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Por que deixar de resmungar?A Sentinela — 1979 | 15 de julho
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Agora, na sua posição enaltecida, Jesus se pode “compadecer das nossas fraquezas” e vir em nosso auxílio. (Heb. 2:18; 4:15) Nós também podemos ter a certeza de muitas bênçãos, por continuarmos a mostrar interesse amoroso nos outros, não nos queixando deles.
Então, a que conclusão devemos chegar? Que o espírito resmungão e queixoso resulta na dessatisfação e no descontentamento. Isto pode até levar à rebelião contra Deus. Quer que isso aconteça com você? Ou deseja levar uma vida plena e satisfatória, sabendo que tem a bênção e a aprovação do Criador celestial? Certamente, deseja o favor dele. Portanto, ‘persista em fazer todas as coisas livre de resmungos e de argüições, para que venha a ser inculpe e inocente, filho de Deus sem mácula no meio duma geração pervertida e deturpada, entre a qual está brilhando como iluminador do mundo’. — Fil. 2:14, 15.
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É tempo para uma paciente esperaA Sentinela — 1979 | 15 de julho
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É tempo para uma paciente espera
No oitavo século A.E.C., existia uma situação deplorável entre os israelitas. O profeta Miquéias declarou: “Ai de mim, porque me tornei como o recolhimento de frotas de verso, como a rebusca da vindima! Não há cacho de uvas para comer, nem figo temporão que a minha alma almeje! Pereceu da terra aquele que é leal e não há nenhum reto entre a humanidade. Todos eles estão de tocaia para derramar sangue. Caçam, cada um o seu próprio irmão, com uma rede de arrasto. Suas mãos estão sobre o que é mau, para o fazer bem; o príncipe pede algo e aquele que julga o faz pela recompensa, e o grande profere a avidez da sua alma, da sua própria; e eles urdem a trama. O melhor deles é como a sarça, o mais reto deles é pior do que uma sebe de espinhos.” — Miq. 7:1-4.
Evidentemente, Miquéias fala sobre si mesmo como se fosse a nação personificada. A nação parecia um pomar, ou um vinhedo, do qual já recolheram os frutos. Não sobrara nenhum cacho de uvas. Não havia nem mesmo um só figo desejável. Era uma comparação apropriada, porque era difícil achar alguém leal e reto. A maioria estava atrás do sangue do seu próximo. A competição era ferrenha. Não havia nenhuma preocupação com o bem-estar dos outros. O amor estava totalmente ausente. As pessoas, para promoverem os seus próprios fins, tramavam para enlaçar seu próximo, indo atrás dele como que com uma rede de arrasto. Suas mãos estavam plenamente ocupadas em fazer o mal. Mostravam-se muito hábeis nisso, ‘faziam isso bem’.
A decadência moral atingira os mais altos níveis da sociedade. Os príncipes ou líderes da nação ‘pediam algo’, avidamente procurando uma gratificação. Os juízes aceitavam peitas e pervertiam a justiça. Homens abastados e de destaque expressavam seus desejos, e os juízes os acatavam. Desta maneira, os príncipes, os juízes e outros homens influentes cooperavam numa trama iníqua, ‘urdindo-a’. Até mesmo o melhor entre eles era semelhante à sarça ou a uma sebe de espinhos. Tanto a sarça como a sebe de espinhos podem rasgar a roupa e picar dolorosamente a carne de quem estiver passando. Do mesmo modo, também, homens contrários à lei, no tempo de Miquéias, eram traiçoeiros, espinhosos e prejudiciais. Por causa desta situação deplorável, Miquéias podia dizer aos israelitas: “Tem de chegar o dia dos teus vigias, de se fixar a atenção em ti. Agora ocorrerá a sua consternação.” (Miq. 7:4) Os “vigias” eram os profetas. De modo que ‘o dia dos vigias’ podia estar designando o tempo em que Jeová tomaria ação contra os iníquos, em cumprimento do que os profetas haviam proclamado. A execução do julgamento de Jeová ‘consternaria’ ou confundiria as pessoas contrárias à lei.
A corrução era tão grande que nem mesmo as relações familiares uniam as pessoas num vínculo de amor. Por isso, o profeta podia dirigir-se aos outros israelitas com as palavras: “Não tenhais fé no companheiro. Não tenhais confiança no amigo íntimo. Guarda o abrir da tua boca diante daquela que se deita ao teu seio [quer dizer, cuidado com o que diz!]. Pois o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a sua mãe; a nora contra a sua sogra; os inimigos do homem são os homens da sua casa.” — Miq. 7:5, 6.
Imagine só os amigos dum homem — esposa, pai, mãe e filhos, não eram de confiança. Tinha inimigos na sua própria família.
Tal situação simplesmente não podia continuar. Exigia que o Deus de justiça, Jeová, agisse. Entrementes, cabia esperar pacientemente. A profecia declara: “Mas, quanto a mim, ficarei à espreita de Jeová. Mostrarei uma atitude de espera pelo Deus da minha salvação. Meu Deus me ouvirá.” — Miq. 7:7.
Também nós, hoje, devemos estar dispostos a esperar pacientemente para Jeová Deus agir contra toda a injustiça. Seu julgamento adverso contra o atual sistema de coisas será executado com a mesma certeza com que foi executado nos israelitas contrários à lei, e isso muito em breve!
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