Capítulo 5
“Terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações”
1. O que passa a dizer Ageu 2:7 sobre o que se segue ao abalo das nações e, por isso, o que não devemos querer fazer com respeito à adoração de Jeová?
É EVIDENTE que a profecia de Ageu 2:6 se cumpre desde que Jeová Deus, o Todo-poderoso, assumiu a sua soberania universal naquele ano de guerra de 1914 E. C. Mas a profecia passa a dizer-nos o que resulta do abalo de todas as nações, além da remoção total de todo o sistema humano de coisas na terra. Em Ageu 2:7, o Soberano Senhor Jeová prossegue: “‘E vou fazer tremer todas as nações, e terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” Em vista desta promessa divina, mostrando que Jeová dos exércitos se agrada em glorificar seu templo ou sua casa de adoração pura, quem somos nós para desprezar e rebaixar a adoração verdadeira Dele nestes dias atribulados?
2. Como fez Jeová as nações tremer desde 1914 E.C. e por que precisa haver uma reação final da parte delas?
2 No cumprimento fiel desta profecia, Jeová dos exércitos tem feito tremer todas as nações. Desde 1914 E.C., ele tem enviado seus embaixadores do Reino para avisar todas as nações a respeito da mudança crítica que ocorreu no status quo universal. O resultado tem sido assim como Jesus Cristo predisse na sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:3-14) Todas as nações se vêem obrigadas a confessar que ficaram furiosas com os embaixadores do Reino. O registro da história dá testemunho contra as nações. Mas a fúria da parte das nações ainda não acabou. Na decisão derradeira ainda à frente, os embaixadores do Reino continuarão a apegar-se à soberania universal de Jeová e a viver à altura da mensagem que lhes foi dada por Deus. Portanto, conforme predito na Palavra profética de Deus, a fúria de todas as nações está prestes a irromper numa expressão final.
3. Até que ponto fará Jeová as nações tremer, e, por isso, que dizer de qualquer tolerância religiosa delas na atualidade?
3 A hostilidade das nações políticas da terra mostrar-se-á no seu grau máximo, e, concordemente, Jeová dos exércitos fará todas estas nações tremer até que desmoronem e sejam removidas para sempre. Por isso, qualquer tolerância religiosa das nações para com os embaixadores do Reino, na atualidade, é apenas temporária. Que ela não engane a ninguém.
4. Cumpriram as nações, como estabelecimentos políticos integrais, a profecia de Ageu 2:7, e como se prova isso?
4 O que devemos esperar antes do acesso final de fúria da parte de todas as nações e sua conseqüente comoção violenta, segundo a profecia de Ageu 2:7? O seguinte: “‘Terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” Então, o que mostram os fatos históricos a respeito do cumprimento desta profecia até agora? Não mostram que todas as nações políticas, como nações integrais, como instituições políticas, tenham vindo ao verdadeiro templo de adoração de Jeová e tenham trazido consigo, como ofertas voluntárias, as coisas desejáveis de suas nações. Depois de tudo o que aconteceu desde 1914 E.C., as nações ainda não renunciam à sua própria soberania terrestre, nem se declaram a favor da soberania universal de Jeová. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, estabeleceram as Nações Unidas como organização internacional de paz e segurança mundiais. Apegam-se a elas tenazmente em desespero, até o dia de hoje. Esta organização internacional está em flagrante oposição à soberania de Jeová.
5. Como reagiram os cidadãos individuais dentro das nações abaladas e com quem se têm associado?
5 Mas, que dizer dos cidadãos individuais em todas as nações que têm sofrido um forte abalo, durante o qual procuram manter-se firmes? Ora, até o momento, tem havido dezenas de milhares de pessoas que reagiram de modo diferente à pregação do reino daquele dos seus governos políticos e das organizações religiosas metidas na política. Passaram a ver que não os aguarda nenhum futuro feliz, pacífico e próspero debaixo de tais governos políticos feitos pelos homens. Passaram a ver que a única esperança de se salvarem de ser destruídas junto com as nações políticas deste sistema de coisas é o reino messiânico do Soberano Senhor Jeová. Sentem vivamente que Satanás, o Diabo, é o “deus deste sistema de coisas”, e não querem adorar este deus falso por adorar as nações políticas. Reconhecem que toda a soberania pertence legitimamente ao Deus Altíssimo. Por isso se dedicaram integralmente ao Soberano Senhor Jeová, para adorá-lo na sua verdadeira casa de adoração. Associaram-se com os embaixadores Dele.
6. Ao observarmos tais defensores hodiernos da soberania e adoração de Jeová, que profecia de Isaías vemos cumprir-se?
6 Ao observarmos tais defensores hodiernos da soberania universal e da adoração de Jeová, observamos o cumprimento emocionante daquela profecia muitas vezes citada de Isaías 2:2-4: “Na parte final dos dias terá de acontecer que o monte da casa de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes e certamente se elevará acima dos morros; e a ele terão de afluir todas as nações. E muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó; e ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra de Jeová. E ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.”
7. Quando começou a dar-se isso e por parte de que espécie de pessoas?
7 Não na primeira parte, mas na “parte final dos dias” deste “tempo do fim” começou esta multidão internacional a afluir à adoração muito enaltecida de Jeová, o “Deus de Jacó [ou: Israel]”. Estes que vêm de “todas as nações” não são israelitas espirituais, assim como os embaixadores do Reino.
8, 9. O cumprimento da profecia foi observado a começar em que ano e depois de que acontecimentos?
8 Quando começaram estas pessoas de “todas as nações” a afluir ao simbólico “monte de Jeová”, para adorar unidamente na “casa do Deus de Jacó”? Isto se tornou discernível depois da publicação do artigo em duas partes intitulado “A Grande Multidão”, nos números de 1.º e 15 de agosto de 1935 da revista Torre de Vigia (Sentinela) em inglês, quatro anos antes do irrompimento da Segunda Guerra Mundial. A matéria deste artigo fora antes apresentada numa assembléia geral das testemunhas de Jeová em Washington, D. C., E. U. A., na tarde de sexta-feira, 31 de maio de 1935. O discurso e o artigo impresso forneceram uma explicação da “grande multidão’ prevista e predita em Revelação 7:9, 10, nas seguintes palavras:
9 “Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.”
10. Quem compõe esta “grande multidão’’ sem número?
10 Esta “grande multidão” sem número foi diferenciada dos israelitas espirituais representados nos cinco versículos precedentes (Revelação 7:4-8) e que estavam para ser selados com o selo do Deus vivente. Esta “grande multidão” internacional é composta de discípulos recentes de Cristo que não são selados com o selo de Deus para estarem associados com Cristo Jesus com reis e sacerdotes no templo espiritual de Deus. (Revelação 20:4-6) São discípulos dedicados e batizados de Cristo, que não são selados assim, mas que seguem a Jesus Cristo como o Pastor Excelente. São guiados por ele a um destino terrestre, à vida eterna numa terra paradísica sob o reino celestial de Jesus Cristo e de seus 144.000 discípulos selados. Esses discípulos não selados pertencem às “outras ovelhas” que Jesus Cristo mencionou em João 10:16, dizendo: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” Desde 1935, estas “outras ovelhas” ajuntadas têm aumentado em número cada ano, para formar deveras uma “grande multidão”.
PRESERVADAS AS “COISAS DESEJÁVEIS”
11, 12. (a) O que se deve dizer quanto a serem coisas desejáveis no templo de adoração de Jeová? (b) O que mostra se estão entre as coisas que hão de ser feitas tremer até ficarem destruídas?
11 São tais “outras ovelhas” dedicadas e batizadas desejáveis na casa devotada à adoração pura do Soberano Senhor Jeová? Certamente que sim! São realmente “as coisas desejáveis de todas as nações”, que viriam adorar no seu templo, conforme predito por Jeová dos exércitos. Jeová não deseja de todas as nações dádivas materiais e contribuições financeiras. Antes, deseja belos adoradores vivos, tais como os desta “grande multidão” sem número, de todas as nações, tribos, povos e línguas. (João 4:23, 24) Não é a estas coisas que se fará tremer e que se sacudirá em pedaços, destruindo-as, na vindoura “grande tribulação” sobre o sistema mundial de coisas. Tais pessoas semelhantes a ovelhas que crêem no Cordeiro Jesus Cristo hão de ser preservadas através desta tribulação destrutiva. Isto é salientado na seguinte pergunta e resposta:
12 “E, em resposta, uma das pessoas mais maduras me disse: ‘Quem são estes que trajam compridas vestes brancas e donde vieram?’ Eu lhe disse assim imediatamente: ‘Meu senhor, és tu quem sabes.’ E ele me disse: ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.’” — Revelação 7:13, 14.
13, 14. (a) Como se cumpre então a parte adicional de Ageu 2:7: “E eu vou encher esta casa de glória”? (b) Como foi isto predito em Revelação 7:15?
13 É pela vinda destas “outras ovelhas”, que saem de todas as nações, que Jeová dos exércitos cumpre a parte adicional de sua promessa, dizendo: “E eu vou encher esta casa de glória.” (Ageu 2:7) Um templo vazio, sem adoradores, não seria para a glória de Jeová dos exércitos. Mas, estar seu lugar de adoração cheio de adoradores, em compridas vestes brancas, lavadas, acenando com folhas de palmeiras e clamando: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”, isto enche a casa de Jeová de mais glória do que toda espécie de decorações materiais. Que a Sua casa de adoração é assim enchida de glória foi predito na parte adicional da resposta à pergunta de João:
14 É por isso que estão diante do trono de Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo; e o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.” — Revelação 7:15.
15. (a) Onde é que esta crescente “grande multidão” como que serve a Deus dia e noite? (b) Quem são os que na terra ficam espantados de ver como Jeová enche agora seu templo com glória?
15 Centenas de milhares de pessoas desta “grande multidão” de “outras ovelhas” já estão no templo espiritual de Jeová Deus, que agora está entronizado na sua soberania universal. Prestam-lhe ali serviço sagrado dia e noite por proclamarem em toda a parte seu reino messiânico e sua salvação para toda a humanidade, por meio do sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Não sendo israelitas espirituais, selados, estão como que no Pátio dos Gentios, assim como havia no templo em Jerusalém, nos dias de Jesus Cristo e de seus apóstolos. É também neste grande templo espiritual que um restante dos israelitas espirituais serve hoje como subsacerdotes debaixo do Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Em vista disso, os do restante dos israelitas espirituais, que servem como subsacerdotes espirituais, têm agora companheirismo amoroso com esta crescente “grande multidão” de “outras ovelhas” que participam sinceramente na adoração pura do Soberano Senhor Jeová. Tais subsacerdotes ficam espantados de ver como Deus encheu assim seu templo de glória.
16. (a) O que faz Jeová com o objetivo de preservá-los através da “grande tribulação”? (b) O que faz por eles o Pastor semelhante a um Cordeiro?
16 Com o objetivo de preservar os da “grande multidão” de adoradores semelhantes a ovelhas durante a vindoura “grande tribulação”, prometeu-se: “E o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.” Que não serão abalados ao ponto de serem destruídos e removidos da terra lhes é assegurado nas palavras adicionais a respeito desta “grande multidão” no templo espiritual de Jeová: “Não terão mais fome, nem terão mais sede, nem se abaterá sobre eles o sol, nem calor abrasador [de desagrado divino], porque o Cordeiro, que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles.” — Revelação 7:15-17.
17. (a) Ocorreu algo assim já antes no templo espiritual de Jeová? (b) Como se lhe assegura para sempre a adoração Dele no seu templo?
17 Nunca antes ocorreu uma coisa tão maravilhosa assim no templo espiritual do Soberano Senhor Jeová. Nunca antes ficou cheio de glória pela entrada de tantas “coisas desejáveis” de todas as nações. A adoração de Jeová no seu templo espiritual lhe é assegurada para todo o sempre. Quando o atual tremor e abalo de todas as nações, sim, dos simbólicos céus, terra, mar e solo seco atingirem seu grandioso clímax na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, e depois vier o lançamento de Satanás no abismo, Seu templo espiritual, no qual ele está entronizado, permanecerá inabalável. Seus adoradores usufruirão ali a proteção amorosa sob a Sua tenda e serão preservados para o seu serviço sagrado, para todo o sempre.
A GLÓRIA MAIOR DA ÚLTIMA CASA
18. O que é de maior valor que as “coisas desejáveis de todas as nações, podem dar ao Criador, e por quê?
18 A coisa de maior valor que as “coisas desejáveis de todas as nações” podem dar ao grande Criador é sua adoração pura Dele como seu Deus. Os sistemas religiosos da cristandade e do judaísmo, e de outras religiões dominantes, têm enchido suas casas de adoração de ouro, prata e outros tesouros materiais de grande valor terreno. Mas, tal riqueza material não é o que o único Deus vivente e verdadeiro deseja de seus adoradores. Ele é o Dono de todas as coisas materiais por ser seu Criador.
19. (a) Podemos enriquecer a Deus com dádivas materiais? (b) Por que não precisavam preocupar-se com as despesas aqueles construtores do templo lá nos dias de Ageu?
19 Ninguém pode enriquecer a Deus, o Criador, por trazer-lhe tais valores materiais a um edifício dedicado a alguma espécie de religião. Dar-se ao Criador algo que já lhe pertence não o enriquece, embora possa enriquecer os sacerdotes das diversas religiões. Portanto, para se encher a casa de Jeová de glória, não se requerem tais coisas materiais. Conforme a profecia de Ageu prossegue, dizendo: “‘Minha é a prata e meu é o ouro’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” (Ageu 2:8) Lá nos dias de Ageu, em 520 A. E. C. precisavam os construtores do templo em Jerusalém preocupar-se com as despesas? Não! Não com um Deus tão rico.
20. Como cuidaria o Criador de que todas as despesas necessárias fossem providas e por que não precisavam os construtores ficar desanimados com o aspecto pouco promissor das coisas no início?
20 Lá naquele tempo, Jeová dos exércitos, como Criador, era o Dono de todas as coisas materiais necessitadas pelos construtores do templo. Podia-se estar certo de que ele proveria todo o apoio financeiro necessário para começar e para terminar a reconstrução do templo de sua adoração. Ele podia também cuidar, por meio de Seu espírito, de que certos possuidores de riquezas materiais fizessem contribuições para a reconstrução. Prometer ele encher a proposta casa nova de adoração com glória era uma garantia divina de que a reconstrução da casa podia ser iniciada com plena confiança. Seria terminada e os adoradores viriam a ela. O aspecto pouco promissor da situação, no início, portanto, não era motivo para os construtores do templo ficarem desanimados. Jeová não os animaria a iniciar algo que seriam mais tarde obrigados a deixar por terminar. Quem os apoiava era a pessoa mais rica em todo o universo vivente!
21. Que declaração publicada na Torre de Vigia de Sião nos faz lembrar isso?
21 Isto nos faz lembrar a declaração impressa no segundo número inglês da revista Torre de Vigia (agora Sentinela), de agosto de 1879, página 2, sob o título “Deseja a ‘Torre de Vigia de Sião’?”:
Não pense que estas observações sejam uma solicitação de dinheiro. Não. Cremos que a ‘Torre de Vigia de Sião’ tenha a JEOVÁ por seu apoiador, e enquanto este for o caso, ela nunca pedirá nem suplicará o apoio de homens. Quando Aquele que diz: ‘Meu é todo o ouro e toda a prata dos montes’, deixar de prover os fundos necessários, compreenderemos que chegou a hora de suspender a publicação.
Isto foi publicado nos 6.000 exemplares de então da revista.
22. Por que precisavam os construtores do templo ter fé extraordinária e que conceito precisavam ter?
22 Ao empreenderem a reconstrução do templo de Jeová em Jerusalém, o Governador Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e os demais israelitas precisavam de fé extraordinária em Deus, especialmente por vigorar ainda a proscrição oficial do Império Persa contra a reconstrução da casa de adoração de Jeová. Além disso, os construtores tinham de combater o desânimo, porque o começo humilde da obra não parecia nada em comparação com o anterior glorioso templo construído pelo Rei Salomão. Tinham de ter o conceito de Jeová sobre isso para animá-los a prosseguir. Por isso, Jeová usou seu profeta Ageu para revelar qual era o conceito divino, nas seguintes palavras: “‘A glória desta última casa se tornará maior do que a da anterior’, disse Jeová dos exércitos. ‘E darei paz neste lugar’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:9.
23. No que se refere à ‘glória desta última casa tornar-se maior do que a da anterior, de que nos temos de lembrar com respeito ao verdadeiro templo de Jeová?
23 Para entendermos estas palavras proféticas, temos de nos lembrar que o templo espiritual tem como Santíssimo a santa residência de Jeová Deus nos céus invisíveis e que este templo espiritual Dele não foi destruído pelos exércitos babilônicos no ano 607 A.E.C., quando toda a Jerusalém foi desolada. Apenas a representação típica dele, na terra, foi destruída. O verdadeiro templo espiritual de Jeová ainda havia de vir à existência e não teria de ser reconstruído. De modo que este templo espiritual, então futuro, tem perdurado até hoje, e o cumprimento final e completo da profecia de Jeová, em nossos dias, aplica-se a este único templo espiritual do único Deus vivente e verdadeiro.
24. Nos dias de Ageu, qual era a “última casa” e qual era a “anterior”, e como se tornou a glória de uma maior do que a da outra?
24 Lá no tempo de Ageu, há mais de 2.490 anos atrás, precisava construir-se um novo e segundo templo em Jerusalém. Este seria a “última casa”, visto que o templo destruído de Salomão era o templo “anterior”. Ambas estas casas foram “as representações típicas das coisas nos céus”. (Hebreus 9:23) De acordo com a asseguração que Jeová deu em Ageu 2:9, a glória do templo construído sob a supervisão do Governador Zorobabel e do Sumo Sacerdote Josué, em Jerusalém, havia de ser maior do que a do templo do Rei Salomão. Como podia ser assim? Em primeiro lugar, continuou a ser usado por mais tempo, desde 515 A. E. C. até 70 E.C., ou seja, por 584 anos, ao passo que o templo de Salomão ficou de pé por 420 anos. De modo que a “última casa” durou até a vinda do Messias, e ele mesmo ensinou ali. Além disso, no ano 17 A.E.C., o Rei Herodes, o Grande, da província romana da Judéia, começou a reconstrução gradual do templo de Zorobabel, gastando muito dinheiro com ele e dando-lhe uma suntuosidade que rivalizava com a do templo de Salomão. Mas o que vale mais perante Deus é o apreço dos adoradores pela Sua casa.
25. O que significava a glória maior da “última casa” em matéria de adoradores no templo?
25 Sem dúvida, pois, mais adoradores afluíram à casa reconstruída da adoração de Jeová em Jerusalém do que se deu com o templo de Salomão. Especialmente em vista do período maior de tempo. Também, visto que a casa foi reconstruída mais de noventa anos depois da dispersão dos judeus por muitas partes da terra, como exilados e fugitivos, os adoradores vinham de partes mais dispersas da terra, do que no caso do templo anterior. No dia de Pentecostes de 33 E. C., havia ali no templo de Herodes, em Jerusalém, judeus naturais e prosélitos da Pártia, da Média, de Elão, da Mesopotâmia, de Capadócia, de Ponto, da província da Ásia, da Frígia, de Panfília, do Egito, da Líbia, do lado de Cirene, de Roma, de Creta, da Arábia, bem como da Judéia. (Atos 2:1-11) Desta maneira, a última casa tinha uma afluência religiosa maior, e, por isso, glória maior, no cumprimento típico da profecia.
26. Que glória obteve o templo espiritual de Jeová de suas representações típicas construídas por homens na terra?
26 No entanto, como se cumpre a profecia de Jeová com respeito ao templo espiritual, que é um único templo indestrutível, nunca sendo reconstruído ou substituído? Da seguinte maneira: Enquanto existiam aqueles templos materiais construídos por Salomão, Zorobabel e Herodes, trazia-se atenção ao verdadeiro templo espiritual de Jeová por meio destas representações típicas dele na terra, em Jerusalém. Até mesmo o templo visionário, observado milagrosamente pelo profeta Ezequiel, no ano 593 A.E.C., trazia tipicamente à atenção o templo espiritual de Jeová. (Ezequiel 40:1 a 47:2) Tais templos terrenos, temporais, embora espantosos para o observador humano, nunca podiam dar aos adoradores neles o pleno discernimento da glória indescritível do verdadeiro templo espiritual de Jeová. Esta tipificação das realidades continuou até Jesus, o Filho de Deus, ser batizado em água e ser ungido com o espírito de Jeová, em 29 E.C., para ser o prometido Cristo ou Messias. — Mateus 3:13-17; João 1:29-34.
27. Como foi que em 29 E.C., o verdadeiro templo de Jeová começou a ter mais do que uma representação típica dele na terra?
27 Daquele acontecimento em diante, o templo espiritual de Jeová passou a ter mais do que apenas uma representação típica de si mesmo em Jerusalém. Daí em diante, passou a ter realidade, por Jesus ser ungido com o espírito de Deus para ser “sumo sacerdote . . . à maneira de Melquisedeque”. (Hebreus 6:20; Salmo 110:4) Jesus Cristo foi introduzido na condição espiritual representada pelo primeiro compartimento ou Santo do templo, onde havia o candelabro de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar de ouro para incenso. Entrou também na condição representada pelo pátio dos sacerdotes no templo, onde havia o altar de cobre, e ele se aproximou ao equivalente do altar de Deus, para apresentar seu corpo humano perfeito como sacrifício expiatório pelo “pecado do mundo”. Assim começou o antitípico Dia da Expiação com respeito ao templo real e espiritual de Jeová. (Hebreus 8:1 a 10:10) Este proceder continuou por três anos e meio, até 33 E.C.
GLORIFICADO O TEMPLO CELESTIAL
28. Como e quando ultrapassou Jesus Cristo a barreira ilustrada pela cortina interna do templo, e com que fim?
28 Em 14 de nisã do ano 33 E.C., Jesus Cristo, como sumo sacerdote espiritual, completou seu sacrifício na terra, quando seu cadáver de carne foi colocado num túmulo. No terceiro dia depois disso, em 16 de nisã de 33 E.C., ele foi ressuscitado dentre os mortos como pessoa espiritual, atravessando assim a barreira representada pelo véu no templo que havia entre o Santo e o Santíssimo, a saber, sua carne. Assim pôde entrar no verdadeiro Santíssimo, na presença de Jeová Deus no próprio céu, para apresentar ali, como sumo sacerdote, o valor de seu sacrifício humano e fazer expiação pela humanidade. — Hebreus 9:23-28; 6:19, 20; 10:19, 20.
29. Como se deu uma glória ao verdadeiro templo de Jeová, por Jesus Cristo comparecer na presença de Deus?
29 Quando este Jesus Cristo entrou no verdadeiro Santíssimo de Deus, isto deu ao verdadeiro templo espiritual de Jeová uma glória que nunca antes tinha. Pois agora estava ali, na Sua santíssima presença, o Seu Sumo Sacerdote eterno, ressuscitado “em glória”, imortal e revestido do “poder duma vida indestrutível”! — 1 Coríntios 15:42-57; Hebreus 7:15-24.
30. Quando foram outros introduzidos na condição representada pelo Santo do templo e quantos passarão finalmente através da barreira representada pela cortina interna?
30 No dia festivo de Pentecostes, 6 de sivã de 33 E.C., o glorificado Jesus Cristo foi usado por Jeová Deus para derramar o espírito santo sobre os seus discípulos fiéis. (Atos 2:1-38) Por meio disso, eles se tornaram filhos de Deus, gerados pelo espírito, e foram ungidos para ser subsacerdotes espirituais do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. (João 3:3, 5; 2 Coríntios 1:21; 1 João 2:20-27; 3:1, 2; 1 Pedro 2:9) Em harmonia com isso, foram introduzidos na condição espiritual, sacerdotal, representada pelo Santo do templo em Jerusalém, para usufruir a luz do antitípico candelabro de ouro e a mesa dos pães da proposição, e para oferecer o incenso de oração no altar de ouro para incenso. (Hebreus 9:1, 2; Lucas 1:8-12, 21, 22) A congregação dos israelitas espirituais somará por fim 144.000 subsacerdotes espirituais, e, na sua ressurreição dentre os mortos, são ressuscitados, cada um, com um corpo espiritual “em glória”, revestidos de imortalidade, após o estabelecimento do reino de Cristo. — Romanos 6:5; 2 Coríntios 5:1-5.
31. Como aumentará isso a glória do templo espiritual de Jeová?
31 Por assim participarem na “primeira ressurreição”, são levados ao Santíssimo celestial; e “serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos”. (Revelação 7:4-8; 14:1, 3; 20:4-6) Por Jeová conceder a estes israelitas espirituais, fiéis, tal entrada gloriosa no Santíssimo de sua própria presença, ele dará ainda mais glória ao seu templo espiritual, tal como nunca antes tinha, enquanto ainda funcionava na terra, como tipo, o templo material de Zorobabel, reformado por Herodes.
32. O que se dava com os pátios externos daqueles templos típicos feitos pelos homens, em Jerusalém e até quando?
32 Nos dias daqueles templos típicos em Jerusalém, seus pátios, fora do pátio dos sacerdotes, estavam cheios de adoradores que vinham de longe e de perto. (Salmo 84:1, 2, 10; Lucas 1:21) Desde o ano de 70 E.C., as multidões de adoradores não afluem mais aos pátios da casa de adoração de Jeová em Jerusalém, pois o templo material, típico, para a adoração divina, desapareceu para sempre. (João 4:20-24; Atos 21:26-28; Mateus 24:1, 2; Lucas 21:5-7, 20-24) A glória dos templos típicos feitos pelas mãos dos homens desapareceu para sempre, porque não vivemos mais no tempo das sombras das boas coisas vindouras. Vivemos nos dias das realidades gloriosas que perduram. (Colossenses 2:16, 17; Hebreus 10:1-4, 10) Mas que dizer dos pátios do verdadeiro templo?
33. Com respeito ao templo espiritual de Jeová, o que somos levados a perguntar, neste tempo do abalo, a respeito das ‘coisas desejáveis de todas as nações”?
33 Falando a respeito de seu verdadeiro templo espiritual, Jeová dos exércitos usou seu profeta Ageu para predizer a entrada das “coisas desejáveis de todas as nações” na sua casa de adoração. Isto se daria numa época em que os céus, a terra, o mar e o solo seco fossem feitos tremer. Aproximamo-nos agora do auge espetacular deste tempo de comoção universal. É agora oportuno perguntar: Entraram realmente tais coisas desejáveis de todas as nações, antes de estas tremerem até cair em pedaços e ser removidas? Sim!
34. Como se encheram, então, os pátios do templo espiritual de Jeová com uma glória que nunca antes tivera?
34 Centenas de milhares delas têm ‘entrado’, na forma de discípulos dedicados e batizados de Jesus Cristo. Ele tem trazido estes como suas “outras ovelhas” e os tem constituído “um só rebanho” com o restante ainda sobrevivente de seus sub-sacerdotes espirituais nos pátios do templo de Jeová. (João 10:16; Revelação 7:9, 10) Ao passo que os desta “grande multidão” sem número prestam ordeiramente serviço sagrado nos pátios de Jeová e atribuem sua salvação ao seu entronizado Deus e ao Cordeiro dele, constituem um espetáculo que glorifica o Soberano Senhor Jeová. Eles enchem, não as igrejas e catedrais da cristandade, nem as sinagogas do judaísmo, mas sim os pátios do verdadeiro templo espiritual de Jeová com uma glória que nunca antes tinha. Deveras, já acontece que “o esplendor desta casa sobrepujará o da primeira”. (Ageu 2:9, CBC) “Grande será a glória desta Casa, da segunda, mais do que da primeira — disse Javé Sabaot.” (LEB) “A glória futura desta casa será maior do que a primeira.” — Byington, em inglês.
PAZ NO MEIO DO TREMOR
35, 36. (a) Com que palavras consoladoras encerrou Jeová a sua segunda profecia por intermédio de Ageu? (b) Teve o templo de Jerusalém um fim pacífico, e onde prevalece hoje a paz na terra?
35 Jeová encerra a sua segunda profecia dada por meio de Ageu com as seguintes palavras consoladoras: “‘E darei paz neste lugar’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:9.
36 No ano 70 E.C., o desaparecimento de Jerusalém e do templo construído por Zorobabel e renovado pelo Rei Herodes não foi pacífico, mas ocorreu no meio dum tempo da mais horrível tribulação. (Mateus 24:1-22) Mas o verdadeiro templo espiritual de Jeová é um lugar de paz duradoura. A respeito da realização correta das reuniões dos verdadeiros cristãos nesta casa espiritual de adoração acha-se escrito: “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. . . . que todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo.” (1 Coríntios 14:33, 40) Esta regra de conduta é observada nas reuniões das testemunhas cristãs de Jeová, de modo que prevalece entre elas o espírito de paz. — Gálatas 5:22, 23.
37. Apesar de todo o tremor em redor, como se dá paz aos pátios da casa de Jeová no que se refere ao restante e à “grande multidão”?
37 Ao passo que Jeová dos exércitos faz tremer os simbólicos céus, terra, mar e solo seco, ele dá paz nos pátios terrenos de seu templo espiritual. Os do restante ungido de Seus subsacerdotes espirituais cuidam estritamente de seus deveres na casa Dele de adoração e mantêm-se livres de todo o envolvimento nas controvérsias e nos conflitos deste mundo. A “grande multidão” das “outras ovelhas” que têm subido ao “monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó”, tem figuradamente feito o que Isaías 2:2-4 predisse a seu respeito. Transformaram suas espadas em relhas de arado e suas lanças em podadeiras. Não aprendem mais a guerra carnal. Na vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, não erguerão a mão em violência contra os inimigos de Deus. Deixarão que Ele trave a sua guerra, confiantes na gloriosa vitória Dele. (Revelação 16:14-16; 2 Crônicas 20:15) Por meio deste proceder, manifestam o espírito de Deus e demonstram a “sabedoria de cima”. — Tiago 3:17.
38. Que perspectiva, antes oferecida aos frustrados construtores do templo nos dias de Ageu vê o restante dos israelitas espirituais cumprida hoje em todo o mundo, e que admoestação se lhes dá?
38 Quão grandiosa é esta paz usufruída hoje pelas testemunhas cristãs de Jeová na casa espiritual da adoração Dele! Quanto nos alegra os olhos ver a glória de Jeová encher seu templo espiritual, ao passo que as “coisas desejáveis de todas as nações” continuam a entrar! A perspectiva de tal coisa espantosa foi apresentada há muito tempo atrás ao coração e à mente dos anteriormente frustrados construtores dum novo templo em Jerusalém, por meio de Ageu, profeta de Jeová. Hoje em dia, presenciamos na realidade o cumprimento maravilhoso da profecia de Ageu nos dias atuais, quando todas as nações estão sendo abaladas, e isto deve estimular os do restante ungido dos israelitas espirituais no seu serviço sagrado a Jeová Deus, na Sua casa espiritual de adoração. Aplica-se aos deste restante a exortação inspirada de que não percam a benignidade imerecida de Jeová assim como perdeu Esaú, que não tinha apreço: “Em vista disso, sendo que havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso e com espanto reverente. Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” — Hebreus 12:16, 17, 28, 29.
[Diagrama na página 85]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
TEMPLO RECONSTRUÍDO POR HERODES
(Planta)
Vale de Tiropeom
Vale do Cédron
Mte. das Oliveiras ao leste
Colunatas
Colunata Real
Colunata Salomão
Colunata Setentrional
Pátio dos Gentios
Pátio Externo
Barreira de Pedras
Pátio das Mulheres
Pátio de Israel
Pátio dos Sacerdotes
Templo
Muro da Cidade
Muro da Cidade
Portão Belo
Portão
Portão
Portão
Portão
Portão
Portão
1. Santíssimo
2. Santo
3. Altar da Oferta Queimada
4. Mar de Fundição
5. Portão Interno do Templo