismo de inanição e inércia, semelhante à morte, pelos mil anos do seu abençoado reino sôbre a humanidade.
REFORÇOS
20, 21. (a) Empenham-se inteiramente o restante em promover a ofensiva contra as fortificações do totalitarismo? (b) Portanto, quando se cumpre Miquéias 5:7 concernente ao orvalho?
20 Enquanto isto, o restante do Israel (ou Jacó) espiritual, não se empenham inteiramente em promover a ofensiva contra as fortificações do totalitarismo, quando êste tenta impiedosamente varrer da terra a adoração pura de Jeová. Segundo a comissão que o restante recebe de Deus, êle tem a obra mais construtiva do que qualquer outra que esteja sendo feita na terra hoje em dia.
21 Depois de falar sôbre a bem sucedida resistência ao inimigo agressivo e de fazer voltar o fluxo da batalha para o seu próprio país, o profeta Miquéias (5:7) diz: “O restante de Jacóa se tornará no meio de muitos povos como orvalho da parte de Jeová, como a chuva copiosa sôbre a vegetação, que não espera pelo homem ou espera pelos filhos do homem terreno.” Esta profecia não se aplica primariamente ao restante do Israel (ou Jacó) espiritual no novo mundo justo, depois de este ter sobrevivido à batalha do Armagedon, conforme se cria.b Ela está sendo cumprida agora, e tem estado em cumprimento desde que o restante foi liberto em 1919.
22. Por que é o uso figurativo do “orvalho” bem apropriado concernente à terra do antigo Israel?
22 A terra do antigo Israel dependia grandemente do orvalho da parte de Jeová bem como das chuvas. As chuvas caíam no inverno, desde outubro até março, de modo que havia chuva no outono e na primavera. (Joel 2:23; Tia. 5:7) De abril até setembro havia um período contínuo de sêca. A terra ficaria completamente ressequida e a vegetação secaria se não houvesse um pesado orvalho que caía durante a noite, ao refrescar do dia. O orvalho gotejava e molhava a vegetação durante abril, maio, agôsto e setembro. Nada se menciona quanto a se isto ocorresse em junho e julho.
23. Que textos bíblicos fazem observações quanto a quão denso era o orvalho?
23 Assim o orvalho salvava a safra. Isto, por sua vez, salvava vidas e contribuía para a fartura e a prosperidade de um país agrícola. Tão pesado era o orvalho que, certa vez, quando o Juiz Gideão colocou uma porção de lã no sereno para obter uma prova de Jeová Deus, o Originador do orvalho, e, na manhã seguinte, “apertando a lã, do orvalho dela espremeu uma taça cheia de água”. (Juí. 6:38, ALA) Quando o pastor namorado da moça Sulamita veio visitá-la durante a noite, êle disse: “A minha cabeça está cheia de orvalho, meus cabelos estão cheios das gotas da noite.” — Cân. 5:2; 6:13, ALA.
24. (a) O que foi indicado por se reter ou liberar o orvalho sôbre a terra de Israel? (b) Portanto, em que sentido seria o restante do Israel espiritual como orvalho da parte de Jeová?
24 Quando Deus amaldiçoou a terra de Israel nos dias do Rei Acabe, o profeta Elias disse: “Nem orvalho nem chuva haverá nestes anos segundo a minha palavra.” (1 Reis 17:1, ALA) Quando Jeová amaldiçoou a terra, porque os seus habitantes não reconstruíam o templo em Jerusalém, ele disse: “Por isso os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra os seus frutos. Fiz vir a sêca sôbre a terra.” (Ageu 1:10, 11, ALA) Quando êle prometeu abençoar o restante por reconstruir o templo, Jeová disse: “A terra dará o seu produto e os céus o seu orvalho.” (Zac. 8:12) Êle é, por assim dizer, o “pai da chuva” e “gera as gotas do orvalho”. (Jó 38:28) Portanto, quando Miquéias predisse que o restante do Israel (ou Jacó) espiritual seria como orvalho da parte de Jeová, ele queria dizer que êste seria uma bênção de Deus para os povos no tempo de contínuo calor.
25, 26. (a) Em que sentido é o atual um tempo quente para as nações, e quem são os que encontram refrigério neste tempo? (b) Como espalha o restante orvalho simbólico, sôbre êstes, e como difere isto dos equipamentos modernos de guerra?
25 O atual é um tempo quente para as nações do mundo. Não que elas tenham uma “guerra quente” contínua, mas o calor da indignação, da censura e da ira de Jeová vem contra elas por causa da oposição ao reino de Deus por Cristo, que demonstram pelo ódio e pela perseguição de Suas testemunhas. Por isso, só os que aceitam o testemunho do Reino, que é dado agora e que se voltam para ele como a única esperança da humanidade, encontram refrigério da parte do restante espiritual. São para estes como um orvalho de bênção da parte de Jeová.
26 Entre êstes, o restante espalha o orvalho da verdade de Deus — ó, tão suavemente! É como o profeta Moisés disse: “Meu proferimento gotejará como o orvalho, como a chuva suave sobre a relva e como as chuvas copiosas sobre a vegetação. Pois declararei o nome de Jeová.” (Deu. 32:2, 3) Ó quão refrescante é isto para as pessoas sedentas pelos favorecimentos de Deus e pelo reino! Quão revigorador é, pois êste orvalho é realmente a “palavra da vida”! (Fil. 2:16) Não é a queda mortífera de poeira radioativa de uma explosão de bombas letais atômicas ou de hidrogênio ou o lançamento de gases venenosos e de doses bacteriológicas. Este orvalho vitalizador da parte de Deus resulta na bondade e na satisfação da unidade fraternal e na paz. “É”, diz o Salmo 133:3, “como o orvalho de Hermom, que desce sobre as montanhas de Sião. Pois ali Jeová ordena a bênção e a vida por tempo indefinido”.
27. Que ação responsiva tomam êstes, como o que se tornam, e até que ponto?
27 As pessoas semelhantes a ovelhas, que recebem gratamente o restante espiritual como “orvalho da parte de Jeová”, são revivificadas. Sua sêde da verdade, da justiça e de um govêrno perfeito fica satisfeita. Dedicam-se a Jeová Deus, o grande Originador de orvalho e de chuva. Então se reúnem a este “restante de Jacó” em passar a “palavra da vida” a outros. Ao fazer isto, tornam-se semelhantes a gôtas de orvalho para outros sedentos em toda a terra. Visto que são uma “grande multidão” inumerável de pessoas semelhantes a ovelhas, tornam-se inumeráveis como as gôtas de orvalho. — 2 Sam. 17:11, 12.
28. Como, então, tomam parte no cumprimento do Salmo 110:3?
28 Nas suas centenas de milhares hoje em dia, têm-se tornado como um refôrço para o restante espiritual na proclamação do Reino. Oferecem-se voluntàriamente assim como o restante fêz nestes dias, quando o Rei entronizado de Jeová reina no meio dos seus inimigos. Numa bela descrição disto, o Salmo 110:3 diz ao Rei de Jeová: “Apresentar-se-á voluntàriamente o teu povo no dia do teu poder: com santos ornamentos, como o orvalho [em número] emergindo da aurora, serão os teus jovens.” — ALA.
29. (a) Até quando deve continuar êste trabalho vivificador, e como? (b) o que, precisamos ser para fazermos esta obra, e quando, especialmente, precisamos ser isto?
29 Até que o crescente calor da ira de Jeová flameje no fogo da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” e devore todos os inimigos do Seu reino por Cristo, a refrescante obra vitaliza.. flora da “palavra da vida” precisa continuar, visto que convidamos as pessoas ao simbólico ‘rio da água da vida”, dizendo: “Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Apo. 22:17, ALA) Mas, nestes dias de ódio e de oposição internacionais, exige coragem para se fazer esta obra que desvia dos convertidos semelhantes a ovelhas a ira de Deus. Por isso, lembremos que êste é o tempo do poder do Rei ungido. Êle faz frente aos exércitos das nações, que estão sendo reunidos por Gog de Magog, Satanás, o Diabo, para o campo de batalha chamado Armagedon. (Apo. 16:14-16) O ataque final do assírio moderno sob Gog de Magog, será realizado sem falta, quando o Deus Todo-poderoso o permitir. Neste tempo teremos a maior provação de nossa fé e devoção. Precisamos ser corajosos agora, mas o que dizer daquele tempo? Seremos corajosos naquele tempo.
30. Como assegura Miquéias 5:8, 9 de que seremos corajosos naquele tempo?
30 Miquéias 5:8, 9 nos assegura disto ao dizer: “E o restante de Jacó (ou Israel) se tornará entre as nações, no meio de muitos povos como um leão entre os animais da floresta, como um leãozinho de juba entre rebanhos de ovelhas, o qual, quando realmente passa, certamente tanto pisará como despedaçará; e não há quem livre. A tua mão se exaltará bem acima dos teus adversários, e todos os teus inimigos serão cortados.”
31. (a) Como é o Dominador procedente de Belém um adversário à altura para o agressor leonino assírio? (b) Como tem sido o povo de Jeová como leão entre as nações desde 1919, e como devem ser mantidos os nossos corações no futuro?
31 O “assírio” totalitário moderno vem da capital dos leões prefigurada pela antiga Nínive. (Naum 2:11, 12) Mas o nosso Líder é o Dominador procedente de Belém, o Rei maior que Davi, que, como jovem pastor, matou um leão com ajuda de Jeová. (1 Sam. 17:34-37) Êle próprio é o “Leão que é da tribo de Judá, a raiz de Davi”, e desconhece o mêdo. (Apo. 5:5) Desde 1919, os remanescentes ou o “restante” do Israel espiritual, têm estado como um leão entre as nações. Obedeceram destemidamente o mandamento de Jeová mediante Cristo e pregaram as ‘boas novas do Seu reino estabelecido em tôda a terra habitada em testemunho a tôdas as nações’. Foram indômitos pelo ódio, oposição e perseguição tanto do profético “rei do norte” como do “rei do sul”. (Dan. 11:40-45) Os centenas de milhares de companheiros dedicados e batizados, procedentes de tôdas as nações, tribos, povos e línguas, têm igualmente demonstrado coragem e destemor leoninos mediante o espírito de Jeová. Que jamais se intimidem no futuro os nossos corações por causa das maquinações e do número de nossos ferozes inimigos.
32. (a) Em quem inspirará temor o “dia de Jeová”? (b) Segundo Miquéias 5:9, o que nos acena para avançarmos, e, ao avançarmos, a que nos tornamos ainda mais semelhantes?
32 Assim que entrarmos no grande dia de Jeová, êste inspirará temor só aos nossos inimigos, porque a execução do julgamento de destruição da parte de Jeová será contra êles, não contra nós. A Sua mão será exaltada triunfantemente acima dos seus adversários e todos os Seus inimigos serão exterminados. Isto também significa que a mão do destemido restante e dos seus companheiros será então exaltada vitoriosamente acima de nossos adversários e todos os nossos inimigos serão exterminados. A vitória nos acena para avançarmos em tôdas as nações com o ministério ulterior do Reino que está diante de nós, sob a liderança do “Leão que é da tribo de Judá”. “Segui-me” diz êle. Por segui-lo, nos tornaremos ainda mais numerosos como as gôtas de orvalho, e seremos uma bênção refrescante da parte de Jeová Deus, entre muitos povos, para a vida eterna dêles, no Seu justo nôvo mundo.
[Nota(s) de rodapé]
a O anjo de Jeová mudou o nome de Jacó para Israel. As tribos que procederam dos doze filhos de Jacó foram, portanto, chamadas de doze tribos de Israel. — Gên. 32:27, 28; 35:9, 10; 49:28.
b Veja-se A Sentinela, em inglês, de 15 de dezembro de 1928, página 376, §§ 35, 36 e a de dezembro de 1942, em português, página 190, §§ 10-14.